A União Europeia decidiu colocar a ala militar do Hezbollah na "lista negra". Diz a reportagem:
A pressão de Reino Unido, Holanda, França e Alemanha funcionou - pelo menos em parte. Depois de meses de deliberações e divergências, os 28 ministros da União Europeia concordaram em colocar na lista negra o grupo xiita libanês Hezbollah. Mas a determinação foi feita com uma ressalva: apenas o "braço militar" do Hezbollah passará a figurar na lista de grupos terroristas banidos do território europeu. Na prática, a distinção entre uma "ala militar" e uma "ala política" vai permitir que autoridades e diplomatas europeus mantenham contatos com líderes políticos do grupo que hoje domina a política libanesa ao mesmo tempo em que é a maior força militar do país e a mais bem treinada milícia armada do mundo.
Confesso não ver tanto motivo assim para celebração. Primeiro, pois já foi tarde tal decisão; segundo, porque os países europeus insistem em uma separação que não existe de fato. Escutemos quem mais conhece os inimigos em questão:
Em Jerusalém, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticou a diferenciação entre as alas do grupo xiita, arqui-inimigo de Israel, com quem travou uma batalha de 34 dias em 2006.
- Para Israel, o Hezbollah é uma organização unitária e sem diferença entre alas. Eu espero que a decisão provoque medidas concretas contra a organização - queixou-se o premier.
Eu fecho com Netanyahu. O Hezbollah, militar ou político, quer a mesma coisa, uma única coisa: impor a sharia ao resto do mundo. A "democracia" é apenas mais um meio que encontraram para esse objetivo totalitário e autoritário. Uma "farsa" que serve a seus propósitos.
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