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quarta-feira, setembro 29, 2010
Herança maldita
Deu no Globo:
Sucessor de Lula 'terá trabalho' para que Brasil deixe de ser país do futuro, diz 'FT'
Uma reportagem da edição desta quarta-feira do jornal britânico "Financial Times" afirma que o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "terá muito trabalho pela frente para fazer com que o Brasil deixe de ser o perene país do futuro" e finalmente atinja seu potencial.
Na reportagem intitulada "Grandes Esperanças", que ocupa uma página inteira no jornal, os repórteres John Paul Rathbone e Jonathan Wheatley escrevem que os eleitores brasileiros passam por um momento de otimismo no país, devido aos avanços econômicos e políticos dos últimos anos.
"O Brasil, aparentemente, nunca esteve tão bem", afirma a reportagem. "[...] No plano das relações exteriores, um ator pequeno de longa data é agora um sério candidato a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU."
"Como sede da próxima Copa do Mundo e, em 2016, dos Jogos Olímpicos, o Brasil chegou de forma confiante ao cenário global."
O jornal faz uma ressalva de que, "como muitos dos seus vizinhos latino-americanos, o Brasil sempre teve muitas promessas - ou decepções".
"A pergunta agora é se desta vez será diferente", afirma o Financial Times.
Segundo o jornal, entre os desafios que o país terá pela frente está o de melhorar a qualidade dos serviços públicos.
"A complacência é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira. O país aspira ser uma potência global, mas para atingir um patamar superior, dizem os analistas, ele precisa passar para um grau de desempenho econômico, focado na oferta de melhores - e não apenas mais - serviços públicos, especialmente na educação", afirma a reportagem.
O Financial Times também defende que o Estado brasileiro - "conhecido por sua ineficiência e burocracia" - seja reduzido, para aumentar a poupança nacional e livrar o país da dependência do capital externo.
Para o jornal, os otimistas estão em vantagem no Brasil. O Financial Times destaca o sucesso da oferta pública de ações da Petrobras, que acabou se tornando a maior da história em todo o mundo, e afirma que a candidata Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas de opinião, promete manter as mesmas políticas de Lula.
Comento: Os analistas começam a se dar conta da insustentabilidade do modelo atual, calcado em excesso de crédito sem contrapartida na poupança interna, e nos elevados gastos públicos. O governo Lula surfou a onda internacional, especialmente a bonança chinesa, e a falta de crescimento nos países mais ricos, mantendo a taxa de juros extremamente baixa. Até quando isso vai durar? Eis a questão! Quando a maré baixar, todos vão ver que o Brasil nadava semi-nu, expondo suas fragilidades de sempre. O governo Lula não fez uma única reforma estrutural, expandiu os gastos do governo, estimulou o crédito, e deixa um legado preocupante para seu sucessor. A miopia do povo faz com que a popularidade do presidente esteja nas alturas. O curto prazo vai bem. Mas, e depois? Lula plantou sementes perigosas que podem estourar à frente, se as reformas não forem feitas e os gastos públicos reduzidos. Não venham culpar o "neoliberalismo" quando a herança maldita chegar...
Miopia tenho eu, prezado Rodrigo. O que o povo brasileiro tem é cegueira mesmo.
ResponderExcluirNote que pro brasileiro típico, melhorar o serviço público é arrancar mais do cidadão e pagar mais pro parasita público.
ResponderExcluirNo mundo civilizado é o contrário.
INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO CAUSA QUEDA DE 27,6% NAS EXPORTAÇÕES E DECADÊNCIA DO PERFIL DO COMÉRCIO EXTERIOR.
ResponderExcluirO BRASIL EM DECADÊNCIA:
Manufaturados:........... queda de 28,9% nas exportações.
Semimanufaturados:... queda de 26,5% nas exportações.
Básicos:.................... queda de 15,1% nas exportações.
Entre os manufaturados, as principais retrações foram sentidas nos embarques de:
1° - Veículos de carga (-53,4%),
2° - Etanol (-42,2%),
3° - Automóveis (-35,8%),
4° - Óleos combustíveis (-35%) e
5° - Bombas e compressores (-34,3%).
Maiores quedas nas exportações de semimanufaturados ocorreram nas vendas de:
1° - Ferro fundido (-65,6%),
2° - Semimanufaturados de ferro/aço (-58,0%),
3° - Couros e peles (-41,7%),
4° - Alumínio em bruto (-24,9%) e
5° - Celulose (-18,2%).
No grupo de básicos caíram as vendas de:
1° - Petróleo em bruto (-32,7%),
2° - Carne bovina (-26,8%),
3° - Minério de ferro (-20,9%),
4° - Carne suína (-19,4%),
5° - Carne de frango (-19,2%),
6° - Café em grão (-7,8%) e
milho em grãos (-5,6%).
SUBDESENVOLVIMENTO: AUMENTARAM AS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS SEM VALOR AGREGADO
Cresceram as exportações de:
Açúcar em bruto..... 65,5 %.
Açúcar refinado...... 30,9 %
Fumo em folhas...... 13 %
Soja em grão.......... 8 %
Farelo de soja.........6,1 %.
Polímeros plásticos..2 %
No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 115,330 bilhões, com média diária de US$ 505,8 milhões, cifra que é 27,6% menor que a registrada no mesmo período do ano passado. Um desastre histórico.
Imagine se, sob algum outro governo, o índice de desenvolvimento humano do Brasil recuasse doze posições, coisa que jamais havia ocorrido em toda a história...
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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO EM QUEDA
Entre 2002 e 2007, o Brasil, embora tenha melhorado um pouco seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,790 para 0,813, caiu da 63º posição para a 75ª posição no ranking dos países do mundo. O estudo é divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O programa Fome Zero não deu certo e costuma ser citado como um dos principais fracassos da administração Lula.