Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
segunda-feira, maio 23, 2011
Democratas fundamentalistas
Meu novo artigo para o OrdemLivre.org, sobre a irracionalidade dos eleitores e como a democracia pode potencializá-la. Resenha do livro "The Myth of Rational Voter", de Bryan Caplan.
Resposta no próprio texto: Se eleitores são irracionais, por que consumidores não seriam também? Caplan entende que os incentivos são bastante diferentes nos dois casos. Na democracia há total incentivo para agir de maneira a gerar a maior satisfação mental com as escolhas, uma vez que seu voto não altera o resultado. Já no mercado, os consumidores são incentivados a agir de forma mais racional. Isso não é garantia de racionalidade, naturalmente. Mas quando o consumidor precisa colocar nos atos suas palavras, é ele quem paga o preço. Basta pensar no exemplo do protecionismo: ele pode comprar um produto nacional, pior e mais caro, para se sentir bem como um patriota; mas isso poderá lhe custar caro. O efeito é direto sobre ele. É justamente por isso que vemos tanta contradição entre discursos políticos e práticas consumistas. Os mesmos que atacam o progresso tecnológico como destruidor de empregos em seus discursos, entendem que fazer mais com menos em seus trabalhos é algo positivo, pois sobra mais tempo para investir em outras atividades, como o lazer. O custo individual de ser um ludista na política é quase nulo, enquanto o custo individual de rejeitar o avanço tecnológico no mercado é absurdamente elevado.
Rodrigo, excelente artigo publicado ontem no portal Ordem Livre. Bastante lúcido e que apresenta o elevado custo que o eleitor tem em não avaliar sua escolha ótima no ato de um processo eleitoral. Uma das formas de elevar o custo do processo é obrigando todos a praticar o voto, retirando direitos fundamentais quando não praticam tal ato de "cidadania". Acredito que uma das formas de corrigir essa falha é liberando o voto por meio do escrutínio facultativo. A racionalidade é prática de quem tem as informações necessárias para melhor tomada de decisão.
Se as pessoas são irracionais pra votar porque também não seriam na hora de fazer trocas voluntárias?
ResponderExcluirResposta no próprio texto:
ResponderExcluirSe eleitores são irracionais, por que consumidores não seriam também? Caplan entende que os incentivos são bastante diferentes nos dois casos. Na democracia há total incentivo para agir de maneira a gerar a maior satisfação mental com as escolhas, uma vez que seu voto não altera o resultado. Já no mercado, os consumidores são incentivados a agir de forma mais racional. Isso não é garantia de racionalidade, naturalmente. Mas quando o consumidor precisa colocar nos atos suas palavras, é ele quem paga o preço. Basta pensar no exemplo do protecionismo: ele pode comprar um produto nacional, pior e mais caro, para se sentir bem como um patriota; mas isso poderá lhe custar caro. O efeito é direto sobre ele. É justamente por isso que vemos tanta contradição entre discursos políticos e práticas consumistas. Os mesmos que atacam o progresso tecnológico como destruidor de empregos em seus discursos, entendem que fazer mais com menos em seus trabalhos é algo positivo, pois sobra mais tempo para investir em outras atividades, como o lazer. O custo individual de ser um ludista na política é quase nulo, enquanto o custo individual de rejeitar o avanço tecnológico no mercado é absurdamente elevado.
Rodrigo, excelente artigo publicado ontem no portal Ordem Livre. Bastante lúcido e que apresenta o elevado custo que o eleitor tem em não avaliar sua escolha ótima no ato de um processo eleitoral. Uma das formas de elevar o custo do processo é obrigando todos a praticar o voto, retirando direitos fundamentais quando não praticam tal ato de "cidadania". Acredito que uma das formas de corrigir essa falha é liberando o voto por meio do escrutínio facultativo. A racionalidade é prática de quem tem as informações necessárias para melhor tomada de decisão.
ResponderExcluirParabéns!
Abraço,
Sérgio Ricardo