Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
terça-feira, janeiro 16, 2007
O Lucro e a Vida
Rodrigo Constantino
“Profit is like oxygen, food, water, and blood for the body; they are not the point of life, but without them, there is no life.” (James Collins)
Muitas pessoas ainda enfrentam um falso dilema entre o lucro e a vida. Observam os enormes lucros das empresas, especialmente do setor farmacêutico, e comparam isso à delicada situação de muitos pobres que necessitam de remédios que podem salvar suas vidas, sem ter como comprá-los. Concluem, de forma precipitada, que tal quadro é injusto, e partem para a solução fácil, porém errada, de propor a redução do lucro da empresa a fim de salvar a vida do doente. Caso colocada em prática, tal medida iria somente condenar mais pessoas à morte.
Na verdade, é justamente a busca do lucro que faz com que os investidores aloquem seus recursos no setor farmacêutico. Se o retorno sobre o capital investido não for adequado, não teremos investimentos neste fundamental setor que tantas vidas salva. Os remédios existentes não caem do céu, tampouco surgem por conta do altruísmo dos bem intencionados. Eles são resultado de pesados investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em tecnologia, e é justamente o lucro que permite o reinvestimento em novos produtos. Basta comparar a qualidade de vida nos países capitalistas com a vida na Idade Média para entender isso. No ambiente de livre mercado, com empresas privadas competindo em busca do lucro, mais e mais remédios serão produzidos, e a eficiência deles será o determinante para a sobrevivência das empresas. Logo, a sobrevivência das empresas é intrinsecamente ligada à sobrevivência dos consumidores. O lucro é o sintoma de que estas vidas estão sendo salvas, é o oxigênio das empresas que permite melhorar a qualidade de vida dos consumidores.
Somente nos Estados Unidos existem mais de 50 empresas da indústria de remédios com o capital aberto em bolsa. O valor de mercado delas, somado, ultrapassa US$ 1,2 trilhão, enquanto o lucro dos últimos 12 meses chega a US$ 50 bilhões. A Pfizer, por exemplo, lucra cerca de US$ 12 bilhões sozinha. O Viagra, que devolveu a felicidade a muitos, não cai do azul, apesar de sua cor. Empresas como a Johnson & Johnson, Pfizer, Merck & Co, Abbott Labs, Eli Lilly, Bristol Myers Squib, Schering-Plough e várias outras competem entre si, em busca dos clientes, esforçando-se para oferecer os melhores remédios do mercado. Qualquer um que vai a uma farmácia em busca de alívio e tratamento pode verificar o que o capitalismo fez pela humanidade na questão da saúde. Aquela imensa variedade de remédios não existe por causa dos apelos românticos daqueles que pregam fins nobres, muito menos por conta de alguma nação socialista, que teoricamente coloca a vida acima dos lucros. Qual o avanço medicinal advindo da ex-URSS, da Coréia do Norte ou mesmo de Cuba, que muitos ainda acreditam ser um exemplo neste campo?
O intelectual Noam Chomsky, adorado pela esquerda, possui um livro cujo título já expõe essa falsa dicotomia tão disseminada entre lucro e vidas humanas. Seu livro, O Lucro ou as Pessoas?, é uma crítica ao “neoliberalismo”, este fantasma inexistente na América Latina mas ao mesmo tempo culpado por todos os males da região. Chomsky, que defendeu a candidatura de Heloísa Helena nas últimas eleições brasileiras e foi citado com forte empolgação por Hugo Chávez na ONU, é um socialista. Seria o caso de questionar então ao famoso intelectual sobre quantas vidas o regime socialista já salvou, já que sabemos que algo perto de 100 milhões é quanto ele tirou. A Venezuela de Chávez pode ter petróleo, mas não deu contribuição alguma para a evolução medicinal do mundo. Os petrodólares viram armamento para sua milícia ou financiamento para seu movimento socialista na região. E pelo que consta, fuzis AK-47 não salvam vidas como os remédios dos laboratórios capitalistas em busca de lucro.
Creio que poderíamos responder então a pergunta do título do livro de Chomsky da seguinte maneira: ambos! O lucro e as pessoas! Afinal de contas, a busca pelo lucro é justamente o que possibilita o salvamento de tantas vidas. Enquanto isso, Hugo Chávez afirmou que terá o socialismo ou a morte, em seu discurso de posse. Eis mais um falso dilema, já que o socialismo leva justamente à morte, ao menos dos pobres que não fazem parte da nomenklatura. Em resumo, podemos então alterar a pergunta e colocá-la da seguinte forma: o lucro e a vida ou o socialismo e a morte? Façam suas escolhas...
Aqueles que realmente desejam levar os remédios existentes aos mais pobres e salvar vidas, deveriam pregar a redução dos impostos, que encarecem absurdamente os remédios, assim como um ambiente amigável aos negócios, com reduzida burocracia e estabilidade contratual, incentivando assim os investimentos das empresas neste setor. O capitalismo e o livre mercado, eis o que precisamos para salvar mais vidas!
Falam do tal neoliberalismo (seja lá o que isso possa ser) como a desgraça por favorecer o lucro. Contudo no mercado livre os lucros dos laboratórios viram, em parte, investimento em pesquisa e produção de novos remédios (que pagam impostos, enquanto as "artes" não pagam e ainda recebem verbas para mais enriquecer artistas milionários). Mas os paises socialistas compram muitas armas e investem na produção de armas que matam (...hehehe!). O Noam chongas tão elogiado por Chaves e admirador da revolução do Fidel, deve ter esquecido que Fidel usou armas para matar, quando poderia ter usado a dinheirama com que comprou tantas armas para salvar a vida de cubanos pobres ....bem, se as armas são para socialistas matarem, o Chongas certamente aprova.
ResponderExcluir.
Coisa interessante é que ninguém critica o luxo dos governos. A própria ONU tem seus burocratas muito bem remunerados e desfrutando de muito luxo. A própria ONU é luxuosa. Por que não é mais modesta para ajudar os pobres????
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Os socialistas falam de igualdade material, mas não se importam que governaqtes e burocratas inuteis vivam no luxo, e com os frutos do que é literalmente roubado (com uso de força) das populações ...querem igualdade apenas para aqueles que eles determinam que devam ser materialmente iguais. ...é canalhoice, é baixeza para mais de metro e meio.
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Abraços
C. Mouro
PORQUE NÃO CONFIO EM ARTISTAS E INTELECTUAIS
ResponderExcluirSalvo exceções, sempre achei intelectuais e artistas vaidosos, cínicos, falsos, arrogantes, autoritários e escravagistas. Enganam o ‘povão’ se postando como seus defensores contra as maldades da ‘burguesia opressora’ quando na verdade desprezam o povo, pois o consideram rude, sem cultura, de mau gosto e imbecil. Trabalham para as elites poderosas e com elas se lambuzam nas benesses e finesses que só o dinheiro pode comprar. Sempre foi assim, pelo menos é o que deduzo da história. Pintores, escultores, compositores, dramaturgos, poetas, literatos e sei mais quem sempre estiveram a serviço de Reis, Príncipes, Faraós, Papas, Nobres e Aristocratas através os tempos. E digam que é mentira! Só míseros saltimbancos e componentes de Circos Mambembes representavam para o povão e assim mesmo de olho nos salões dos palácios para onde se transferiam assim que desse, atrás das benesses e da glória. Que povo que nada. Povo só para servir de massa de manobra. Por isso gostam de títeres. Por isso amam o comunismo. Por serem vaidosos adoram aplausos e buscam os holofotes, seja no palco ou no poder. Escrevem rebuscado, o povo não entende. Falam usando termos incomuns, o povo bóia. Fazem filmes com mensagens cifradas que só eles entendem. Nas artes plásticas sentem-se superiores quando percebem as caras de abestalhados que os do povo fazem se esforçando para entenderem as mensagens passadas. Claro, não foram feitas para ignorantes e sim para gente fina. Vejam Niemeyer; comunista de carteirinha, mas vejam se apresentou algum projeto para casa popular, simples, barato e que contribuísse para a solução do problema habitacional dos pobres? Nada, que eu saiba. Se houver, peço desculpas. Só palácio suntuoso, obras grandiosas, que consomem grandes recursos (de preferência do povão) e que proporcionam muitos aplausos, claro. Daí que o “must” é ser ou formar com uma elite mandante e autoritária para do alto das torres de marfim olhar a plebe ignara trabalhando para sustentar os ‘inteligentes e sensíveis’ como escravos, que é o que lhes cabe. Sim claro; protegidos da burguesia que terá sido extinta. Aviso: Sou pobre, iletrado e aposentado pelo INSS (empresa privada), porém penso e leio. E trabalho; não sou paria. E quem quiser corrigir meus erros de português fique à vontade.
Grandes talentos arquitetônicos, grandes escultores, pintores estiveram a serviço de quem? E a ópera e os concertos musicais e peças teatrais? São dirigidos a que público? A mais democrática das atividades congêneres é o cinema e assim mesmo o de cunho capitalista, empresarial tipo ‘linha de montagem’ porque o chamado ‘cinema arte’ visa a ‘nata’ e não o povo. Os comunistas de escol acusam a burguesia que os sustenta de racista, elitista, egoísta e outros defeitos ao qual fazem coro os artistas e intelectuais, porque a burguesia aceita sustentá-los desde que tenha sua liberdade preservada e o que eles querem é serem sustentados por escravos, mudos, sem expressão, daí coletivizar a manada mas, mantendo o gosto pelo refinado e aristocrático como vinhos de R$6.000,00 a garrafa, corte de cabelo a R$120,00, lençóis de linho egípcio, relógios Rolex, clássicos da literatura e das artes em edições particulares enquanto o povo continua fedendo em seus ‘conjuntos habitacionais’ nas chamadas ‘comunidades’. Dizem que a burguesia é racista, entretanto, no poder, quantos negros estão realmente influenciando? Tem um ocupando um Ministério jogado a escanteio sem voz e nem verba. E a absoluta maioria? ‘Branca’, ‘intelectualizada’, capitalizada e como se diz nas ruas ‘metida a besta’. No governo republicano de G. W. Bush tinha um negro C.Powell que foi substituído, também tem uma negra C. Rice, de expressão mundial e por certo não foi obedecendo ao ‘politicamente correto’ que foram escolhidos mas sim pela capacidade de trabalho e pela inteligência brilhante demonstradas.
Nasci pobre, estudei pouco, trabalhei muito (sou ex-metalúrgico) vi vários pobres ficarem ricos e outros tantos ricos ficarem pobres, sempre me relacionei com colegas e patrões, brancos e negros, pobres e ricos com igual dignidade e respeito e ainda criei um filho de um comunista (abandonado pelo pai nos primeiros dias de vida) que hoje é Doutor, mas que pela atitude do pai poderia estar embaixo de uma lona num acampamento do MST. Por isso é que eu estou convencido: essa gente é, realmente, ESCRAVAGISTA.
A propósito do artigo, leiam o comentário de Giselle Gil acerca de um artigo sobre Cuba escrito por Olavo de Carvalho publicado na revista Época.
ResponderExcluir"Prezado Olavo de Carvalho,
Acabei de ler o seu artigo publicado pela revista Época desta semana. Não pude deixar de viajar no tempo e reviver todo o sofrimento que passei naquela ilha.
Não fui fazer turismo, vivi na ilha durante alguns meses, pude conhecer pessoas e convivendo com elas no dia a dia perceber a dureza de sua realidade.
Embora o aspecto seja paradisíaco, há muita miséria neste país. A pior de todas é a miséria moral, a cultura da mentira, mas isso o turista não percebe...
Meu marido era diplomata e foi servir em Cuba. Eu incentivei a escolha, principalmente em razão do nosso filho que estava para nascer, pensando que nada lhe faltaria: teria os alimentos básicos, vacina, um bom pediatra... era isso que importava, não estava preocupada com pequenos confortos supérfluos e acreditava piamente que não passaria nenhum tipo de necessidade.
Doce ilusão...
Não consegui as vacinas para o bebê, tive de pedir a amigos que as trouxessem do Brasil, embora Cuba exporte vacina. Como entender, se lá estão sempre em falta?
Descobri que em Cuba você não tem empregados, todos os trabalhadores são funcionários públicos. Você contrata uma empresa (Cubalse), paga dez vezes o valor que é repassado ao trabalhador (explorado). Logicamente contratei uma babá no mercado negro. Pagava a ela US$ 100,00, o que era uma verdadeira fortuna em termos cubanos, uma vez que esta senhora era enfermeira formada e recebia US$ 10,00 de aposentadoria e o marido, médico, outros US$ 15,00.
A família estava numa tal situação de penúria que um dia vi que ela recolheu do lixo umas peles de frango que eu havia jogado fora, com aquilo ela pretendia fazer uma canja e estava satisfeitíssima.
Além dessa senhora eu tinha também uma empregada que fazia o serviço de casa, a situação desta outra era bem melhor que a da babá, pois o marido trabalhava num bar e ganhava gorjetas em dólares. Esse é outro problema de Cuba, os jovens estão desistindo de estudar, pois vale mais a pena trabalhar com turistas, onde podem receber um pouco mais.
Tratar a todos de forma igual nem sempre é justo, muitas vezes beneficia o preguiçoso. Assim eu me sentia quando ia a uma das feiras. Havia muito pouco que comprar, e em moeda cubana nada era barato. Oras, se o agricultor colher vinte cebolas, receberá por elas US$ 5,00; se colher duzentas receberá US$ 5,00, se colher duas mil, seu prêmio será o mesmo. Solução: comida de potinho comprada no Diplomercado.
Não me pergunte o que as crianças cubanas comem, não consegui descobrir.
O que me deixava louca era a forma com eles mentiam. No prédio onde eu morava, quando aluguei o apartamento me garantiram que não havia nenhum problema com o abastecimento de água. Ocorreu que, pelo menos três vezes por semana, não havia água nas torneiras.
Fui pedir a um administrador do prédio que me avisasse um pouco antes para que pudesse armazenar um pouco de água ou me programar de forma que não me pegasse desprevenida. Ele me olhou, sorriu e disse: "Neste prédio nunca falta água". Tentei argumentar, ele respondeu categoricamente a mesma coisa. Entendi o recado... e era o mesmo que a tv noticiava todos os dias: Cuba era a ilha da fantasia, nada de ruim acontecia lá... Fidel distribuía diplominhas de alfabetização e na reportagem seguinte, de forma muito didática, apareciam crianças brasileiras com os dedos decepados pelo trabalho...
Toda a miséria de Cuba é culpa do Embargo. É ele quem mantém Fidel no poder, porque os cubanos acreditam nisso e não vêem que nada produzem, além de cana-de-açúcar (rum), em uma quantidade que para nós é insignificante, e charutos. O resto chega por navios ou não chega.
O controle da população é incrivelmente eficaz. Fidel institucionalizou a fofoca. Em cada quadra existe um CDR (Dentro de Defesa da Revolução) onde vizinhos se reúnem para proteger o regime. Lembro-me que certa vez meu esposo emprestou um livro de poesias a um garagista do prédio... o rapaz foi visto lendo o livro e foi inquirido se as poesias eram marxistas ou anti-marxistas. Os bons comunistas têm algumas regalias, os melhores empregos, os melhores colégios para os filhos e outras vantagens. Os que não concordam acabam por ser punidos, de uma forma ou de outra, além disso muita gente continua morrendo "comida por tubarões".
Apesar de todas as dificuldades, eu não pensava em voltar ao Brasil, mas tive de retornar muito precocemente e sem o meu esposo, que faleceu vítima de um erro de diagnóstico, aos trinta anos. Ele sofreu um típico infarto em casa (não sou médica, mas todos os sintomas eram de infarto) e eu corri ao Hospital Cardiovascular de Havana, onde me disseram que meu marido estava bem (fui tratada como louca) e, depois de deixá-lo esperando sentando num banco por pelo menos duas horas sem socorro, ignorado pelos médicos, pedi que lhe dessem alta, pois via que a situação estava se agravando. Ao chegar ao carro ele começou a ter convulsões, e eu fui correndo chamar o médico, que, com muita má vontade, chegou na janela do carro e disse a ele que respirasse devagar. Inconformada e desesperada, levei-o imediatamente para a Clínica Cira Garcia, onde o primeiro diagnóstico foi hipoglicemia, depois me disseram que na verdade ele estava tendo uma embolia pulmonar, mas que o caso era simples, embora necessitasse de uma UTI. Transferiram meu marido para o terceiro hospital, Hermanos Almejeras, lá o médico veio conversar comigo, confirmou o diagnóstico de embolia pulmonar e me disse que ficasse calma, pois ele estaria bem e em poucos minutos eu poderia vê-lo... Não houve tempo: ele faleceu antes disso. Uma semana depois recebo o atestado de óbito com o laudo do exame necrológico: Infarto agudo do miocardio. Não creio que seja necessário descrever toda a minha dor, mas a minha revolta, esta sim, sempre fiz questão de revelar, pois após todo esse episódio escrevi uma carta ao Ministério da Saúde de Cuba, denunciando principalmente a maneira desumana como meu marido foi tratado no Hospital Cardiovascular. Fiz isso não por mim, nem por meu marido, mas por todos os cubanos, que não podem nem reclamar. Obtive uma resposta cínica onde simplesmente me disseram que a demora no atendimento não tinha nexo com o falecimento do Marcus.
Não houve realmente demora, o que faltou foi diagnóstico e dignidade. O preço que paguei por acreditar em Cuba foi alto demais. Por isso, mais que testemunha, sou vítima e infelizmente não sou a única. Não sei qual o futuro de Cuba, nada tenho contra Fidel, amo esse povo oprimido, que soube ser solidário comigo na minha dor, mas não creio que a situação possa se manter por muito tempo. quarenta anos é demais e se o povo estivesse satisfeito não haveria necessidade de censura. Estou certa de que as coisas vão mudar, apenas não sei se vão melhorar ou piorar.
Parabéns pela coragem de publicar esse artigo, estou certa que vai desagradar a muita gente que usa essa imagem mentirosa que Cuba procura vender (e investe muito em propaganda) de país modelo de educação (sem ter lápis, livros ou papel) e saúde pública.
30 Jan 2001
Giselle Gil"
Caro J. Rodrigues,
ResponderExcluira prostituição artistica com o Poder é muiiito antiga mesmo. E pelo menos um autor do sec XIX levantou essa lebre.
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Talvez o conceito dos artistas nos velhos tempos, vistos com maus olhos pela população decente, seja devido a essa tentdencia deles se prostituirem e andarem sempre enrabichados com o Poder a fim de usufruirem privilégios.
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O Estado, o Poder, lhes concede privilégios e eles retribuem como formadores de opinião, defendendo o Poder estatal, defendendo um Poder totalitário que os privilegie.
...argh!
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Abs
C. Mouro
Constantino,
ResponderExcluirLucro representa saúde, não somente das empresas, mas de todo o sistema. Sem lucro, sem dinheiro, nem o amor se sutenta.
Um abraço
Olá! Recebo seus artigos por e-mail, mas ler no blog é mais divertido pq tem comentários! Se bem que não há o que comentar aqui, exceto que isso deveria ser dito com mais freqüência.
ResponderExcluirAh, e o Chomsky escreveu sobre a Heloísa Helena? Cruzes!
Não li isso...ainda bem! =)
Abraço!
Já que J. Rodrigues citou Niemeyer, vou desengasgar.
ResponderExcluirA onipresença de Oscar Niemeyer há muito me incomoda e deve incomodar também a qualquer arquiteto que tenha vergonha na cara. Aliás, deveria incomodar a todo brasileiro que paga pelos projetos dele. Não me incomodo com críticas quando digo que a única coisa que ele sabe fazer são monumentos ao seu próprio ego descomunal, totalmente desprovidos de funcionalidade ("Sem embargo de sua reputação, Niemeyer é conhecido porque seus prédios, apesar da beleza externa, atentam contra a economia e pecam pela falta de funcionalidade", disse Almir Pazzianotto em 1993 ao se opor à escolha do escritório do arquiteto; "...recentemente vimos um grupo de usuários de cadeira de rodas frustrar-se na tentativa de visitar o Memorial JK, desprovido de rampas, embora o autor do projeto seja um humanista(?) como Oscar Niemeyer..." O Globo).
Mas não cabem aqui críticas arquitetônicas, e sim os incontáveis projetos sem licitação que faz para os governos. Governos no plural, porque passou por todos, desde JK, incluindo os dos militares, como se fosse o único arquiteto brasileiro. Não é estranho um comunista assumido e falastrão nunca sequer ter passado uma noite no xilindró durante os anos de chumbo? Apenas um depoimentozinho no DOPS e só? Em 67, após projetar – sem licitação, suponho – o aeroporto de Brasília, inventou que estaria impedido de trabalhar no Brasil, e se mandou para Paris. Pudera, com o salário que ganhava do governo, a título de manutenção de Brasília, até eu que, sou mais burro, iria. Esse salário, segundo matéria do Globo publicada há uns dez anos, até então ainda era pago e girava em torno de quinze mil reais e não incluía nenhum serviço extra. Afastar um móvel para o reparo de uma tomada, por exemplo, era cobrado por fora.
Não é concebível que, desde construir prédios descomunais até reparar sofás rasgados, tudo em Brasília tenha que passar pelo escritório do Niemeyer. É o galinheiro da Marisa, a churrasqueira do Lorenzetti, monumento ao sem-terra, enfim, qualquer alfinete que o poder público resolver trocar de lugar, tem que ter o aval do dito cujo. Que mamata! E tudo sem licitação. Volta e meia um ou outro que não tenha levado um cala-boca reclama, mas não adianta nada (Em 1996 o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, contratou sem licitação o escritório de arquitetura do amigo Niemeyer depois de anular um processo de concorrência para fazer o projeto do complexo de edifícios que vão abrigar os gabinetes dos subprocuradores-gerais e o setor administrativo do Ministério Público Federal. O engenheiro Marco Bichara, chefe da assessoria de edifícios da procuradoria e responsável pela fiscalização da obra, afirmou que havia uma grande comissão, 20%, que seria rateada entre o procurador e a construtora, e que 5% seriam destinados ao engenheiro Rui Barros, foi afastado por Brindeiro e declarou: "Sou a parte mais fraca da história e Isso está acontecendo porque tive a ousadia de comprar uma briguinha com a empresa que representa o nome de uma pessoa inatacável.").
E isso é só uma mostra...
Taí!
ResponderExcluir"Sem embargo de sua reputação, Niemeyer é conhecido porque seus prédios, apesar da beleza externa, atentam contra a economia e pecam pela falta de funcionalidade"
O sujeito se inspira nos quadrinhos do Flash Gordon, e tem um escritótrio onde ele expropria a mais valia dos trabalhadores, enriquecendo-se principalmente com a ajuda da burguesia que estranhamente o adora.
Ou seja, a quantidade de tempo socialmente necessário para produção dispendido por Niemeyer jamais daria a ele uma infima parcela da fortuna que ganha. ...mas o traste stalinista não se importa por estar expropriando a mais valia dos seus funcionários e muito menos de estar sugando através do Poder da classe governante um ganho imerecido, extraído pela força da classe trabalhadora e da burguesia.
Eita mundão véio sem porteira,
sem eira nem beira
numa mão exibe a cruz
e na outra a cartucheira
Anjos que prometem a luz
escondem a própria cegueira
dialética que a tudo traduz
faz do mundo uma besteira.
e eu aqui só de bobeira
falando desta maneira....
Abraços
C. Mouro
Na mesma tocada, 50% ou mais dos economistas liberais fizeram doutorado nos EUA com dinheiro público.
ResponderExcluirSe é tamanho o desperdício, porque eles não recusaram as bolsas da Fapesp?
Por que eles não xingaram o Capes e recusaram, em um ato de repúdio ao gasto do Estado com privilegiados em nome do bem comum?
Por que eles aceitaram as bolsas para mestrado aqui no Brasil antes, quando este foi o caso? Por que não fizeram um cheque, em público, assim que se viram formadas as suas convicções liberais, de todo o dinheiro que a USP, a UFRJ, o IME, o ITA ou qualqer outra escola pública gastou com a educação deles?
Eu acho que eles não deveriam cometer uma loucura destas, assim como não acho que o ex-presidente não deve devolver a sua aposentadoria antecipada de professor da USP, por mais que ele diga que isto é um privilégio indevido.
O AK-47, a arma que mais matou gente no mundo, é um exemplo de como o capitalismo e a ordem da sociedade wue é verdadeiramente uma democracia de mercado pode salvar vidas. E como o socialismo só gera pobreza e destruição.
ResponderExcluirComo foi criado por um país comunista, o projeto vazou e não tem ninguém para reclamar o copyright.
O rifle de design simplório é criado e recriado pelo mundo afora.
Eu acho que o mesmo vai acontecer com os softwares assim chamados open-source.
Daqui a pouco, a computação necessária para a construção de armas de destruição em massa poderão ser feitas em um PC comum, rodando o Linux que não é protegido por nenhuma patentee não tem segredo industrial envolvido, justamente porque não está à venda, logo fora do controle das sociedades verdadeiramente livres.
Ah, a liberdade enganosa dos bolcheviques do software ainda irá dar o segredo da bomba de mão beijada para os inimigos da civiização.
E no caso de oligopólio? Não deve haver interferência do governo? O setor farmacêutico é um exemplo de oligopólio?
ResponderExcluirOligopólios costumam se sustentar pela ajuda do próprio governo. Vide o mais famoso de todos, a OPEC. No livre mercado, se a entrada for livre, um oligopóplio irá existir somente se for mais competitivo que alternativas.
ResponderExcluirPara Ricardo Fróes, um esclarecimento:
ResponderExcluirPor Lei, é PROIBIDO licitar por preço, um trabalho intelectual especializado. Quando muito, deve ser através de concurso, em que o preço não é parâmetro para escolha.
Jaboticabo,
ResponderExcluireles não fizeram isso, creio eu, porque o dinheiro que sustenta as USPs, as UFRJs e demais entidades públicas vem do governo via impostos. Logo, bem ou mal, eles já bancavam a universidade brasileira antes de entrar lá...
A Esquerda do Brasil, na verdade, sempre foi e ainda é vendedora de ilusões e, portanto, não passa de "uma grande picareta". Não discute idéias e sim ideologias vazias e sem fundamentos em fatos sólidos. Infelizmente, e aí por culpa da Direita, o nosso povo, incluindo a elite, é pouco educado e se deixa levar por essa conversa esquerdista que não leva a lugar nenhum, porém é sedutora. Para piorar a situação, o resto da América Latina também se deixa levar por este tipo de conversa. Ainda vamos penar por muito tempo para podermos avançar para o primeiro mundo. Mas é importante difundir e mostrar que há pessoas que defendem o tal "neoliberalismo" e que este, se bem empregado, pode servir para melhorar a distribuição de renda e diminuir a pobreza, caso contrário, esses esquerdistas continuarão se achando os donos da verdade e acima do bem e do mal, coisa que não são e não estão.
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