Rodrigo
Constantino
Prezado
Guilherme,
Li hoje, neste
domingo de Dia das Mães, sua tentativa de justificação para a debandada rumo ao
governo petista. Seu artigo na Folha,
Por
Conta Própria, é um importante documento que demonstra o exacerbado
“pragmatismo” – ele mesmo uma ideologia que pode ser perigosa quando excessiva
– que tomou conta de nosso país.
Nele, você tenta
argumentar que não mudou, que vem apenas servindo à mesma causa de sempre, qual
seja, a tentativa de facilitar a vida das pequenas e médias empresas
brasileiras, que sobrevivem em meio a um dos ambientes mais hostis do mundo
para negócios. Será mesmo verdade?
Você escreve:
Sou, acima de tudo, um
servidor da micro e pequena empresa. A presidenta Dilma está empenhada em lutar
pela classe batalhadora. Esse é um grande ponto de identificação entre nós.
Veja, Afif,
acabei desenvolvendo uma maneira um tanto simples de identificar pessoas
“vendidas” ao poder quase onipresente do PT. Sabe qual é esse segredo? Chamar a
presidente de “presidenta”, agredindo nossa língua para bajular a mandona
vaidosa. A independência, hoje, pode ser medida por quem ainda insiste em
chamá-la de presidente, como deve ser.
Mas se a forma
já entrega a subserviência, o que dizer do conteúdo? Como você pode dizer que a
presidente Dilma está empenhada em lutar pela classe trabalhadora? Somente essa
afirmação já é suficiente para manchar toda uma trajetória de luta sua contra
os pesados impostos e a asfixiante burocracia!
Prezado Afif,
estamos falando da mesma presidente, do mesmo governo? O governo Dilma tem sido
marcado por forte intervencionismo econômico, pela visão mercantilista no
comércio internacional, pelo capitalismo de compadres no mercado doméstico.
Dilma e sua
medíocre equipe desenvolvimentista acreditam no poder do estado como locomotiva
da economia, pensam que são capazes de selecionar de cima, lá de Brasília, os
“campeões nacionais”, que serão agraciados com subsídios e privilégios
estatais. Isso, meu caro Afif, caso você tenha esquecido, representa o que há
de pior para os pequenos e médios empreendedores.
Estes precisam
de menos regulação, menos burocracia, menos impostos, menos inflação, tudo
aquilo que o governo Dilma não ajuda
a entregar. Esse é um governo gastador, centralizador, burocrático, que rasgou
a meta de inflação e flerta perigosamente com o socialismo. Um governo que
confunde mercado com um grupo de vinte grandes empresários. Um governo liderado
pela mentalidade estatizante até a alma.
Pergunto: você realmente acredita que pode mudar isso
tudo lá de dentro? Acha que esse é o momento em que precisamos, nós liberais e
opositores desse modelo nefasto, de um “pragmatismo” que acaba humilhando os
verdadeiros liberais e cedendo aos encantos do poder? Se acredita
nisso, então demonstra ser de uma ingenuidade atroz. Ou, então, ingênuos foram todos aqueles que depositaram em sua figura a esperança de uma alternativa
mais liberal...
O Brasil vive um
momento muito delicado. Nenhum país passa imune por uma década de desgoverno
petista. O PT aparelhou a máquina estatal de forma preocupante, seu
autoritarismo é evidente, e o sonho de muitos ali é transformar o Brasil em uma
grande Argentina, quiçá Venezuela. A postura “pragmática”, para não dizer
fisiológica, do seu PSD, liderado por Gilberto Kassab, é vergonhosa. Trata-se
de uma infâmia!
O que
precisamos, hoje mais do que nunca, é de uma legítima e organizada oposição ao projeto de poder petista. E
não de empresários identificados com o pensamento liberal se curvando diante da
poderosa presidente para praticar o patético “beija-mão”. Não importa que você
tente se justificar, alegando que não mudou e que ainda luta pela causa
empreendedora.
Atos valem mais
do que palavras, e quando você diz isso ao lado da “presidenta”, elogiando seu
governo e sua luta, você se entrega, assina atestado de capacho, vira mais um instrumento
na mão do PT, uma nova peça de xadrez no tabuleiro de poder deles. Espero que
você aproveite esse Dia das Mães para refletir sobre suas escolhas. “Juntos chegaremos
lá”, você dizia. Vejo que você chegou
lá, mas não tenho como apreciar o destino. Muitos já confiaram em sua pessoa, e
hoje estão profundamente decepcionados. Com toda a razão.
Fico aqui a me perguntar: como alguém na idade dele comete um suicídio político e moral desse sem a menor necessidade? O sujeito jogou no lixo sua biografia em troca de um carguinho num ministério irrelevante criado tão somente para comprar o apoio do seu partido.
ResponderExcluirO que salta aos olhos e espanta nem é a venalidade, a subserviência ou a fome de poder ilusório, mas a burrice da falta de visão plítica a médio e longo prazos. É um imediatismo bucéfalo e suicida.
A defesa do liberalismo termina sendo uma tarefa ingrata porque quem deveria ser uma de suas maiores linhas de frente, o empreendedor, é indigno de confiança, pois só pensa nos seus ganhos pessoais de curto prazo. Ao menos assim o é no Brasil.
ResponderExcluirPor esses e outros exemplos de covardia, é que penso, de fato, melhor ser um conservador cristão "fanático" - como dizem caluniosamente - do que ser apenas um señorito satesfecho como o é esse tal Sr. Afif. Melhor ser cristão do que ser um acólito da grande prostituta que é este nosso mundo que será socialista em toda parte e que se embriaga com o sangue dos mártires que trouxeram, por exemplo, essa nossa prosperidade capitalista que tanto apreciamos.
ResponderExcluirJOÃO EMILIANO MARTINS NETO
Afif capacho! Vergonha!
ResponderExcluirSua carta é interessante para firmar os pontos, mas inútil dada a situação. Afif, que açeita ser Vice-governador e ministro ao mesmo tempo, não é ingênuo e nem está "lutando" pela microempresa. Quer apenas poder, e essa é a bandeira que julgou poder usar para chegar lá.
ResponderExcluirQuem em meu Brasil se tornou conservador, cristão, gente decente ou ao menos um liberal fervoroso lendo, assistindo ou escutando pessoas como esse pérfido Sr. Afif?
ResponderExcluirQue eu saiba se hoje há algo como uma Direita ou liberais no Brasil é por causa de pessoas como Olavo de Carvalho, Rodrigo Constantino e tantos outros.
Afif já foi tarde. Ninguém sentirá tanta falta dele.
JOÃO EMILIANO MARTINS NETO
Rodrigo, isso vem confirmar e reforçar a tese da necessidade do governo das leis e não do governo dos homens. Se mesmo um liberal pode sucumbir aos encantos do poder, imagine os outros. Os liberais estão certos. Quem diria que Afif Domingos um dia faria parte de um governo petista? É o fascínio que o poder exerce sobre as pessoas. E, uma vez no poder vem as tentações.
ResponderExcluirA pior das corrupções é a corrupção das convicções. Quando o poder corrompe as convicções, naturalmente o resto poderá ser corrompido.
Abs.
Caro Rodrigo,
ResponderExcluirExcelente sua Carta Aberta a esse individuo que atende pelo nome de Afif. As justificativas que esse patife tem apresentado só mostram que ele já se deu conta que não será possível contornar a vilania que cometeu ao render-se ao petismo; as reações por todo o Brasil (o Brasil que presta, que é diferente do Brasil petista) levaram-no à conclusão de que há milhões que não beijam a mão suja de sangue da terrorista Vana.
Malditos tempos da demokratura.
ResponderExcluirQuem já viu uma oposição com Carlos Lacerda ter que esperar por algo de Afif Domingos, que esperança falida.
Fica aí uma gravação do velho mestre Lacerda que se encaixa perfeitamente com o Brasil atual, previsão perfeita com 60 anos de antecedência:
http://www.youtube.com/watch?v=dnRpk0K7i4A
Realmente Rodrigo, esse homem chama-la de presidenta satisfazendo a vontade feministas dessa senhora foi entregador! Vendido total, "ó" o que o dinheiro e status faz...
ResponderExcluirEstou com você Rodrigo. Este é um cara que eu confiava e admirava, mas vi que como muitos outros, Eduardo Paes, Gustavo Fruet, Gedel Vieira Lima, etc. tinham um discurso moralizante de oposição mas de uma hora para outra se renderam ao poder do governo de ocasião. Nas próximas eleições o jeito é anular meu voto.
ResponderExcluirAlém de vendido é burro, pro PT ele sempre vai ser lixo, do mesmo jeito que o Ciro se juntou a eles achando que ia ganhar alguma coisa e sempre foi tratado como lixo
ResponderExcluirAFIF DOMINGUES EM 1989 CANDIDATO A PRESIDENTE - JUNTOS CHEGAREMOS LÁ.
ResponderExcluirhttp://youtu.be/ynxxYfJZspU
24 ANOS DEPOIS ELE CHEGOU LÁ, PRA FAZER O QUE NÃO SEI, MAS A DILMA SABE MUITO BEM A MERCADORIA QUE ELA ESTÁ ADQUIRINDO E COM QUE PROPÓSITO.
"A SUA BENÇÃO MAINHA, JUNTOS CHEGAREMOS LÁ. . . "
Essa imagem, não é de um cavalheiro, nem de humildade, neste caso, é o retrato da submissão, de um derrotado, capitulação da moral, os interesses escusos de um 'cara' livre e de bons costumes. Imaginem se não fosse.
Você envergonha a todos que um dia em ti confiou.
http://www.youtube.com/watch?v=day1J1zz2e4
ResponderExcluirOlavo de Carvalho é seu fã
Faça bom proveito, seja feliz, e pro diabo com ele!
ResponderExcluirSeguimos nós!
Olá, Rodrigo,
ResponderExcluirEngraçado. Sua carta poderia ser dirigido ao Barack Obama. Cabe perfeitamente. Ele está empenhado em destruir as pequenas e média empresas que empregam a maioria dos americanos, ignora as fronteiras, permitindo a entrada de ilegais, desrespeita a Constituição e Congresso, continua gastando dinheiro que não tem, aumentando a dívida externa maior da história. Os E.U.A. estão com os dias contados.
Diane
Porra, Rodrigo Constantino... Não basta o relato de você ter desenterrado DUAS MÚMIAS desnecessariamente no O Globo e dos macaquinhos pseudojornalistas do Brasil247 terem relatado isso, ainda tem essa por conta do Afif ter se rendido ao fisiologismo deixando temerariamente o cargo de vice-governador de São Paulo para assumir um ministério a convite da Dilma.
ResponderExcluirDe qualquer forma, eu entendo a postura do Afif com aquela militância burra em torno da parada de "micro e pequena empresa", sendo que obviamente ia aceitar o convite da Dilma para um ministério com tal título.
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=presidenta
ResponderExcluirAs vacas nos ensinam:
ResponderExcluirA merda sempre vem de cima para baixo".
Vocês esquecem que o Sr. Afifi é mais um paulistano quatrocentão sem fábrica, assim como o Sr. Paulo Skaf, que ainda vivem do nome? Esses vestais são capaz de qualquer coisa, até de jogarem o próprio caráter e a reputação no esgoto a troco do poder na República da Monarquia Brasil, com seus eternos reis, principes, condes, duques,... e puxa-sacos. E ainda se dizem "empresários". Empresário brasileiro e saci-pererê são lendas, pois nunca existiram, já que sempre pediram penico para os governos para sobreviverem às suas faltas de méritos e competências para concorrerem no livre mercado. Logo o melhor caminho agora que já estão sem fábicas é virarem funcionários públicos para continuarem mamando nas tetas dos governos.