terça-feira, agosto 30, 2011

Economistas céticos com a mexida no superávit

Matéria no Hoje em Dia, jornal mineiro

"De geração mais recente que a de Raul Velloso, ligado ao setor financeiro e conselheiro do Instituto Federalista e do Instituto Mises Brasil, o economista Rodrigo Constantino segue linha mais pessimista e aponta debilitação coletiva dos governos para atacar a crise. "Acho que o risco (de recaída longa) aumentou muito e os governos e bancos centrais estão com menos munição para estimular as economias em uma reação. E não está havendo reação das economia. Os investidores estão receosos, os consumidores estão receosos. A economia (global) está embicando e se vai, de vez, mergulhar (na segunda perna) no 'W' (conceito para ilustrar previsões de crises), não sei. Mas a possibilidade aumentou muito. Ainda é um 'L', com 'japonização" da situação na Europa e nos Estados Unidos (crise que se alonga)", dissertou Constantino.

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De olho na China

Para Constatinto, os problemas de agora afetam também os setores de serviços e commodities . Estes dois funcionaram como âncoras de sustentação em 2008. "Se as commodities baixam (nas cotações) é porque a China desacelerou. Até a política de crescimento depende disso", observa.
Neste item lembra da decisão da China, de reduzir em 80 milhões a produção de aço neste ano, que fez a cotação da tonelada do minério de ferro cair para US$ 170.
Na palestra, Raul Velloso coincidiu também em que o Brasil perdeu sua chance em 2008. "Tivemos uma tolerância (chance), em 2008. E o Brasil pode se dar ao luxo de não adotar medidas importantes. Mas hoje, a situação é outra. E o país terá que fazer alguma coisa (medida drástica)", previu.

Bancos

Constantino aponta uma "postura errada" dos governos da Europa, em 2008, nas relações com os bancos e que funcionou como parte da causa desta recaída da economia mundial. "Eles maquiaram a realidade de seus bancos. Banco tem que quebrar também. As negociações (em 2008) criaram bancos 'zumbis'. O risco da sustentação deles é previsível, E, agora, a única saída é a nacionalização, que vai castigar o contribuinte", criticou."

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