No blog do Merval, um texto sobre o antigo e renovado debate de Hayek vs Keynes sobre os ciclos econômicos, que conta com minha singela contribuição. Trecho abaixo:
O economista Rodrigo Constantino, fundador do Instituto Millenium e adepto fervoroso de Hayek, diz que Soros sem dúvida defende o lado keynesiano. “Ele quer mais estímulos, mais liquidez artificial, para evitar uma recessão com risco de espiral deflacionária. É um ponto de vista legítimo, ainda que eu discorde”.
Mas Constantino pergunta: quando os keynesianos defendem a austeridade então? “Na época da bonança, silêncio; na época das crises, mais estímulo para evitar recessões”. Sobre a crise atual, ele diz que a postura de Hayek (e dos “austríacos”) seria a de que inundar os mercados com mais liquidez não resolve nada, apenas potencializa os problemas no futuro.
O problema é a política nessa equação, o que é inevitável na democracia em sociedade de massas. O imediatismo político sentencia: empurrar com a barriga até onde der.
ResponderExcluirQual é o político profissional que aprecia medidas de austeridade em vista de benefícios futuros? O imperativo político maior é atender a demanda eleitoral no presente e no futuro próximo, empurrando os problemas com a barriga para as gerações seguintes. Keynes deu a fórmula e vai ser difícil sair-se dela.
Na minha opnião não é só uma questão política, a teoria economica de Keynes postula que o credito, assim como o trabalho, qualquer que seja bem aplicado hoje pode trazer mais beneficios amanha do que se pode prever, como dizia um ex professor meu, aquela história de enterrar garrafa vazia no deserto, por incrivel que pareça, tem mostrado até hoje que funciona.
ResponderExcluirAbraços Rodrigo, bacana o seu blog, sobre LFV vou procurar ler algo pra conferir :-)
O problema nos keynesianos é que eles não falam sobre austeridade durante o período de bonança ? Então, se eles começarem a pregar a austeridade nas épocas de vacas gordas ? O debate será encerrado e os keynesianos serão vencedores ?
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