Vídeo onde comento o absurdo que é a presidente Dilma chamar os grandes empresários para cobrar mais investimentos, como se bastasse vontade para tanto. É de uma ignorância econômica assustadora, e ao mesmo tempo sintomática da mentalidade brasileira.
Algumas coisas até concordo com vc mas tem uma coisa que me intriga : qual é de fato a reforma trabalhistas que os liberais pregam ? quais os direitos que seriam extintos ? fgts ? 13° ? férias ? eu leio economistas falarem em reforma trabalhista mas nunca leio uma medida concreta. É tudo de maneira abstrata e genérica. Será que vc poderia me responder esse enigma, que é a reforma trabalhista dos liberais ?
ResponderExcluirRodrigo, queria algum comentário sobre os vencedores do 16º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal:
ResponderExcluirhttp://www.enap.gov.br/files/premiadas_ordem_de_inscricao1.pdf
Inovam alguma coisa?
FGTS: típico exemplo do estado-babá, que encara o trabalhador como uma criança (ou como na clássica estória, uma cigarra), que não sabe, ou finge não saber que o futuro pode lhe reservar surpresas e que devido a isso deve ter sua reserva (como a formiga faz). Quando a formiga quer usar aquilo que é uma reserva sua (que teria feito de qquer forma, sem a obrigação do estado), o tal FGTS, descobre ele que rendeu nas mãoas da babá uma ninharia (3% ao ano) e que vai ter de enfrentar uma típica burocracia brasileira de merda para sacar.
ResponderExcluirPCHs em coma induzido. Por que?
ResponderExcluirPCH até algum tempo atrás era uma sigla que estava diariamente nos jornais e revistas de mercado, no radar dos investidores, no interesse dos bancos de investimento, no mapa dos bons negócios e oportunidades. O que aconteceu? O que mudou para que um negócio considerado bom sumisse do mapa?
Tivemos um Programa de incentivo às fontes alternativas de geração de energia – PCHs, Biomassa e eólicas – denominado Proinfa, estruturado ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, que foi o responsável pela realização de mais de 60 PCHs no Brasil (não vamos falar aqui de eólicas e biomassa).
Quem, como eu, esteve próximo de todos os passos deste programa, desde sua concepção e momento em que se tornou lei, no governo FHC, em 2002, até sua operacionalização já no governo de Lula, em 2004, sabe que com a simples e inteligente medida de contratar para compra da energia, através da Eletrobrás, a preço determinado e justo tanto para quem venderia como para quem compraria, se tornou viável investimentos da ordem de quase R$ 7 bilhões, se gerou milhares de empregos distribuídos em várias regiões de país e se fomentou importante indústria de equipamentos com tecnologia totalmente nacional, inteligência de projetos e serviços e especialização de construtoras na implantação de projetos de geração.
Toda essa energia (mais de 1.100 Mw) está hoje fazendo parte do abastecimento do país. Os projetos estão implantados, com recursos totalmente privados. Os financiamentos, principalmente do BNDES, estão sendo religiosamente pagos, até porque, em todos os contratos de financiamento realizados, a Eletrobrás já repassa diretamente ao BNDES sua parcela, antes de pagar aos empreendedores o que faz com que o risco do Banco, após entrada em operação dos empreendimentos, seja zero. Os empreendedores estão remunerando o capital investido, o que é absolutamente correto. Ou seja, o Proinfa foi um absoluto sucesso.
Mas o mesmo governo que implementou o Proinfa, por motivação nunca tornada clara, decidiu que ele não era bom o bastante. Ao invés de fazer o Proinfa 2, 3, etc, que poderia ser anual, contratando, por exemplo, 100 novas PCHs por ano, o que geraria, por baixo, investimentos de R$ 9 bilhões/ano, 1.500 Mw/ano de geração de energia limpa e renovável, distribuída pelo território nacional, de baixíssimo impacto ambiental, com capital totalmente privado, criando mais de 30.000 empregos/ano diretos e outros tantos indiretos, decidiu, em nome de uma mal explicada busca de modicidade tarifária, que faria leilões de compra de energias alternativas. Daí em diante, através de leilões absolutamente manipuláveis, tornou o setor de PCHs inviável. Matou todo um setor em nome de absolutamente nada.
Hoje, vários desenvolvedores e
investidores têm em carteira centenas de empreendimentos que poderiam ser implantados, e estão em coma induzido por decisões absolutamente políticas e, ao entender de todo um setor, equivocadas. Voltando a estimar, há na ANEEL hoje, mais de 2.000 projetos de PCH sendo analisados, em uma lentidão desesperadora e inviabilizante, como se o desestímulo fosse a meta almejada.
Apenas estes projetos, se implantados, a um ritmo de 100 iniciados ao ano, traria investimentos em 20 anos constantes de mais de R$ 180 bilhões, geraria 600.000 empregos diretos e outros tantos indiretos. Geraria mais de 30.000 Mw de geração distribuída, limpa, renovável e de baixo impacto ambiental para o país.
Hoje, ao ver a presidente clamar pelo espírito animal dos empresários para investir no país penso porque então se mantêm a mão pesada de burocratas míopes sobre um setor que já foi vibrante, que continua atrativo, que pode gerar bilhões em investimentos, energia nova, limpa e renovável, empregos, riqueza, industrialização.
O país precisa disto tudo, e o setor de PCHs têm como renascer de imediato. Basta desengavetar o Proinfa e reeditá-lo.
Alexandre Freitas
Diretor das empresas Venturis Capital e Investimentos e Arion Energia
Não só petista mas toda a esquerda é assim mesmo, sem noção mesmo
ResponderExcluirNos delírios dessa gente ser empresário é a coisa mais fácil do mundo.'Coincidência' os esquerdinhas serem a maioria no time dos que FALAM e não dos que fazem.
ntsr
Márcio, você tem razão em questionar. Eu sempre tenho a mesma impressão. O fato é que alguns liberais são exagerados, e se parassem para pensar um pouco mais na aplicabilidade de certas ideias, perceberiam que não se passam de teóricos. Eu também sou liberal, mas tenho convivido com a burocracia minha vida inteira, devido ao meu trabalho, então tenho noção do que é mera teoria e o que é pode ser real. Eu não concordo com a extinção de direitos como FGTS, 13º salário, férias etc... Considero isso uma tutela necessária. O problema está nos exageros: concessão de poderes a sindicatos e deixar brechas para eles exagerarem em suas atribuições, por exemplo. Uma coisa que nunca deveria ter sido criada é a tal MULT A RESCISÓRIA, pois cria um ridículo mau costume. É aquela briga, para não perder o acréscimo da multa rescisória, o funcionário nunca quer pedir demissão, e, ao mesmo tempo, o empregador não tem interesse em mandá-lo embora para não ter que pagar a multa rescisória. Nessa brincadeira o funcionário fica fazendo palhaçadas até conseguir ser demitido. Existem outros pontos, mas daria um texto muito grande. Fica aqui só um esboço.
ResponderExcluir