Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
quarta-feira, março 04, 2009
O Aborto de uma Criança
Rodrigo Constantino
A menina de apenas nove anos que havia sido estuprada pelo padrasto em Pernambuco e engravidado de gêmeos, realizou um aborto na manhã de quarta-feira. Membros da Igreja Católica tentaram impedir o aborto. O advogado da Arquidiocese de Olinda e Recife, Márcio Miranda, afirmou que vai denunciar o caso ao Ministério Público de Pernambuco. Ele afirmou que a Constituição prevê o princípio da dignidade do ser humano. Resta perguntar: qual ser humano?
Alguns religiosos estão tão imbuídos de sua cruzada moral que passaram a ignorar o próximo de carne e osso. A sensação de regozijo do membro da cruzada contra qualquer tipo de aborto, mesmo em casos absurdos como este, supera a própria empatia que ele poderia sentir pela pobre garotinha estuprada pelo padrasto e com apenas nove anos. Ele se sente moralmente superior aos demais, defendendo “a vida” a todo custo, mesmo que seja a vida de um feto precariamente formado, sem sensações ou sistema nervoso, enquanto a vida de uma pobre menininha é jogada em segundo plano.
Sam Harris, autor de Carta a uma Nação Cristã, escreveu sobre Madre Teresa de Calcutá: "A compaixão de madre Teresa estava muito mal calibrada, se matar um feto no primeiro trimestre a perturbava mais do que todo o sofrimento que ela testemunhou nesta Terra”. Creio que o “amor” dessas pessoas pelo feto de poucos milímetros supera bastante qualquer possibilidade de empatia pelos seres humanos concretos. É mais ou menos como Nelson Rodrigues falava: “Amar a Humanidade é fácil; difícil é amar o próximo”. Infelizmente, muitos “humanistas” acabam assim, apaixonados por uma causa mais abstrata, que lhes fornece uma entorpecente sensação de superioridade moral, enquanto seus próximos sofrem as conseqüências.
Um bom exemplo disso foi Rousseau. O pensador se proclamava o mais virtuoso dos homens, e se dizia amigo de toda a humanidade, mas colecionou inúmeros desafetos ao longo de sua vida. Rousseau ficou famoso como “educador” das crianças através de seus livros, mas na prática abandonou todos os seus cinco filhos. O filósofo David Hume descreveu-o como um “monstro que se via como o único ser importante do universo”. Diderot considerou-o um “enganador, vaidoso como Satã, mal-agradecido, cruel, hipócrita e cheio de maldade”. Estes foram amigos dele durante algum tempo. Para Voltaire, ele era “um poço de presunção e vileza”. Sophie d’Houdetot, quem ele mesmo considerou seu único amor, julgou-o, quando mais velha, como “repulsivo”, uma “figura patética” e um “louco interessante”. Mas Rousseau mergulhou numa verdadeira cruzada moral, e se colocava acima de todos, apesar dessa análise bem diferente dos mais próximos.
Muitos comunistas abraçam a cruzada da Utopia também, e em nome da causa toleram as maiores atrocidades do mundo. Foi assim que muitos defenderam assassinos como Stalin, Fidel Castro, Mao Tse Tung e Pol-Pot. Eram apenas ditadores cruéis, responsáveis pela morte de milhões de inocentes. Mas os comunistas estavam acima dessas questões “burguesas”, e acreditavam que seus fins utópicos justificavam tais meios. Quando Che Guevera mete friamente uma bala na cabeça de alguém cujo “crime” foi discordar da revolução, os comunistas não se importam, pois a revolução vale mais que a vida de simples indivíduos. O sofrimento de pessoas de carne e osso passou a ser insignificante perto da grandeza de suas metas.
Na mesma linha da frase de Nelson Rodrigues, Charles Schulz afirmou ironicamente que amava a humanidade, mas eram os homens que ele não suportava. Até quando esse grupo de religiosos mais fanáticos irá amar a “vida”, mas ignorar o sofrimento das pessoas vivas ao lado? Quando o código moral chega ao ponto em que uma menininha com apenas nove anos, vítima de um estupro do próprio padrasto, deve atravessar essa gravidez não importa seu sofrimento ou riscos, está na hora de mudar urgentemente de código. E em hipótese alguma esse código perverso merece o nome de “ética da vida”. Está mais para “ética do sofrimento”.
Confesso que fiquei decepcionado quando descobri que Ron Paul era estritamente anti-aborto, mas vejo que dentro de um doutrina libertária isso poderia ser defendido também. Agora, gravidez de gêmeos de uma menina de 9 anos que foi estuprada? Puro delírio dos católicos.
ResponderExcluirRodrigo, quero mais uma vez, como ser humano, agradecer a contribuição (iluminação)que vc tem dado para fazer um mundo melhor..a sua mente brilha.. desejo que cada dia brilhe mais e mais..para ajudar a acabar com esta penumbra em que vivemos. Um abraço!
ResponderExcluirEtel-Bauru-SP
Rodrigo,
ResponderExcluirQuem defende a proibição do aborto não a está defendendo como uma punição a gestante, e sim como uma forma de se evitar oque eles acreditam ser um assassinato.
Ao ver o feto como um individuo provido de todos os direitos naturais, eles coerentemente defendem a "vida" do feto em qualquer circunstancia, não importa como o feto foi parar na barriga da gestante , ele não tem culpa disso e não merece a "pena de morte" , segundo eles.
Ao meu ver, mesmo que o feto pudesse ser considerado um individuo, ele não poderia gerar em outro individuo(no caso a gestante)um dever, obrigar a gestante a dar a ele a vida.
Rodrigo, parabéns por mostrar de novo como as crenças infundadas em "delírios do subconsciênte coletivo" (leia-se deus ou "classe") são comuns tanto aos fanáticos religiosos quanto aos marxistas-leninistas.
ResponderExcluirCurioso que essas correntes aparentemente antagônicas (talvez nem tanto: veja a esquerda apoiando o Hamas) tenham tanto em comum. Acho que o principal é creer em entes que estão sobre o indivíduo, que fica diminuído e pode ser eliminado.
Além disso, também tem a importância de se creer em teorias que não podem ser refutadas pois se acabam nelas mesmas. Se você refuta um religioso, ele diz que você será iluminado pela verdade divina em algum dia: deus explica inclusive suas falhas. Se você refuta um comunista, ele te chama e acusa os seus argumentos de "burgueses". Ou seja, desse labirinto não há saída, e isso transforma tanto as teorias marxistas quanto as teológicas em não-ciência: elas não estão sujeitas a testes que as refutem. São sobre-lógicas e por isso devemos negá-las.
Como diria Bertrand Russel em seu "Porque não sou cristão", o comunismo é como uma religião (ele nem chega a usar o "como", e afirma que o comunismo "é" uma religião).
Novamente parabéns!
Gostaria de analisar este parágrafo:
ResponderExcluir"Sam Harris, autor de Carta a uma Nação Cristã, escreveu sobre Madre Teresa de Calcutá: "A compaixão de madre Teresa estava muito mal calibrada, se matar um feto no primeiro trimestre a perturbava mais do que todo o sofrimento que ela testemunhou nesta Terra”. Creio que o “amor” dessas pessoas pelo feto de poucos milímetros supera bastante qualquer possibilidade de empatia pelos seres humanos concretos. É mais ou menos como Nelson Rodrigues falava: “Amar a Humanidade é fácil; difícil é amar o próximo”. Infelizmente, muitos “humanistas” acabam assim, apaixonados por uma causa mais abstrata, que lhes fornece uma entorpecente sensação de superioridade moral, enquanto seus próximos sofrem as conseqüências."
Apesar de concordar com a maioria dos seus pontos de vista, Rodrigo, nossas opiniões divergem aí: aborto. Madre Tereza era humanitária, e certamente Harris maliciosamente ignorou seus feitos pelo ser humano, reduzindo tudo a questão do aborto. Nelson Rodrigues também não se enquadra no contexto, ou talvez, como muita "forçação de barra."
A citação de Rousseau e seus desafetos, Voltaire, Diderot e membros conservadores da Igreja, também foi visivelmente forçada.
Primeiro é preciso discernir entre o aborto da menina: Vítima de estupro, levava uma gravidez de alto risco. Não era uma dondoquinha de 20 e poucos anos, que sai por aí, justificando excretar fetos, como se fossem a culpa pelo direito de mais gozar. Trata-se de uma criança e nessa situação concordo com o aborto...
A questão é: O aborto da dondoca imprudente não é o mesmo deste prescrito a criança. São duas situações completamente diferentes. Então espero que tomes cuidado para não derrapar na imprudência de achar que uma coisa justifica a outra, pois até entre os Pró-vida, há níveis difentes de negação do aborto.
Acho que o cara foi coerente. O que me irrita mais é a incoerência. Ora, se você é contra o aborto, por defender a vida do feto, o fato de ter sido um estupro não muda o paranorama: continua sendo uma vida a ser pretensamente preservada. Pior são os hipócritas que se pautam no relativismo: ora defendem a vida, ora defendem a morte. O feto, da mesma forma, continua sem ter culpa do acontecido, é um "ser vivo" que "merece nascer", o aborto não muda este fato. O religioso foi coerente com seu discurso, embora seja um discurso confortável e falacioso... pior são aqueles que relativizam o discurso e suavizam de acordo com certas situações, dependendo do grau de interesse...
ResponderExcluirEm primeiro lugar, a abordagem humanitária correta é que a escolha sobre a continuidade ou não de uma gravidez seja da mulher em questão. No caso desta menina, não deveria haver nem discussão. Como algum idiota pode adimitir que uma menina de 9 anos conduza uma gravidez e tenha filhos? De quem é a responsabilidade por eles?
ResponderExcluirEu já havia optado recentemente por ser um ateu assumido, agora, acho que vou dar um passo além e pedir a minha excomungação. fazer parte (mesmo involuntariamente) de uma instituição que apoia uma barbaridade destas é demais para mim. Mesmo que não acredite em deus ou nas religiões, acho que uma expulsão oficial seria o melhor para mim.
Rubens, eu tambem me senti um pouco triste ao saber que Ron Paul era contra o aborto. Mas o caso que ele usou para ilustrar é muito tocante... um aborto de uma gravidez de 6 meses é demais. Mas acredito que isso é mais para deixar eleitores felizes do que sua real filosofia. Em uma sociedade onde a escolha de seguir ou não uma gravidez é livre, não ocorreriam situações como esta.
ResponderExcluirRodrigo, tu és o único real Liberal.
ResponderExcluirNivaldo e os outros "rabos-presos-com-a-religião" que se dizem "Liberais", adotam a teoria de "dois pesos, duas medidas".
Seria como aceitar ou fazer "vista grossa" com os "direitões nervosos" só porque eles são contra os socialistas/ comunistas. E sinceramente a igreja hoje em dia está mais para a esquerda do que qualquer outra coisa.
Keep up the outstanding work!
Parabéns pelo artigo, Rodrigo. Gostei do paralelo que vc. faz entre religião e comunismo. Quanto à história dessa meninha de 9 anos, gostaria de informar que um dos médicos já foi excomungado duas vezes e fiquei sabendo por fonte segura que muitos abortos legais vêm sendo impedidos por esse bando de fanáticos aqui no Recife. Um fenômeno realmente aberrante num Estado laico, não acha? O problema é que se trata de gente muito pobre (como, aliás, a maioria dos meninos vítimas de pedófilos aqui no Brasil). As meninas de classe média e alta abortam tranquilamente e de forma segura em ótimos consultórios médicos aqui no Recife.
ResponderExcluirTambém gostei muito de suas reflexões no post QUESTÃO DO ABORTO.
Abs,
Maristela.
André Barros:
ResponderExcluir"é que a escolha sobre a continuidade ou não de uma gravidez seja da mulher em questão"
Para mim esse enunciado é uma bobagem. Até do ponto de vista científico: São 23 cromossomos de mamãe e 23 de papai. Ou seja, se o aborto fosse direito de alguém seria do casal e não da mulher, e haja política pro-choice aí...Ninguém faz filho sozinho. Se a mulher carrega por 9 meses, aí do homem se negar pelo próximos 18 anos a pensão dos filhos!
Eu gostaria de dizer ao Bebeto que é compreensível o desapontamento dele, mas, o que é preciso ter em mente é que, em se tratando de embrião ou feto, o que existe é vida, sim, mas apenas e tão somente um potencial de pessoa e expectativas de direito. Daí a expressão jurídica "direitos do nascituro", que na verdade são expectativas de direito para o caso de o embrião ou feto realmente nascer com vida, e pois, com autonomia em relação ao corpo da mãe. Antes disso, não tem personalidade jurídica nem, portanto, direitos. Quem tem direitos é a mãe, pois ela, sim, tem personalidade jurídica, é uma pessoa física. Até o feto nascer,o processo que o transformará, ou não, numa pessoa, pode ser interrompido por diversas fatores. Os fatores de interrupção expontânea da gestação são numerosos, sobretudo no primeiro trimestre. Já os fatores de interrupção voluntária da gravidez dependem do que disser a lei. O resto é metafísica e religião. No caso do Direito brasileiro, os motivos autorizados são somente o estupro e o risco de vida para a mãe. Há relativismo moral nisso? Claro que sim, e Vinícius tem razão. Relativismo que encontra nas religiões cristãs do Brasil a grande determinante, com lobbies poderosíssimos junto aos políticos, que impõem uma série de restrições ao direito que se reconhece à mulher de dispor do próprio corpo (uma das liberdades civis mais importantes), escolhendo - ela e não o Estado - os motivos para interromper uma gravidez indesejada. Mas, voltando ao Bebeto, é por isso, Bebeto, porque se trata antes de tudo de um direito fundamental da mulher e de um processo biológico que acontece no corpo dela, que o aquele que participou da concepção precisa aguardar o nascimento do feto com vida para se tornar pai, com todos os direitos da paternidade.
ResponderExcluirDesculpe, Rodrigo e os leitores do blog, se me alonguei demais. Mas é como penso.
Maristela.
Cara Maristela,
ResponderExcluir"[...]porque se trata antes de tudo de um direito fundamental da mulher e de um processo biológico que acontece no corpo dela,"
Não é direito fundamental da mulher, porque não é reconhecido pela constituição, apesar do forte lobby Pro-Choice, especialmente movido pela organização para-religiosa Católicas Pelo Direito de Decidir (CDD). A expressão "direitos do Nascituro", não exclui do debate os direitos do feto, ainda mais devido ao fato de que embriões não podem nascer com vida, uma vez que com vida só nascem bebês (como sugere seu post), e principalmente devido ao fato de que aborto tardio é considerada uma prática hedionda na maioria dos países. Sugiro o texto "A vida emocional do feto" escrito pela psicóloga Ana Maria Moratelli da Silva Rico e disponível em http://guiadobebe.uol.com.br/psicgestante/a_vida_emocional_do_feto.htm. Certamente a questão "O resto é metafísica e religião" ou "relativismo moral" são ardis perfeitos utilizados por laicistas que se apoderam da falsa moralidade de determinados credos cristãos. O que não exclui fatos científicos incontestáveis:
a-O feto não é obra da mãe, se assim fosse, teriamos Partenogénese, processo biológico que acomente especialmente Dragões de comodo. Portanto, mesmo para os liberais, o aborto jamais deveria ser permitido sem a permissão de ambos os doadores da carga genética. E não me venham com discurso "coitadista" de "a mulher carrega por nove meses" porque constitucionalmente, o homem paga pensão por 18 anos de cada filho gerado. Aliás, atualmente, as mulheres até apontam os pais de suas proles, e automaticamente ganham esse direito, antes mesmo do nascimento do bebê, o que derruba um dos seus argumentos ([...]nascimento do feto com vida para se tornar pai).
b-Como aponta a ciência moderna, o feto é um ser vivo capaz de sentir dor.
c-Sendo um ser vivo, não é parte da mulher, e sim dependente. Está é uma retórica fraca. Porque lactentes também não têm autonomia, consciência e formação. Não sendo portanto, muito diferentes de fetos, mas ainda assim dependentes. O meio externo não exclui a ligação maternal.
Sendo assim, a mulher não pode dispor de seu próprio corpo, porque o feto não é um ser do seu próprio corpo, é uma terceira pessoa, com identidades própria e sistemas orgânicos separados, ainda que dependentes. E mesmo que pudesse, não seria justo fazê-lo, sem o consentimento da outra parte da "sociedade",o pai. O resto é biologia básica ginasial.
Rodrigo, saiu hoje domingo 08/03/2008 no "Jornal da cidade" de Bauru.. uma matéria de um colunista... plagiando este seu texto.. ao menos em partes...com certeza o cara leu aqui (se "inspirou"rsrsrsr)e publicou lá...
ResponderExcluirUm abraço.
Etel-Bauru-SP
Opa! Eis aí uma bela postagem neste universo de blogues tão ruins que tenho frequentado!
ResponderExcluirExcelente artigo, Rodrigo!
Saudações!
Cesar Cruz
escritor, S.Paulo/ SP
Acho que o perfil do blog do Rodrigo não comporta debates como esse, Bebeto, por isso não vou prosseguir. Só acho que um debate é mais saudável quando a gente não procura descreditar o adversário. Pensei que vc iria reclamar do fato de, por um lapso, eu ter escrito "espontânea" com "x", e não, por não ter conhecimentos aprofundados de biologia, embora saiba que um embrião só possa chegar ao estágio de ser pessoa depois de passar pelo estágio de feto e de feto capaz de sobreviver fora do útero SEM DEPENDER DO CORPO DA MÃE. É esse, aliás, o critério utilizado pelas legislações laicas mais avançadas que a nossa, nesse aspecto, quando fixam um limite máximo à idade da gestação em que o aborto é permitido.
ResponderExcluirUm abraço.
Maristela.
Rodrigo, o caso deveria, ao menos, ter sido tratado com mais tranquilidade, e sem a força imposta sobre a criança de ela ser obrigada a realizar o aborto, seja pela mãe ou pelas ONGs. Tenho uma grande amiga que não conhece o pai, a mãe é um pouco doente, e fico imaginando se talvez, ela não é filha de estuprador. E se ela fosse retirada da mãe dela enquanto ocorria a gravidez? A morte de maior convardia, não é nem matar uma criança, mas um bebê, ou melhor um feto. Ele não tem um corpo grande, pra se defender. Se a menina tivesse tido sinais de fraqueza e morte, talvez seria necessário retirar as crianças. Agora nesta situação, com mais 2 meses, já dava pra tirar os bebês. E a chance de eles sobreviverem nesta situação seria grande. Já imaginou o quanto somos felizes, mesmo num mundo difícil como este? Como temos dias bons, como temos imensos prazeres nesta vida? Agora por que retirar isto de um bebê que nem nasceu?
ResponderExcluirRodrigo,
ResponderExcluirleio seu blog com certa frequência. Usualmente me alinho com você em diversos temas. Esse, contudo, definitivamente não.
Há maneiras coerentes de se criticar a igreja católica e seus valores, ou dogmas, se preferir!. Contudo, a verdadeira cruzada não é da igreja ou dos fiéis. A cruzada é sua e de adeptos do anti-catolicismo ou anti-religião. A tradição católica é milenar, ela apenas entende que é preciso conservá-la (mesmo qd aparece a aberração da teologia da libertação)e os que se opôem a seus valores e princípios querem que ela se modernize, se torne progressiva!! Deus do céu!!
A religião não é e não deve ser modelada pelas práticas da sociedade. Ao contrário, ela sugere um norte moral pra essas práticas.
Continua....
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTrês considerações: O bispo tem direito de seguir sua doutrina, mas não de impor seu pensamento, como ele fez.
ResponderExcluirComo a morte é determinada quando o cérebro para de funcionar, a vida começa quando há um cérebro formado. Logo, antes desse estágio da gestão, o aborto deveria ser legal em qualquer situação, porque a mulher tem o direito sobre o seu corpo.
Por último: genial a frase da diretora do hospital: Graças a deus fui excomungada por fazer o bem. Qualquer pessoa com dois neurônios sabe que uma criança pobre, de 9 anos, estuprada pelo padrasto não tem a menor condição de ter um filho. Se ela leva a gestação à frente e morre, eu queria ver alguém vir falar de "direito à vida".
Ou seja o "feto de poucos milímetros" não é um "ser humano concreto"?
ResponderExcluirEssa é boa.
O post é um exemplo daquilo mesmo que critica, só que pró-aborto.
Eu sou contrário ao aborto, mas sou totalmente a favor do livre arbítrio. Não podemos obrigar ninguem a pensar como a gente,e alem disso temos que ter a humildade de que podemos mudar de opniao.
ResponderExcluirGosto da liberização que ocorre na Holanda. Lá, o aborto também é liberado, mas há uma forte preocupação em se informar e discutir sobre o tema.
Gostaria de saber dos q defendem q uma gravidez causada por estupro, ainda mais de uma menina de 9 ANOS, o q fariam se as filhas DELES estivessem na pele desse pobre menininha(ou se fosse a própria esposa/namorada/irmã/[insira um grau de intimidade e parentesco aqui] ser estuprada e engravidar).
ResponderExcluirPq falar e impôr a própria "moral" p/ os OUTROS, é MUITO FÁCIL. Agora, cumprir a "moral" q tanto prega q é bom...
Estupro e gravidez na filha dos outros é refresco.