Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Viva o Terrorismo!
Rodrigo Constantino
“É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que no albor dos anos 60 este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’...” (Roberto Campos)
A Comissão de Anistia aprovou uma indenização para os ex-guerrilheiros Jessie Jane e Colombo Vieira de Souza, assim como para outros cinco familiares do casal. A indenização de Colombo, sozinha, chega a R$ 100 mil. Eles ficaram conhecidos pela tentativa frustrada de seqüestrar um avião em 1970, no aeroporto do Galeão. Na operação, ela simulou estar grávida e carregava armas escondidas no corpo. Ele trazia uma arma no sapato. Na troca de tiros com os policiais, dois guerrilheiros morreram, e o comandante do avião ficou ferido. Eles eram membros da ALN, e passaram 9 anos na cadeia. De terroristas, hoje gozam da condição de anistiados políticos.
O caso do casal não é isolado. Vários que lutavam pela transformação do Brasil numa enorme Cuba naqueles anos terríveis viraram vítimas e usaram um governo no mínimo complacente para extrair da população verdadeiras fortunas como forma de indenização. É preciso expor os fatos verdadeiros, para que ex-terroristas não passem por pobres vítimas da ditadura. A realidade é outra, bem diferente. Vamos abrir todos os documentos da época da ditadura! Os seguidores de Marighella não buscavam uma democracia, mas sim pretendiam adotar uma ditadura que faria a dos militares parecer brincadeira de criança. Basta observar o que Fidel fez com Cuba nesses quase 50 anos de regime de terror. Como disse Roberto Campos, “comparados ao carniceiro profissional do Caribe, os militares brasileiros parecem escoteiros destreinados apartando um conflito de subúrbio”.
Não há motivo para inocentar os abusos dos militares durante nossa ditadura. Mas isso não significa distorcer a realidade, deixar de reconhecer que os comunistas não eram inofensivos cidadãos que lutavam pela democracia, mas sim potenciais terroristas que desejavam uma revolução armada. O risco era bastante real, e basta observar a quantidade de nações que nesta época caíram nas garras comunistas. A tensão era crescente durante o fraco governo de Jango, com clara guinada em direção ao comunismo. Diante da estação da Central do Brasil, mais de 100 mil manifestantes protestavam com faixas como “Reconhecimento da China Popular”, “PCB – Teus Direitos São Sagrados”, “Abaixo com as Companhias Estrangeiras”, “Trabalhadores Querem Armas para Defender o Seu Governo” e “Jango – Defenderemos as Reformas a Bala”. A classe média teve uma reação em cadeia contra essa radicalização estimulada pelo próprio governo.
Leonel Brizola, cunhado de Jango, defendeu a substituição do Congresso por uma Constituinte repleta de trabalhadores camponeses, sargentos e oficiais nacionalistas. Goulart assinou um decreto, em 1964, desapropriando todas as terras num raio de dez quilômetros dos eixos das rodovias e ferrovias federais para sua “reforma agrária”, assim como encampou as refinarias de petróleo privadas, em outro decreto. Foi anunciado o tabelamento dos aluguéis. O governo estava em crise, apelando para a intimidação, enquanto a economia afundava. A inflação fora de 50% em 1962 para 75% no ano seguinte. Os primeiros meses de 1964 projetavam uma taxa anual de 140%, a maior do século. A economia registrava uma contração na renda per capita pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. As greves duplicaram, de 154 em 1962 para 302 em 1963.
Jango nomeou o almirante Paulo Mário da Cunha Rodrigues, próximo ao Partido Comunista. O Congresso mostrava-se disposto a bloquear os projetos de reforma. Luiz Carlos Prestes, ligado ao Partido Comunista, chegou a defender a dissolução do Congresso. Um golpe, de um dos lados, parecia iminente e inevitável. Tancredo chegou a prever que os passos de Jango levariam a uma luta armada. O governador pernambucano esquerdista, Miguel Arraes, declarou estar certo de um golpe, “de lá ou de cá”. Brizola repetia que “se não dermos o golpe, eles o darão contra nós”. Jango, na China, discursava sobre o socialismo no Brasil. A famosa Revolta dos Marinheiros foi como uma gota no copo d’água lotado. Ocorreu uma quebra de hierarquia militar. O cabo Anselmo liderou a revolta, que resultou na demissão do ministro da Marinha, almirante Sílvio Mota, por tentar reprimi-lo. Eis o contexto do “golpe” de 64, levando-se em conta ainda o cenário internacional da Guerra Fria.
Fora isso, vale ressaltar que a intensificação do terror comunista veio antes mesmo do famoso AI-5, que lançou a “linha dura”. Antes deste ato, já estavam no currículo dos comunistas o assassinato de pessoas como o Major do Exército da então Alemanha Ocidental, Edward Von Westernhagen, em 1968, e do Capitão do Exército norte-americano Charles Rodney Chandler, em São Paulo, no mesmo ano, além de confrontos violentos com o grupo de Marighela, que deixaram vários feridos e alguns mortos. Uma agência do Citibank sofreu tentativa de arrombamento e coquetéis Molotov foram atirados na sede do Jornal O Estado de São Paulo. O AI-5 só foi assinado depois disso tudo.
Não obstante todos esses fatos, os esquerdistas posam hoje de vítimas inocentes, e arrancam milhares dos contribuintes via indenizações imorais. Não dá para esperar algo muito diferente de um governo que abriga vários desses ex-criminosos, incluindo uma assaltante de banco como importante ministra. Um governo que ajudou a fundar o Foro de São Paulo ao lado do ditador cubano e de terroristas como as FARC, não poderia agir de forma diferente mesmo. Um presidente que é mui amigo de Chávez e do próprio Fidel, não teria como fazer diferente.
A família do soldado Mário Kozel Filho, que teve o corpo despedaçado num atentado terrorista perpetrado pela Vanguarda Popular Revolucionária em 1969, recebeu em 2003 uma pensão de R$ 330. Enquanto isso, os comunistas terroristas recebem guarida na Comissão de Anistia, além de indenizações que chegam a dezenas de milhares. Eis os critérios de “justiça” do nosso governo. Para as verdadeiras vítimas, migalhas. Para os seqüestradores, polpudas quantias, quando não um poderoso ministério. No Brasil, o crime compensa, se for em nome do comunismo. Eis a mensagem que o governo transmite: viva o terrorismo!
Nada a acrescentar. Parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirRodrigo,
ResponderExcluirGostaria muito de ver a cara de gente com José Genoíno, José Dircel, Dilma Rouseff, Eduardo Greenhaugh e outros tantos farsantes, se de repente, houvesse um levante anarquista no nosso país.
Gostaria de ver esses cínicos no outro lado do balcão, sendo sequestrados e assassinados por gente tão bárbara quanto os mesmos...
Da mesma forma como eles fizeram quando eram eles os revolucionários....
Realmente temos que abrir os arquivos da ditadura e escrever um "biografia não autorizada" desses sofistas contemporâneos.
infelizmente os milicos nao tem o poder de antes, alem de terem sido bastante incompetentes na redemocratizacao do pais
ResponderExcluirpinochet pelo menos conseguiu algo, tanto que eh ateh elogiado pela autal presidente
É realmente revoltante ver dinheiro público sendo pago mensalmente a esses terroristas salafrários. Como se já não bastasse Lula e seus comparsas, inchando a máquina e usurpando ao máximo.
ResponderExcluirMuito bom texto.
Ótimo artigo. Um detalhe: Jesse Jane é hoje diretora da faculdade de História da UFRJ, se não me engano. Nunca escreveu nada que prestasse, mas com as "credenciais revolucionárias" (ou seja, terroristas) que possui, chegou à direção de uma faculdade pública (tinha que ser de história!). Além da "bolada" das "indenizações", ela recebe os salários também dos nossos impostos.
ResponderExcluirPS: Esse negócio das "indenizações" milionárias para os ex-terroristas para aquela história do Nelson Rodrigues: "Perdoa-me por me traíres" (não é esse o nome?). A sociedade os indeniza por eles terem tentado destruí-la.
Perfeito o texto
ResponderExcluirRodrigo para presidente
Lamentavelmente, nos livros escolares os militares, que cumpriram o dever de manter a ordem, são tratados como bandidos e torturadores. É claro que houve torturas, mas, foram casos isolados e jamais como sistema, como querem fazer parecer. Quem não leu "A Verdade Sufocada", do Cel Brilhante Ustra, não tem direito de abrir a boca sobre o assunto, já que, por mais de 20 anos, só o que ouviram, viram e leram, foi a versão dos perdedores que, como sabemos, são mentirosos por ideologia.
ResponderExcluirO camarada Daniel (Zé Dirceu) quando ministro e, depois, Dilma Rousseff, prometeram abrir os arquivos da ditadura até o final de 2005. Até agora, a terrorista não cumpriu sua promessa. Como a memória dos brasileiros é curta, só um ou outro, como eu, lembra disso. Será que é preciso dizer por que "esqueceram"?
Quem sabe, por esses critérios, não se consiga uma pensãozinha para Fernandinho Beira-Mar?
ResponderExcluirÉ angustiante saber que anos de luta nao adiantaram de nada. Pessoas que tiveram as melhores oportunidades na vida passam a interpretar a história dessa forma como vocês todos estão fazendo. É preciso muita ginástica mental para dizer que governos militares como o brasileiro ou como o de Pinochet, como alguém chegou a comentar, foram "bonzinhos" frente a qualquer comparação. Leiam Noam Chomsky, "O que o Tio Sam realmente quer" e vejam o que o regime Capitalista que vocês tanto defendem foi capaz de produzir pra chegar aonde está hoje. Não defendo o Socialismo imbecil, o Stalinismo ou mesmo as violências praticadas pelos militantes comunistas brasileiros da década de 60. Também não defendo a violência cubana, mas parece que frente ao regime capitalista do Tio Sam - que treinou exércitos latinos para matar filhos e mulheres de camponeses com arame enfarpado e deixa suas víceras em uma bandeija para o chefe de familia apreciar (isso está descrito no livro de Chomsky, que é estadunidense)- não se pode ter outra forma de se manter um regime mais igualitário, onde o analfabetismo é zero, todos ganham salários pela função social que exercem e não por seu status e a medicina é uma das melhores do mundo, mesmo com todos os embargos que sofrem. Ou será que vocês preferem passear por ai em seus carros blindados e deixar que as pessoas se matem do lado de fora de sua fortaleza?! Talvez seja isso mesmo que todos desejam. Só lamento.
ResponderExcluirCaramba alexandre, toma um sonrisal para ajudar a digerir a cartilha que engoliste. De que planeta vc veio mesmo?
ResponderExcluirCertamente do mesmo planeta de Emir Sader e alguns outros que chamam Fidel de presidente e acham que a Cuba de hoje é melhor que a de Fulgêncio Batista.
ResponderExcluirNesse planeta onde todos têm miolos moles (com licença da Veja), seus habitantes afirmam que a redução de mais 300 calorias por habitante na alimentação dos cubanos de hoje em relação aos de 50 anos atrás se deve a um programa governamental que controla a obesidade do povo e que a queda da renda per capita do 4o. para o 29o.lugar na América Latina é parte do plano econômico que visa zerar esse fator, representativo nefasto do capitalismo.
BRASIL NUNCA MAIS!
ResponderExcluirAcho uma perda de tempo esquentar a cabeça com problemas do Brasil de hoje, que dirá o dos anos passados. Não há para onde correr, nosso país será sempre capitalista porque é composto em sua maioria de pessoas infames e egoístas, como essas que se regozizam da desgraça dos outros. São covardes que nem sequer se dão à hombridade de se identificar. Em vez disso, se escondendo atrás de pseudônimos. Palmas para você, Alexandre, que entendeu as matizes e os meandros da triste história deste país. E viva a Revolução! Viva Carlos Marihgella! Viva Fidel! Viva Che Guevara!
Perda de tempo é tentar discutir com esquerdistas doutrinados como você, que ainda por cima quer falar de pseudônimos mas posta anônimo. Viva a sua burrice, viva a sua ignorância e a sua fé cega que te faz engolir um bando de asneiras, já refutadas dezenas de vezes ao longo do último século, como bela e brilhante verdade. Se 'Brasil nunca mais', te aconselho então a comprar uma passagem, só a ida, pra Coréia do Norte, pra provar na pele o que o seu amado regime tem pra oferecer.
ResponderExcluirCoheci Jesse e Comolmbo quando eu tinha 13 anos. Eramos, pode-se dizer, proximos.
ResponderExcluirVinte anos se passaram. Achei este site de merda quando, pra matar a saudade, procurei pelo nomes deles online.
Nao vou perder muito tempo aqui, mas tenho que dizer que o meio-autor deste artigo (pois parte e plagirismo) nao vale a bosta de nehum guerrilheiro.
Chamar guerrilheiro de terrorista, coisa americanofila, coisa alienada. O unico orgulho que guardo do Brasil e o samba-de-roda, a caipirinha, a literatura pre-Paulo Coelho e os conscientes, que aqui sao chamados de "terroristas". Se dependessemos de sua cultura e inteligencia, Rodrigo, e tantos que o lambem as calcas, seriamos eternamente condenamos a ditadura que tanto preza.
Foda-se :oP
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu não consigo acreditar que ainda hoje existe gente que diz que "pinochet pelo menos conseguiu algo". Isso é uma vergonha.
ResponderExcluirTambém conheço a professora Jesse Jane e posso dizer que ela, além de ser uma EXCELENTE profissional, é um doce de pessoa.
Se ela fez o que fez e suportou o que suportou foi por uma causa que ela acreditava que faria do Brasil um país melhor. Prefiro alguém que luta por isso do que alguém que passa a vida criticando as ações dos outros.
Vê se estuda um pouquinho antes de criticar as pessoas, viu?
Como alguém postou anteriormente, um bom uso para esse dinheiro das idenizações seria comprar passagens de ida para a Coreia do Norte, Irã ou Cuba e distribuí-la a todos os "conscientes".
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