Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
terça-feira, novembro 25, 2008
Doutrinação Ideológica
Rodrigo Constantino
“O homem, como qualquer outro animal, é por natureza indolente; se nada o estimula, mal se dedica a pensar e se comporta guiado como um autômato.” (Albert Einstein)
Na última edição da revista Veja, a entrevista com a antropóloga Eunice Durham merece destaque. Ela constata um fato bastante conhecido, mas infelizmente muito ignorado no país: a péssima qualidade do nosso ensino se deve basicamente à péssima qualidade dos nossos professores. As universidades de pedagogia estão totalmente impregnadas de ideologia, e os aspirantes a professor são bombardeados com jargões de esquerda. Cria-se um ciclo vicioso e perverso, onde os professores não passam de papagaios de chavões ideológicos, doutrinando seus alunos da mesma forma.
Eu posso atestar isso por experiência própria. Minha filha, que completou apenas sete anos e, portanto, freqüenta o primeiro ano do ensino fundamental, teve que fazer uma pesquisa sobre Zumbi dos Palmares, por conta do feriado de cunho racista, o Dia da Consciência Negra. Eu sugeri que ela levasse a reportagem O Enigma de Zumbi, também da revista Veja, pois trata exatamente do assunto pedido, de uma forma menos convencional. Estudos mais recentes feitos por historiadores mostram que Zumbi, muito provavelmente, tinha escravos. Ou seja, ele lutava pela sua própria abolição, mas não pela de todos os escravos. Isso derruba o mito criado sobre sua pessoa, e faz todo o sentido, pois na época era comum os negros terem escravos também. Diga-se de passagem, a escravidão em alguns lugares da África durou até o século XXI, sendo uma das últimas regiões do mundo a abolir a escravidão.
Devemos constatar o fato infeliz de que a escravidão acompanhou a humanidade desde os primórdios. Cada povo conquistado acabava virando escravo do conquistador. O próprio termo slave vem de “eslavo”, porque os Vikings escravizaram os eslavos. A prática nefasta da escravidão terminou com a pressão exercida desde as idéias iluministas, com base no direito natural de Locke, abraçado pelos “pais fundadores” dos Estados Unidos. A Declaração de Independência escrita por Jefferson foi uma das principais armas contra a escravidão, usada pelos grandes abolicionistas. Mas resgatar esses fatos todos não interessa nada à agenda politicamente correta da esquerda, que tenta vender uma imagem distorcida da história, onde brancos malvados escravizaram os negros inocentes. A esquerda no fundo parece desejar a segregação em raças, alimentando o ódio por causa da cor. A própria bandeira das cotas raciais não passa de um racismo com o sinal invertido. Em vez de julgar indivíduos com base no caráter, como sonhava Martin Luther King Jr., acaba-se julgando justamente a cor da pele.
Mas voltando ao caso de minha filha, eis que sua professora simplesmente afirmou que a reportagem sobre Zumbi era falsa. Ponto. Nada mais foi dito, nenhum dado novo foi citado, nenhum argumento foi preciso. A professora se limitou ao apelo da autoridade, que se tratando de uma criança indefesa de sete anos, chega a ser uma crueldade. Não houve uma mínima preocupação em estimular a curiosidade nela, em despertar o desejo de buscar mais conhecimento, de querer a verdade. Não passou pela cabeça da professora que o pensamento crítico é fundamental, que as crianças devem aprender a pensar, e não a repetir dogmas. Provavelmente sem se dar conta, a professora repetiu a doutrinação ideológica que deve ter sofrido em sua faculdade. Zumbi não teve escravos. A reportagem, com base em vários estudos novos de diferentes historiadores, é falsa. Simples assim. Ela tem que ser falsa, pois, caso contrário, afeta todo o discurso politicamente correto da esquerda.
O caso não é isolado, tampouco novidade. Minha filha mesmo, na mesma escola, “aprendeu” no Dia do Índio que os índios eram bonzinhos, e que os brancos malvados acabaram com eles. Não obstante o fato de que nenhum desses professores vive numa oca, resta perguntar se eles já ouviram falar de Montezuma, ou de Ataualpa, ou então da prática comum de canibalismo entre os índios brasileiros. Arrancar coração de inocentes, muitas vezes crianças, para fazer oferenda aos deuses é ser “bonzinho”? Nem quero pensar o que é ser malvado para essa gente. Se até mesmo o genocida Fidel Castro é idolatrado por muitos deles... No fundo, a mentalidade de “bom selvagem”, herança maldita de Rousseau, dominou o pensamento dos “intelectuais”. Cortez e Pizarro podem ter sido cruéis, mas nada muito diferente do que seus inimigos indígenas. Por que vender a falsa imagem de que os índios eram “bonzinhos” e viviam no paraíso até que os homens brancos malvados estragaram tudo? Por que fazer isso com crianças indefesas, que carregam essas crenças com elas? Por que fechar suas mentes com dogmas, em vez de ensinar a pensar por conta própria, a buscar de forma independente e honesta a verdade? Isso sim é uma crueldade sem tamanho!
É importante salientar que minha filha estuda em colégio privado. Se isso ocorre com freqüência nas escolas privadas, imagine o que se passa no ensino público! A lente marxista filtra todos os fatos antes de chegar aos alunos. Estes não aprendem a pensar de forma crítica, mas sim a repetir dogmas. E ainda acusam os outros de alienação! A inversão da realidade sempre foi uma prática comum da propaganda socialista. Para piorar a situação, o governo tem poder demais sobre o ensino no país, e isso apenas reforça o ciclo vicioso, pois é do interesse dos que governam manter o povo na ignorância. Quem aprende a pensar por conta própria, a desenvolver um raciocínio verdadeiramente crítico, não costuma ser vítima fácil dos oportunistas de plantão, em busca de votos para concentrar mais poder. A inteligência crítica não combina com o populismo tupiniquim.
Essa contaminação ideológica no ensino não é monopólio nacional, ainda que a situação esteja muito grave no Brasil. Mas nos Estados Unidos mesmo ocorre algo parecido, e não é de espantar o fato de que o ensino caseiro tem crescido bastante nas últimas décadas. Os pais andam cansados de tanta ingerência estatal no ensino de seus filhos, de tanta doutrinação ideológica, que em vez de formar seres pensantes, deforma a mente dos indivíduos. Antes de pregar que a educação é a solução para todos os males do mundo, cada um deveria questionar qual educação. Pois educação não é panacéia, principalmente se for doutrinação ideológica, em vez de educação verdadeira. Diploma apenas não é educação nem aqui, nem em Cuba, onde até as prostitutas possuem um. Os pais precisam lutar contra esta tendência preocupante, caso não queiram ver seus filhos virando papagaios de dogmas marxistas.
Constantino
ResponderExcluirNo caso da sua filha, não seria apropriado que você fosse na escola questionar a professora?
E mesmo que voce nao tenha tempo pra ir lá pessoalmente (estou supondo), um telefonema pra professora e talvez tb pra diretora já nao surtiriam um bom efeito?
Digo isso pois acho q muitos professores tem esse tipo de atitude q vc descreveu justamente por pensar q os pais nao irao se manifestar num caso como esse.
Nao tenho filhos, mas quando estudei nao me lembro muito extamente do q se falou em sala de aula dobre Palmares, mas apenas q os Quilombos eram locais q os negros se refugiavam, apenas isso
Já num livrinho de ilustraçao da biblioteca, trazia a história de Zumbi e dizia q ele tinha preferido se matar se jogando do penhasco do q ser capturado, que foi o que de fato ocorreu.
Abraços
Augusto,
ResponderExcluirEu sugeri a minha filha que ela proponha um debate, e eu aceito ir até a escola. Ela, naturalmente, tem vergonha de propor isso, pois a professora é A Autoridade. Disse que se eu quisesse, eu poderia propor isso diretamente para a professora. Talvez eu faça isso mesmo...
Rodrigo
Outro dia li sobre dissonância cognitiva. Muito interessante. Antes de debater com essa cumpanhêra, talvez seja bom dar uma olhada neste "impecilho cerebral", que tende a dominar o raciocínio desse tipo de gente.
ResponderExcluirmeu amigo... tenho 18 anos,defendo o liberalismo e vc n sabe o que eu ja passei em salas de aula no rj mesmo,semana passada ao comentar sobre a crise tive que ouvir o idiota do meu professor mandar a "raça neoliberal" da qual eles culpam tudo que há na humanidade,independente do nexo,ja ouvi até afirmarem que o liberalismo é o culpado do imperialismo,e isto sem acrescentar coisas que viraram valores inalienaveis,como o fato de que o governo deve fornecer as coisas. imagino pessoas como eu e vc que tentamos discutir a presença do estado combatendo uma multidão que nem consideram isto uma possiblidade,ja partem da premissa estado melhor ou pior... estamos perdidos rodrigo,e infelizmente assim como eu que curso agora meu ultimo ano no colégio,sua filha ainda ira sofrer muito.
ResponderExcluirnão sei se vc acompanhou uma pequena polêmica gerada pela divulgação do jornalista ali kammel da globo sobre os textos que encontrou no material didatico público... nesta época até tiv uma carta publicada no globo,isto eu tinha 16 anos e o responsável pelo material didatico,o ministro da educação fernando haddad(curiosamente responsavel forte pelo aumento de cotas atuais) admitiu a culpa e disse mudar o material didatico e enfim,a poêmica morreu. meu deus,vivemos uma ditadura dentro das classes de aula,em escolas privadas ensina-se um esquizofrênico sentimento de ódio a sua própria classe. ensinam que o individualismo é o problema do mundo e que o neoliberalismo é totalmente atuante.ensinam david ricar e adam smith como malévolos e marx - ao qual dedicam uma carga horária absurda - é tido como um deus. eles passam um louco sentimento de que ser marxista é ser diferente,conquistando tietes e fãs,geralmente crianças que buscam atenção e algo que as torne impar,tudo isto fazem dizendo que o coletivismo é a chave.as crianças não percebem nem que se
ResponderExcluirquerem ser diferentes a chave não é o coletivismo nem que todos ao redor são marxistas,impossibilitando o tão desejado destaque,é uma manipulação pensada!
recomendo que vc fale esporadicamente sobre isto,pois julgo ser o assunto de maior importancia no momento, e tem sido minha luta pessoal.
marxismo, "guevarismo" e petismo são matérias oficiais das salas de aula.
"Ela constata um fato bastante conhecido, mas infelizmente muito ignorado no país: a péssima qualidade do nosso ensino se deve basicamente à péssima qualidade dos nossos professores."
ResponderExcluirÉ como eu sempre digo: Se os professores brasileiros não ensinarem comunismo, vão ensinar o quê?
O problema da ideologização do ensino no Brasil já tem 3, 4 décadas. Os professores de hoje, em grande parte, foram vítimas de outros professores, que, aliás, também ensinaram a pessoas que hoje são jornalistas, economistas, advogadas etc.
Mudar esse quadro é uma tarefa difícil e demorada, ao meu ver.
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ResponderExcluirComigo ainda acontece essa doutrinação na faculdade.
ResponderExcluirProfessores de história e sociologia são os piores, no meu caso é o professor de sociologia.Eu curso economia e infelizmente tenho de fazer essa matéria.
O professor fica o tempo todo falando de Marx, pediu (obrigando) para que lêssemos um capítulo do capital que obviamente eu não li.Ele critica o liberalismo econômico, e adora frases prontas .Faz parte do grupo dos alarmistas ambientais, os seres supremos capazes de prever o futuro da humanidade.E ele tb soltou em sala de aula que os grandes críticos estão dizendo que essa crise significa a decadência do império norte-americano.
Sem falar que no primeiro dia de aula ele chegou dizendo que achava o método de ensino super ultrapassado, onde o professor é a autoridade e os alunos submissos.Porém foi só eu discordar dele sobre o culpado da atual crise econômica que ele me mandou calar a boca.Alunos que ficam com aquele discurso de que burguesia era isso, aquilo, de que o capitalismo é malvado, comentam a aula inteira e ele deixa.Ou seja, vc tem que pensar como ele, aí sim o ensino é prgressista.Caso contrário, cale a boca, foi o que ele fez comigo.
Rodrigo, tem uma coisa que queria te pedir: referências de livros de micro e macroeconomia ortodoxos ou não keynesianos.
ResponderExcluirÉ duro ser estudante de economia em universidades federais e defender o liberalismo.A maioria dos professores são Keynesianos e a acabo tendo esse lado da economia muito mais do que a economia clássica ou neoclassica.
Queria referência de bons livros para estudar sozinho.
Ainda estou no primeiro ano de faculdade, mas já conheço o liberalismo, e leio sempre seus artigos.Já pensei e devo me filiar ao instituto liberal.Tb queria saber se posso tirar dúvidas sobre economia neoclassica com vc, qdo eu tiver, pois já espero que na faculdade esse lado seja quase suprimido ou passado de forma as vezes irônica, como se nada daquilo funcionasse, como tem sido até agora.
Abraços.
Perfeito! Eu passei por isso com quatro filhos que estudaram na mesma escola. Infelizmente católica, por sinal.
ResponderExcluirNão que eu tenha nada de específico contra padres e freiras. Minha pinimba é com religiões em geral. Mas, como sempre fui voto vencido na democracia aqui de casa, fui obrigado a aceitar as vontades da maioria, até porque o colégio em questão não é xiitamente católico, tanto que nenhum dos meus filhos quis fazer primeira comunhão e não fizeram.
Acontece que um belo dia fui obrigado a comprar um livro do Frei Betto, que a minha caçula teria que ler para fazer uma prova de português e, por curiosidade dei uma folheada no dito cujo - Hotel Brasil, se não me engano. Constatei que o romance envolvia sexo, estupros, drogas, assassinatos e todo o tipo de desvios de caráter, narrados em minúcias por um padre! Mas o agravante é que a minha filha tinha dez anos.
(“O mundo no qual se encerrava tinha as janelas apenas para a luxúria dos homens cuja apetência da genitália saliva pelos olhos.”) Pena que não tenho mais o livro. Só consegui um trecho pela internet.
É lógico que fui ao colégio, fiz a madre superiora ler algumas passagens, e a minha filha foi dispensada de ler o livro e da prova, junto com metade da classe dela, com cujos pais consegui me comunicar.
A situação é tão grave que daqui a pouco vão dar como leitura para crianças as poesias erótico-onanistas de Tarso Genro, só porque ele é mais um palhaço do sistema. Isso assusta.
Pronto, está a armado o circo para pais revoltados com o que ensinam na escola...
ResponderExcluirMas fique tranquilo RC, você é livre para abrir uma escola e ensinar o liberalismo ...
É mesmo, Maurício? Vc nunca escutou falar do MEC?????
ResponderExcluirConcordo plenamente contigo, Constantino. Só achei meio derogatório no final quando você apontou a situação em Cuba onde 'até as prostitutas' têm diploma de curso superior. Imagino que seja factual, mas peguemos leve com as meninas, elas estão apenas exercendo seus direitos fundamentais de self-ownership e troca voluntária. :-)
ResponderExcluirMarco, eu não quis pegar muito pesado com as "garotas de programa". É apenas que para exercer esta tarefa, o dimploma não se faz um quesito necessário...
ResponderExcluirRodrigo
As mais duras lutas pela liberdade devem começar com a educação, pois é ela que de fato constrói os rumos dos indivíduos e das sociedades. Com a mentalidade coercitiva na escola, que torna "verdadeira" qualquer coisa dita pela Autoridade, os horrores podem acontecer facilmente. O "ensino crítico", isto é, "ensinar o aluno a pensar", nada mais é do que pôr, através da força bruta, nas cabeças das pessoas ainda em idade de "tábula rasa" (Locke), as "idéias" e as (arbitrárias) opiniões dos manda-chuvas. Acredito que o problema da educação não somente está na adesão aos marxismos, aos keynesianismos e a adjacentes "teorias", mas também no próprio fato de haver coerção (= domar a vontade de uma pessoa, para que ela faça o que outros querem que ela faça; se não houvesse coerção, ela jamais faria isso). Não é por menos que a maioria odeie ir à escola. Todos são obrigados a "estudar" matérias com que não se sentem confortáveis. Ninguém pode escolher o que quer realmente estudar. A liberdade consiste na capacidade do indivíduo de escolher seu próprio caminho e de se responsabilizar com suas próprias escolhas. Com o sistema coercitivo educacional, tal mentalidade de liberdade se esvai, cedendo-se às arbitrariedades dos Mandantes (professores, diretores, MEC e políticos). E todos nós nos tornamos cordeirinhos aceitadores de ordens. Essa é a face tenebrosa do "Bem Comum". E não estou só ironizando. O “Bem Comum” é o que sempre guiou as ditaduras séculos afora.
ResponderExcluirGrande abraço, Constantino!
Ensinar liberalismo? Desde quando uma coisa inerente ao indivíduo é ensinável? Todos nascem liberais, mas alguns estudam em péssimas escolas e viram comunistas, socialistas, petistas...
ResponderExcluirRodrigo
ResponderExcluirEu nunca deixei passar barato estas coisas de imposições aos meus filhos. No começo eles ficavam cheios de dedos, diziam que iam ser perseguidos (escolas particulres), mas aprenderam a, mais diplomátiocamente que eu, recusar o patrulhamento.
Mas para quem se interessa, já vem de mais de 25 anos o revisionismoda imagem do Zumbi. E o mesmo ocorreu nos altiplanos da Jamaica.
Iclusive sugiro ler o Vice-Rei de Uidá, sobre quem eram os fornecedores de escravos da África.
Como sul-africano inclusive ouvi um antigo caçador branco (Guia) português me contar de um mercado na Africa Oriental em que assistiu a venda de escravos cerca de 1950.
O pior de tudo é que ouvi uma bacharel em história um ano atrás dizendo uma besteira qualquer colocando reis errados em períodos errados em contexto errado. Critiquei e ela me disse que o contexto não era imjportante, o importante era o efeito sobre o desenvolvimento humano (ou baboseira deste tipo).
Ou seja, a professora de história não conhece história e considera ser desnecessário conhecer história. Para mim contexto é saber o que ve antes, oque vem depois e o que estava acontecendo na sociedade aol lado. Não interessa se a independência ocorreu em 7 de setembro de 1822. Interessa saber que fpoi depois da volta da cortea Portugal.
Há um movimento anti-doutrinação nas escolas iniciado por Miguel Nagib a partir de Brasília. O site é www.escolasempartido.org
ResponderExcluirVamos divulgar.
Caro Constantino:
ResponderExcluirNessa idade de sua filha o melhor a fazer é demonstrar para ela pouco interesse pela versão que se dá ao Quilombo dos Palmares.
Caso você na frente dela você comece a contestar sua professora acontecerá o que os comunistas querem, ou seja, um conflito entre pai e professor.
Quando combatemos o mal com palavras e demonstrações de desequilíbrio emocional o que ocorre na mente da criança é o seguinte:- Puxa! Meu pai está maltratando a professora, coitadinha, que ganha uma micharia para educar as criancinhas só porque ele ganha bem e tem um emprego melhor.
É claro que essa conclusão infantil será corroborada pelas teses marxistas pois todo o marxismo é justamente isso: uma visão infantil da realidade.
Por isso que muita gente que o endossa racionalmente dificilmente amadurecerá emocionalmente na vida.
Quando eu converso com algum petista ou marxista sinto como se estivesse conversando com uma criança revoltada com a realidade e a autoridade dos pais.
Por isso, a única forma que encontro de combater essa infantilidade racional das pessoas é não me opondo à elas e apenas ouvindo-as.
Pelas minhas reações de indiferença e pouco caso com suas teses mirabolantes elas se sentem pouco à vontade com suas exposições ridículas e começam à duvidar de suas próprias certezas.
Um exemplo seria quando um petista vem me dizer sobre o egoísmo capitalista da elite.
Com esse argumento eu me exponho dizendo:- É mesmo. Eu sinto uma inveja danada do sucesso deles.
Aí o petista vem me consolar dizendo:- Você não tem que sentir inveja deles, tem é que lutar para mudar as coisas de lugar.
Então eu respondo:- Como vou lutar se eu sou um gastador profissional? Não consigo poupar nenhum centavo de meu salário e sou pouco dado a fazer sacrifícios em prol de um futuro melhor para mim mesmo. À não ser é claro, que eu roubasse o rico.
Percebe como me expondo emocionalmente eu vou desconcertando o petista? Dando nome de roubo à mudança que eles prometem na sociedade?
Qualquer imbecil sabe que para se conversar com uma criança tem-se que conversar nos mesmos termos dela. Senão nosso assunto fica abstrato demais para sua compreensão.
O erro de muitos direitistas é tentarem compreender o esquerdista como adulto. Se eles fossem adultos eles não seriam esquerdistas.
Abraços.
Rodrigo, a estratégia utilizada pela professora de sua filha foi brilhantemente relatada no livro de Ayn Rand "A Virtude do Egoismo" como sendo o argumento pela intimidação.
ResponderExcluirdecididamente, contra isso apenas posições muito claras e firmes podem surtir efeito, seguidas de um breve desafio a apresentaçao de evidências do fato defendido.
Rodrigo,
ResponderExcluirTriste o que aconteceu nessa sala de aula. Concordo com a idéia de registrar o ocorrido (ou registrar o seu conhecimento e discordância do ocorrido) com a diretora/professora (que alguém sugeriu). Porém discordo da idéia de convidar para um debate. Já pensou se a onda pega, e o pai petelho do outro menino resolve se arrogar do mesmo direito e puxar outros debates? A escola vai virar uma estapafúrdia, e pai nenhum terá tempo para acompanhar toda a discussão. Pelo contrário, ensino é coisa de autor, confie no autor do ensino aos seus filhos ou, pela prerrogativa de livre escolha e livre mercado, transfira o seu filho(a). Claro que não precisa ser tão binário: dar toques nelas também vale.
Por último, não acredito que o "home schooling", ao qual você alude no último parágrafo, seja a solução -- pelo contrário! Se você (ou todos nós) realmente queremos que nossos filhos tenham discernimento, raciocínio crítico e compreensão do que acontece fora de casa, precisamos expô-los a escola. Home Schooling cria aquários de crianças isoladas de opiniões conflitantes -- e isso é péssimo!
Prezado Rodrigo Constantino
ResponderExcluirSei das suas rixas com o Olavo de Carvalho, mas a descrição que você faz da situação me faz crer que ele tem razão no principal. Explico-me:
Parece-me (corrija-me se estou errado) que a principal discordância entre o Olavo e você (juntamente com Anselmo e Cristaldo) refere-se a como chegamos a tal descalabro.
Olavo acredita uma hegemonia tão forte da mentira socialista precisa de planos, de agentes organizados, de poder econômico. E cita as fontes que leu para concluir isso.
Vocês (você Cristaldo e Anselmo) reconhecem essa quase hegemonia cultural, jornalística, acadêmica e política, mas não compartilham da opinião dele sobre "como se chegou a isso".
Não lí ainda fontes em quantidade suficiente para poder provar a tese do Olavo mas, por enquanto, a explicação dele parece mais convincente, pelos seguintes motivos:
1. A coerência das ações dos totalitaristas parece indicar organização.
2. Há vários autores que falam sobre colaboração de capitais ocidentais com a revolução russa. E também com a implantação do nazismo.
3. Ex-agentes soviéticos falam sobre guerra cultural como a principal prioridade da antiga KGB.
4. Os "filósofos" da escola de Frakfurt foram financiados por um grande capitalista e dopois foram recebisdos de braços abertos nas universidades americanas, onde espalharam suas mentiras.
5. As ações erráticas e incoerentes dos sucessivos governos americanos, chegando ao ponto de terem cedido os países do leste europeu a Stallin, e terem dado livre curso à implantação do cumunismo na China, poderiam ser bem explicadas como resultado de interferências de agentes externos e internos.
Nunca li artigo seu sobre organização das esquerdas, mas gostaria de ver sua posição.
Embora seu maior legado tenha sido violência = poder, Marx fascina tanto universitários - alunos e professores - pq o idealismo presente no meio acadêmico, associado com a forte presença do Estado na manutenção da rede pública de ensino superior leva o jovem a idealizar um modelo em que a vida estudantil, o modelo metódico e sereno no ritmo das aulas, se perpetue pela vida afora sendo que as necessidades básicas sejam supridas pelo Estado. É uma forma de continuar um dos melhores períodos da vida. O estudante é marxista porque no marxismo ele não precisaria tomar decisões - o Estado continuaria lhe dando causa e efeito, função, emprego e comida.
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