segunda-feira, maio 24, 2010

O Preço da Água



Rodrigo Constantino

A revista The Economist desta semana tem uma matéria de 16 páginas sobre a água, o recurso mais valioso do planeta. No editorial da revista, constam algumas medidas (abaixo) que poderiam melhorar o equilíbrio entre oferta e demanda. Cerca de 70% do uso da água ocorre na agricultura, que conta com grandes subsídios do governo em vários países. Por este motivo, há muito desperdício e ineficiência no seu uso. A água tem muito valor, mas preço baixo, pois não há mercado livre para este bem. Eis a principal mudança necessária para maior preservação e uso racional da água no planeta.

"Although the supply of water cannot be increased, mankind can use what there is better—in four ways. One is through the improvement of storage and delivery, by creating underground reservoirs, replacing leaking pipes, lining earth-bottomed canals, irrigating plants at their roots with just the right amount of water, and so on. A second route focuses on making farming less thirsty—for instance by growing newly bred, perhaps genetically modified, crops that are drought-resistant or higher-yielding. A third way is to invest in technologies to take the salt out of sea water and thus increase supply of the fresh stuff. The fourth is of a different kind: unleash the market on water-users and let the price mechanism bring supply and demand into balance. And once water is properly priced, trade will encourage well-watered countries to make water-intensive goods, and arid ones to make those that are water-light."

7 comentários:

  1. Anônimo9:24 PM

    Ah, Claro! Você está sugerindo transformar a água, um bem essencial À vida em mercadoria, né?

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  2. Anônimo9:26 PM

    O peço da água é baixo e tem de permanecer baixo. Ou você está sugerindo que a água seja uma "commodity" como o petróeo, sujeito à lei da oferta e da procura?

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  3. Anônimo, é exatamente isso!!! Veja que coisa: alimento TAMBÉM é essencial à vida, e tem preço, é mercadoria, empresas tentam lucrar com sua venda, e POR ISSO não falta alimentos. Quer dizer, onde há capitalismo e busca por lucro. Na URSS e na China comunista faltava alimento sim, e milhões pagaram com a vida.

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  4. Deve existir algum critério para a distribuição desse recurso, e o mercado é com certeza o mais eficiente para isso.

    Os programas de subsídio ao acesso à água pelo governo são os únicos que podem realmente causar o "fim" da água potável no mundo. Estes programas ignoram o processo de oferta/demanda do mercado e fazem com que as pessoas lavem as calçadas e tomem banhos de meia hora. Esse tipo de coisa não acontece na Europa, por exemplo, não por causa da "cultura superior" como alguns alegam, mas pelo preço muito mais alto.

    Parabéns pelo blog, Rodrigo!

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  5. O anônimo não pode tá falando sério.

    Baixando um espírito Ayn Rand: a lei da oferta e da demanda não é um capricho de um cientista maluco. É uma LEI (quase) similar às leis naturais.

    Anônimo pode espernear, comentar, mas sempre que houver fixação de preço abaixo do que se determinaria por demanda e oferta livres, haverá ESCASSEZ.

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  6. Pra não dar margem para imperfeitas interpretações, não é o preço da ÁGUA que está sendo estipulado, mas sim o TRABALHO em cima da mesma... ou seja, para que seja possível tratar esgoto, retirar impurezas, garantir um "selo de qualidade" e outros como dessalinização, tem um custo... e quanto mais o mundo avança, mais interferências como essas se fazem necessárias... logicamente, todo mundo é livre pra coletar água de chuva no seu quintal também!!! :-)

    Pronto, acho que agora o povo vai entender...

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  7. Uma solução para o futuro.

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