Rodrigo
Constantino, para o Instituto Liberal
As
medidas adotadas pela presidente Dilma no setor elétrico estão todas erradas.
Elas denotam a visão míope desse governo, que parece abraçar como poucos a
máxima de Keynes: “No longo prazo estaremos todos mortos”. Um estadista, conforme
sabia Churchill, preocupa-se com as próximas gerações, enquanto um populista só
pensa nas próximas eleições. Dilma fez claramente sua escolha.
O
desconto na conta de luz ignora os riscos que isso acarreta para o futuro do
setor. Faltarão recursos para investimento em geração. A conta será paga pelas
estatais, que desabaram na bolsa. Até o BNDES, sempre ele!, deve assumir parte
da fatura, comprando crédito de recebível de Itaipu. É o futuro sendo
hipotecado no afã de estimular um pouco mais a capenga economia no curto prazo.
A
forma que a presidente escolheu para o anúncio das medidas comprova seu total
viés eleitoreiro. Confundindo governo com nação e estado com partido, Dilma
adotou um tom extremamente político em cadeia nacional de rádio e televisão,
usando o governo para fazer campanha eleitoral. Ainda prometeu o que não tem
como cumprir, uma vez que há sim risco de racionamento se não chover. E Dilma
controla muitas coisas, mas não o clima.
A
Fiesp pode celebrar, assim como alguns consumidores leigos em economia ou
igualmente míopes. Mas aqueles com maior esclarecimento sabem que empurrar custos
para frente pode ser como jogar uma bola de neve morro abaixo: o risco de
avalanche não é nada desprezível.
Entendo que existam preocupações em relação a redução de tarifa de energia elétrica.
ResponderExcluirÉ uma mudança forte e isto inevitavelmente irá gerá efeitos negativos.
Trabalhei e conheci o setor elétrico antes e depois dos ajustes que Dilma fez no início dos trabalhos como Ministra de Minas e Energia no primeiro governo Lula.
É um trabalho digno de competencia e astúcia, poucas pessoas seriam capazes de tal feito.
O efeito eleitoral positivo é um objetivo, mas por que não? é uma oportunidade que está se aproveitando, quem não aproveitaria?
A previsão de chuvas não pode ser controlada, mas pode ser estatisticamente prevista, acredito que tenham utilizado uma probabilidade muito mais segura para garantir a chance de chuvas e então afastar o risco de racionamento.
Um ato que não deixa ter seu lado maléfico de uma campanha de redução de uso de energia ou melhor uso mais racional de energia.
É óbvio que a conta da redução de energia será paga por nós também. E vejo que é uma atitude de forçar uma tendência e rebalancear para um crescimento mais saudável da economia.
Para que serve uma hipoteca? Se bem utilizado o valor financiado, qual o seu problema?
Valorizo e admiro muito o seu trabalho como crítico, mas sempre me lembro que são estamos no lugar da Dilma, não sabemos todos os detalhes, mas sem dúvida é admirável a coragem de fazer acontecer as mudanças.
Abs.
Rodrigo, outro off topic sobre a hostilidade dos gayzistas a manifestantes da TFP em Curitiba no dia 14/01. Desta vez o vídeo é da TFP (o anterior foi feito pelos gays e logo retirado do youtube ao perceberem que o tiro havia saído pela culatra. Não adiantou porque já o haviam copiado. Chegaram a interditar uma cópia, mas outras foram postadas).
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=zuxpaE759h8
Pura demagogia do Governo Federal, que ataca uma questão secundária e deixa as fundamentais sem solução. Trata-se de uma estratégia para que a Dilma não fique associada ao apagão nas próximas eleições presidenciais.
ResponderExcluirhttp://oantipetralha.blogspot.com.br/
Rodrigo, bom dia
ResponderExcluirSolicito um comentário sobre o valor cobrado a maior, pelas empresas de energia, dos consumidores entre 2003 a 2009, conforme apurado pelo TCU.
Atenciosamente.