Rodrigo
Constantino, para o Instituto Liberal
“Quebrou-se
a certeza da impunidade”. Assim Miriam Leitão começou sua coluna de hoje,
resumindo bem o principal efeito da condenação histórica pelo STF do petista
João Paulo Cunha. Não se trata de qualquer um, e sim do ex-presidente da
Câmara, político influente no PT, bastante próximo de Lula. A ousadia e a
certeza da impunidade eram tão fortes que o réu, agora condenado em última
instância, teve a cara-de-pau de se candidatar para a prefeitura de Osasco
durante o julgamento.
É
verdade que ainda faltam muitas coisas. A população quer ver Cunha preso. Ainda
resta saber como o “chefe de quadrilha” José Dirceu será julgado. E, acima de
tudo, há um réu ausente, como lembra em sua coluna de hoje Demétrio Magnoli. O
sociólogo concluiu assim o artigo: “Mas o procurador-geral escolheu traçar um
círculo de ferro em torno de um homem que, coberto de motivos para isso,
acredita-se inimputável. A opção da acusação, derivada de uma perversa razão
política, assombrará o país por um longo tempo”.
Não
dá para discordar. O ex-presidente Lula causou estragos que o país vai sentir
por muitos anos ainda. Sua blindagem no maior escândalo de corrupção da
história deste país representa um tiro de canhão na Justiça. Tudo isso é fato.
Ainda assim, não devemos desprezar os avanços. Mesmo com quase todos os
ministros do STF apontados pelo PT, sendo dois deles claramente parciais no
julgamento, o mensalão está comprovado, apesar da negação insistente de Lula. E
um petista graúdo foi considerado culpado de corrupção e poderá ser preso. São
ventos alvissareiros de mudança. Há esperança!
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