Rodrigo
Constantino, para o Instituto Liberal
A
greve dos funcionários públicos ganhou maior dimensão e virulência, causando
enormes transtornos para os brasileiros. O editorial da Folha de São Paulo conclama a presidente Dilma a não ceder: Hora de
resistir. Diz ele: “O embate da presidente com um segmento tradicional do
petismo é uma das principais provas de fogo de sua gestão”. Se ela falhar,
ficará refém da máfia sindical ligada aos radicais do PT.
O
editorial do jornal O Globo também
faz pressão contra os grevistas, que usam a população como refém, apesar de
seus salários bem acima da média do setor privado. Ele diz: “Se houver
concessão generalizada de reajustes, governo Dilma terá recuado na intenção de
incentivar investimentos e recuperar a competitividade da indústria”.
Esta
é uma visão simpática à presidente Dilma. Eleita pelo “dedaço” do ex-presidente
Lula, ela resolve combater certos erros do passado, e abrir mais espaço para
investimentos, o que gera forte reação dos sindicatos. Se for este o caso, todos
devem mesmo torcer para que um espírito de Thatcher se incorpore ao corpo de
Dilma, para que ela tenha forças para enfrentar estes parasitas que ameaçam
parar o país para preservar privilégios.
Mas
confesso que teorias conspiratórias, neste caso, merecem o benefício da dúvida.
É muito estranho este fenômeno de greve geral, orquestrada pela CUT, notória
aliada de José Dirceu. E justo no momento do “julgamento do século”, que tem o
próprio Dirceu como principal réu do “mensalão”. Teria algo a mais por trás
destas greves? Teria também ligação com as eleições? Com disputa interna de
poder na quadrilha petista?
Não
sou Sherlock Holmes para saber. Mas pego emprestada a sabedoria do detetive
criado por Sir Conan Doyle, e questiono: por que o cão não latiu? É o silêncio de Lula que me incomoda nesse assunto. Será
que o Todo Poderoso não vem nem em defesa de seu companheiro Gilbertinho
Carvalho, acusado de “traidor” pelos grevistas? Aí tem...
Por princípio, sou contrário a greve no serviço público. Mas sem essa de que servidor público seria um parasita. Neste país ninguém trabalha mais que o servidor público. E a demanda só cresce com a ampliação dos estado-dependentes. Informe-se e não preconceba.
ResponderExcluir"Neste país ninguém trabalha mais que o servidor público."
ResponderExcluirRapaz, essa for forte! Tirando raríssimas exceções, é justamente o contrário.
Além disso, as vagas surgidas com as aposentadorias não têm sido reocupadas imediatamente e servidores que ficam terminam tendo de desempenhar o trabalho antes desempenhado por mais um, dois ou até mesmo três colegas. Há setores em que ocorre desistência por sobrecarga de serviço.
ResponderExcluirTorno a dizer o que já disse antes aqui: você pode ter razão em julgar o trabalho irracional, desnecessário ou coisa que o valha; mas não pode afirmar que não haveria trabalho. Trabalho, há.
Marilia de C dos goytaczes diz...(06/08/2012 16:49) TCU aprova com ressalva modelo de outorga das franquias dos Correios
ResponderExcluirO Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou com ressalva o modelo de outorga e, também, o edital de licitação e a minuta de contrato para instalação de 818 Agências de Correios Franqueadas (ACF). Para o tribunal, o estudo de viabilidade econômico-financeira deixou de considerar aspectos que podem afetar o acompanhamento do equilíbrio econômico-financeiro dos futuros contratos.
O TCU determinou à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos revisão e complemento do modelo de viabilidade econômico-financeira apresentado para a licitação. Foi realizado um único estudo para todas as 818 unidades, que levou em conta os custos de operacionalização das ACFs.
“A ausência de estudos segmentados e a focalização apenas nos custos, sem considerar a efetiva capacidade de geração de receitas das agências licitadas, constituem falhas técnicas que podem afetar o acompanhamento do equilíbrio econômico-financeiro dos futuros contratos”, destacou o ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do processo.
O tribunal recomendou que, nessa revisão, os Correios estimem as receitas com base nos dados que dispõe acerca das remunerações pagas às franquias em funcionamento e contemple, nos respectivos fluxos de caixa, o crescimento da demanda dos serviços postais projetado para o ciclo contratual. O TCU ainda recomendou que os Correios definam as categorias de ACF por segmento de atuação, região, tamanho ou outros critérios que distingam as diferentes capacidades de geração de receita das unidades licitadas.
Thatcher vem aí. O acórdão do TCU é claro, usa a palavra desestatização.
Agora, se você chama de parasitas os sindicalistas, dou-lhe razão. Tem sindicalista que passa a vida funcional inteira em disponibilidade sindical.
ResponderExcluirgostei do comentário. estendeu o conceito de luta de classes para outra polaridade, e caiu bem: entre os pagadores de impostos e os que vivem ( algumas vezes,bem) DESTES .
ResponderExcluirOutra característica do serviço público é a disparidade existente entre os órgãos e setores. Assim como se encontram setores com mais serviço e pouco pessoal, também se vê setores com menos serviço e excesso de lotação. Há muita desorganização na distribuição de pessoal. Às vezes para isso pesam a influência pessoal e política.
ResponderExcluirEnfim, o que quero deixar claro é que não se pode nem se deve generalizar.
Também não concordo muito com greve e sindicalismo.
ResponderExcluirO problema é que estamos em "pleno emprego", os salários do setor privado estão precionados, o que leva essa luta de classes, todo mundo quer o seu aumento.
Isso se deve a essa política do governo que vem expandindo a demanda agregada.
Mas nem todos os setores apresentam forças para a briga com o governo. As bolsas de pos-graduação ficaram 4 anos sem aumento, neste ano deram aumento de 10%.
Os servidores até podem estar exagerando nos pedidos, mas quando o legislativo aumenta o próprio salário em 50,60,70%, todos acabam tendo direito a grande festa que é o Brasil.
Engraçado. A Coreia do Sul investe em educação, 4,2% do PIB, o Japão 3,6% do PIB. Eles conseguem nos humilhar em qualidade de ensino, com o investimentos similares.... Poderíamos por exemplo, cobrar mensalidades nas faculdades públicas e deixar que quem não pode pagar faça um empréstimo e comece a pagar após estar exercendo a profissão. Infelizmente a menos que um espírito da Thatcher se incorpore na Dilma, não vejo saídas...
ResponderExcluir"Neste país ninguém trabalha mais que o servidor público."
ResponderExcluirEntão se demite ora.
Esse povo não tem vergonha mesmo, nem mentir sabem
A bem da verdade para a maioria do funcionalismo público que cumpre com os seus deveres tudo isso se resume a uma simples constatação: Dilma está completando 2 anos de governo, a inflação já ultrapassa os 10% e os salários dos servidores federais não foram corrigidos. Esse é o novo imposto que o governo do PT está nos obrigando a pagar, no país líder do mundo em tributação. Recordar é viver: entre as diversas causas do fim da era PSDB/FHC foi a queda de braço com o funcionalismo. Não reeleja ninguém e não vote nos candidatos dos partidos da base do governo. Lembrai-vos do MENSALÃO! ACORDA BRASIL! Vamos esperar o que as urnas em outubro terão a nos dizer.
ResponderExcluirEm relação ao sindicalismo no Brasil, sou contra em uma parte, usá-lo para ganhar dinheiro, como se fosse uma empresa, e sou a favor pelo fato de algumas, não sei quantas e nem estimo, empresas de vários segmentos pertencerem à corporações ou grupos empresarias, que na maioria das vezes é um só grupo. Em relação ao setor público, a maioria esmagadora ganha salários gigantescos. Há um cargo no senado federal de assistente que o salário inicial, somado com os benefícios, chega a 13.000, nível médio. Outra coisa, o Vitor comentou a relação: Japão x Brasil que, para mim, foi exagerada. Nossa população é maior, além de outros fatores. Corrupção é um deles...
ResponderExcluirRapaz, estou vendo que tem mais liberais no público que no privado. É o Brasil....rss
ResponderExcluirTrate de mudar o discurso, Constantino. rss
QUE SÃO NECESSÁRIOS 20 EMPREGOS PRODUTIVOS PARA SUSTENTAR 01 BUROCRATA que é um emprego IMPRODUTIVO, PARASITA, OVERHEAD, ...
ResponderExcluirApenas necessário em seu mínimo.
PARA UM MUNDO SEM BUROCRATAS recomendo ler: FREE TO CHOOSE de Milton Friedman.
Rodrigo, nao vai comentar as cotas não? Dilma não quer cotas no ITA, isso iria desmascarar a palhaçada de vez, os cotistas 'tão capazes' quanto os outros iam ser reprovados no primeiro semestre
ResponderExcluir"Toda generalização é burra" já dizia Nelson Rodrigues.
ResponderExcluirÉ certo que temos uma grande parcela de servidores públicos acomodada, com salários acima da média do setor privado (o que não significa que sejam ricos) reclamando de barriga cheia.
Por outro lado, contudo, servidores de serviços essenciais (como policiais e professores) recebem uma verdadeira merreca por mês (algo pouco acima do salário mínimo), estão sem aumento há um bom tempo e ainda trabalham sob péssimas condições. Pra se ter uma idéia, anteontem, no Fantástico, foi divulgada uma escuta telefônica entre uma policial e o Carlinhos Cachoeira, em que aquela pedia a "fábula" de R$ 670,00 para pagar um pedreiro e colocar uma soleira na porta da delegacia. Olha a que ponto chegamos, por módicos R$ 670,00 um contraventor consegue comprar toda uma unidade policial, reformando a delegacia! Se realmente ninguém vê problemas nessa situação calamitosa, então a preocupação com a "coisa pública" no Brasil é realmente um caso sério...
No mais, não sei se alguém sabe disso, mas a Constituição Federal, em seu art. 37, inciso X, garante aos servidores revisão anual geral dos salários...como isso não é cumprido praticamente em lugar nenhum, a revolta geral se instala (uns com mais razão do que outros, como tentei expor acima).
De um modo geral, no serviço público as carreiras mais bem remuneradas sao as jurídicas e, especificamente no serviço público federal, a polícia federal. Nos Estados, as polícias civil e militar, com exceção dos delegados e oficiais superiores, ganham mal. Médicos, engenheiros, sociólogos, economistas e professores também ganham mal em comparação com o setor privado. Já os servidores da base, geralmente recebem pouco mais que os congêneres da iniciativa privada no Poder Executivo, mas bem abaixo dos similares do legislativo e do judiciário.
ResponderExcluir