terça-feira, janeiro 19, 2010

Heróis ou Vilões?

Rodrigo Constantino, O Globo (19/01/2010)

Os comunistas sempre foram mestres na arte de reescrever a história, como George Orwell bem retratou em “1984”. Atualmente, o revanchismo em relação aos militares representa uma nova empreitada nesse sentido. Alguns membros mais radicais do governo Lula tentam criar a imagem de que foram vítimas inocentes na época da ditadura, resgatando um clima de confronto com claros objetivos eleitoreiros. Falam em criar uma “Comissão da Verdade” para apurar os fatos, mas não desejam trazer à luz todos os fatos, e sim apenas um lado, ocultando as ações praticadas pelos guerrilheiros de esquerda. Trata-se da estratégia de “duplipensar” orwelliano, onde verdade quer dizer, na prática, mentira.
O que temem? Que todos os documentos sejam abertos então! As máscaras daqueles que hoje posam como vítimas que lutavam pela democracia rapidamente cairiam no chão. Que democracia era essa, se esses guerrilheiros faziam parte de grupos revolucionários comunistas? A “democracia” de União Soviética, Coréia do Norte e Cuba? Na verdade, a meta deles era implantar no Brasil uma “ditadura do proletariado”, que trouxe ao mundo apenas miséria, terror e escravidão. Vide Cuba, que até hoje enfrenta a mais longa ditadura do continente, sob os aplausos – não custa lembrar – desses mesmos radicais que agora tentam posar de bastiões da democracia. É essa a “democracia” que queremos?
Qualquer ditadura deve ser condenada. Entretanto, resgatar o contexto da década de 1960 pode ser útil ao menos para não deixar que os inimigos da liberdade monopolizem as virtudes. O mundo vivia na Guerra Fria, com os soviéticos tentando exportar seu regime opressor aos demais países. Onde tiveram sucesso, foi o caos. No Brasil, grupos como o Agrupamento Revolucionário de São Paulo, inspirado em Carlos Marighela, seguiam o roteiro escrito em Moscou. Vários crimes foram praticados por aqueles que julgam que seus fins justificam quaisquer meios, intensificando o clima de insegurança. Luiz Carlos Prestes, ligado ao Partido Comunista, defendeu a dissolução do Congresso. Roberto Campos chegou a lamentar que as únicas e miseráveis opções ao país eram “anos de chumbo” ou “rios de sangue”.
Nada disso inocenta os crimes praticados pela ditadura militar. O que não quer dizer que, automaticamente, transforma em heróis aqueles que lutavam pela pauta comunista redigida pela KGB. Que muitos desses comunistas jamais tenham reconhecido publicamente seu passado sujo e, ao contrário, ainda ostentem orgulho por essa trajetória, já é uma vergonha. Pior ainda é o fato de alguns oportunistas usarem seu passado de luta comunista para receber anistias milionárias, uma verdadeira “bolsa-ditadura” criada pelo governo. Mas o mais revoltante é mesmo essa tentativa absurda de se reescrever a história do país. Isso ofende todos aqueles que realmente desejavam uma democracia liberal no país, assim como nosso mais precioso bem: a verdade.
Se o desejo é realmente a busca da verdade, que todos os documentos históricos sejam abertos ao público. Os fatos precisam ser esclarecidos. Mas de todos os lados. Atrocidades cometidas por militares merecem vir à tona por respeito às vítimas inocentes. Só que as barbaridades praticadas pelos comunistas também devem ser expostas. Eles mataram dezenas de inocentes. Não podemos continuar tratando como heróis os verdadeiros vilões, que sonhavam em transformar o Brasil numa enorme Cuba. Tivessem eles conseguido, seu regozijo seria o pranto de toda a nação. Infelizmente, alguns deles ainda não desistiram.

23 comentários:

Unknown disse...

Genial. A psicose comunista é mesmo inacreditável.

Unknown disse...

O duplipensar dessa turma é realmente fascinante. Comissão da Verdade é o nome pomposo e messiânico da nova "empreitada" da nossa bizarra "social democracia".

Verdade? Será que aguentam a Verdade?
Então vamos à ela - em 20 e poucos anos no poder, desde a Redemocratização, a social-democracia brasileira torturou e continua torturando milhares de brasileiros, todos os dias. Uma visita a qualquer cadeia no Brasil vai mostrar que, comparados aos militares, nossos paladinos do welfare state e dos belos discursos são tão canalhas quanto a gorilada verde-oliva. A diferença é que, talvez, os primeiros sejam mais hipócritas que os últimos.

Querem a VERDADE? Querem JUSTIÇA?
Pois que comecem no próprio quintal. Quero ver na cadeia por crime de omissão e tortura todos os Ministros da Justiça e Governadores de 1985 até hoje. São eles que administram as masmorras brasileiras.

E aí? A Comissão da Verdade vai encarar essa ou vai ficar só na base do chequinho gordo pra cumpanherada do Araguaia?

A social democracia brasileira é o maior conto-do-vigário que já apareceu neste acampamento chamado Brasil. Verdade... pfff! Faz-me rir!

samuel disse...

Nada existe mais comunista do que "COMISSÃO DA VERDADE"... para divulgar a mentira. Só que Orwell já expusera o ridículo dessas comissões...

Studio disse...

Parabéns, brilhante texto!
Sem dúvida o PNDH-3, trata-se de um verdadeiro “plano soviético”, com sérias ameaças ao direito de propriedade, à liberdade de expressão, à liberdade religiosa, à autonomia do ensino e, principalmente, à união nacional.
Sem dúvida, os vendidos no poder, aplicam as estratégia da desinformação a fim de esconder e dispersar seus métodos autoritários, antinacionais, extralegais e até mesmo criminosos, apresentando-os como se fossem normais e estáveis para a sociedade. Com isso minimizam, neutralizam a atividade dos opositores.

O PNDH-3 escancarou as entranhas totalitárias do PT, quis mostrar que Lula foi só preparação menchevique para a segunda fase blochevique com Dilma Rousseff. Só falta Vannuchi propor a destruição do Cristo Redentor para colocar em seu lugar, abençoando o Rio de Janeiro, uma monumental estátua de Lenin. No mais, serão abolidas todas as liberdade, incluindo a de pensamento.

fejuncor disse...

É coisa de indivíduos que se julgam arautos da ética. Uma ética que, aliás, tiveram inúmeras oportunidades de demonstrar, mas nunca demonstraram.

Murilo Panzuto disse...

Nao sabia que os comunistas (no Brasil inclusive) chegaram a matar inocentes...ate mesmo porque onde estudei, e talvez em grandes partes das escolas, nao sei, citam somente atrocidades cometidas pelos militares...como por exemplo quando a seleçao brasileira fazia gols durante a copa, e os militares usavam fogos para abafar o barulho das armas para matar os comunistas.Enfim, so esse lado foi mostrado durante o ensino medio,uma analise parcial sem mostrar o outro lado, nem sequer eu ouvi falar que se nao fosse o golpe, seria instalada uma ditadura do proletariado e as consequencias seriam catastroficas como foram em cuba...(propaganda socialista no ensino medio(?)) ou talvez esses meus professores fossem esquerdistas...

ps: nao que eu defenda a ditadura, totalitarismo é totalitarismo, seja de esquerda ou nao..

fejuncor disse...

Este PNDH é um verdadeiro monstrengo, contaminado por idéias que põem em risco a estabilidade política e social do país. Deve ser rejeitado em sua íntegra e totalmente refeito com a partcipação de todos os interessados e não só daqueles retrógrados que ainda querem controlar tudo e todos através de um dispositivo camuflado pelo rótulo de "direitos humanos" e que esconde as suas verdadeiras intenções. E aqueles que o elaboraram, e o aprovaram, provavelmente com a pior das intenções, aproveitando, inclusive, da época de festas para que o mesmo passasse desapercebido, deveriam ser devidamente responsabilizados por provocarem uma desestabilização desta ordem.

Malkav disse...

Murilo,

Normalmente no ensino médio do país os professores, sejam marxistas ou não, ensinam o lado dos militares. É claro que os comunistas realizaram crimes, ainda que bem menores em quantidade que os militares, mas tão hediondo quanto eles.

Mas tem muito professor de história que adora "intepretar" a história para seu lado e omite fatos simples, mas importantes, por decisão ideológica. Infelizmente.

hellsand disse...

Eu acho que se tentarmos julgar quem cometeu mais crimes, a gente limpa quase toda a humanidade.
A gente tem que lembrar que só depois que caiu o muro de Berlin é que as pessoas começaram a achar um absurdo matar por questões políticas. HOJE não se mata mais. Antes se matava. A Ditadura era uma luta armada, militares matavam os estudantes e trabalhadores, e os estudantes e trabalhadores tentavam matar os militares. Era uma questão de sobrevivência, explicitamente política.

Iconoclasta disse...

o hellsand, vc ta viajando. q pessoas são essas cara palida? vc se lembra de nego se matando no ocidente cilizado por causas políticas? assaltar bancos, fazer terrorismo e matar inocentes não tem nda a ver com questões de sobrevivencia, eram e são até hj escolhas criminosas. mas se rolou a anistia para todos, tanto para os milicos q baixaram o sarrafo como p/ os canhotinhos q aprontaram, então pq o revisionismo?

;^/

Jurema Cappelletti disse...

Parabéns por ter, mais uma vez, seu excelente artigo publicado num jornal de grande circulação.

Ju

Otavio Macedo disse...

Aqui em São Paulo, na Estação Pinacoteca, tem aquela palhaçada daquele Memorial da Resistência, que tenta convencer os visitantes de que os que estiveram ali eram pessoas santas, torturadas pela "direita".

fejuncor disse...

Guerra suja, galera. Será que a guriada não esteve brincando de fazer guerra e o pessoal que estuda guerra resolveu dar uma pequena mostra do que é uma guerra? O exército tem outros parâmetros. Um militar é alguém que pode chegar em casa e ouvir do filho a pergunta: "Papai, você matou alguém?" E então ele precisa explicar ao filho que sim, que ele matou alguém mas que fez isto em nome de uma pátria, em nome do direito que nós todos temos, galerinha, de dizer o que pensamos e de ter direito ao sono precariamente tranquilo. Não deve ser fácil.

A lengalenga é daquela laia que esperneia justiça quando morrem marginais e traficantes nos morros enquanto desdenha - quando não tripudia - a morte daqueles que trabalham pela nossa seguraça. Será que os militares não nos mostraram o grau de animalidade que caracteriza o inimigo? O militar é um criminoso? Ou será que o militar é alguém que está de prontidão quando os valores da pátria estão ameaçados.

Sun Tzu defende a espada embainhada. Mas acaso a espada foi desembainhada nestes episódios? Ou será que os guerrilheiros e o mesmo vale para os traficantes, afinal estamos falando de uma guerra, foram postos diante de ação estratégica educativa...

Pensemos, galera. Pensemos. Tô cansado de ver os lúcidos serem tachados de loucos enquanto os medíocres prosperam vendendo maconha.

fejuncor disse...

Hugo,

Que o petista clássico é um recalcado cujo despeito beira a psicopatia, disto não tenho dúvidas.

Unknown disse...

fejuncor,

Antes de mais nada, os ''companheiros'' deveriam buscar ajuda psicológica. Se eles tivessem humildade pra isso...

Felipe Santos disse...

Enquanto isso...

Lula receberá prêmio inédito de 'estadista global'

Homenagem será oferecida pelo Fórum Econômico Mundial.
Honraria marca os 40 anos do fórum realizado em Davos.


http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1455658-5601,00.html


Estratégias para as eleições de 2010...

Chile e Brasil, semelhanças e diferenças
http://colunas.g1.com.br/cristianalobo/2010/01/18/chile-e-brasil-semelhancas-e-diferencas/

Menu del dia disse...

Olá Constantino, o que acha desse artigo de Slavoj Zizek. Me pareceu bem menos maniqueísta e um relata uma conjuntura um tanto mais complexa que algumas verdades totalitárias que hora ou outra pululam por aí...

http://www.revistapiaui.com.br/edicao_40/artigo_1229/Pos_muro.aspx

Aprendiz disse...

É interessante que a conta feita pelos esquerdistas é falsa. Eles consideram:

1. Terroristas mortos em confrontos com polícia ou exe´rcito.
2. Terroristas e agregados "julgados" em "tribunais revolucionários". Isso mesmo, eles contam como "mortos pela ditadura", gente que eles próprios mataram.
3. Terroristas mortos após terem sido capturados pela polícia.

Não faz o menor sentido querer responsabilizar os militares pelos dois primeiros casos. Provalvelmente, levando em consideração isso, o número de mortos de cada lado deve ser aproximadamente igual.

Outro ponto a considerar é quem eram os mortos de cada lado. Os militares mataram SÓ INIMIGOS que utilizavam meios violentos. São alvos legítimos num confronto. Mas grande parte dos mortos pelos terroristas foram pessoas que nada tinham a ver com o assunto. Em todos os casos (ou quase todos) os terroristas usaram meios covardes de ataque (ataques a bombas indiscriminados, tiros pelos costas, etc).

Sobre os objetivos: O objetivo inicial de Castelo era apenas impedir um auto-golpe de Jango, que tornaria o Brasil uma outra Cuba. Nesse plano, os comunistas pretendiam matar milhões de inocentes, como sempre fazem. Infelizmente, os militares acabaram ficando mais de vinte anos, em grande parte por causa da violência extrema dos terroristas.

O objetivo inicial de todos os terroristas era a implantação de uma ditadura cruel. As pessoas que realmente eram contra a ditadura (de qualquer espécie) foram aqueles que resistiram sem violência. Perguntem às pessoas da época!

E, finalmente, quem trouxe o estado de direito de volta foi um acordo entre os militares (que tiveram a inicialtiva) e os parlamentares dos dois únicos partidos que existiam, a Arena (que era governista, mas tinham muitoss parlamentares que queriam o fim da ditadura militar) e o único partido de oposição que havia, o MDB, no qual estava TODA A OPOSIÇÃO. Os outros partidos só surgiram depois, em grande parte com gente saída do MDB ou da Arena. Muitos dos mais fortes apoiadores do governo atual eram da Arena (inclusive o Sarney, e agora o Maluf). Muitos dos adversários do atual governo foram justamente os que derrubaram a ditadura, o pessoal atualmente no PSDB, no PPS e na ala não governista do PMDB. Note-se que o PPS foi o único partido marxista do Brasil a reconhecer que os sistema que buscava falhou. O PT é e sempre foi um partido leninista, portanto, totalitário.

Após o começo da abertura democrática, deixou de ser obrigatório o bipartidarismo, surgiram os diversos partidos que negocinando com os militares, puseram fim definitivo à ditadura. OPT inicialmetne era um partido minúsculo, nunca negociou com ninguém e não teve participação alguma na abertura democrática, a não ser os sindicalistas que levava para as manifestações, com grandes bandeira, o que dava a impressão de serem mais do que eram. Nessas manifestações que fazia a massa era o povo, não os petistas.

O grande erro dos verdadeiros democratas, aqueles que pressionaram e negociaram, foi admitir no seu meio um bando de terroristas cafajestes que nunca contribuiram em nada para o surgimento da democracia, nem queriam democracia nenhuma. Quanto ao Lula, era um informante dos militares dentro dos sindicatos, uma criatura do Gen Galbery, que eles colocaram lá justamente porque sabiam que é um ser amoral. Hoje é amiguinho do delegado que o "prendeu". Na verdade ficou um mês vivendo numa "prisão" de luxo, perseguindo o garoto do MEP.

Aprendiz disse...

Corrigindo: Golbery

Menu del dia disse...

Eita, mas para uma aprendiz você tá até bem sabidinho hein? eu só não tenho certeza se esse tanto de especulação cola...

Aprendiz disse...

Menu del dia

Grande parte do que eu escrevi são fatos de fácil verificação. Se você tiver mais de 45 anos, será impossivel acreditar nesse papo de que foram os terroristas e o PT que implantaram a democracia. Apenas leia os jornais antes, durante e depois da abertura e muitas entrevistas antigas sobre o fato. Sobre o fato de que queriam implantar uma ditadura comunista, é super bem documentado, inclusive pelo testemunho de muitos esquerdistas. Sobre os mortos pelos comunistas e as circunstâncias de cada um dos assassinatos cometidos pelos esquerdistas, tudo está registrado. Sobre os "Tribunais revolucionários" não só na época recente, mas desde a época em que Prestes mandou matar uma menina de 16 ou 17anos (enforcada com um fio), nada disso é segredo. Sobre o fato de que a imensa maioria das pessoas não sofreu perseguição nenhuma, basta falar com muita gente de mais idade. Sobre a extensão da censura, basta verificar que existiram, durante todo o período militar, muitos editores comunistas, e que os livros marxistas eram editados e publicados normalmente. Basta procurar as publicações da época. Praticamente, a única coisa que era censurada eram notícias sobre a guerra contra os terroristas e parte das criticas contra os militares. No congresso, discursos da oposição criticando o governo eram comuns (pelo menos já na época em que eu lembro, mais para o final do período).

Virtualmente todas as pessoas importantes na discussão da abertura, na época eram, os próprios militares, alguns políticos da Arena e os outros todos eram políticos do PMDB que depois entraram, em grande parte, no PSDB, PPS, PDT e PMDB. O PT foi uma criação das comunidades católicas que se miravam totalmente no modelo soviético. Fale com as pessoas da época, não com os seus professores marxistas. Era inicialmente um partido quase só paulista, não teve muita importância no processo de abertura, se é que teve alguma. Os exilados que não haviam participado do terrorismo voltaram primeiro, e foram eles que negociaram com os militares, juntamente com os oposicionistas que tinham ficado. Os terroristas vieram depois e continuaram o tempo todo almejando o grotesco modelo soviético, como até hoje.

A história que estão vendendo para você é uma farsa.

Menu del dia disse...

Ok Aprendiz, primeiro quero me desculpar por me dirigir a você sem os devidos modos, sobretudo por se tratar de alguém com mais de 45 anos, ou seja, um pouco mais experiente que eu, que só pude conhecer e perceber as coisas a partir da influencia dos meus professores marxistas... Acho bastante revelador e convincente seu ponto de vista, sobretudo porque se coloca com a devida autoridade e experiência sobre a questão. Eu sou do tipo que também me sinto aprendiz nessas matérias escorregadias que é a politiquice nesse país. Agora, sabe o que me ocorreu lendo essa sua resposta? Por exemplo, será que os "terroristas", como dizes, não queriam implantar a ditadua do comunismo justamente porque não havia outro modelo a disposição, face os contextos de oposição que se levantavam na América Latina? Quer dizer, a idéia de ditadura já era implícita, fato que ou ela seria de direita (militarizada,"entreguista", etc) ou de esquerda ("poder do povo", "justiça scial), tendo como pólo opositor diametral os americanos. Veja, não creio que os liberais yakees eram tão entusiastas de uma democracia na américa latina naquele setentrião dos anos sessenta/setenta... Não creio. Afinal, negociar com um poder central e autoritário sempre foi mais interessante, não? O que me deixa um pouco assim com essas alcunhas "fortes" como "terrorista" é que parece está implícita a realização de ações movidas pelo mal, estando opostas ao que é certo e justo. E qualquer exerciciozinho de dialética, de relativismo, ou de não maniqueísmo faz-nos observar esse grande teatro sempre sob outro prisma. Os terroristas de hoje são como os do passado? Se for para chamar de terrorista, que chamemos todos, os de esquerda e os de direita. Ou não chamemos nenhum.

Everardo disse...

O Aprendiz fala como se a abertura política tivesse sido uma "concessão" dos militares. A conjunura externa mudou (e deu na queda do muro de Berlim), aquele modelo ficou obsoleto e os militares ficaram órfãos. Agora, eu NUNCA ouví falar que Lula tivesse sido informante do Golbery. A explicação do Aprendiz é uma mistura de fantasia com explicação sem graça.Não corresponde a nada. Só chute.