Agência Estado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma recepção de pop star hoje, em Paris, durante a cerimônia de entrega do título de doutor honoris causa pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), o maior da França. Em seu discurso, o ex-chefe de Estado enalteceu o próprio mandato e multiplicou os conselhos aos líderes políticos da Europa, que atravessa uma forte crise econômica. Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev.
A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela plateia, aos gritos de "Olé, Lula".
Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel. Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse "entusiasta" das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. "O senhor lutou para que o Brasil alcançasse um novo patamar internacional", disse, completando: "Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas".
Autor do "elogio" a Lula - o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Claude Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, lamentou que a Europa não tenha um líder "de trajetória política tão iluminada". Casanova pediu ainda que Lula aproveitasse "sua viagem para dar conselhos aos europeus" sobre gestão de dívida, déficit e crescimento econômico.
Conselhos e euforia
Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. "Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos", afirmou, no tom ufanista que lhe é característico.
Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou "uma geração de líderes" mundiais que "passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher", e recomendou aos líderes da União Europeia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. "Não é a hora de negar a política. A União Europeia é um patrimônio da humanidade", reiterou.
Na saída, estudantes cantaram a música Para não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, e se acotovelaram aos gritos por fotos e autógrafos do ex-presidente, que não falou à imprensa. Impressionado com a euforia dos estudantes, Descoings comparou, em conversa com o Estado: "A última vez que vi isso foi com Gorbachev, há cinco ou seis anos. Mas com Lula foi ainda mais caloroso".
Comentário: Depois perguntam porque tenho tanta implicância com os franceses... à exceção de alguns grandes pensadores, como Voltaire, Alexis de Tocqueville, Frederic Bastiat e mais recentemente Jean-François Revel, a verdade é que a França costuma ser mesmo um berço para idéias elitistas e absurdas. Sartre era idolatrado em Paris, enquanto ele próprio idolatrava o regime assassino de Mao Tse Tung. Onde acham que o marxismo encontrou solo fértil? Exato! Em Sorbonne. Onde acham que os "intelectuais" do Khmer Vermelho, que destroçou o Camboja, estudaram? Na França, claro! E eis que agora Lula é recebido por lá como pop star, ídolo, herói, para receber seu "doutorado". Fala sério...
Faltou mencionar Frédéric Bastiat.
ResponderExcluirIsso é bem a cara da França, mesmo, talvez o país mais socialista da Europa Ocidental.
ResponderExcluirNão é à toa que sua economia está emperrada há um bom tempo!
Os franceses adoram tipos como Lula, desde que bem longe deles... Se Lula fosse francês, não se elegeria sequer para síndico...
E onde Khomeini se abrigou antes da implantação da república islâmica no Irã? Na França também, não foi?
ResponderExcluirAliás, alem de arrogânte e estúpido cada Frânces se acha um rei. Passei metade da minha vida lendo Sartre por acreditar que o Filosofo do Século fosse me ajudar.Só tive sofrimeento com o que aprendi com aquele merda existencialista comunista,depois de muito tempo percebi que a maior Nausea foi ter perdido tempo seu nilhismo.
ResponderExcluirRodrigo, as feminazis do PT agora estão decidindo até quais propagandas a televisão pode mostrar:
ResponderExcluirhttp://br.omg.yahoo.com/noticias/propaganda-com-gisele-b%C3%BCndchen-pode-ser-retirada-do-ar.html
"Não é mais possível tratar de um assunto global sem que as autoridades brasileiras sejam consultadas".
ResponderExcluirO Cezare Battisti que o diga ...
Aproveitem e fiquem com ele por lá! por favor!
ResponderExcluirConcordo com tudo o que o Rodrigo disse, menos em relação ao Voltaire. Voltaire calhou de ter sucesso numa area (quimíca) e se aproveitou para lançar palpites sobre todos os temas. Voltaire foi o Chico Buarque da sua época.
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