Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
sexta-feira, julho 28, 2006
O Crime Está Liberado!
Rodrigo Constantino
José foi em uma boate. Seu intuito era beber. Na mesma boate, estaria presente João, que não gosta de José. O dono da boate sabia que ambos estariam presentes. Não reforçou a segurança. José se desentendeu com João, e partiu para a briga. Agrediu tanto o pobre coitado, do nada, que o outro acabou indo parar na UTI de um hospital. José é inocente! Afinal, a negligência do dono da boate o torna o único responsável pela violência. Ele deveria ter antecipado a briga e colocado mais seguranças na casa noturna. José é praticamente uma vítima no caso. Ele tinha ido apenas para beber. O que importa o fato dele ter agredido do nada um inocente, mandando-o para o hospital?
Parece brincadeira, mas essa seria justamente a opinião do juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal. Este juiz foi aquele que mandou soltar os 32 integrantes do MLST, acusados pela depredação da Câmara dos Deputados. Está certo que uma boate não é a Câmara. Merece mais respeito. Mas o “argumento” apresentado pelo juiz foi o de que a “reunião” estava previamente agendada, e o presidente da casa deveria ter antecipado o clima de tensão que se instalaria. Logo, os dois casos são análogos. Concluiu o juiz: "Essa situação de prévio agendamento da manifestação a ser realizada no Congresso enfraquece a tese de que os representantes do MLST foram à Casa Legislativa com o intuito de cometer crimes".
Não obstante a flagrante mentira de que não era o intuito do MLST depredar a casa, posto que foram encontrados vídeos e documentos comprovando o claro planejamento do ato deliberado de violência, o julgamento é absurdo de qualquer jeito. Afinal, o crime é cometido pelo ato em si, independente da intenção do seu autor. Se eu vou à casa de um vizinho com a intenção de pedir açúcar, ele recusa meu pedido e eu reajo destruindo sua casa e agredindo-o, cometi um crime, evidentemente.
Bem, para certos juizes desse país, nada é tão evidente, tirando o fato de que “amigos do rei” possuem carta branca para executarem o crime que desejarem, contanto que em nome da “justiça social”. Não vamos esquecer que o Ouvidor Agrário Nacional, subordinado ao ministro do Desenvolvimento Agrário de Lula, que pressionou o juiz, passando inclusive a falsa informação de que havia uma audiência marcada entre o MLST e o presidente da Câmara. O Ouvidor, ao interferir no processo, desrespeitou o Código de Processo Penal.
O principal acusado da quadrilha é Bruno Maranhão, camarada do presidente Lula, já tendo sido inclusive hóspede na Granja do Torto. Segundo o próprio, ele não irá apenas apoiar, como será um soldado da reeleição de Lula. Ele era membro da Executiva Nacional do PT e respondia pela secretaria nacional de movimentos populares da sigla. Maranhão é filho de um rico usineiro, e mora num luxuoso apartamento de 200 m2. O líder dos “sem-terra” tem uma bela casa. Melhor os colegas “sem-teto” não saberem disso...
No Brasil é assim: as leis para os inimigos, e uma licença para o crime para os amigos do presidente. Um pobre caseiro que denuncia um ministro de Lula sofre com o abuso do aparato estatal, que invade sua privacidade de forma ilegal. Mas um criminoso que forma uma quadrilha para destruir o patrimônio público fica livre, além de contar com financiamento público para seus atos criminosos. E ainda chamam a quadrilha de “movimento social”. O que esperar de um país assim?
Uiiiiiiaaaaaaaaaa! Mas é para esperar? Santa ignorância, Batman!
ResponderExcluirvocê ganah dinheiro escrevendo assim?
ResponderExcluirquero uma vida dessa pra mim.
No caso, o ouvidor cometeu crime ao prestar falsa informação no intuito de induzir o a justiça a erro. Se um funcionário presta informação mentirosa é respsável criminalmente. Se um cartório autentica um documento falso deve responder por isso. Mas neste brasil bananéio tudo é possível, até um juiz recusar abrir processo por falta de provas contra Waldomiro, era apenas um filme ...hehehe! essa é a justissa* brasileira.
ResponderExcluir(para o artigo sobre conselho dos economistas)
ResponderExcluirEstrategia: se líderes controlam rebanhos, basta controlar estes líderes para controlar a todos (vd el duce). Assim, os governos (o Estado) obrigam os "rebanhos" a sustentarem sindicatos, conselhos profissionais e etc., e em troca estes rufiões de profissionais, instituídos pela lei que ainda obriga os "rebanhos" a sustenta-los, apenas visam defender o Poder instituído que lhes concede o privilégio de viverem parasitando profissionais, que em sua maioria anuem com a "proteção" destes rufiões que, evidentemente, os doutrinam na ideologia que torna moral o rufianismo destes parasitas sociais, que vivem de vender "proteção" contra os "demônios" que a ideologia inventa. Enfim, como o Rodrigo diz: um vira-latas não morde a mão que o alimenta, pelo menos enquanto esta o faz. Pelo mesmo motivo os inúteis "intelectuais" e formadores de opinião que vivem direta ou indiretamente do Poder estatal, também visam unicamente a defesa deste Poder estatal que os privilegia em sua inutilidade.
Ora, cobra-se impostos daqueles que produzem coisas úteis, pelas quais os indivíduos estão dispostos a pagar (dar em troca o seu trabalho/produto); aqueles inúteis, que quando produzem algo, este algo não interessa aos indivíduos, que não pagariam voluntariamente o que ambicionam por suas inutilidades, têm como meio para a boa vida que almejam, a defesa do Poder que os privilegia, obrigando os úteis a sustenta-los.
Num programa (Luciana Gimenez) um ator solta a pérola: "os empresários deveriam ser obrigados a financiar peças teatrais".
Bem, o Poder estatal obriga os úteis a sustentarem os inúteis e parasitas de toda sorte, até mesmo impõe arbitrários preceitos morais ideológicos (saídos da cabeça de maníacos) como verdade inquestionável, pois que sendo um potencial destrutivo irresistível, coage os indivíduos que então optam pelo mal menor. E é exatamente este Poder coercitivo, destrutivo e usurpativo que encanta parasitas e maníacos com pretensões canalhas que destroem a liberdade e a harmonia entre os indivíduos.
Todo aquele que almeja impor sua vontade subjetiva a todos, seja sua prebenda ou suas manias e obscurantismo recalcado, verá o Poder estatal como meio de atingir sua ambição, e defenderá tal Poder por meio de falácias e ardis, seja clamando pela ordem contra a anarquia, pela "salvação" ou pelo "bem comum" contra o egoísmo dos malvados. Estes tipos asquerosos jamais defenderão a liberdade igual para todos, jamais defenderão a igualdade de direitos (naturais), mas sempre defenderão a obediência às hierarquias em nome se um fim qualquer; a lógica como meio de chegar à verdade será sempre desprezada por estes tipos parasitários ou ideológicos que sempre defenderão a subjetividade dos "eu acho" (achismo) para arbitrar o justo e o injusto, fazendo com que na prática, mesmo que neguem, justifiquem os meios pelos fins ...são apenas canalhas, maníacos ou imbecis (ou tudo junto), e são expressiva maioria.
Abs
C. Mouro
Oi, Rodrigo,
ResponderExcluirDostoievski afirmou em um de seus romances q o advogado é a consciência q a gente aluga...
acho q esse conceito já mofou há muito tempo!
AAAAAAAAHHHHHHH... está explicado, você é economista da PUC como eu, e escreve no MSM como meu amigo Claudio Téllez. Prazer em conhecê-lo. :)
ResponderExcluirÔ RODRIGO , VEJA QUE FALTA UM TEXTO SOBRE AS FAMOOOOOSAS "PARADAS GUEIS"
ResponderExcluiruM ABRAÇO. LÉO
Astúcia e Poder II – 29 – 07 – 2006 -- C. Mouro
ResponderExcluirPerdoe-me Rodrigo, mais uma vez vou usar seu espaço. Mas logo criarei minha página.
Pois creio que divulgar este tipo de estratégia usada para empulhar, muito ajuda a combater tais canalhices.
.
Dividir para dominar:
(...)
Marco Túlio Cícero, há mais de 2000 anos, esclareceu e imortalizou um exemplo de estratégia safada, canalha, ao chamar a atenção para o que se pode fazer com o uso estratégico das palavras para subverter o entendimento e induzir o adversário ao erro por a elas se ater sem precauções. Ele cita o exemplo de um general que tendo combinado uma trégua por trinta dias com o inimigo, atacou-o durante a noite, aniquilando-o. Com tal exemplo, Cícero expõe um artifício não só para ludibriar o adversário mas também para ludibriar a própria consciência, numa tentativa de afastar de si o remorso pela baixeza, pela covardia da mentira desavergonhada; bem como para tentar argumentar contra o conceito ético, e até moral, depreciativo do indivíduo no meio em que está inserido, devido às canalhices que pratica em contrário a honestidade que possa afirmar. Este uso estratégico das palavras tem dupla para os canalhas, serve ao combate prático e combate moral.
A lição, é que se deve analisar muito bem tudo que é dito, esmiuçando as questões com toda precaução, não apenas atendo-nos às aparências que nos são apresentadas, confiando que representam as idéias que nos são propostas. É preciso não deixar pontos obscuros, que bem esclarecidos podem alterar completamente aquilo que as aparências nos informam, ou desinformam.
POR EXEMPLO: quando intrigam a relação entre negros e brancos com as estatísticas que “informam” que os negros ganham menos que os brancos. Fazendo crer aos desprecavidos que mesmo desenvolvendo a mesma função que um branco, até numa mesma empresa, o negro tem remuneração menor por conta do “preconceito racial”, ou que a mulher ganha menos por preconceito sexual. Sem esclarecer que tal é “concluído” pela remuneração média dos negros e brancos, mulheres e homens. De forma a esconder que as funções predominantes entre negros e brancos são diferentes e isso sim é que causa a diferença de remuneração, e não a cor da pele ou, no caso das mulheres, o sexo. Sendo que as funções se devem a qualificação (grau escolar) e a questões históricas, que não têm haveres com discriminação racial ou sexual na atualidade. Fosse assim, e se diria que os desdentados são discriminados, pois que estatisticamente ganham menos que os de bons dentes. E ainda se poderia dizer que os homens são discriminados pela Justiça (justissa), já que o percentual de presidiários homens é muitíssimo maior que o das mulheres.
Estas estatísticas sobre rendas, tão alardeadas pela mídia, visam exatamente intrigar, produzir revolta nos negros e mulheres, criar animosidades (dividir) e faze-los até odiar seus “discriminadores” e caírem nas garras dos “justiceiros” que os “vingarão” através do Poder estatal.
Uma canalhice sem fim.
Abs
C. Mouro
Quando vamos dar nomes aos bois?
ResponderExcluirO maior responsável pela derrocada do país é o JUDICIÁRIO !
Seria o mesmo que responsabilizar o Internacional pelas depredações que os gremistas fizeram no Beira-Rio (se bem que alguns também tentaram fazer justamente isso...)
ResponderExcluirJá faz algum tempo que, tendo um advogado esperto (não precisa ser bom) o lado mais pobre nunca sai pagando a conta em uma demanda judicial.
Sempre se acha algum rico para pagar a conta.
Parem de responsabilizar apenas os poderes Judiciário e Legislativo das mazelas do país, pois o Poder Executivo também burla e opera sem o menor sentido de ética e à revelia dos supracitados Poderes.
ResponderExcluirNoves fora, Rodrigo, é ululante que você é, de fato, um precoceituoso, alienado e conivente com o status quo. Mas tudo bem, a culpa de tudo, claro, é do juíz.
ResponderExcluirNem precisa dizer que é formado na PUC-RJ..