Rodrigo Constantino
O novo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, afirmou durante seu discurso de posse que o Estado brasileiro é "raquítico". O governo precisaria de mais quantidade e qualidade de funcionários públicos, segundo Pochmann. Para o economista, parece que ainda não é suficiente um governo que arrecada em impostos quase 40% da riqueza produzida, possui uma burocracia asfixiante, intervém absurdamente na economia e oferece serviços caóticos aos "súditos". Não importa também que os salários médios do setor público sejam praticamente o triplo da média no setor privado, que é quem paga a conta. Os hospedeiros pagadores de impostos precisam carregar mais parasitas ainda nas costas. Se sofremos de leucemia, a solução são mais sanguessugas!
A mentalidade de Puchmann, alinhada com a do governo, demonstra profundo ranço mercantilista, assim como forte influência do positivismo. Somente o Estado pode ser a locomotiva do crescimento econômico para essa turma. Eles ignoram que o setor público não conta com os incentivos adequados para a eficiência na prestação de serviços. Quem já foi a uma repartição pública sabe disso, e não pode achar a menor graça na piada de mau gosto do economista da Unicamp. É justamente a busca pelo lucro que garante o eterno esforço da empresa privada em ser mais produtiva e eficiente, atendendo as necessidades dos consumidores. Precisamos de mais privatizações, não de aumento do setor público. Os maiores obstáculos que prejudicam o crescimento econômico vêm justamente do governo. Impostos elevados, burocracia onipresente e excesso de intervenção estatal na economia são os grandes inimigos do progresso econômico. O Estado brasileiro é obeso, inchado e paquidérmico. Mas o novo presidente do Ipea acha que ele vem sendo destruído ao longo dos anos, sendo "raquítico" atualmente. Só posso concluir uma coisa: Pochmann sofre de uma anorexia às avessas. Ele olha um mastodonte obeso e enxerga algo esquelético.
Em tempo: Pochmann também disse que não há risco de procurar tutelar as pesquisas do Ipea conforme os interesses do governo. Parece que logo depois o coelho da Páscoa e o Papai Noel confirmaram esta promessa.
eis o que dize Marcio Pochmann abaixo sobre o numero de funcionarios publicos no brasil.....
ResponderExcluirAo tomar posse, ontem, ele defendeu a redefinição do papel do Estado, que considera "raquítico", a contratação de servidores e prometeu manter a independência do Ipea.
Segundo ele, nos últimos 20 anos o Estado brasileiro foi "destruído". "O Estado é raquítico. O corpo de funcionários públicos representa 8% da população ocupada, na década de 80 eram 12%. Nos EUA, 18%, na Europa, 25%, na Escandinávia, 40%", afirmou.
Segundo pochmann o numero de funcionarios publicos e calculado como uma percentagem da pop. economicamente ATIVA!
Como achei os numeros estranhos resolvi fazer os MEUS calculos para verificar os dados de porchmann e cheguei a numeros MUITO DIFERENTES!!!
vejam abaixo:
total numero de funcionarios publico EUA 16 milhoes (2,7 federal) X 9 milhoes (1.3 federal) Brasil
total pop. economicamente ativa EUA 140 milhoes x 64 milhoes brasil
portanto nos EUA temos 11,42 % de funcionarios publicos enquanto no brasil temos 14,06% de funcionarios...isso difere muito dos numeros do nosso academico de 8% aqui contra 18% nos EUA!
se contarmos somente os funcionarios federais os numeros ficam de 1.92% nos EUA vs. 2.03% (Brasil).
referencias:
(http://ftp2.census.gov/govs/apes/06stlus.txt)