tag:blogger.com,1999:blog-18745185.post8220434332780078220..comments2024-03-17T09:26:13.133-03:00Comments on Rodrigo Constantino: A Mensagem de GreenspanRodrigo Constantinohttp://www.blogger.com/profile/09330341852800968799noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-18745185.post-84160203606293878272007-10-11T22:51:00.000-03:002007-10-11T22:51:00.000-03:00"Keynes: O intervencionismo keynesiano ainda era o..."Keynes: <BR/><BR/>O intervencionismo keynesiano ainda era o paradigma esmagadoramente dominante naquela época, embora já estivesse em fase de declínio. (...) Os malfadados controles de salários e preços do presidente Nixon, em 1971, se incluem entre os últimos vestígios do intervencionismo do pós-guerra no mundo desenvolvido.”<BR/><BR/>R: Essa observação greenspaniana de tão hipócrita beira ao cinismo. Quem foi mesmo que inaugurou a era dos juros reais negativos nos EUA pós-desinflação do choque do petróleo? Parece até que política de renda (intervenção direta nos mecanismos de formação de preços e salários) é a única coisa que poderíamos chamar de “intervencionismo macroeconômico”.<BR/><BR/>A política de renda foi uma prescrição de uma escola de pensamento conhecida como “Síntese Neoclássica Keynesiana”, que como o próprio nome já diz, nada mais é que uma escola ortodoxa (apesar de terem ficado conhecidos como “velhos-keynesianos”). Keynes nunca foi ortodoxia ou paradigma dominante na Macroeconomia, apesar de ter influenciado até o Monetarismo (ainda que moderadamente). <BR/><BR/>Sobre o intervencionismo que Greenspan refere, isso era uma prescrição que levava em conta o argumento que, como o governo não dispõe de controlar os fatores que causam os choques de oferta desfavoráveis, a única maneira de combinar taxas de desemprego e inflação razoáveis consistiria em empregar políticas monetárias e/ou fiscais expansionistas, mas acompanhá-las com políticas de renda. O modelo de inflação que justificou isso se chama “Curva de Philips”, que entre outras coisas postula que, mantidos constantes o aspecto estrutural da oferta e da produtividade, os aumentos dos salários nominais são os únicos fatores a provocar a inflação. Por outro lado, Keynes nunca teve uma teoria sobre a inflação e sim uma teoria sobre os preços. Processo inflacionário e aumento de preços não são equivalentes.Processo inflacionário não é mero aumento de preços. Processo inflacionário é aumento sustentável de preços no tempo.<BR/><BR/>Na verdade, a escola mais fiel ao pensamento de Keynes é o “pós-keynesianismo”, cujos os primeiros representantes foram alunos de Keynes. E os "pós-keynesianos" criaram na década de 70 sua própria teoria e prescrição para o combate a inflação, que é um tanto diferente de todas as que já foram propostas pela ortodoxia:<BR/>http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/politicas_nao_monetarias_de_controle_da_inflacao.pdf<BR/>Pelo que li, esses desenvolvimentos teóricos eram uma resposta às críticas ao keynesianismo "bastardo" (nas palavras de Joan Robinson) feitas por economistas monetaristas e novo-clássicos a partir dos desenvolvimentos originais de John Maynard Keynes.<BR/><BR/>O termo “keynesianismo” é um termo extremamente vago. Um exemplo óbvio disso é ver a diferença de pensamento que existe uma outra escola de pensamento conhecida como “Novo Keynesianismo” e o “Pós-Keynesianismo”. Os primeiros têm uma prescrição de política monetária antiinflacionária e de liberdade de preços e salários próxima a dos monetaristas, mantendo-se fiel a Keynes apenas em relação à alegação da existência de rigidez de preços e salários como fator de desestabilização da economia e a necessidade de ajuste em tempos de retração na demanda agregada. Entre os representantes desta escola estão o atual presidente do Fed (Ben Bernanke) e a maioria dos autores de manuais de Macroeconomia encontrados nas livrarias (Stiglitz, Sachs, Krugman, Mankiw, Blanchard). Trata-se de uma escola de pensamento bem heterogênea.Alguns são quase "pós-keynesianos" (como Joseph Stiglitz) e outros são quase neoclássicos (como Gregory Mankiw).<BR/><BR/>Pereio disse... <BR/>" Greenspan não é keynesiano? Pelo menos a sua administração deixou transparecer isso."<BR/><BR/>Greenspan nunca demostrou ser adepto fiel a uma escola de pensamento em economia monetária. Ele é apenas um ex-presidente do Fed intervencionista e pragmático que adora posar de "Mr. Capitalismo Liberal".Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18745185.post-30099749006777568132007-10-11T12:29:00.000-03:002007-10-11T12:29:00.000-03:00Rodrigo, Greenspan não é keynesiano? Pelo menos a ...Rodrigo, Greenspan não é keynesiano? Pelo menos a sua administração deixou transparecer isso.Anonymousnoreply@blogger.com