Antenor Barros Leal, Jornal do Commercio (24 de Julho) *
É
impressionante o apoio dedicado por parte da intelectualidade brasileira
(inclusive cantores e compositores da mais alta estima popular), aos ditadores
que assumiram o poder em Cuba e que, para manter o domínio, impõem um dos mais
bárbaros sistemas políticos atuais.
Comparável
à Coreia do Norte, onde parentes se revezam no comando de um povo assustado e
controlado nos mínimos detalhes, Cuba exerce, entretanto, um fascínio desonesto
e inaceitável, embora dominada por uma “família” como outra qualquer.
Os
nossos cubanistas odeiam o controle da imprensa. Desprezam a falta de
liberdades. Detestam o exercício do poder por parentes dos políticos, suplentes
e outros bichos. Não imaginam viver num país onde sejam proibidos a organização
social ou o simples protesto. Não aceitariam, ainda que de forma coloquial,
conversar sobre a retirada de direitos dos trabalhadores. Se alguém por aqui
tentasse proibir o livre exercício do direito de greve, com certeza, correriam para as ruas em solenes protestos.
Se
apenas alguns escolhidos pudessem compor o Congresso Nacional, que gritaria
ouviríamos? E se houvesse uma imensa quantidade de presos políticos?
Mas,
quando se trata de Cuba não tem problema! Aceitam e elogiam. Como podem apoiar
um governo que proíbe a leitura de livros não aprovados por sua “stasi”
particular? Como ajudam a um pais que faz eleição no modelo iraquiano do
“Hussein” que ganhava todas com 100% dos votos?
Há
pouco tempo, dois atletas cubanos pediram asilo político no Brasil. Não
aceitos, foram enviados presos para o “paraíso” donde tentavam escapar. Ninguém
reclamou.
O
que tem os dirigentes antidemocráticos cubanos de encantador? O que pode
agradar a brasileiros livres um pais dominado por um grupelho? Será que foi a
simpatia do nosso heroi “fidel” da montanha,
cantando liberdade contra um bandido chamado Batista? Ou o Fidel posterior?
Fiel cumpridor das ordens da falida União Soviética e destruidor das liberdades
e do livre pensamento do povo?
Precisamos
iniciar um movimento anticastrista, da mesma forma que somos contra os sadans,
assads e kim jongs. Como ficamos felizes com a queda dos "donos" do
Egito, da Tunísia e do Iraque e nada fazemos contra os que dizimam o
futuro dos cubanos?
Está
na hora da inteligência da América Latina se juntar para acabar com este regime
cruel que se eterniza à sombra da tortura, que se alimenta do silêncio das
prisões e do sofrimento das famílias daqueles que ousam ser contra.
Ou
bem fazemos isto ou seremos cúmplices históricos de um crime bárbaro contra um
povo que se parece conosco, que canta como nós cantamos, que veio de onde
viemos e que, se não o ajudarmos, ficará na rabeira do mundo.
Onde,
aliás, seus títeres gostam de viver.
* Presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro
Eu acho que ele não sabe do Foro de São Paulo. E que papo é esse de que os "cubanistas" detestam o controle da imprensa? É o que mais eles querem aqui. De resto, ele está certo.
ResponderExcluirCastrolândia, em oposição à Disneilândia, foi uma boa sacada.
ResponderExcluirinteligencia da america latina? já está na america do norte!
ResponderExcluirO homem pode ser acusado de egoísta quando deseja tudo para si sem respeitar a propriedade alheia. Mas o que dizer do homem que quer para si a vida alheia, o pensamento alheio, as idéias alheias? Essa era e, infelizmente, ainda é a situação do escravo diante de seu proprietário. A idéia de repugnância que temos pelo escravagismo surge da maneira mais natural na mente revolucionária do comunista. Ele, do algo de sua onipotência, do alto de sua onisciência, quer que todos os demais fiquem sob o seu jugo. Isso sim é ganância! Ter sob seu domínio um outro ser humano adulto.
ResponderExcluirde fato é triste esse honraria a Cuba.. mas pior mesmo é o puxa-saquismo de vários orgaos de imprensa ao Qatar, Bahrein (F-1), EAU, Oman... Arabia Saudita...
ResponderExcluirtodas elas tiranias islamicas da pior especie.... Fidel(memso sendo o capeta) é um escoteiro na frente dessa turminha...
Arabia Saudita pisa na oposição numa boa... decapita "bruxas" e gays... ah... mas tudo bem.. os petrodolares... Bahrein age igual... ah..mas tem petrodolares... e F-1!!!
EAU apronta feio tambem.. mas é tem cidade moderna... e promove futebol.
o silencio da midia e governos em relação a brutal repressao vigente no Bahrein (que promove a F-1) supera o silencio de certos jornalistas e governantes em relação ao Mundial de 1978 na Argentina de Videla.
Em suma.. nao adianta censurar os cubanistas e passar a mao na cabeça dos teocratas de Allah.