Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
sexta-feira, outubro 16, 2009
O Ataque dos Dinossauros
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
A atual gestão da Vale está sob ataque. A esquerda jurássica jamais aceitou sua privatização, que por qualquer prisma foi um enorme sucesso. A empresa, em mãos privadas, multiplicou de forma impressionante sua lucratividade, e conseguiu empregar milhares de pessoas a mais, além dos impostos maiores arrecadados. Mas nada disso importa para os perfeitos idiotas latino-americanos. Para essa turma tupiniquim, o governo incompetente e corrupto deveria ser gestor de tudo que é empresa e banco. O fracassado socialismo ainda é idolatrado por muitos abaixo da linha do Equador.
O governo Lula vem tentando assumir o controle dos “commanding heights” da economia faz tempo. A Petrossauro, a maior empresa do país, já está nas garras do governo, e sua privatização está descartada. Além disso, o governo deseja criar uma nova estatal para monopolizar o petróleo pré-sal. O sonho de ressuscitar a antiga Telebrás não sai da cabeça dos membros do governo. Através do Banco do Brasil, o governo pretende ser um banqueiro ainda maior do que já é hoje, partindo para novas aquisições. E, naturalmente, a segunda maior empresa do país é objeto de desejo dos parasitas em busca de mais poder e cargos. Por isso a Vale virou alvo de constantes ataques e tentativa de ingerência por parte do governo.
O mais recente ataque é a ameaça da criação de um novo imposto de até 5% sobre as exportações de minério de ferro, que atingiria a Vale em cheio. O jogo é sujo e pesado quando se trata do governo petista. E, num país com tanta concentração de poder no governo, arma é o que não falta para essa gente. Para reforçar o time, o bilionário empresário Eike Batista tem demonstrado publicamente interesse na compra do controle da empresa. Ontem, Eike afirmou que seu interesse na Vale “não deve ser politizado”. Cabe a ele, então, afastar-se do governo. Afinal, “diga-me com quem andas que te direi quem és”. Eike esteve diretamente com o presidente Lula para falar de seu interesse na compra da Vale. E agora pretende evitar a “politização” do assunto?
O resultado desta luta pela Vale ainda está indefinido. Espera-se, pelo bem do país, que os dinossauros percam a parada. Esses animais já deveriam estar extintos há tempos!
É o início da chavização do Brasil.
ResponderExcluirAnote aí!
"...sua privatização, que por qualquer prisma foi um enorme sucesso."
ResponderExcluirQualquer um que, mesmo minado com pensamentos retrógrados, refletiria sobre esta afirmação. Muito verdadeira, por sinal.
Mas, afinal, o Governo tem a maioria das ações ordinárias ou não? É legal acabar com o tal "acordo de acionistas" que deu o comando ao Governo ou não? Alguém que conhece o tal acordo sabe dizer?
ResponderExcluirVi umas opiniões defendendo que o Governo não deveria usar as ações dos fundos de pensão, já que o dinheiro pertence aos patrocinadores, e não ao fundo ou ao Governo. Seguindo essa linha de raciocínio, o Bradesco também não deveria usar sua parcela de poder, já que os recursos que ele usa em seus investimentos também não pertencem ao banco, e sim aos correntistas do banco. Faz sentido?
Corrigindo: o acordo de acionistas deu o comando ao Bradesco, não ao Governo.
ResponderExcluirAdamos
ResponderExcluirOs fundos de pensão não são do governo, nem suas diretorias são indicadas pelo governo. Ocorre apenas que são controlados por sindicalistas, que obedecem às ordens do governo, por afinidade ideológica e por fazerem parte da mesma estratégia de poder.
Quanto à questão legal, se houvesse outro meio de quebrar o acordo, o governo não estaria usando métodos baixos, e da ação indireta de um empresário.
Rodrigo
Seria interessante, se você tiver acesso, conversar com gente de dentro da Vale.
E o que dizer do governo, com caixa baixo, protelando a restituição do NOSSO Imposto de Renda?
ResponderExcluirO cínico do Mântega, que nunca foi merd@ nenhuma na vida e agora se acha o pai da economia mundial, ainda aparece pra ratificar sua pobreza de espírito. É um belo incentivo popular: não tenho, não pago... e o PAC "inchado"? E os Cartões Corporativos? Nem se fala... governo da fanfarronice.
SE RETEVE MAIS DO QUE DEVIA, SIGNIFICA QUE ESTA DE POSSE DE UM DINHEIRO QUE NAO LHE PERTENCE
Chega ser pouco essa tentativa indireta à CVRD com a escumalha literalmente metendo a mão no dinheiro do povo que paga impostos.
É canalhice da pior espécie.
Aprendiz, creio que você esteja enganado.
ResponderExcluirO Estatuto do Previ, por exemplo, diz:
I - para os cargos de Presidente, Diretor de Investimentos e Diretor de Participações, o Conselho Deliberativo nomeará pessoas que sejam indicadas pelo patrocinador Banco do Brasil S.A.; e
Fonte: http://www.previ.com.br/portal/page?_pageid=57,1048949&_dad=portal&_schema=PORTAL&pag_url=http://www.previ.com.br/portal/page%3F_pageid%3D57,972731%26_dad%3Dportal%26_schema%3DPORTAL
Ou seja, os cargos mais importantes da Previ são ocupados por pessoas indicadas pelo BB, que, por sua vez, é controlado pelo Governo. Logo, o controle do Previ é, sim, do Governo.
O Previ é um fundo de pensão administrado pelo Governo, da mesma forma que o Bradesco é um banco administrado pela iniciativa privada. Quando você escolhe guardar seu dinheiro no Bradesco, o banco pode usar esse dinheiro para investir em participações, e usar essas ações, adquiridas com dinheiro que não é do banco, para influenciar decisões das empresas cujas ações o banco comprou. Da mesma forma, não é ilegítimo que o Governo tente usar as ações que o fundo de pensão comprou para influenciar os rumos da empresa, ainda que o dinheiro usado para comprar as ações não seja do fundo ou do Governo, e sim dos participantes do fundo de pensão que colocaram seu dinheiro lá (voluntariamente, diga-se de passagem).
Portanto, criticar o Governo por usar o poder dos fundos de pensão não faz sentido.
A minha pergunta é: o que diz o tal acordo de acionistas que dá o comando ao Bradesco?
Sem conhecer tal acordo, tudo o que sabemos é que de fato a iniciativa privada comprou menos de 50% do controle da Vale quando da sua privatização. A iniciativa privada podia não ter comprado, caso não concordasse com esse detalhe, mas, por livre iniciativa, realizou a compra.
Caso o acordo seja legalmente anulável - o que eu honestamente não sei - não faz sentido criticar as ações do Governo, pois a iniciativa privada já deveria saber, desde de a privatização, que o Governo da empresa ainda estaria na mão do Governo.
Caso o acordo não seja anulável, as críticas são todas válidas, sem dúvidas.
Isso esclarecido, eu concordo que o Governo nunca deveria atuar como produtor, pois ele sempre será ineficiente.
ResponderExcluirA questão aqui não é a minha opinião sobre onde o Governo deve ou não deve atuar, e sim sobre qual é a situação legal do controle da Vale.
Eu vejo muita gente comentando o assunto, dando opiniões extremamente carregadas de opinião, mas vejo muitos poucos tentando fazer uma análise não tendenciosa do assunto.
Se, na privatização, a iniciativa privada sabia que mais de 50% do controle ficaria com o Governo e que o acordo de acionistas era anulável, eles deveriam ter levado essa informação em conta na hora de precificar as ações. Ação com controle tem um valor, sem controle tem outro. Se não levaram isso em consideração, erraram. Se erraram, não têm do que reclamar.
O negócio anda feio...vocês perceberam que o Lula, em todas as entrevistas, só se referiu à Vale como "Vale do Rio Doce"? Já não basta a Petrossauro?
ResponderExcluirInteressante é que se costuma fazer críticas às nossas exportações, afrimando que são de produtos sem valor agregado, que vão gerar emprego lá fora. A Vale poderia colaborar em quê? E, qual a diferença entre trocar um empresário por outro, se o medo é da reestatização? Outra coisa: o problema é o Estado, ou o Governo?
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