Rodrigo Constantino
Recentemente, por uma jogada de marketing político da campanha de Lula, o tema das privatizações voltou à tona, deixando claro que ainda existe um forte ranço contra o bom senso nesse país. Muitos “nacionalistas” e “estatolatras” – idolatras do Estado – rapidamente foram atacar as privatizações realizadas pelo governo de FHC. Um dos pontos preferidos era bater na tecla de que a Vale tinha sido entregue “gratuitamente” para o setor privado. O único “argumento” para sustentar tal absurdo era comparar o atual valor de mercado com o valor arrecadado no leilão de privatização em 1997, do qual – não custa lembrar – participaram multinacionais do mundo todo.
Desta forma, o lucro divulgado pela Vale vem bem a calhar. A Companhia Vale do Rio Doce divulgou um lucro líquido de quase 4 bilhões de reais no último trimestre, perfazendo R$ 12,7 bilhões no acumulado de 12 meses. E de quanto era exatamente o lucro da empresa que foi avaliada em cerca de R$ 12 bilhões em 1997, uma “pechincha” segundo os detratores da privatização? Girava em torno dos R$ 500 milhões anuais. O valor de mercado da empresa hoje está próximo dos R$ 120 bilhões, ou seja, multiplicou-se por 10 em relação ao valor da época da venda. Mas o lucro, sob a gestão privada, aumentou 25 vezes!
Como fica claro – para os que não sofrem de obnubilação – o valor de mercado da CVRD hoje ultrapassa os R$ 100 bilhões porque o lucro justifica isso. O aumento do preço do minério de ferro e a maior produtividade através da gestão privada explicam porque o valor de mercado da empresa cresceu tanto. Mas quem odeia as privatizações por motivos ideológicos apenas não costuma ligar para os fatos. E que a privatização da Vale foi excelente em todos os aspectos, inclusive no preço da venda, é apenas isso: um fato.
Rodrigo, gostaria de saber quanto era o valor de mercado da Vale em 1997 e quanto foi arrecadado com sua venda. Muito obrigado.
ResponderExcluirRodrigo,
ResponderExcluirparabens pelo artigo.
Depois de sucessivos debates com alguns "estatólatras", cheguei a uma inevitável conclusão: O que os incomoda é o lucro! O abominável lucro que incentiva a criação de produtos e serviços antes acessiveis apenas a rei e lordes de imperios antigos e hoje disponíveis p/ as massas em vasta qualidade e quantidade!
Eles almejam o que podemos chamar de "Lucro Social"! Querem estatais cuidando de creches, escolas! E para isso as "vultuosas remessas de lucro para o exterior" devem ficar aqui, sendo administrada pelos nossos queridos políticos de plantão, que claro, buscam sempre a paz e a "justiça social" dos seus irmãos...
A ingenuidade desse povo não tem fim.
Aproveitando, peço sua visita a meu blog para ler: "O Novo Tigre Sul Americano".
E deixar sua opinião.
http://diego-brasileiro.blogspot.com
Diego.
Creio que atualmente a vale "vale" mais para a "patria" do que antes, pois que arrecada (ou paga) mais tributos.
ResponderExcluirQuanto ao tal mito do "patrimonio púlico", tal patrimônio é do mesmo naipe da bela praia onde o o sinhô presidente usou pra seu lazer: UMA PRAIA DO "patrimônio público" ONDE O PÚBLICO É PROIBIDO DE ENTRAR, ELA É DA MARINHA PARA USO RESTRITO DOS DONOS E AMIGOS DO PODER. OU SEJA, PARTRIMONIO PÚBLICO PRIVATIVO DOS DONOS DESTE FEUDO BANANÉIO.
Seria muito fácil acabar com esse mito idiota do "patrimônio púlico", onde o público é proibido de usufruir de "seu" patrimonio. COISA QUE SÓ IMBECIS PLENOS SÂO CAPAZES DE ACEITAR. Algo ainda mais idiota do que acreditar que papai Noel dá presente para as crianças no natal.
....mas ninguém fala ao público para explicar o quanto é imecilizado com o palavrorio idiotizante.
...Cuisp!
Abs
C. Mouro
Opa, opa, pera lá. Por esse raciocínio de mercado eficiente, o valor de venda da Vale em 1997 dependia das expectativas sobre o seu fluxo futuro de lucros, já sob o setor privado. Desse modo, o valor de mercado de então deveria refletir a performance esperada sob o setor privado.
ResponderExcluirO problema é que você mistura duas questões diferentes: uma, sobre os inegáveis ganhos de eficiência da empresa quando ela foi privatizada, e outra, sobre o preço obtido pelo processo de privatização escolhido no governo FHC. E apitar sobre isso exige estimar um modelinho de leilão bem mais complicado que essa história de "o valor se multiplicou por 10 e o lucro por 25".
Em todo caso, tudo o que esse seu dado parece dizer é que a Vale não espera que esses níveis de lucro (25 vezes o lucro de 1997) se mantenham.
Devagar, homem, devagaaar.
Resposta ao anônimo
ResponderExcluir"A Valepar S.A. arrematou 104.318.070 ações ordinárias, equivalentes a 41,73% do capital votante, pelo valor de R$ 3.338.178.240,00 (R$ 32,00 por ação), correspondendo a um ágio de 19,99% sobre o preço mínimo (R$ 26,67 por ação)." Leia mais aqui.
Esses 41,73% do capital votante representavam cerca de 27% do capital total da empresa. Para saber mais sobre a composição acionária da CVRD em 1997, clique aqui.
O valor de mercado da Vale em 1997 era de aproximadamente R$ 10,3 bilhões. Portanto a fatia da empresa que foi privatizada (27%) valia em torno de R$ 2,78 bilhões - 16,7% inferior ao valor arrecadado com sua venda.
Venda: "...perfazendo R$ 12,7 bilhões no acumulado de 12 meses."
ResponderExcluirLucro atual: "...foi avaliada em cerca de R$ 12 bilhões em 1997"
Como isso é um bom negócio para o país?
Vc acabou de mostrar que ela foi entregue.
Venda: "...perfazendo R$ 12,7 bilhões no acumulado de 12 meses."
ResponderExcluirLucro atual: "...foi avaliada em cerca de R$ 12 bilhões em 1997"
Como isso é um bom negócio para o país?
Vc acabou de mostrar que ela foi entregue.
"Vc acabou de mostrar que ela foi entregue."
ResponderExcluirNão, vc é que acabou de mostrar que é um profeta do PASSADO, pois não havia como saber em 1997 que o preço do minério subiria tanto. E não vamos esquecer que boa parte da performance deve-se justamente à gestão PRIVADA, sempre melhor.
No Estadão: "Igreja quer plebiscito sobre reestatização da Vale"
ResponderExcluirhttp://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2006/nov/17/347.htm
Vamos enviar mensagens a Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales/SP e presidente da Caritas, explicando pra ele que a privatização da Vale foi uma coisa boa para o país, assim como a privatização de qualquer empresa.
Enviem mensagens para:
curia@diocesedejales.com.br
Acho que o principal argumento contra a privatização nao foi abordado no texto: o valor das reservas de ferro, que não entraram no cálculo do valor a ser cobrado...
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