Do Bloomberg:
A majority of Americans are dissatisfied with the nation’s independent central bank, saying the U.S. Federal Reserve should either be brought under tighter political control or abolished outright, a poll shows.
The Bloomberg National Poll underlines the extent to which the central bank’s standing has suffered as it has come under fire in Congress, first from Democrats for regulatory lapses before the financial crisis and then from Republicans for failing to revive an economy in which the jobless rate hovers near 10 percent. Voters from both parties have criticized the Fed’s $3.3 trillion in aid to the financial system.
“The Fed had to do extraordinary things to keep us from going into a great depression, and the public doesn’t see it this way,” said Lyle Gramley, a former Fed governor who is now senior adviser at Potomac Research Group in Washington. “The last time we had any really severe criticism of the Fed was in the early-1980s, when the Fed was pursuing this brutally tight policy to keep inflation under control.”
The survey, conducted Dec. 4-7, also shows deep skepticism, especially among Republicans, over the Fed’s Nov. 3 announcement that it would buy bonds in an attempt to bring down unemployment and prevent deflation. More than half say the purchases won’t help the economy.
The policy, known as quantitative easing, was the target of criticism in Washington and overseas. That prompted Fed Chairman Ben S. Bernanke to appear in an interview on CBS television’s “60 Minutes” program on Dec. 5 to defend his actions.
Across the Spectrum
Americans across the political spectrum say the Fed shouldn’t retain its current structure of independence. Asked if the central bank should be more accountable to Congress, left independent or abolished entirely, 39 percent said it should be held more accountable and 16 percent that it should be abolished. Only 37 percent favor the status quo.
In a previous poll, conducted Oct. 7-10, 35 percent of Americans said the Fed should be radically overhauled, while 8 percent said it should be abolished.
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Comento: A campanha dos libertários, liderada por Ron Paul, pode acabar ajudando o inimigo. Sim, todos aqueles que desconfiam muito do excesso de poder inflacionário do Fed podem vibrar com a pesquisa que mostra o dobro de pessoas defendendo o fim do Fed. Eu mesmo, em resenha do livro de Ron Paul ("End the Fed") para a revista Banco de Idéias, do Instituto Liberal, cheguei a defender esta bandeira. O problema é o que colocar em seu lugar, na prática. Uma vez que o retorno do padrão-ouro parece fora de questão atualmente, e que um sistema de "free banking" parece mais distante ainda, a probabilidade maior é esta que está se confirmando: os ataques ao Fed vão gerar maior controle político sobre a instituição. Em outras palavras, o Fed não será abolido, mas terá menor independência. Será que isso é desejável mesmo? Nós, brasileiros, sabemos o que é ter um banco central politizado. É, possivelmente, o pior dos mundos no que se refere ao controle da moeda. Um Fed mais obediente à Casa Branca não é o sonho de liberal algum. Mas talvez seja o resultado concreto da campanha contra a instituição. O tiro pode ter saído pela culatra.
Qual o problema com o padrão ouro?
ResponderExcluirBem observado, Rodrigo. A maioria das pessoas que odeiam o FED e o BC não querem padrão ouro e muito menos free-banking. Querem controle direto da autoridade fiscal, ou seja, do governo. Porque daí sim o BC seria uma instituição democrática (governada pelo presidente eleito) e não um pérfido banco privado.
ResponderExcluirNo mundo atual, BC independente do governo é uma coisa boa. Ainda melhor que isso seria padrão-ouro ou ainda melhor completa privatização da moeda sem imposição de padrão algum. Mas sendo exinto o FED ou o BC, provavelmente não teríamos nada disso: teríamos o presidente definindo política monetária, o que significa: financiando-se livremente com a prensa e crédito barato.
Se alguém leu o 'End of FED' e sobre os motivos porque o controle do juro e da base monetária é ruim, e acha que o controle sobre o governo é realmente uma solução pra isso, essa pessoa não entendeu NADA do livro, ou da ideia.
ResponderExcluirNão é tiro no pé não, é burrice de quem lê o livro, ou escuta a ideia, e não entende nada.
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ResponderExcluirO povo norte-americano é simplório na sua abordagem... sofre do que chamamos de déficit de atenção: se lembra muito pouco do que aconteceu e vive o momento presente, sem se concentrar.
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Tenho uma neta com esta sindrome... para ela, fora o que interessa diretamente, ela não percebe a menos que seja lembrada... Matemática é uma lástima...
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O que interessa ao americano normal (american people) é o emprego e quando voltará a poder gastar sem medo. O resto fica com outros, não com ele...
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Porisso, votou de novo nos republicanos porque os democratas "ainda não tinha resolvido o caso do emprego"... Sim, o pensamento infantil, o pensamento mágico: bastou pensar que acredita está resolvido faz parte da sindrome... Não existem processos ou caminhadas: só destinos.
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E a estrutura economica dos EUA foi esvaziada, com empregos e fábricas jogadas para fora do pais, por ser mais lucrativo para os negócios...
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A Alemanha foi um dos grandes que preservou os postos de trabalho dentro de casa, com manutenção de serviços sociais ativos...hoje é um dos unicos países que o emprego voltou ao nível pré-crise...
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A discussão da vinculação do FED passa batida pela atenção do american-people.
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Então, se o Tea-Party bagunçar o coreto republicano e adjacências, eles vão ficar apreciando o balançar do coreto e, muito poucos, vão entender o que está acontecendo.
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Tenho parentes morando lá... eles só sabem se estão ou não empregados... ainda não entendem o porque da crise... só sabem que a culpa é do govêrno que está "in charge" no momento...
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"Ignorance is a bliss"
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