quinta-feira, julho 18, 2013

Paul Krugman tupiniquim

Rodrigo Constantino

Já temos um candidato perfeito para ser o Paul Krugman tupiniquim: Marcelo Miterhof, economista do BNDES e colunista da Folha. Só falta o Prêmio Nobel de Economia. A cada novo artigo do economista do banco estatal, fica clara sua visão completamente equivocada da área. 

Marcelo realmente parece acreditar que a gastança estatal puxa a demanda agregada e produz uma espécie de mecanismo perpétuo de crescimento. Inflação é fenômeno exógeno, que vem de Marte. Ele diz no último artigo:

Portanto, diferentemente do que diz o senso comum, o problema atual não é a inflação, que estaria corroendo a renda real (descontada a inflação) da população. Mas, sim, o crescimento econômico fraco, que ameaça a trajetória de ganhos reais dos salários e o pleno emprego herdados do período anterior.

O país tem crescido pouco porque houve recrudescimento da crise externa em 2011 e a política fiscal não atuou suficientemente para fazer a demanda doméstica compensá-la. Houve um certo afrouxamento fiscal, mas em boa medida ligado às desonerações tributárias, que não têm impacto direto sobre a demanda.

Com câmbio menos valorizado e reservas internacionais elevadas, o Brasil nem precisa temer problemas de balanço de pagamentos: um aumento do gasto público seria capaz de propiciar a retomada do crescimento sustentado baseado no mercado interno, alavancando investimentos e ganhos de produtividade.

Em outras palavras, o problema veio de fora (não fica claro porque Chile, México, Peru e Colômbia seguem crescendo muito mais que o Brasil e com muito menos inflação), e o governo reagiu pouco! Ou seja, nosso governo gasta pouco!!! Se o governo gastasse mais, então tudo estaria melhor, segundo o "gênio". Talvez se seu patrão, o BNDES, tivesse emprestado mais alguns bilhões ao Eike, tudo estivesse uma maravilha...

O economista conclui:

Primeiro, sob um modelo liberal, o nível de emprego depende sobremaneira do investimento privado, o que dá grande poder aos empresários, obrigando o governo a evitar iniciativas que abalem a confiança e as expectativas do mercado.

Segundo, os capitalistas desejam manter a atuação do governo restrita a atividades --como educação e saúde-- que não concorram com os negócios privados. Porém, uma política ativa de gasto público pode exigir entrar em novas esferas de investimento. Por exemplo, criar estatais é tido como ruim por definição.

Por fim, um pleno emprego prolongado causa mudanças políticas e sociais que grande parte da elite não deseja: por exemplo, mesmo com lucros maiores, crescerá a tensão em torno das negociações salariais. Uma renda mais bem distribuída afeta a hierarquia social vigente. O incômodo com os novos direitos das domésticas ou com a movimentação nos aeroportos lembra alguma coisa?

A perseguição da meta central de inflação neste momento de perda de ritmo econômico significa provocar recessão e desemprego...

Acho que Marx não escreveria algo tão socialista! Mas trata-se de um economista do BNDES escrevendo para a Folha. É algo realmente assustador! Meu voto para a escolha do Paul Krugman tupiniquim já tem nome e sobrenome...

10 comentários:

  1. Victor (@PANFLECONOMICS)4:31 PM

    Meu Deus !! Se Roberto Campos fosse vivo e visse em que o BNDES - seu estimado banco de desenvolvimento - se transformou e as espécies de criatura que por lá habitam, certamente iria preferir nunca tê-lo criado.
    Este dileto funcionário público será que já ouviu falar que na economia também existe uma coisa chamada OFERTA? Em suma, a política petista de "superturbinamento" da demanda já deu no que tinha que dar: inflação, déficit na balança comercial, aumento da inadimplência, baixa produtividade, inchaço do setor de serviço e pibinho. A coisa ficou tão ruim para o pessoal que está no lado da oferta que levou empresários a ir pedir alento (privilégios) no balcão de negócios de Brasília e o governo tentar destravar desesperadamente a pauta de privatizações. Caso este burocrata do BNDES realmente seja um simpatizante do corolários de Keynes, ele poderia começar por àquele em que o economista inglês diz mudar de idéias quando realidade a sua volta muda. Parece que esta lição ele não aprendeu.

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  2. Anônimo4:42 PM

    É realmente assustador!

    Igor

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  6. Anônimo5:42 PM

    rodrigo, leia ol texto do Marcelo Miterhof hj na folha de sao paulo, caderno dinheiro... mais um com uma cara de pau sem tamanho... acho que vale um questionamento seu!
    abs

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  7. O nível de delírio deste e de outros senhores no comando de nossa economia é impressionante.

    Lembra a máxima atribuída a Eisntein: "Loucura é repetir a mesma coisa vezes sem conta e esperar resultados diferentes."

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  8. Anônimo6:22 PM

    Vergonha alheia de um senhor desta idade...

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  9. Anônimo6:55 PM

    A dilmona pediu que os membros da porcaria de seu governo inventassem firulas para engrupir a opinião pública otaria . Vejam essa outra
    http://mobile.valor.com.br/opiniao/3200636/o-pib-cresce-4-ao-ano
    E a mídia publica , isso q é estarrecedor

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  10. É muita generosidade do Blogueiro comparar Krugman e esse desconhecido economista mamador do nossos impostos. Krugman deve ter produzido alguma contribuição à ciencia economica. Esse Mitterhof nem judeu é... kkkkk
    sugiro ler Alex Scwartzman... kkk

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