Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
sexta-feira, dezembro 04, 2009
A Esquizofrenia de Krugman
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
O economista Paul Krugman advertiu que uma bolha pode estar em gestação no Brasil. Ele disse: “O Brasil está indo bem, mas isso não quer dizer que vá se tornar uma superpotência econômica no ano que vem. Os mercados, porém, estão agindo como se isso fosse ocorrer”. Krugman disse ainda que pretende colocar seu dinheiro onde está sua boca, ou seja, vender ativos brasileiros que possui em seu portfólio. Para o Prêmio Nobel, “os mercados estão perdendo o contato com a realidade”.
Eu tendo a concordar com o diagnóstico. Já escrevi para o jornal Valor Econômico alguns artigos alertando para o risco de uma bolha nos ativos brasileiros, com claros sinais de espuma. Mas não deixo de ficar perplexo com a origem desse diagnóstico: ninguém menos que o maior defensor de suas causas! Krugman é talvez o mais ativo proponente dos estímulos fiscais e monetários do governo americano. Ele acha que o governo foi muito tímido em sua maciça injeção de liquidez nos mercados e aumento astronômico de gastos. Para ele, o governo deveria ter feito muito mais!
Ora, mas essa política de juros artificialmente reduzidos a zero e expansão de gastos públicos foi justamente a principal causa da corrida desesperada por ativos estrangeiros, entre eles os brasileiros. Sem chance de retorno em casa, os investidores partiram para o “carry trade” com o dólar: tomam dívida nessa moeda e compram qualquer coisa fora. Boa parte da alta na bolsa brasileira e da valorização do real pode ser explicada por essas medidas pregadas pelo próprio Krugman, que agora se faz de desentendido diante de suas conseqüências inevitáveis. Primeiro Krugman pede uma bolha para curar os efeitos da outra que estourou, e depois reclama que temos uma nova bolha?
Estou preocupado com a saúde mental do economista preferido do New York Times e de muitos esquerdistas, que enxergam em suas teorias keynesianas justificativas para aumentar o tamanho do governo na economia. Seria o caso de uma esquizofrenia?
Torço para que ele esteja com a razão, Rodrigo. Não em relação à bolha em gestação, mas em relação à posição do Brasil. Se os prognósticos se realizarem, Lula recebe o país na 14ª posição e entrega na 5ª. Nada mal, se considerarmos que isso se realiza sem concentração de renda. Ao contrário.
ResponderExcluirLógica não é uma questão de torcida.
ResponderExcluirExelente análise, como usual, aliás: A bolha brasileira é um reflexo das medidas de Krugman. A mulher do Ingles o trai em seu cottage. Solução: O ingles vende o cottage....
ResponderExcluirNOTA:Esse Everardo é o petista de plantão no seu blog?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir5ª posição em aparelhamento da máquinha pública?!?! Só se for!!!
ResponderExcluirNa mosca Rodrigo. Mas a esquizofrenia do Krugman não para aí, veja esse meu post:
ResponderExcluirhttp://incentives-matter.blogspot.com/2009/12/krugman-recognizes-that-tobin-tax-isnt.html
O cara embirutou de vez!
Rodrigo, concordo com a sua análise e com a afirmativa de Krugman sobre a bolha brasileira. Sem dúvida há uma bolha e até Meirelles alertou sobre isso. Interessante é partir de um arauto das opiniões que muitos de seus admiradores agora vêem decepcionadas... Também gosto de ver os intervencionistas se enredando.
ResponderExcluirÉ apenas um charlatão, um apólogo do Bem Comum. A sua "esquizofrenia" é só conversa fiada. É mais um keynesiano esperto. Keynes falava bem do Nazismo e, ao mesmo tempo, fingia gostar das insituições democráticas. Ou seja, um mentiroso.
ResponderExcluirEsse Krugman faria um grande favor ao mundo simplesmente se matando.
Escusas! Escrevi "insituições" em vez de "instituições"!
ResponderExcluirKeynes e Krugman: dois safados medíocres.
Se alguém tem dúvida de que o nobel é um premio político basta ver esse nobel da paz pro Obama.
ResponderExcluirO nobel do Obama e do Al Gore mostram o quanto a propaganda funciona.
ResponderExcluirUm dos problemas com esses keynesianos é que o modelo deles parece não ter preços, que tudo se resolve fisicamente. Com capacidade produtiva não aproveitada, é só expandir a demanda. Mas e o preço dos insumos? Ele continuará o mesmo? Tem certeza? Eles não consideram a hipótese de que a capacidade produtiva esteja sub-utilizada porque ao conjunto de preços de fornecedores e no consumo, não seja rentável produzir. Em outras palavras, eles trabalham com a hipótese de que, num gráfico com preços e quantidades, uma reta paralela ao eixo das quantidades é a melhor representação dos custos, ou seja, que a oferta seja perfeitamente elástica. Ou seja, preço não é uma variável relevante, não atrapalha o aumento da quantidade. Se é assim, é como se não houvesse preço no modelo deles.
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