sexta-feira, outubro 21, 2011

Morre o ‘irmão’ de Lula


Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

As rebeliões árabes contra regimes despóticos avançam um passo com a captura e morte do líder da Líbia, Muamar Kadafi. Ditador cruel, que por mais de 40 anos governou o país sob mão de ferro, Kadafi era um terrorista e mereceu o fim que teve (o que não significa que a democracia virá em seu lugar). Sua morte gerou, entretanto, reações bem diversas mundo afora.

O primeiro-ministro britânico, o conservador David Cameron, celebrou sem meias palavras: "Hoje é um dia para recordar todas as vítimas do coronel Kadafi e as inúmeras pessoas que morreram nas mãos deste brutal ditador e de seu regime". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, também comemorou: "O desaparecimento de Muamar Kadafi é um grande passo na luta conduzida há mais de oito meses pelo povo líbio para livrar-se do regime ditatorial e violento imposto durante mais de 40 anos".

Mas nem todos se regozijaram. O fanfarrão “presidente” da Venezuela, Hugo Chávez, disse: “Lembraremos de Kadafi durante toda a vida como um grande lutador, um revolucionário e um mártir". A presidente Dilma foi mais contida. Alegou que não devemos comemorar a morte de nenhum líder (nem mesmo a de Hitler, presidente?). Depois constatou que a Líbia está passando “por um processo de transformação democrática”. Confesso que ao ver aqueles guerrilheiros empunhando fuzis, nada me remete ao modelo democrático que defendo.

Mas minha curiosidade é saber a reação do ex-presidente Lula. O que ele está sentindo? O sofrimento deve ser grande, pois certa vez ele se dirigiu ao ditador líbio o chamando de “meu amigo, meu irmão e líder”. São estas figuras nefastas os ícones da nossa esquerda “democrática”...

9 comentários:

  1. O Lulla deveria ter o sobrenome Kadaffi

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  2. Anônimo11:03 AM

    O lula agora tem um vlog n é? Será q ele vai comentar?

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  3. Anônimo4:06 PM

    Tive a mesma sensação quando li o comentário da Dilma. Pra esta infeliz, democracia é simplesmente a vontade da maioria...

    PHO

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  4. Anônimo7:10 PM

    o irmão de ditadores está de luto

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  5. alexandre7:43 PM

    Eu acho que estamos sendo exigentes demais com a Primavera Árabe. No caso brasileiro, por exemplo, a transição democrática demorou uns 3 anos. O Sarney governou até 1988 com uma constituição da época da ditadura. É óbvio que não tínhamos pessoas armadas nas ruas pedindo democracia mas tem que ver a situação de cada país. Se no Brasil, que já tínhamos experiência democrática levamos alguns anos para terminar a transição, imagine um país que só conheceu regimes autoritários ? Não acho que nenhum país esteja condenado eternamente ao autoritarismo. Sou um otimista com a Primavera Árabe, até mesmo porque sendo otimista, posso até errar mas sendo pessimista, já começo errado.

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  6. Anônimo8:14 PM

    Se tu for um pessimista e o barco afundar mesmo, tu se salva pq saltou fora antes

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  7. Anônimo8:40 PM

    Rodrigo
    A barbárie de Kadafi encerra com a barbárie da nova moral Árabe na Líbia? Ou apenas mudamos de barbarizador?
    O tempo dirá. Eu acho que só mudaram as moscas...

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  8. Caro Constantino,
    Nenhum ser humano merece o fim que Kadafi teve da maneira que o teve. Justiça é uma coisa, barbárie é outra. É inaceitável que líderes mundiais responsáveis ignorassem a forma bárbara com que Kadafi encontrou sem fim. Assassinato é o que ocorreu ali, jamais justiça. A civilização não permite aquele espetáculo deprimente. Que fosse julgado e condenado à morte. Os que o assassinaram e os que tentam justificar a forma em que morreu o ditador Líbio dizendo que ele matou muitos e "merecia" aquilo, tornaram-se exatamente iguais a Kadafi, o ditador, ladrão e assino.

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  9. Wilson Azevedo1:24 AM

    Em 1981 Lula foi para a Líbia buscar dinheiro para o PT. Quem afirma é Marcos Terena e não Bolsonaro.

    http://oberrodaformiga.blogspot.com/2011/05/em-1981lula-foi-para-libia-buscar.html

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