terça-feira, julho 07, 2009

"Revolução" comunista pode!



O governo brasileiro defendeu sanções econômicas contra o governo interino de Honduras. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que os "golpistas" não vão durar 3 meses. Ele não vê contradição com o fato de o governo brasileiro defender o fim do embargo a Cuba. Afinal, Cuba "foi uma revolução", enquanto Hoduras foi "um golpe de Estado típico de uma direita que não tem mais lugar na América Latina".

É isso: para essa turma no poder, golpe não tem problema, contanto que seja de um camarada. Não obstante o fato de que em Honduras ocorreu um contra-golpe, com apoio inclusive do Congresso e da Constituição, fica claro que o PT de Lula não se importa mesmo com a democracia, para eles uma grande "farsa" para chegar ao poder. Uma ditadura que dura mais de 50 anos e matou milhares pode ser até idolatrada pela esquerda. Mas ai de alguém que usar a Constituição para impedir o avanço de golpistas financiados por Hugo Chávez!

Não vem ao caso defender os militares em Honduras. Entendemos que o golpista chavista tinha que sair, mas a forma pela qual isso foi feito pode e deve ser criticada. No entanto, fica a prova definitiva de que a reação de indignação da esquerda não tem nada a ver com respeito pelos valores democráticos, mas sim pelo fato de que mais um camarada foi "barrado no baile". Se o golpe for da esquerda, aí deixa de ser golpe, e passa a ser chamado de "revolução". E Celso Amorim não vê problema algum se esta "revolução" durar meio século, abolindo totalmente as liberdades individuais do povo...

Um comentário:

  1. Fidel Castro sabe que o regime cubano não resistiria a uma abertura, à quebra do boicote econômico imposto pelos EUA. As transformações sociais ocorreriam de forma inevitável. Acontece que essa não é a via desejada pelos "cidadãos" americanos que têm interesses na ilha. Querem derrubar o governo para tomar de volta as suas "propriedades", valiosos balneários, cassinos, bordéis e prostíbulos. Mas, essa realidade é outra. Os EUA estão revendo o boicote e os interesses de quem os mantém. A abertura é boa para a redemocratização da ilha, respeitados os direitos humanos e a integridade das pesssoas do povo.

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