Rodrigo Constantino
O clima é de revolta nos Estados Unidos após George Zimmerman ter sido absolvido pela Justiça pela morte de Trayvon Martin. O caso ganhou visibilidade nacional, ou mesmo internacional, em boa parte graças ao pronunciamento de Obama, que afirmou que se tivesse um filho homem, ele se pareceria com Trayvon. Mas há muita, muita coisa errada nisso tudo, mostrando como a cartada racial faz, como primeira vítima, a busca pela verdade.
Primeiro, o contexto da coisa, de forma bem resumida. Para quem quiser mais detalhes, Ben Shapiro trata do assunto no capítulo sobre racismo em seu excelente livro Bullies. O bairro é violento, e uma onda de crimes e atos de vandalismo varre o local. Moradores criam grupos de proteção e vigilância. Zimmerman faz a ronda noturna, e observa um sujeito com atitude suspeita, olhando para algumas casas sozinho.
Ele liga para a polícia e relata o que vê. O garoto percebe que está sendo vigiado, e acelerada o passo. Zimmerman quer segui-lo. O policial pede uma descrição do suspeito, e Zimmerman o descreve. Após a pergunta do policial, ele diz que o garoto parece ser negro. Na transcrição da conversa, isso não merece tanta atenção.
O policial diz para Zimmerman não correr atrás do suspeito. Pouco se sabe depois disso. Mas sabe-se que Zimmerman chegou na delegacia local, após ter atirado no garoto, com sérios machucados na cabeça. Sua versão: o rapaz partiu para cima dele, bateu nele, que caiu no chão. Em legítima defesa, atirou e matou o suspeito. Mais um caso entre tantos na vizinhança perigosa. Caso encerrado para as autoridades locais.
Mas eis que a grande imprensa descobre o caso e leva para cadeia nacional. E há um detalhe: era época de campanha para presidente. Obama, acuado pelo desempenho fraco da economia, encontra a cartada racial perfeita: mais um crime contra negros nos Estados Unidos! A imprensa esquerdista morde a isca. Os trechos da conversa são editados, e passam a clara impressão de que um "branco" relatou do nada a cor do suspeito, e depois o matou. Crime de racismo.
Só que não era a verdade. Para começo de conversa, Zimmerman é meio hispânico, meio branco, assim como Obama é meio negro, meio branco. Para todos os efeitos raciais, ele é um hispânico. Um "pequeno" detalhe ocultado pela grande imprensa esquerdista, para alimentar a culpa da elite branca, o que sempre funciona.
Em segundo lugar, o morto foi retratado como um pobre estudante, vítima do preconceito. Mas ele não era bem isso. É verdade que estava desarmado, que não era um assaltante em vias de cometer um crime, ao que tudo indica. Mas tinha um histórico nada exemplar. Era um hoodlum, como os americanos dizem, ou um "vadio".
O que a imprensa fez foi transformá-lo em uma pobre vítima que teve seu futuro brilhante destruído abruptamente por um branco racista. E isso caiu como uma luva para a campanha de reeleição de Obama, curiosamente elogiado por não utilizar a "cartada racial' e se colocar como alguém pós-racial.
Pelo visto, a questão da "raça" ainda está bem viva por lá, e muitos aproveitam isso para apelar para a vitimização das minorias contra a "elite branca", mesmo quando temos o que parece ser uma morte por legítima defesa envolvendo um hispânico e um negro.
Se o leitor acha que tenho algum viés racial por ser branco, recomendo então o artigo, escrito antes do resultado do julgamento, de Thomas Sowell. A busca isenta pela verdade não tem cor de pele.
Rodrigo
ResponderExcluirtem um blog que explica porque o Brasil não é neoliberal e nem foi :http://brasilneoliberal.blogspot.com.br/
http://commonsenseconspiracy.com/wp-content/uploads/2012/03/media-trayvon-martin.jpg
ResponderExcluirThe way I look, a thug got gunned down.
Rodrigo- Você acha que os EUA é um país racista?
ResponderExcluirÉ a prova de que existe uma guerra racial nos EUA promovida e locupletada pelos Democratas. Trazer esse incompetente e inócuo personagem para a presidencia está sendo o pináculo dessa guerra e na guerra a prímeira vítima é a verdade.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=2WnDO_GsxYg
ResponderExcluirSe ele estava desarmado, o guarda errou em matá-lo . Isso é básico em segurança pública
ResponderExcluir"Em segundo lugar, o morto foi retratado como um pobre estudante, vítima do preconceito. Mas ele não era bem isso. É verdade que estava desarmado, que não era um assaltante em vias de cometer um crime, ao que tudo indica. Mas tinha um histórico nada exemplar. Era um hoodlum, como os americanos dizem, ou um "vadio"." O fato dele não ter histórico exemplar não tem relação nenhuma com o ocorrido, ele não estava cometendo um crime, apenas estava caminhando, e, como você mesmo escreveu, Zimmerman foi orientado por um policial, ou seja, por um agente do Estado a não parar o jovem. Logo depois vem a notícia de que Zimmerman agiu em legítima defesa, essa história não tem sentido algum. O jovem estava caminhando, Zimmerman viu o jovem, foi orientado a não parar o próprio e pronto, mágica, ele agiu em legítima defesa. Uma coisa eu tenho certeza, Zimmerman matou o jovem sem motivo, Só não acho que tenha sido pela cor do próprio. O preconceito racial nos E.U.A é grande ainda, as pessoas que querem negar a existência como aqui. Um comentário que eu achei interessante uma vez foi o seguinte: "O preconceito racial nasce das próprias pessoas(negras, no caso) que só falam nisso." Então, quer dizer que se eu resolvo discutir alguma coisa, eu aumento a reincidência da mesma? Foi o comentário mais imbecil que já ouvi.
ResponderExcluirComo disse o Olavo, 'se o cara for negro, legítima defesa é crime'
ResponderExcluirE pra variar os negros americanos estão bancando a vítima.
E pra variar a mídia esquerdista não dá um piu sobre a onda de crimes,assassinatos e estupros desse pessoal, motivadas por esse mesmo incidente.
http://www.youtube.com/watch?v=kx8UCGzx7Fg
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=iNHuGZksvQM
http://www.youtube.com/watch?v=vuWRyUN_920
"Zimmerman é meio hispânico, meio branco, assim como Obama é meio negro, meio branco. Para todos os efeitos raciais, ele é um hispânico"
ResponderExcluirAdmito que isto é capaz de ser uma "tecnicidade", mas na classificação "racial" norte-americana os hispânicos não são uma raça alternativa aos negros e brancos. Os censos definem 5 raças (branco, "afro-americano", "americano nativo","asiático" e "insular do Pacifico"); depois há a etnia, que é muita mais subjectiva, e onde aparecem rubricas como "italo-americano", "escocês" e... "hispânico". Zimmerman é um "branco hispânico", tal como Giuliani é um "branco italo-americano" e Evo Morales, se imigrasse para os EUA, seria um "americano nativo hispânico".
Mas pronto, é verdade que na prática há uma tendência nos EUA para usar "hispânico" como se fosse uma 6 categoria racial (em vez de como uma categoria transversal à raça) - por isso é que digo que é capaz de ser só uma "tecnicidade".
Não haviam provas contra Zimmermam. Simples assim. Ele alegou que o suspeito, ao perceber que ele falava ao telefone, avançou contra ele, o derrubou, o socou enquanto estava no chão e bateu com sua cabeça contra a calçada. O biotipo de Zimmerman é condizente com isso. Ora, os ferimentos de Zimmerman foram considerados perfeitamente condizentes com essa descrição dos fatos, ele sangrava tanto pelo nariz como na parte de trás da cabeça, onde estava bastante ferido. As investigações no local não conseguiram encontrar incongruências ou elementos que invalidassem isso. É evidente que não havia como declara-lo culpado.
ResponderExcluirO fato de ser hispânico não é só uma tecnicidade. Hispânico, nos EUA, geralmente é associado a uma origem indígena latino-americana. Há preconceitos contra hispânicos. A suposta "brancura" de Zimmerman foi parte essencial da narrativa escolhida pela mídia, de crime racial. Faz parte da lenda esquerdista a suposição "se branco então racista, até prova em contrário". O fato de ser hispânico enfraquecia a narrativa pré-escolhida, e por isso foi inicialmente ocultado. Se Zimmerman estivesse agredindo um branco (tipo anglo-saxão) e levasse um tiro, nesse caso, para a imprensa, Zimmerman seria sempre hispânico (sem nenhum adjetivo) e o autor do disparo é que seria branco.
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