Rodrigo Constantino
Prezados leitores, na vida, creio eu, devemos sempre tentar enxergar as coisas pelo lado bom, sem deixar o realismo de lado, naturalmente. A vitória de Dilma é sim um fato profundamente lamentável para todos os brasileiros que colocam a ética no topo da hierarquia de valores, que respeita a democracia limpa, as liberdades individuais e o Estado de Direito. Mas há um efeito de sua vitória que pode ser favorável a longo prazo para a democracia liberal: unir a oposição!
Não foram poucos os colegas liberais que chegaram a repetir este lado no primeiro turno. Alguns até disseram que não votariam em Serra, e sim anulariam, pensando nisso. Como Serra não é liberal nem de perto, estes colegas pensaram que sua vitória poderia anestesiar um pouco os liberais, algo que a vitória de Dilma sem dúvida não fará. Eu sempre respondia que este era um jogo muito arriscado. Eu entendo a lógica, mas não gosto de brincar com fogo, ainda mais perto de um barril de gasolina. O ideal para quem defende a liberdade era derrotar Dilma logo, sem dúvida (e aqui vai minha bronca aos que anularam o voto). Mas, agora que o resultado está dado, então podemos focar neste lado positivo.
O país está dividido, e quase a metade da população está claramente indignada com o governo do PT. Além disso, vários, mais esclarecidos, estão cientes do perigo que as instituições republicanas correm. O Manifesto pela Democracia é prova disso. E são pessoas de diversas tendências ideológicas, não apenas liberais. Existem social-democratas mais esclarecidos, conservadores, liberais, libertários, até mesmo milhões de pessoas sem ideologia política alguma, mas todos unidos por uma causa comum: preservar nossa democracia e nossa liberdade do projeto lulo-petista de poder. Eis o momento de unir estas pessoas todas em torno de uma luta comum!
O sapo pode acabar escaldado se a água for esquentando aos poucos. Mas se a temperatura subir rápido demais, ele pode se dar conta do perigo e pular fora da panela. Dilma no poder pode representar exatamente esta elevação da temperatura da panela. E toda ação tem uma reação, como sabia Newton. Portanto, liberais, conservadores, social-democratas civilizados, libertários, defensores da democracia republicana do país todo, UNI-VOS! Não é hora de relaxar ou de esmorecer. De minha parte posso garantir: a luta continua! Não será esta vitória de Dilma que nos fará desistir da causa pela liberdade. E não aceitamos intimidação, pois sabemos lutar pelo que é correto. Que venham os petralhas, agora ainda mais ousados e animados! Saibam que haverá uma barreira tentando impedir qualquer tentativa de golpe autoritário neste país. O Brasil não é a Argentina, tampouco a Venezuela. Vamos em frente, que o trabalho continua!
Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
domingo, outubro 31, 2010
Vitória de Pirro
Rodrigo Constantino, para a Revista Voto
Após a batalha de Ásculo contra os romanos, o rei de Épiro, Pirro, teria dado uma declaração que se tornou famosa. Ao felicitar seus generais depois de verificar as enormes baixas sofridas por seu exército, ele teria dito que com mais uma vitória daquelas estaria acabado. Desde então, a expressão "vitória de Pirro" é usada para expressar uma conquista cujo esforço tenha sido penoso demais. Uma vitória com ares de derrota.
É exatamente isso que foi a vitória de Dilma Rousseff nesta eleição. O esforço para elegê-la, especialmente por parte do presidente Lula, sacrificou tantos valores, tantos princípios, que sua vitória só pode ser considerada um fracasso. Se Marina Silva “perdeu ganhando”, pois seu capital político saiu fortalecido com sua postura e seus vinte milhões de votos, então Dilma “venceu perdendo”. A que custo o PT conseguiu se manter no poder? A resposta resumida é bastante clara: ao custo de enfraquecer bastante nossa jovem democracia.
O presidente Lula foi o grande responsável por isto. Sua postura durante as eleições foi típica de um populista de olho somente no poder, custe o que custar. Um estadista saberia se manter mais afastado do embate eleitoral, lembrando ser o representante de todo o povo da nação, e não um simples chefe de partido. Um estadista, enfim, estaria de olho nas próximas gerações, lutando pelo fortalecimento de nossa democracia. Lula passou muito longe disso, focando somente nas eleições.
O presidente não só ignorou as funções de seu cargo, como foi o mais empolgado garoto-propaganda de sua candidata, ainda que para isso tenha ignorado diversas leis e as regras básicas de um jogo limpo. O uso da máquina estatal como instrumento partidário foi simplesmente escandaloso. Não obstante, o presidente Lula ainda desceu o nível, ridicularizou as leis eleitorais, banalizou a agressão sofrida pelo candidato tucano por manifestantes petistas, enfim, deu claros sinais de que o velho sindicalista das bravatas estava de volta. Tudo pelo poder.
O PT soube explorar o terrorismo eleitoral também, alegando de forma mentirosa que José Serra iria acabar com o programa Bolsa Família, ou que privatizaria a Petrobras. A tática de “acusar” os tucanos de privatistas, usada em toda eleição pelo PT, demonstra como a mentira é um método sistemático do partido. Afinal, o próprio PT fez diversas concessões ao setor privado, até mesmo no setor petrolífero, e incluindo empresas estrangeiras.
A bilionária OGX, de Eike Batista, só existe porque o governo Lula vendeu concessões de exploração do pré-sal. Se o PT fosse oposição, esta seria a típica arma usada para conquistar nacionalistas retrógrados e “acusar” o opositor de privatista. Como o PT é governo, então prefere jogar a coerência para escanteio. Perde o país, que continua preso numa corrente ideológica que joga contra o progresso.
A base aliada do PT também é prova de como o discurso ético do partido foi totalmente abandonado. Na verdade, a bandeira ética já havia sido totalmente destroçada com o “mensalão”. Restou focar apenas na economia mesmo. As velhas oligarquias nordestinas estavam todas com o PT. Para piorar, os inúmeros escândalos de corrupção, alguns envolvendo Erenice Guerra, braço-direito de Dilma que comandava a Casa Civil, foram simplesmente ignorados pelos eleitores, como Dirceu fora em 2006.
Este completo abandono da questão ética representa um enorme perigo para nossa democracia. A crença de que são “todos iguais”, que o próprio PT tentou espalhar, acaba sendo perigosa. Passa a ser uma carta branca aos corruptos, mesmo que pegos com a boca na botija. Atualmente, nenhum petista tem a mínima condição de defender uma bandeira ética, sem cair no ridículo. Perde a democracia, quando os eleitores mandam às favas a ética em troca de migalhas. Votar com o bolso, sem levar em conta aspectos éticos, representa dar passos na direção da servidão. A China cresce muito mais que o Brasil, e nem por isso devemos aplaudir seu regime ditatorial político.
Em suma, vencer uma eleição não deveria ser a única meta de um partido. Ao menos não de um partido que pretende colaborar com o regime democrático no país. Infelizmente, o PT vem dando claros sinais de que topa tudo por poder. O presidente Lula, após esta eleição, ficou mais parecido com Hugo Chávez, caudilho venezuelano que é seu camarada e que conseguiu destruir de vez a democracia em seu país, apesar de Lula ter dito que há “excesso de democracia” por lá. Foi Aécio Neves quem resumiu de forma sucinta: “O presidente Lula sai menor do que entrou desta eleição”. E eu acrescentaria: nossa democracia também.
Após a batalha de Ásculo contra os romanos, o rei de Épiro, Pirro, teria dado uma declaração que se tornou famosa. Ao felicitar seus generais depois de verificar as enormes baixas sofridas por seu exército, ele teria dito que com mais uma vitória daquelas estaria acabado. Desde então, a expressão "vitória de Pirro" é usada para expressar uma conquista cujo esforço tenha sido penoso demais. Uma vitória com ares de derrota.
É exatamente isso que foi a vitória de Dilma Rousseff nesta eleição. O esforço para elegê-la, especialmente por parte do presidente Lula, sacrificou tantos valores, tantos princípios, que sua vitória só pode ser considerada um fracasso. Se Marina Silva “perdeu ganhando”, pois seu capital político saiu fortalecido com sua postura e seus vinte milhões de votos, então Dilma “venceu perdendo”. A que custo o PT conseguiu se manter no poder? A resposta resumida é bastante clara: ao custo de enfraquecer bastante nossa jovem democracia.
O presidente Lula foi o grande responsável por isto. Sua postura durante as eleições foi típica de um populista de olho somente no poder, custe o que custar. Um estadista saberia se manter mais afastado do embate eleitoral, lembrando ser o representante de todo o povo da nação, e não um simples chefe de partido. Um estadista, enfim, estaria de olho nas próximas gerações, lutando pelo fortalecimento de nossa democracia. Lula passou muito longe disso, focando somente nas eleições.
O presidente não só ignorou as funções de seu cargo, como foi o mais empolgado garoto-propaganda de sua candidata, ainda que para isso tenha ignorado diversas leis e as regras básicas de um jogo limpo. O uso da máquina estatal como instrumento partidário foi simplesmente escandaloso. Não obstante, o presidente Lula ainda desceu o nível, ridicularizou as leis eleitorais, banalizou a agressão sofrida pelo candidato tucano por manifestantes petistas, enfim, deu claros sinais de que o velho sindicalista das bravatas estava de volta. Tudo pelo poder.
O PT soube explorar o terrorismo eleitoral também, alegando de forma mentirosa que José Serra iria acabar com o programa Bolsa Família, ou que privatizaria a Petrobras. A tática de “acusar” os tucanos de privatistas, usada em toda eleição pelo PT, demonstra como a mentira é um método sistemático do partido. Afinal, o próprio PT fez diversas concessões ao setor privado, até mesmo no setor petrolífero, e incluindo empresas estrangeiras.
A bilionária OGX, de Eike Batista, só existe porque o governo Lula vendeu concessões de exploração do pré-sal. Se o PT fosse oposição, esta seria a típica arma usada para conquistar nacionalistas retrógrados e “acusar” o opositor de privatista. Como o PT é governo, então prefere jogar a coerência para escanteio. Perde o país, que continua preso numa corrente ideológica que joga contra o progresso.
A base aliada do PT também é prova de como o discurso ético do partido foi totalmente abandonado. Na verdade, a bandeira ética já havia sido totalmente destroçada com o “mensalão”. Restou focar apenas na economia mesmo. As velhas oligarquias nordestinas estavam todas com o PT. Para piorar, os inúmeros escândalos de corrupção, alguns envolvendo Erenice Guerra, braço-direito de Dilma que comandava a Casa Civil, foram simplesmente ignorados pelos eleitores, como Dirceu fora em 2006.
Este completo abandono da questão ética representa um enorme perigo para nossa democracia. A crença de que são “todos iguais”, que o próprio PT tentou espalhar, acaba sendo perigosa. Passa a ser uma carta branca aos corruptos, mesmo que pegos com a boca na botija. Atualmente, nenhum petista tem a mínima condição de defender uma bandeira ética, sem cair no ridículo. Perde a democracia, quando os eleitores mandam às favas a ética em troca de migalhas. Votar com o bolso, sem levar em conta aspectos éticos, representa dar passos na direção da servidão. A China cresce muito mais que o Brasil, e nem por isso devemos aplaudir seu regime ditatorial político.
Em suma, vencer uma eleição não deveria ser a única meta de um partido. Ao menos não de um partido que pretende colaborar com o regime democrático no país. Infelizmente, o PT vem dando claros sinais de que topa tudo por poder. O presidente Lula, após esta eleição, ficou mais parecido com Hugo Chávez, caudilho venezuelano que é seu camarada e que conseguiu destruir de vez a democracia em seu país, apesar de Lula ter dito que há “excesso de democracia” por lá. Foi Aécio Neves quem resumiu de forma sucinta: “O presidente Lula sai menor do que entrou desta eleição”. E eu acrescentaria: nossa democracia também.
Dilma presidente, país dividido
Rodrigo Constantino
Agora é fato. Dilma é eleita a primeira mulher presidente do país, com mais de 50 milhões de votos. Gostaria de tecer alguns comentários. Em primeiro lugar, os institutos de pesquisa se redimiram, e acertaram bem mais que no primeiro turno. Ponto para eles. Não deixa de ser um alento pensar que o erro no primeiro turno, grosseiro, pode ter sido pura incompetência mesmo, e não manipulação deliberada, o que seria um enorme risco para a democracia.
Em segundo lugar, trata-se de uma vitória com ares de derrota, e em seguida vai meu artigo sobre isso escrito para a revista Voto. O que o governo teve que fazer para eleger Dilma foi um golpe em nossas instituições republicanas, e isso não é nada bom para a democracia no longo prazo.
Por fim, a simples existência do segundo turno aumentou o poder relativo do PMDB na base aliada, o que pode ser, pelo incrível que pareça, certa proteção contra aventuras mais autoritárias da candidata eleita. Não custa lembrar, para finalizar, que mais da metade dos eleitores não votaram em Dilma! A abstenção foi superior a 20%, e podemos assumir que são pessoas indiferentes, assim como os que votaram em branco, outros 2%. Fora isso, anularam o voto ou votaram em Serra quase 49% dos eleitores. Estes, claramente, não estão nada satisfeitos com o governo Lula ou com a opção Dilma.
O que nos leva a seguinte pergunta: Lula tem mesmo a taxa de aprovação que as pesquisas apontam? O que eu vejo é um país bastante dividido, onde metade está com Lula e sua escolha para dar continuidade ao seu governo, e a outra metade está contra este projeto. Viveremos dias interessantes nos próximos anos, e nossas instituições serão testadas mais ainda. Espero que possam resistir ao avanço ainda maior dos defensores de um Estado centralizador e autoritário.
Agora é fato. Dilma é eleita a primeira mulher presidente do país, com mais de 50 milhões de votos. Gostaria de tecer alguns comentários. Em primeiro lugar, os institutos de pesquisa se redimiram, e acertaram bem mais que no primeiro turno. Ponto para eles. Não deixa de ser um alento pensar que o erro no primeiro turno, grosseiro, pode ter sido pura incompetência mesmo, e não manipulação deliberada, o que seria um enorme risco para a democracia.
Em segundo lugar, trata-se de uma vitória com ares de derrota, e em seguida vai meu artigo sobre isso escrito para a revista Voto. O que o governo teve que fazer para eleger Dilma foi um golpe em nossas instituições republicanas, e isso não é nada bom para a democracia no longo prazo.
Por fim, a simples existência do segundo turno aumentou o poder relativo do PMDB na base aliada, o que pode ser, pelo incrível que pareça, certa proteção contra aventuras mais autoritárias da candidata eleita. Não custa lembrar, para finalizar, que mais da metade dos eleitores não votaram em Dilma! A abstenção foi superior a 20%, e podemos assumir que são pessoas indiferentes, assim como os que votaram em branco, outros 2%. Fora isso, anularam o voto ou votaram em Serra quase 49% dos eleitores. Estes, claramente, não estão nada satisfeitos com o governo Lula ou com a opção Dilma.
O que nos leva a seguinte pergunta: Lula tem mesmo a taxa de aprovação que as pesquisas apontam? O que eu vejo é um país bastante dividido, onde metade está com Lula e sua escolha para dar continuidade ao seu governo, e a outra metade está contra este projeto. Viveremos dias interessantes nos próximos anos, e nossas instituições serão testadas mais ainda. Espero que possam resistir ao avanço ainda maior dos defensores de um Estado centralizador e autoritário.
sábado, outubro 30, 2010
Frase do dia
"O politicamente correto continua sendo o melhor disfarce para o intelectualmente estúpido." (Guilherme Fiuza)
Empate técnico no GPP
Comento: Não sei quem vai ganhar amanhã, mas sei de duas coisas: Primeiro, dificilmente será com a margem folgada de mais de 10 pontos que os grandes institutos de pesquisa apontam. Claro, vão colocar a culpa no Papa ou sei lá em quem mais. Mas o fato é que se isso ocorrer mesmo, esses institutos merecem uma CPI. Fraude eleitoral é crime, e se os institutos estão manipulando pesquisas, isso é coisa MUITO grave para a democracia. Segundo, independente de quem ganhe as eleições, o fato é que Lula terá que sair. Isso, por si só, já chega a ser um alento, pois não aguento mais ver o pinguço fazendo discursos demagógicos o dia inteiro! Já vai tarde, Lula!!!
A Grande Ilusão
Rodrigo Constantino
Resolvi rever ontem o excelente filme "All the King's Men" (A Grande Ilusão), com o vencedor do Oscar de melhor ator, Sean Penn, além de outros "feras" como Jude Law, Anthony Hopkins e Kate Winslet. É um filme imperdível. Especialmente para nós brasileiros, que estamos vivendo algo muito semelhante ao que é retratado no filme. Willie Stark, interpretado por Sean Penn, é um humilde caipira do sul dos Estados Unidos, que chega ao governo do estado após discursos inflamados e populistas. Stark representa o "povo" pobre que vai finalmente fazer justiça após anos de abuso de poder das oligarquias locais. Em seus comícios de campanha, ataca com virulência os ricos, como culpados pela pobreza, e promete "mundos e fundos" sem explicar bem de onde vem o dinheiro. Na verdade, afirma que o dinheiro vem das grandes empresas, como Standard Oil, que possuem de sobra. Trata-se de demagogia ao extremo grau.
O jornalista interpretado por Jude Law, um idealista tão covarde a ponto de não concretizar sua paixão de juventude por medo de estragar a utopia com a realidade imperfeita, fica encantado pelo caipira "puro", e decide apostar em sua candidatura. Ele começa então a escrever diversos artigos, ajudando a construir o mito, o "homem do povo" honesto que vai lutar contra "tudo que está aí", contra a podridão das oligarquias. Acontece que Stark não passa de um cínico, um oportunista que desde cedo deseja o poder, e que se deixa corromper absolutamente pelo poder concentrado em suas mãos. De fato, Stark não foi simplesmente corrompido pelo poder; ele já era o mais corrupto, o mais esperto, usando seu manto de humildade justamente para chegar ao poder.
Quando na fase de conquista de seguidores, Stark é o típico sulista humilde, que sequer bebe, preferindo um suco. Após subir as escadas do poder, tudo muda. O caipira começa a beber sem parar, seus discursos ficam ainda mais exaltados e populistas, e a corrupção, outrora tão criticada, passa a ser seu cotidiano. Tudo para preservar o poder! Alianças espúrias, coerção, compra de votos, espionagem para intimidar seus opositores, Stark é o típico caudilho no poder. A inauguração de um hospital popular não passa de um estratagema para aparecer com o filho de um importante político do estado, já falecido, e para desviar recursos, claro. É tudo uma fachada. Parece familiar?
Não deixem de ver o filme. Não é um filme novo. Foi rodado em 2006, com base no romance clássico vencedor do Pulitzer de 1946 de Robert Penn Warren. Mas é impressionante a similaridade com nossa situação atual. O "messias salvador", homem humilde que vai finalmente combater a corrupção das oligarquias, não passa do mais corrupto de todos, seduzido pelo poder. Nada novo aqui. O porco Napoleão, de "A Revolução dos Bichos", de Goerge Orwell, no final já está exatamente igual ao homem explorador dos pobres animais, brindando com a velha oligarquia. Não é assim que sempre acontece, Collor, Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros e Lula? E ainda tem gente que acredita no mito, na grande ilusão!
Seguimos crescendo!
Ontem o blog ultrapassou pela primeira vez a marca de 4 mil visualizações num dia! E outubro, que ainda não acabou, já está em quase 75 mil visualizações. O ritmo do crescimento está acelerado. Continuamos na luta pelas liberdades individuais, independente de quem vença as eleições amanhã.
sexta-feira, outubro 29, 2010
A morte de Kirchner
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
Algumas pessoas acreditam que não devemos falar mal dos mortos, ao menos não enquanto o cadáver ainda está esfriando. Mas eu discordo. Creio que é justamente neste momento, quando oportunistas aproveitam a comoção popular e a blindagem das críticas pelo suposto “respeito” aos mortos, que temos o dever de questionar as verdadeiras qualidades e defeitos de quem faleceu. Afinal, como disse Nietzsche, “a morte dos mártires, seja dito de passagem, foi uma grande desgraça na história; seduziu...”
É comum ver a morte transformar crápulas em santos. Mas não podemos perder de vista a realidade, e não devemos nos privar do direito de continuar criticando o defunto e seus herdeiros. Até porque seu fantasma pode muito bem continuar assombrando um povo. O corpo morre, mas suas idéias seguem vivas. E idéias têm conseqüência. Vide o próprio Perón na Argentina, de quem Nestor Kirchner era herdeiro político. O estrago que este caudilho populista causou ao povo argentino não se limitou ao seu tempo de vida.
Certas almas mais “sensíveis” podem achar isso tudo muito grosseiro e deselegante com a viúva, a presidente da Argentina. Mas sou de opinião contrária; acho que grosseria é o que seu governo, controlado nos bastidores pelo marido que morreu, faz com os pobres argentinos. Isso sim é triste, não a morte do responsável pela miséria de tantos, pela perseguição às liberdades individuais (as ações do grupo Clarín subiram mais de 20% após o anúncio da morte de Kirchner). Quando há tanta impunidade assim aos malfeitores, a justiça “divina” pode ser a única solução. Talvez Deus não seja brasileiro, mas sim argentino...
Se alguém ainda está horrorizado com minha “insensibilidade”, vou apelar para o reductio ad absurdum à guisa de conclusão: quem derramaria lágrimas pela morte de Hitler? Pois é. Mas quando se trata de um caudilho populista de esquerda, então temos que ser “sensíveis” e “respeitar” os mortos. Respeito se conquista! E muitos, vivos ou mortos, simplesmente não merecem respeito algum. Aliás, sou forçado a confessar: já mantenho no gelo o champagne a ser estourado no dia em que o ditador Fidel Castro finalmente bater as botas!
quinta-feira, outubro 28, 2010
Incêndio na PUC
Rodrigo Constantino
A PUC foi "incendiada" hoje, e o incendiário fui eu, modéstia à parte (até porque modéstia demais costuma ser arrogância hipócrita). Fui convidado pela turma do Juventude DEM, de última hora (mesmo!), para um debate no pilotis da PUC. O debate foi organizado pelo DCE, sobre as eleições de domingo. Para defender o voto no Serra, tinha eu e o deputado tucano Luiz Paulo. Do lado indefensável da Dilma, tinha o deputado Carlos Minc e o "intelectual" Emir Sader. Para debater com petistas não é preciso se preparar. Aceitei de pronto o convite. E foi um massacre!
Emir Sader, aquele que defende a ditadura cubana, foi de dar pena mesmo. Só não morri de pena dele porque não dá para ter pena de quem defende Fidel Castro. Mas que vergonha alheia! Apenas repetição de chavões vazios, o retrato da campanha demagógica de Dilma na TV, para enganar o povão. Mas os alunos da PUC sabem melhor! As balelas ideológicas de Emir Sader não conquistaram os estudantes da PUC, como era de se esperar. A exceção foi uma claque de petralhas, daquele tipo conhecido, que sabe apenas xingar os outros de "fascistas".
Enquanto eu respondia uma pergunta sobre Ancinav e necessidade ou não de intervenção do Estado no setor de filmes, supostamente para "proteger" filmes nacionais, esta claque se exaltou mais que o normal. Foi quando eu disse que quando o produto é bom, não é preciso a mão estatal ajudar, vide "Tropa de Elite". Os fascistas não gostaram (talvez com medo de perder as boquinhas), e me atacaram, chamando-me de... "fascista", claro! Foi quando puxei Ayn Rand da memória e respondi: "O argumento da intimidação é uma confissão de impotência intelectual". A turma foi ao delírio!
Perguntas sobre porque o PT votou contra o Plano Real ou outras coisas incômodas não foram respondidas, naturalmente. Erenice Guerra? Nem uma vez citada. Chega a ser tragicômico ver os petistas defendendo o PT apenas com base no crescimento econômico. Eles não têm nada mais a oferecer! Tive que explicar que tal crescimento não é mérito do governo Lula. Na verdade, nossa economia melhorou a despeito de Lula, não por causa dele. O PT conta com a miopia dos eleitores, mas notei, para minha felicidade, que muitos alunos da PUC não precisam de óculos novos!
Deixei claro que não tenho partido, e que sequer gosto de Serra. Mas expliquei que o país vive um momento delicado, e que o projeto lulo-petista de poder precisa ser barrado. Esta "revolução bolivariana" em curso tem que ser abortada nas urnas, antes que seja tarde. Quem diz é um dos fundadores do PT, o jurista Hélio Bicudo. Nossa democracia corre perigo de verdade!
Citei Ancinav, Confecom, PNDH-3, tentativa de expulsão do jornalista Larry Rother, simbiose com ditadores e caudilhos mundo afora, Foro de São Paulo, aparelhamento de toda a máquina estatal, mas mesmo assim o deputado Carlos Minc se disse "espantado" com meu discurso "paranóico". Para ele, o PT e Dilma são defensores ferrenhos da democracia. Como evidência, ele citou a luta contra a ditadura na década de 1960. Que bola levantada! Dilma lutava não pela democracia, mas por outra ditadura, ainda pior! Aquela existente em Cuba até hoje. Obrigado pela oportunidade de explicar isso aos alunos, Minc!
Nas minhas considerações finais, usei minha veia política (que eu nem sabia ter), e disse: "Se você gosta dos invasores criminosos do MST; se você gosta do caudilho proto-ditador Hugo Chávez; se você gosta do ditador Fidel Castro; se você gosta das máfias sindicais; se você gosta de Collor, Renan Calheiros, Jader Barbalho e Sarney; se você gosta de Dirceu; se você gosta de Ahmadinejad; se você gosta do Tiririca; então vote na Dilma. Mas se você gosta da democracia e das liberdades individuais, então é Serra!"
O incêndio se alastrou neste momento. A PUC "serrou". Se depender daqueles alunos, Dilma não ganha nem para síndica. Infelizmente, sabemos que o Brasil não é formado por gente assim. O PT conta com isso. O PT conta com a ignorância. Quem pensa, vota Serra!
PS: Assim que eu conseguir o vídeo do evento (Pedro, isso é contigo!!!), coloco no meu canal do YouTube. Aí cada um poderá julgar por conta própria se foi ou não um massacre. Pela reação do público, acho que pedaços do Emir Sader estão sendo recolhidos até agora naquele pilotis...
Reportagem da VEJA sobre o evento.
Reportagem da Folha sobre o evento.
Reportagem de O Globo sobre o evento.
terça-feira, outubro 26, 2010
Pesquisa nova?
Petrobras sobe agora 4,6%. Eletrobras sobe 3,5%. O que os especuladores sabem que nós não sabemos?
Vem pesquisa nova aí?
Que nem o PT acredita nas pesquisas compradas de Vox Populi é fato, uma vez que o nervosismo dos petralhas é incompatível com a ampla margem divulgada nestas pesquisas. Quem vence com mais de 10 pontos percentuais de folga não aparece tão desesperado e nervoso assim. Mas agora o mercado está dando um sinal de que vem coisa nova aí... um empate técnico, talvez? A disputa está acirrada, eis a única certeza que podemos ter. Não deixe de votar no domingo! Não jogue fora 4 anos para curtir 4 dias. Não viaje! A derrota do PT nestas eleições é fundamental para a nossa democracia.
Vem pesquisa nova aí?
Que nem o PT acredita nas pesquisas compradas de Vox Populi é fato, uma vez que o nervosismo dos petralhas é incompatível com a ampla margem divulgada nestas pesquisas. Quem vence com mais de 10 pontos percentuais de folga não aparece tão desesperado e nervoso assim. Mas agora o mercado está dando um sinal de que vem coisa nova aí... um empate técnico, talvez? A disputa está acirrada, eis a única certeza que podemos ter. Não deixe de votar no domingo! Não jogue fora 4 anos para curtir 4 dias. Não viaje! A derrota do PT nestas eleições é fundamental para a nossa democracia.
Recado aos eleitores de Marina
Mais de 60 mil visualizações de página no mês
Prezados leitores, este blog está crescendo de forma acelerada, graças a vocês! Em outubro já passamos de 60 mil visualizações de página, e a média diária está rodando em torno de 3 mil visualizações na última semana. Obrigado a todos! Aproveito para lembrar que opiniões discordantes são aceitas e até apreciadas, desde que focadas nos argumentos. O debate tem que ser livre. Sigamos em frente!
segunda-feira, outubro 25, 2010
Frase da semana
É a economia, estúpido!
Rodrigo Constantino
Infelizmente, muitos eleitores "votam com o bolso", e ainda confessam que acham isso normal. O marqueteiro de Bill Clinton expôs essa triste realidade quando disse: "It's the economy, stupid!". Questões éticas acabam relegadas ao segundo plano, na maioria dos casos. Isso explica porque Dilma ainda é a favorita nestas eleições, a despeito de tantos escândalos de corrupção envolvendo as pessoas mais próximas a ela. A economia vai bem, logo...
Mas o grande aliado de Dilma neste caso é a ignorância do povo, a enorme miopia que faz com que as pessoas vejam a árvore, mas não consigam enxergar a floresta. A economia brasileira de fato está crescendo bem nos últimos anos. Alguns comparam os dados do crescimento econômico sob o governo Lula com a era FHC, e pronto!, estaria "provado" que o governo Lula foi melhor neste importante quesito. O contexto internacional acaba totalmente esquecido. Tudo mérito do Lula!
Se fosse esse o caso, Lula deveria se candidatar ao cargo de Deus, não de presidente, por meio de seu "poste". Seria um fenômeno incrível se o mérito deste crescimento fosse mesmo do governo brasileiro. Afinal, os países emergentes, de forma geral, apresentaram crescimento tão bom ou superior no período. Na verdade, o Brasil foi um dos países que menos cresceu entre 2005 e 2009. Os dados são do Banco Mundial. O gráfico vai abaixo.
Como se pode ver, vários outros países em desenvolvimento apresentaram taxas de crescimento bem acima da nossa nos últimos anos. A China e a Índia então, nem se compara! É verdade que devemos tomar cuidado para não comparar laranja com banana, justamente o que o PT vem fazendo. Cada país é um caso diferente. A China sai de uma base menor, vive sua revolução industrial tardia, e isso ajuda a explicar seu elevado crescimento. Mas é visível para olhos mais atentos que há claramente alguma coisa maior por trás desse crescimento econômico, uma vez que ele é geral. Até a Austrália, um país bem mais rico e desenvolvido que o Brasil, cresceu quase a mesma coisa que o Brasil no período. Lula é "o cara", certo?
Quem melhor resumiu o cenário foi Carlos Alberto Sardenberg, que colocou como título de um artigo a síntese da situação: Lula = FHC + China. O quadro macroeconômico brasileiro ajudou, sem dúvida, mas o grande mérito disso foi de FHC, que plantou as sementes que Lula depois colheu. O maior mérito do próprio Lula foi não ter estragado isso, ou seja, foi não ter feito tudo aquilo que sempre pregou na vida. O restante veio do enorme crescimento chinês, puxando preço de commodities para cima e estimulando o comércio mundial. A entrada da China e da Índia na globalização explica muito do nosso crescimento nos últimos anos.
Para completar a explicação, faltam dois fatores importantes. Um deles é a taxa de juros nos países desenvolvidos, próxima de zero. Isso faz o capital arder parado nas mãos e, sem oportunidades em suas economias locais, os ricos exportam capital para países emergentes. O Brasil, pela razoável estabilidade institucional e seu tamanho, acaba sendo um destino óbvio para esse capital. Ou seja, os investidores e especuladores estrangeiros, sempre tão odiados pelos petistas, representam outro grande pilar desse crescimento elevado recente.
E o último fator relevante, este sim responsabilidade do governo Lula, foi a expansão no crédito, em boa parte por meio de bancos estatais (BNDES em destaque). Mas esse é justamente o ponto mais frágil do crescimento, por ser insustentável. Falta a poupança doméstica como lastro para esta expansão creditícia. Isso para não falar da grande concentração nos bancos estatais, o que é perigoso para a liberdade. O governo está controlando metade do crédito no país, e com isso consegue manter os empresários reféns de seus desejos.
Em suma, a economia brasileira tem crescido a taxas elevadas, sem dúvida. Mas isso não é mérito do governo Lula. Na verdade, a economia vai bem a despeito do governo petista. Mas talvez seja exigir demais do povo que entenda isso. É a economia, estúpido!
Infelizmente, muitos eleitores "votam com o bolso", e ainda confessam que acham isso normal. O marqueteiro de Bill Clinton expôs essa triste realidade quando disse: "It's the economy, stupid!". Questões éticas acabam relegadas ao segundo plano, na maioria dos casos. Isso explica porque Dilma ainda é a favorita nestas eleições, a despeito de tantos escândalos de corrupção envolvendo as pessoas mais próximas a ela. A economia vai bem, logo...
Mas o grande aliado de Dilma neste caso é a ignorância do povo, a enorme miopia que faz com que as pessoas vejam a árvore, mas não consigam enxergar a floresta. A economia brasileira de fato está crescendo bem nos últimos anos. Alguns comparam os dados do crescimento econômico sob o governo Lula com a era FHC, e pronto!, estaria "provado" que o governo Lula foi melhor neste importante quesito. O contexto internacional acaba totalmente esquecido. Tudo mérito do Lula!
Se fosse esse o caso, Lula deveria se candidatar ao cargo de Deus, não de presidente, por meio de seu "poste". Seria um fenômeno incrível se o mérito deste crescimento fosse mesmo do governo brasileiro. Afinal, os países emergentes, de forma geral, apresentaram crescimento tão bom ou superior no período. Na verdade, o Brasil foi um dos países que menos cresceu entre 2005 e 2009. Os dados são do Banco Mundial. O gráfico vai abaixo.
Como se pode ver, vários outros países em desenvolvimento apresentaram taxas de crescimento bem acima da nossa nos últimos anos. A China e a Índia então, nem se compara! É verdade que devemos tomar cuidado para não comparar laranja com banana, justamente o que o PT vem fazendo. Cada país é um caso diferente. A China sai de uma base menor, vive sua revolução industrial tardia, e isso ajuda a explicar seu elevado crescimento. Mas é visível para olhos mais atentos que há claramente alguma coisa maior por trás desse crescimento econômico, uma vez que ele é geral. Até a Austrália, um país bem mais rico e desenvolvido que o Brasil, cresceu quase a mesma coisa que o Brasil no período. Lula é "o cara", certo?
Quem melhor resumiu o cenário foi Carlos Alberto Sardenberg, que colocou como título de um artigo a síntese da situação: Lula = FHC + China. O quadro macroeconômico brasileiro ajudou, sem dúvida, mas o grande mérito disso foi de FHC, que plantou as sementes que Lula depois colheu. O maior mérito do próprio Lula foi não ter estragado isso, ou seja, foi não ter feito tudo aquilo que sempre pregou na vida. O restante veio do enorme crescimento chinês, puxando preço de commodities para cima e estimulando o comércio mundial. A entrada da China e da Índia na globalização explica muito do nosso crescimento nos últimos anos.
Para completar a explicação, faltam dois fatores importantes. Um deles é a taxa de juros nos países desenvolvidos, próxima de zero. Isso faz o capital arder parado nas mãos e, sem oportunidades em suas economias locais, os ricos exportam capital para países emergentes. O Brasil, pela razoável estabilidade institucional e seu tamanho, acaba sendo um destino óbvio para esse capital. Ou seja, os investidores e especuladores estrangeiros, sempre tão odiados pelos petistas, representam outro grande pilar desse crescimento elevado recente.
E o último fator relevante, este sim responsabilidade do governo Lula, foi a expansão no crédito, em boa parte por meio de bancos estatais (BNDES em destaque). Mas esse é justamente o ponto mais frágil do crescimento, por ser insustentável. Falta a poupança doméstica como lastro para esta expansão creditícia. Isso para não falar da grande concentração nos bancos estatais, o que é perigoso para a liberdade. O governo está controlando metade do crédito no país, e com isso consegue manter os empresários reféns de seus desejos.
Em suma, a economia brasileira tem crescido a taxas elevadas, sem dúvida. Mas isso não é mérito do governo Lula. Na verdade, a economia vai bem a despeito do governo petista. Mas talvez seja exigir demais do povo que entenda isso. É a economia, estúpido!
domingo, outubro 24, 2010
Grandes companheiros
Acima, o presidente Lula com seus companheiros. Entre eles, Sandro Mata-Mosquito, candidato petista que foi derrotado nas urnas. Como não foi possível espancar os adversários nas urnas, o petista seguiu a recomendação de José Dirceu e resolveu espancá-los nas ruas!
E, abaixo, esse outro cidadão, camarada do presidente Lula (com a mão em seu peito na primeira foto), mostrando como se debate de forma democrática:
Mas o PT ainda tenta se manter afastado da agressão ao candidato Serra em Campos, como se não fossem militantes próximos ao próprio presidente Lula que tivessem partido para a violência. Esse PT parece cada vez mais uma organização fascista mesmo...
sábado, outubro 23, 2010
O individualismo de dom Rigoberto
Além de ótimo romance, o livro "Os cadernos de dom Rigoberto", de Mário Vargas Llosa, passa, por meio do personagem principal, os valores e crenças de um ser humano individualista, que realmente abomina qualquer forma de coletivismo, de formação gregária. Rigoberto explica para sua mulher: "em minha filosofia o egoísmo é uma virtude". Durante o livro, o autor coloca diversas cartas escritas por dom Rigoberto para deleite pessoal, pensamentos seus atacando os diferentes tipos de coletivismo. Vejamos alguns trechos:
"[...] o feminismo é uma categoria conceitual coletivista, isto é, um sofisma, pois pretende encerrar, dentro de um conceito genérico homogêneo, uma vasta coletividade de individualidades heterogêneas, nas quais diferenças e disparidades são pelo menos tão importantes (seguramente mais) quanto o denominador comum clitorídeo e ovárico. [...] Para apreender a realidade última e intransferível do humano, neste domínio, como em todos os outros, há que renunciar ao rebanho, à visão tumultuária, e recolher-se ao individual. Resumindo, direi à senhora que todo movimento que pretenda transcender (ou relegar a segundo plano) o combate pela soberania individual, antepondo-lhe os interesses de um coletivo - classe, raça, gênero, nação, sexo, etnia igreja, vício ou profissão -, parece-me uma conspiração para enredar ainda mais a maltratada liberdade humana. Essa liberdade só alcança seu pleno sentido na esfera do indivíduo."
"Nada contribuiu tanto nestes tempos, mais ainda do que as ideologias e religiões, para promover o desprezível homem-massa, esse robô de reflexos condicionados, e para a ressurreição da cultura do primata de tatuagem e tapa-sexo, emboscado atrás da fachada da modernidade, quanto a divinização dos exercícios e jogos físicos operada pela sociedade dos nossos dias. [...] O esporte, na época de Platão, era um meio, não um fim, como voltou a ser nestes tempos municipalizados da vida. [...] Onde está o heroísmo em virar a canjica ao volante de um bólido com motores que fazem o trabalho em vez do homem, ou em retroceder de ser pensante a débil mental, com miolos e testículos encolhidos pela prática de atalhar ou fazer gols por empreitada, para que multidões insanas se dessexualizem com ejaculações de egolatria coletivista a cada tento marcado? As atividades e aptidões físicas chamadas esportes não aproximam o homem atual do sagrado e do religioso, afastam-no do espírito e o embrutecem, saciando seus instintos mais ignóbeis: a vocação tribal, o machismo, a vontade de domínio, a dissolução do eu individual no amorfo gregário."
"Como o mundo avança aceleradamente para a desindividualização completa, para a extinção desse acidente histórico, o reinado do indivíduo livre e soberano, que uma série de acasos e circunstâncias havia possibilitado (para um número reduzido de pessoas, é claro, e em um número ainda mais reduzido de países), estou mobilizado para o combate, com meus cinco sentidos e durante as vinte e quatro horas do dia, a fim de retardar o máximo que puder, no que a mim concerne, essa derrota existencial. [...] É verdade: sou um antissocial na medida das minhas forças, que por desgraça são fraquíssimas, e resisto à gregarização em tudo aquilo que não ameaça minha sobrevivência nem meus excelentes níveis de vida. Tal como você está lendo. Ser individualista é ser egoísta (Ayn Rand, The virtue of selfishness), mas não imbecil."
"Se alguma coisa eu sou nessa matéria, sou agnóstico. Desconfiado do ateu e do descrente, a favor de que as pessoas creiam e pratiquem uma fé, pois, de outro modo, não teriam vida espiritual alguma e o selvagismo se multiplicaria. A cultura - a arte, a filosofia, todas as atividades intelectuais e artísticas laicas - não substitui o vazio espiritual que resulta da morte de Deus, do eclipse da vida transcendente, exceto em uma reduzidíssima minoria (da qual faço parte). Esse vazio torna as pessoas mais destruidoras e bestiais do que normalmente o são. Ao mesmo tempo que sou a favor da fé, as religiões em geral me incitam a tapar o nariz, porque todas elas implicam o rebanhismo processionário e a abdicação humana e pretendem enredar os desejos. [...] Eu fico em minha contradição, que é também, afinal, uma fonte de prazer para um espírito dissidente e inclassificável como o meu. Contra a institucionalização dos sentimentos e da fé, mas a favor dos sentimentos e da fé."
"O senhor e eu sabemos, amigo siracuso, que o fetichismo não é o 'culto dos fetiches' como diz mesquinhamente o dicionário da Academia, mas sim uma forma privilegiada de expressão da particularidade humana, uma via de que o homem e a mulher dispõem para traçar seu espaço, marcar sua diferença em relação aos outros, exercitar sua imaginação e seu espírito antirrebanho, ser livres. [...] a descoberta do papel central do fetichismo na vida do indivíduo foi decisiva em meu desencanto com as utopias sociais - a idéia de que era possível, coletivamente, construir a felicidade, o bem, ou encarnar qualquer valor ético ou estético -, em minha passagem da fé ao agnosticismo, e na convicção que agora me anima, segundo a qual, já que o homem e a mulher não podem viver sem utopias, a única maneira realista de materializá-las é transferi-las do social para o individual. Um coletivo não pode organizar-se para alcançar nenhuma forma de perfeição sem destruir a liberdade de muitos, sem levar de roldão as belas diferenças individuais em nome dos pavorosos denominadores comuns."
"Na verdade, por trás de suas arengas e bandeiras em exaltação a este pedacinho de geografia salpicado de balizas e demarcações arbitrárias, onde vossa senhoria vê personificada uma forma superior da história e da metafísica social, não há outra coisa senão o astuto aggiornamento do antiquíssimo medo primitivo de emancipar-se da tribo, de deixar de ser massa, parte, para transformar-se em indivíduo. [...] O cordão umbilical que os enlaça através dos séculos chama-se pavor ao desconhecido, ódio ao diferente, rechaço à aventura, pânico à liberdade e à responsabilidade de inventar-se a cada dia, vocação de servidão à rotina, ao gregarismo, recusa a descoletivizar-se para não ter de enfrentar o desafio cotidiano que é a soberania individual. O patriotismo, que, na realidade, parece uma forma benevolente do nacionalismo - pois a 'pátria' parece ser mais antiga, congênita e respeitável do que a 'nação', ridícula engenhoca político-administrativa manufaturada por estadistas ávidos de poder e intelectuais em busca de um amo, isto é, de mecenas, isto é, de tetas prebendeiras a sugar -, é um perigoso mas efetivo álibi para as guerras que dizimaram o planeta não sei quantas vezes, para as pulsões despóticas que consagraram o domínio do forte sobre o fraco, e uma cortina de fumaça igualitarista cujas nuvens deletérias indiferenciam os seres humanos e os clonam, impondo-lhes, como essencial e irremediável, o mais acidental dos denominadores comuns: o lugar do nascimento."
Capa da Veja
sexta-feira, outubro 22, 2010
Por que não voto em Dilma
Perplexo ao ver que pessoas de bom nível financeiro e social desconheciam certos fatos sobre Dilma e o PT, resolvi resumir os 10 principais motivos pelos quais não voto na candidata:
1- não voto em ex-terrorista e ex-assaltante que lutava para implantar no país uma ditadura comunista como a cubana, e que até hoje afirma ter orgulho dessa luta, sem ter mudado de lado;
2- este foi o governo mais corrupto da história deste país! O livro "O Chefe" refresca a memória do que foi esse governo. José Dirceu é "chefe de quadrilha", Lula claramente sabia de tudo, e Erenice Guerra é braço-direito de Dilma. Roubaram como ninguém! E foram pegos roubando! Votar neles significa dar uma carta em branco, autorizar a roubalheira, dizer que não se importa com isso tudo. É matar de vez a ética! E não esqueça de Celso Daniel, assassinado de forma até hoje obscura;
3- essa turma tem um projeto autoritário de poder, e está disposta a tudo por isso. O PNDH-3 dá uma idéia do que eles realmente querem: censurar a imprensa de vez e transformar o Brasil numa grande Venezuela, do camarada Chávez. O PT fundou com o ditador Fidel Castro o Foro de São Paulo, onde até os sequestradores e traficantes das FARC chegaram a participar;
4- em economia o governo foi totalmente irresponsável, o crédito estatal já representa metade do crédito no país, e isso é um perigo. Nenhuma reforma estrutural (previdenciária, trabalhista e tributária) foi feita. O partido condena as privatizações como se fosse um pecado tirar as tetas estatais dos sindicatos, políticos corruptos e apaniguados. Se hoje temos crescimento, isso se deve mais às reformas de FHC, ao contexto internacional e aos estímulos insustentáveis do governo, cuja conta vamos ter que pagar depois;
5- no âmbito internacional, Lula se aliou aos piores ditadores do mundo, fez um estrago na imagem do Itamaraty, abraçou assassinos e politizou o Mercosul, sem falar de seu discurso anti-americano mais que atrasado;
6- o PT aparelhou toda a máquina estatal, toda! Os sindicalistas tomaram conta de tudo, incluindo a Polícia Federal, o que é um risco enorme ao Estado de Direito. Tomaram conta das estatais, das agências reguladoras, do Itamaraty, dos fundos de pensão, das ONGs, e até do STF!
7- O presidente Lula é possivelmente a pessoa mais imoral que já vi na minha vida! Lula é mitomaníaco, mente compulsivamente, demonstra claros sinais de perversidade até. Seu populismo demagógico é absurdo e lembra os piores caudilhos que esse continente já teve (e ainda tem: Chávez na Venezuela, casal K na Argentina, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador). Lula ridiculariza as leis o tempo todo, misturando a função de presidente com a de garoto-propaganda de partido;
8- O MST apoia Dilma, e Dilma veste o boné do MST, literalmente. O MST é um movimento criminoso, financiado por nossos impostos, que invade propriedades privadas, que defende a revolução armada comunista em pleno século XXI;
9- Os piores "coronéis" do PMDB estão todos com Dilma! Sarney, Michel Temer, Ciro Gomes, Jader Barbalho, Fernando Collor, e muitos outros, todos aliados de Dilma. O fisiologismo chegou a patamares impensáveis no governo Lula, e tende a piorar com Dilma;
10- Censura da imprensa. Censura da imprensa. Uma vez mais: censura da imprensa. Ancinav, CNJ, PHDN-3, o PT já deu claras demonstrações de que pretende continuar sua tentativa de censurar a imprensa. A democracia corre perigo, de verdade. Como votar em alguém assim? Seria um atentado à nossa democracia, que ainda não está sólida o suficiente para resistir aos golpistas. Não seja cúmplice disso! Não vote em Dilma.
Uma questão de caráter
O editorial do Estadão hoje está imperdível. O jornal tem tido a coragem de colocar os pingos nos is, de dar nome aos bois, de constatar o óbvio, mesmo que isso signifique risco para o negócio, uma vez que o país está dominado pela barbárie (leia-se, PT). Trechos abaixo mostram como o editorial vai direto ao ponto:
"Lula, que é, reconhecidamente, quem dá o tom da campanha da candidata do PT, não hesita em partir para a agressão sempre que se vê contrariado. E não mede palavras quando parte para o ataque. Nada mais natural, portanto, que seu exemplo de agressividade seja seguido pelos militantes petistas. Até com agressão física, como a que ocorreu em Campo Grande, no Rio de Janeiro, contra o candidato tucano José Serra."
[...]
"Em caso algum se pode admitir que um presidente da República insulte adversários políticos do alto de um palanque eleitoral. No caso de Lula, porém, a coisa é mais grave, considerando-se que se cercando das companhias de que se cercou para constituir maioria no Congresso, que autoridade moral tem para acusar alguém de mau-caratismo?
Como cidadão, Luiz Inácio Lula da Silva tem o direito de tomar partido no processo de sua sucessão - até inventando, como fez, a candidata. Como presidente, tem o dever de se comportar com a dignidade e a moderação que seu cargo exige. Não faz isso, por uma questão de caráter."
Por uma questão de falta de caráter, eu completo. Nunca antes na história deste país tivemos um presidente tão indecente, tão imoral, tão sem caráter.
"Lula, que é, reconhecidamente, quem dá o tom da campanha da candidata do PT, não hesita em partir para a agressão sempre que se vê contrariado. E não mede palavras quando parte para o ataque. Nada mais natural, portanto, que seu exemplo de agressividade seja seguido pelos militantes petistas. Até com agressão física, como a que ocorreu em Campo Grande, no Rio de Janeiro, contra o candidato tucano José Serra."
[...]
"Em caso algum se pode admitir que um presidente da República insulte adversários políticos do alto de um palanque eleitoral. No caso de Lula, porém, a coisa é mais grave, considerando-se que se cercando das companhias de que se cercou para constituir maioria no Congresso, que autoridade moral tem para acusar alguém de mau-caratismo?
Como cidadão, Luiz Inácio Lula da Silva tem o direito de tomar partido no processo de sua sucessão - até inventando, como fez, a candidata. Como presidente, tem o dever de se comportar com a dignidade e a moderação que seu cargo exige. Não faz isso, por uma questão de caráter."
Por uma questão de falta de caráter, eu completo. Nunca antes na história deste país tivemos um presidente tão indecente, tão imoral, tão sem caráter.
Manifesto em Defesa da Democracia
Este vídeo com o pronunciamento de Hélio Bicudo merece ser visto e revisto. Bicudo já contribuiu, no passado, para criar algo nefasto ao país: o PT. Mas todos podem mudar, se arrepender, aprender, melhorar. Foi claramente o caso do jurista, que agora percebe o risco que esse "partido" representa para a democracia brasileira. O personalismo de Lula, a sede de poder dessa gente, a disposição de usar qualquer meio para chegar aos seus fins, a confusão constante entre Estado e partido, tudo isso exige das pessoas de bem desse país uma reação. E ela tem que vir das urnas!
Fanfarronice sem limites
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
O presidente Lula chegou ao fundo do poço. Sua atuação nesta campanha já tinha revoltado qualquer pessoa que sabe a diferença entre estadista e populista. O presidente escolheu ridicularizar seu cargo e partir como garoto-propaganda de sua candidata, misturando de forma perigosa governo e partido. Mas o que ele disse agora ultrapassou qualquer limite. Sua postura é digna de um típico caudilho latino-americano. Lula se parece cada vez mais com Chávez, seu camarada venezuelano.
Que Lula jamais respeitou fatos, isso é conhecido. Mas dessa vez ele resolveu ignorar fotos! De forma precipitada, o presidente chamou de “farsa” a agressão sofrida pelo candidato José Serra por petistas. Usando sua única fonte de “cultura”, o futebol, ainda comparou o caso ao do goleiro Rojas, que fingiu ter sido atingido por um foguete no jogo. Não satisfeito, o irresponsável presidente-garoto-propaganda ainda atacou a honra do respeitado médico Jacob Kligerman, que atendeu Serra, insinuando que ele faria parte da farsa. Lula sabe jogar baixo.
Em vez de repudiar a violência dos manifestantes petistas, que confundem argumento com pancadaria, o presidente Lula preferiu atacar a vítima, acusando Serra de mentiroso. Mas a verdade é que não se trata de novidade esta postura agressiva dos petistas. Quando eles correm risco de perder suas boquinhas e privilégios, eles rapidamente se tornam bárbaros. Basta lembrar as privatizações, com vários petistas mobilizando a turba para agredir aqueles que defendiam o progresso. Ou então Mário Covas sendo agredido por “professores”, após José Dirceu ter incitado a violência, afirmando que os tucanos deveriam “apanhar na rua e nas urnas”. “O argumento pela intimidação é uma confissão de impotência intelectual”, constatou Ayn Rand.
Não se sabe ainda quem vai ganhar esta eleição, pois confiar nas pesquisas desses institutos exige um elevado grau de fé, uma vez que todos erraram feio no primeiro turno. Mas uma coisa é certa: a democracia republicana já sai como a grande derrotada. O maior responsável por isso é o próprio presidente Lula, que deveria ser o guardião das instituições republicanas, mas que não passa de um grande fanfarrão.
quinta-feira, outubro 21, 2010
"Garanta seu emprego que eu garanto minha dignidade"
Essa foi a frase do ano! Jornalista denuncia censura no ar, sabendo que isso vai custar seu emprego. A TV estatal deu a ordem: o candidato de oposição não pode ser entrevistado. Tudo porque o candidato Íris Resende, do PMDB, aliado do PT de Lula e Dilma, desistiu de participar da entrevista. Então, os aliados de Dilma resolveram censurar o programa, vetando a entrevista com o adversário do governo, Marconi Perillo. É o jeito lulo-petista de governar. Franklin Martins, da TV "chapa-branca" Brasil, deve ter orgasmos com uma censura dessas. Mas o que os petralhas não esperam, pois pensam que são todos vendidos como eles, é que ainda existam jornalistas sérios e com dignidade, esta palavra totalmente desconhecida por esta corja que faz tudo pelo poder. Parabéns, Paulo Beringhs!
'Quem tem o desrespeito à legalidade no seu DNA é o PT'
Nota de Sérgio Guerra, presidente do PSDB
"Na sua enorme arrogância, o PT acha que o Brasil é feito de tolos. A poucos dias das eleições, justamente no momento em que José Serra e Aécio Neves percorrem juntos o Brasil na defesa de um país mais ético e mais justo, o PT tenta ressuscitar mais um factóide que tem como único objetivo tentar provocar a divisão das forças que se unem pela vitória de José Serra.
Essa nova tentativa do PT demonstra, na verdade, a gravidade dos fatos ocorridos no âmbito da coordenação da campanha da candidata Dilma Rousseff e, agora devidamente comprovados, merecem o repúdio das forças democráticas brasileiras.
A criação de grupos de espionagem, ora nomeados de inteligência, não é prática das campanhas do PSDB em Minas, São Paulo ou de qualquer outro estado. Assim como não ocorreram nos governos do PSDB violações de sigilos bancários, das quais foi vítima o caseiro Francenildo.
Também não foram nas administrações do PSDB que nomearam Erenice Guerra e apagaram fitas de segurança do Planalto.
O PT dá mais uma mostra de uso político das instituições do Estado, de como usa o governo para atender os seus objetivos políticos.
Há quatro anos, um petista foi preso com uma mala cheia de dinheiro para comprar dossiê contra políticos do PSDB. Apesar de ter sido preso em flagrante com o dinheiro, o petista foi liberado e, até hoje, a Polícia Federal não explicou ao país de onde veio o dinheiro da mala do PT.
Agora, a mesma Polícia Federal que diz que só vai investigar o escândalo de Erenice Guerra depois das eleições, surge com um depoimento com o claro objetivo de tentar criar constrangimentos ao PSDB.
Embora o depoimento não tenha sequer sido divulgado, o PT se apressa em espalhar versões dos fatos que tentam afastar do partido a certeza que todo brasileiro hoje tem: quem tem a infração e o desrespeito à legalidade no seu DNA é o PT e não o PSDB."
"Na sua enorme arrogância, o PT acha que o Brasil é feito de tolos. A poucos dias das eleições, justamente no momento em que José Serra e Aécio Neves percorrem juntos o Brasil na defesa de um país mais ético e mais justo, o PT tenta ressuscitar mais um factóide que tem como único objetivo tentar provocar a divisão das forças que se unem pela vitória de José Serra.
Essa nova tentativa do PT demonstra, na verdade, a gravidade dos fatos ocorridos no âmbito da coordenação da campanha da candidata Dilma Rousseff e, agora devidamente comprovados, merecem o repúdio das forças democráticas brasileiras.
A criação de grupos de espionagem, ora nomeados de inteligência, não é prática das campanhas do PSDB em Minas, São Paulo ou de qualquer outro estado. Assim como não ocorreram nos governos do PSDB violações de sigilos bancários, das quais foi vítima o caseiro Francenildo.
Também não foram nas administrações do PSDB que nomearam Erenice Guerra e apagaram fitas de segurança do Planalto.
O PT dá mais uma mostra de uso político das instituições do Estado, de como usa o governo para atender os seus objetivos políticos.
Há quatro anos, um petista foi preso com uma mala cheia de dinheiro para comprar dossiê contra políticos do PSDB. Apesar de ter sido preso em flagrante com o dinheiro, o petista foi liberado e, até hoje, a Polícia Federal não explicou ao país de onde veio o dinheiro da mala do PT.
Agora, a mesma Polícia Federal que diz que só vai investigar o escândalo de Erenice Guerra depois das eleições, surge com um depoimento com o claro objetivo de tentar criar constrangimentos ao PSDB.
Embora o depoimento não tenha sequer sido divulgado, o PT se apressa em espalhar versões dos fatos que tentam afastar do partido a certeza que todo brasileiro hoje tem: quem tem a infração e o desrespeito à legalidade no seu DNA é o PT e não o PSDB."
O impacto do segundo turno das eleições nos mercados
Rodrigo Constantino, Palavra do Gestor - Valor Econômico
Durante o primeiro turno das eleições, os investidores não mostraram muito interesse nos resultados, talvez porque pensaram que a candidata Dilma venceria logo de cara e daria continuidade ao governo Lula. O segundo turno alterou esse quadro. Agora os investidores parecem mais atentos aos possíveis impactos das eleições nos mercados.
A tese que vou defender neste artigo é que o resultado das eleições não é indiferente para os investidores. São basicamente dois pontos principais: 1) Não há certeza alguma de que um eventual governo Dilma será apenas "mais do mesmo"; 2) Um eventual governo Serra tem chances concretas de representar mudanças mais relevantes nos rumos da economia, com possibilidade de algumas reformas desejáveis.
Em relação ao primeiro ponto, basta lembrar que o presidente Lula contava com seu carisma como arma para domar os mais radicais do PT, algo que claramente falta à Dilma. A candidata, que foi do PDT, chega a ser vista como "de fora" por muitos do partido. Não são poucos os petistas que ficaram incomodados com a imposição de sua candidatura. A volta de José Dirceu num eventual governo Dilma representa uma ameaça concreta, e a disputa de poder entre as diferentes alas do partido parece evidente desde já.
Além disso, não podemos descartar as incertezas que a própria Dilma gera, uma vez que ela jamais foi eleita para cargo algum. Claro que uma eventual vitória sua seria creditada ao apoio de Lula. Mas quais são as garantias reais de que, uma vez eleita, seu projeto pessoal de poder não vá ficar acima da gratidão ao presidente? Quem seriam seus principais ministros? Henrique Meirelles sairia do Banco Central? E quem ficaria em seu lugar? Quem seria o poderoso ministro das Fazenda?
As declarações de Dilma no passado recente apontam para uma identidade ideológica mais à esquerda que Lula. A candidata, por exemplo, sempre bateu de frente com as ideias de maior austeridade fiscal defendidas pelo então ministro Palocci. Sua visão de mundo parece apontar na direção de um governo ainda mais ativo na economia. O último ano de governo do presidente Lula, que foi o mais irresponsável de todos em termos de gastos públicos e ingerência nas estatais, pode muito bem ser o padrão de um eventual governo Dilma. Isso seria catastrófico para a sustentabilidade do crescimento econômico.
Já um governo Serra apresenta chances maiores de mudança. Não que o tucano seja o ideal para os investidores. Sonhar com reformas estruturais na previdência, nas leis trabalhistas e nos impostos pode ser irrealista. O mais provável seriam mudanças graduais na direção correta, desfazendo parte dos estragos causados pelo final do governo Lula. Mas bastariam algumas melhorias para sinalizar uma luz no fim do túnel.
Se hoje o cenário econômico parece favorável, isso se deve ao contexto internacional: China e abundância de dinheiro no mundo. Já o governo Lula plantou as sementes dos problemas à frente, estimulando além da conta o crédito estatal (BNDES), e expandindo os gastos públicos correntes de forma irresponsável. Tem também o estrago causado nas estatais, especialmente a Petrobras, que foi politizada demais e pagou um elevado custo por isso: suas ações despencaram mais de 30% este ano!
A possibilidade de vitória do Serra foi suficiente para que várias estatais reagissem positivamente nas bolsas. Isso demonstra que os investidores estão cientes de que um eventual governo Serra seria mais benéfico para a economia e para a gestão das estatais. Como o peso dessas empresas no Ibovespa ainda é bastante relevante, essa mudança seria suficiente para aumentar o potencial de alta dos ativos.
Há oportunidade de ganho na renda fixa também. A despeito da taxa de juros dos países desenvolvidos próxima de zero, a nossa taxa ainda está em dois dígitos. São vários os fatores que explicam isso, mas um deles, extremamente importante, diz respeito justamente aos gastos públicos e sua tendência explosiva, alimentando o fantasma da inflação. Se Serra conseguisse cortar esses gastos no começo do mandato, isso seria um catalisador para o fechamento das taxas ao longo da curva de juros. Isso criaria um círculo virtuoso na economia, puxando a bolsa também.
O futuro é incerto, e podemos apenas levantar hipóteses. Mas acredito que o certo é trabalhar, hoje, com dois cenários diferentes dependendo de quem vença as eleições.
Durante o primeiro turno das eleições, os investidores não mostraram muito interesse nos resultados, talvez porque pensaram que a candidata Dilma venceria logo de cara e daria continuidade ao governo Lula. O segundo turno alterou esse quadro. Agora os investidores parecem mais atentos aos possíveis impactos das eleições nos mercados.
A tese que vou defender neste artigo é que o resultado das eleições não é indiferente para os investidores. São basicamente dois pontos principais: 1) Não há certeza alguma de que um eventual governo Dilma será apenas "mais do mesmo"; 2) Um eventual governo Serra tem chances concretas de representar mudanças mais relevantes nos rumos da economia, com possibilidade de algumas reformas desejáveis.
Em relação ao primeiro ponto, basta lembrar que o presidente Lula contava com seu carisma como arma para domar os mais radicais do PT, algo que claramente falta à Dilma. A candidata, que foi do PDT, chega a ser vista como "de fora" por muitos do partido. Não são poucos os petistas que ficaram incomodados com a imposição de sua candidatura. A volta de José Dirceu num eventual governo Dilma representa uma ameaça concreta, e a disputa de poder entre as diferentes alas do partido parece evidente desde já.
Além disso, não podemos descartar as incertezas que a própria Dilma gera, uma vez que ela jamais foi eleita para cargo algum. Claro que uma eventual vitória sua seria creditada ao apoio de Lula. Mas quais são as garantias reais de que, uma vez eleita, seu projeto pessoal de poder não vá ficar acima da gratidão ao presidente? Quem seriam seus principais ministros? Henrique Meirelles sairia do Banco Central? E quem ficaria em seu lugar? Quem seria o poderoso ministro das Fazenda?
As declarações de Dilma no passado recente apontam para uma identidade ideológica mais à esquerda que Lula. A candidata, por exemplo, sempre bateu de frente com as ideias de maior austeridade fiscal defendidas pelo então ministro Palocci. Sua visão de mundo parece apontar na direção de um governo ainda mais ativo na economia. O último ano de governo do presidente Lula, que foi o mais irresponsável de todos em termos de gastos públicos e ingerência nas estatais, pode muito bem ser o padrão de um eventual governo Dilma. Isso seria catastrófico para a sustentabilidade do crescimento econômico.
Já um governo Serra apresenta chances maiores de mudança. Não que o tucano seja o ideal para os investidores. Sonhar com reformas estruturais na previdência, nas leis trabalhistas e nos impostos pode ser irrealista. O mais provável seriam mudanças graduais na direção correta, desfazendo parte dos estragos causados pelo final do governo Lula. Mas bastariam algumas melhorias para sinalizar uma luz no fim do túnel.
Se hoje o cenário econômico parece favorável, isso se deve ao contexto internacional: China e abundância de dinheiro no mundo. Já o governo Lula plantou as sementes dos problemas à frente, estimulando além da conta o crédito estatal (BNDES), e expandindo os gastos públicos correntes de forma irresponsável. Tem também o estrago causado nas estatais, especialmente a Petrobras, que foi politizada demais e pagou um elevado custo por isso: suas ações despencaram mais de 30% este ano!
A possibilidade de vitória do Serra foi suficiente para que várias estatais reagissem positivamente nas bolsas. Isso demonstra que os investidores estão cientes de que um eventual governo Serra seria mais benéfico para a economia e para a gestão das estatais. Como o peso dessas empresas no Ibovespa ainda é bastante relevante, essa mudança seria suficiente para aumentar o potencial de alta dos ativos.
Há oportunidade de ganho na renda fixa também. A despeito da taxa de juros dos países desenvolvidos próxima de zero, a nossa taxa ainda está em dois dígitos. São vários os fatores que explicam isso, mas um deles, extremamente importante, diz respeito justamente aos gastos públicos e sua tendência explosiva, alimentando o fantasma da inflação. Se Serra conseguisse cortar esses gastos no começo do mandato, isso seria um catalisador para o fechamento das taxas ao longo da curva de juros. Isso criaria um círculo virtuoso na economia, puxando a bolsa também.
O futuro é incerto, e podemos apenas levantar hipóteses. Mas acredito que o certo é trabalhar, hoje, com dois cenários diferentes dependendo de quem vença as eleições.
quarta-feira, outubro 20, 2010
Ibope mostra 11 pontos de diferfença; mas eu acredito no Ciro!
O Globo
BRASÍLIA - Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira mostra que a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, aparece à frente de José Serra (PSDB) na disputa do segundo turno, ampliando a diferença que separa os dois. Considerando apenas os votos válidos - excluindo-se brancos e nulos - ela tem 56% das preferências, contra 44% do tucano. Quando considerados os votos totais, Dilma aparece com 51% e Serra com 40%. Nulos e brancos são 5% e indecisos 4%.
Esta é a segunda pesquisa feita pelo Ibope neste segundo turno. Na primeira, divulgada em 13 de outubro, Dilma tinha 49% das intenções de voto e Serra 43% . Nulos e brancos eram 5% e indecisos 3%. Quando considerados apenas os votos válidos, Dilma aparecia com 53% e Serra com 47%.
Comento: A pesquisa vai injetar ânimo na campanha dos petralhas, que andam muito desesperados e raivosos ultimamente. Mas eu não sei se posso confiar no Ibope. É que o próprio Ciro Gomes, responsável pela campanha de Dilma no segundo turno, afirmou categoricamente que Montenegro, do Ibope, "vende até a mãe para ganhar dinheiro". E agora, em quem confiar? No Ibope, ou na campanha da Dilma?
BRASÍLIA - Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira mostra que a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, aparece à frente de José Serra (PSDB) na disputa do segundo turno, ampliando a diferença que separa os dois. Considerando apenas os votos válidos - excluindo-se brancos e nulos - ela tem 56% das preferências, contra 44% do tucano. Quando considerados os votos totais, Dilma aparece com 51% e Serra com 40%. Nulos e brancos são 5% e indecisos 4%.
Esta é a segunda pesquisa feita pelo Ibope neste segundo turno. Na primeira, divulgada em 13 de outubro, Dilma tinha 49% das intenções de voto e Serra 43% . Nulos e brancos eram 5% e indecisos 3%. Quando considerados apenas os votos válidos, Dilma aparecia com 53% e Serra com 47%.
Comento: A pesquisa vai injetar ânimo na campanha dos petralhas, que andam muito desesperados e raivosos ultimamente. Mas eu não sei se posso confiar no Ibope. É que o próprio Ciro Gomes, responsável pela campanha de Dilma no segundo turno, afirmou categoricamente que Montenegro, do Ibope, "vende até a mãe para ganhar dinheiro". E agora, em quem confiar? No Ibope, ou na campanha da Dilma?
O adubo é nosso!
Rodrigo Constantino
Fertilizantes são insumos fundamentais para uso nos solos cultiváveis, com a meta de torná-los mais produtivos, normalmente reduzindo sua acidez. Os três principais elementos costumam ser nitrogênio, fósforo e potássio, que, misturados em diversas fórmulas, são usados como nutrientes de solos. Em linguagem popular, trata-se do famoso adubo químico usado na agricultura. E não é que os esquerdistas, “contumazes idólatras do fracasso”, como dizia Roberto Campos, também apelaram para o nacional-estatismo neste setor?!
Não será difícil adivinhar quais “argumentos” eles usaram. Claro! O setor era estratégico e precisava ser protegido dos gananciosos capitalistas estrangeiros. A privatização das poucas empresas deste setor não foram tão relevantes em termos de arrecadação para o governo. Entretanto, a venda das cinco subsidiárias da Petrofértil gerou um barulho e tanto. As mesmas figuras de sempre lutaram, de forma bastante organizada, para impedir os leilões. O adubo é nosso!
Roberto Requião, o então governador do Paraná, liderou o processo de combate ideológico à privatização do setor. Em junho de 1993, às vésperas do leilão da Ultrafértil, ele declarou aos jornais: “Se num país agrícola a indústria de fertilizantes não é estratégica, então o governo também não é estratégico”. O presidente da CUT, Jair Meneguelli, acrescentou: “Não se trata nem de discutir se o processo de privatização envolve corrupção, mas principalmente a venda de uma empresa que detém o monopólio da produção de fertilizantes, que não pode ser entregue a grupos privados”. Ele chegou a defender a ocupação da fábrica.
O atual presidente Lula também ajudou a jogar lenha na fogueira ideológica. Agindo como presidente do PT, Lula visitou o acampamento dos funcionários da Ultrafértil que já ocupavam a fábrica de Araucária desde o dia do leilão. O Jornal do Commercio relatou: “Segundo Lula, existe uma grande contradição entre a campanha contra a fome, lançada pelo Governo e, ao mesmo tempo, a privatização do setor de fertilizantes, vital para a produção de alimentos”. Levando a lógica de Lula adiante, só podemos concluir que o setor de produção de alimentos deveria estar todo nas mãos do Estado. Lula, já presidente da República, mostrou sua receita para acabar com a fome: o fracassado programa Fome Zero.
Margaret Thatcher disse, contra a oposição à privatização com base no argumento de setor estratégico, que não conhecia setor mais estratégico que o de alimentos, e que nem por isso as pessoas defendiam sua estatização. Bem, na verdade alguns defenderam, e colocaram em prática. Foram os casos das ditaduras comunistas na União Soviética e na China. O resultado prático foram milhões de mortes por inanição. Mas como certas pessoas nunca aprendem, o argumento que Lula usava para atacar a venda da Ultrafértil era exatamente o do setor estratégico. Alimento é fundamental, e fertilizante é fundamental para produzir alimentos, logo, o Estado deve ser produtor de adubo químico. Fim de papo.
O mais curioso é que não é necessário estudar complexas teorias econômicas para constatar que o governo não precisa se meter na produção de alimentos para que haja abundância. Basta adentrar um supermercado! Nestes estabelecimentos, a qualquer hora, o consumidor encontra uma enorme variedade de alimentos ofertados, para todo tipo de gosto e bolso. São os mais variados tipos de produtos, industrializados, in natura, congelados, cada um deles vindo de um lugar diferente, do interior do país, do exterior. É o exemplo perfeito da “mão invisível” de Adam Smith em ação, possibilitando o acesso a todo tipo de produto. Tudo movido pela busca do lucro, sem interferência alguma do governo. Não há planejamento estatal algum nesse complexo processo, mas o cliente é atendido de forma eficiente.
Apesar das barreiras criadas pelos inimigos da iniciativa privada, o fato é que as empresas de fertilizantes foram privatizadas, rendendo quase meio bilhão de dólares para o governo. Os estatistas foram desmentidos em seus alertas pessimistas pela explosão das atividades agropecuárias no país, nos anos posteriores. Em 1994, quando acabou o processo de privatização do setor, o país consumia menos de 12 milhões de toneladas de adubos. Em 2007, esse volume chegou a quase 25 milhões de toneladas, ou seja, a produção dobrou em relação aos tempos estatais. Se a falta de alimentos for um problema, não vai ser por falta de adubo!
PS: A Vale fez uma oferta no começo do ano pelos ativos de fertilizantes da Bunge no país. A presença da gigante estrangeira não representou ameaça alguma ao setor nos últimos anos. Pelo contrário: a valorização da Fosfértil demonstra como a gestão privada fez bem. A Vale pagou 2,15 bilhões de dólares pela participação de 42,3% detida pela empresa americana no capital da Fosfértil. E isso não incluiu os negócios de varejo e distribuição de fertilizantes da companhia. Em outras palavras, apenas a produção de fertilizantes da Fosfértil foi avaliada em mais de US$ 5 bilhões pela Vale. Que “horror” o resultado da privatização deste setor estratégico!
Serra é agredido por petistas no Rio
O Globo
RIO - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi agredido na tarde desta quarta-feira quando fazia uma caminhada pelo calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Militantes do PT confrontaram com bandeiras a comitiva do tucano, gerando muito empurra-empurra. De acordo com o deputado federal Fernando Gabeira (PV), o presidenciável chegou a ser ferido na cabeça.
Segundo o pastor Maurício Teixeira, que estava ao lado de Serra no momento de maior conflito, um militante petista atirou uma bobina de adesivos de papel, que acertou a cabeça do candidato. No meio da confusão, o tucano comentou rapidamente o episódio.
- O PT tem tropa de choque. Não sei o que foi previsto, mas eles fazem isso no piloto automático - disse Serra, que estava visivelmente tenso.
- Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas. Um comportamento muito típico de movimentos fascistas - completou.
Comento: É isso mesmo. Quem conhece os petralhas, sabe que eles mudam os discursos, mas não mudam o estilo. Este vem de longa data, desde os tempos da clandestinidade. Aprenderam a agir pela violência. Acham que "argumentar" é o mesmo que agredir e intimidar. Afinal, como disse Ayn Rand, "o argumento pela intimidação é uma confissão de impotência intelectual". São defensores de absurdos, logo, precisam agredir para intimidar.
Fizeram isso o tempo todo durante os leilões de privatização, por exemplo. Fizeram isso com o esquerdista Mário Covas. Os quadrúpedes do PT não aceitam nem mesmo a esquerda mais civilizada! Dirceu incitou a violência, e os capangas atenderam. Tudo registrado em vídeo. Isso é o PT!
Como está batendo desespero pelo risco de perderem tantas tetas e boquinhas, alguns petralhas já se mostram mais raivosos. O ódio está no DNA deles, apesar do discurso hipócrita de Lula e Dilma, que acusam os tucanos de "campanha do ódio". Outra característica típica dos petralhas: acusar os outros daquilo que fazem!
terça-feira, outubro 19, 2010
Siderbrás: o aço é nosso!
Rodrigo Constantino
A memória dos brasileiros é curta, já diz o ditado. Para tentar refrescar esta memória, pretendo resgatar alguns dados sobre o importante setor siderúrgico brasileiro. Impressiona a capacidade com que a esquerda finge não ter defendido as idéias que defendeu e, pior ainda, até se apropria do sucesso alheio como se fosse obra sua. Como os mesmos argumentos usados contra a privatização das siderúrgicas são hoje usados contra outros setores, trazer à tona estes dados será de extrema valia ao debate.
A década de 1970 viu o nascimento de inúmeras estatais sob o regime militar. Em 1973, alguns ministros propuseram a Médici a criação de uma holding do setor siderúrgico. No documento que assinaram, a meta de 20 milhões de toneladas de aço a serem produzidas no país passava a ser vista como insuficiente para atender o crescimento. A criação da Siderbrás foi autorizada em setembro de 1973 para atender a demanda. Duas décadas depois, o país não havia acrescentado uma tonelada extra de aço à sua produção. Na verdade, as 20 milhões de toneladas consideradas insuficientes nesta época permaneciam sendo a produção nacional de 1990, enquanto a Siderbrás se encontrava falida.
Aqui vale uma pausa para tratar de um mito bastante difundido. Muitos defensores do Estado como empresário alegam que, sem seus esforços iniciais, sequer haveria empresas produtoras para serem privatizadas depois. Eles alegam que os capitalistas não teriam feito os pesados investimentos necessários. A falácia fica evidente quando pensamos que o setor siderúrgico americano, para ficar num exemplo, não nasceu do governo, mas do setor privado. Além dele, as ferrovias e vários outros setores intensivos em capital nasceram de mãos privadas. Mesmo no Brasil, o mega-investidor americano Percival Farquhar, cujo império rivalizava apenas com o de Matarazzo ou Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, tinha a pretensão de transformar uma enorme área no Ruhr brasileiro. O grande obstáculo para este empreendimento foi justamente o governo, que chegou a confiscar seus ativos.
Voltando para a caótica situação do setor no começo da década de 1990, as estimativas de um diretor do BNDES eram que, de 1985 a 1989, a siderurgia brasileira havia consumido US$ 10,4 bilhões da União, sem acrescentar um grama sequer à produção de aço. Que eficiência! Esse gigantesco ralo de recursos públicos tinha que ser tampado, e as privatizações eram o único meio viável. Mas, quando chegara o momento da primeira venda, da Usiminas, um grupo de opositores barulhentos e violentos tentou impedir o leilão. O grupo era formado por entidades como CUT, CGT, MR-8, PT, PCdoB, PDT e UNE. Estas seriam as figuras carimbadas que em todos os leilões mais importantes fariam manifestos, muitas vezes violentos, buscando preservar as estatais deficitárias.
Não obstante, a venda da Usiminas foi um sucesso, e teve ágio de 14,3% sobre o preço mínimo estabelecido. Poderia ter sido bem maior, não fossem as incertezas geradas justamente pela esquerda no processo, especialmente afugentando os estrangeiros. Mais de 80 pessoas ficaram feridas, sendo 52 policiais atingidos por pedras ou artefatos similares. O deputado federal Vivaldo Barbosa, do PDT de Brizola, celebrou a reduzida participação de estrangeiros no leilão. Para os dinossauros da esquerda, a entrada de capital estrangeiro para investir no país representava uma enorme ameaça. Talvez por isso a Coréia do Norte ou Cuba sejam tão “ricas”, protegidas desta maldição terrível. Já Cingapura...
Em seguida, vieram os leilões de empresas como Acesita, Cosipa, CST e finalmente a CSN. Esta foi alvo de dezenas de ações judiciais para tentar barrar o leilão, a maioria impetrada por sindicatos. Já os empregados dessas empresas compreenderam os benefícios da privatização, ao menos para aqueles dispostos a trabalhar de fato, e muitos aderiram por meio de clubes de investimento, tornando-se acionistas das novas empresas privadas. Enquanto isso, figuras como Lindberg Farias, atualmente eleito como senador pelo PT do Rio, tentavam angariar adeptos para seus protestos contra a privatização. O então presidente do PT, Luís Inácio Lula da Silva, condenou a privatização da Acesita como um “equívoco do presidente Itamar”.
Do outro lado da batalha, o grupo Gerdau foi um dos grandes vitoriosos do processo de desestatização, e hoje é uma respeitada multinacional brasileira, uma gigante do setor. É importante destacar quem era quem nesta guerra das privatizações, para deixar claro quem eram aqueles que lutavam pelo progresso do país, por uma economia moderna, competitiva e dinâmica, e quem eram aqueles que desejavam preservar o status quo, as tetas estatais para os políticos e seus apaniguados. A história não pode ser alterada ao bel prazer dos governantes atuais, apesar da torcida que estes fazem pela amnésia popular. Já pensou os eleitores todos lembrarem que Lula e seu PT foram totalmente contra o Plano Real, criando diversas barreiras para impedir sua aprovação?
Se a produção brasileira de aço tinha permanecido estável de 1970 a 1990, girando em torno de 20 milhões de toneladas, já em 2004, livre das amarras estatais, o setor produziu quase 33 milhões de toneladas. Trata-se de um incremento de 65% em 14 anos! Mas isso não era tudo. O setor, que é altamente poluente, tornara-se bem mais limpo sob o controle privado. Em uma sentença judicial de 2005 contra a CSN, a juíza declarou: “Cumpre salientar o fato notório de que, alguns anos após a privatização, a CSN sob nova administração, passou a adotar uma política de gestão ambiental de vanguarda, bem como a investir seriamente em processos industriais mais limpos e eficientes”. Entretanto, a melhoria toda não foi suficiente para livrar a empresa da condenação, que veio por conta de sua fase estatal.
Como se pode ver em mais este caso do setor siderúrgico, não existem argumentos sérios ou convincentes para ser contrário às privatizações. Todos saem ganhando, à exceção dos mesmos grupos de sempre, que costumam se opor à venda das estatais por motivos ideológicos, corporativistas ou fisiológicos. Em outras palavras, aqueles que querem manter privilégios à custa do povo, ainda que, para tanto, tenham que abusar da retórica nacionalista. Vale lembrar que o setor siderúrgico era considerado extremamente “estratégico”. Será que as ameaças fantasmas se concretizaram com as privatizações? Pois é, mas a mesma turma de antes repete hoje os mesmos “argumentos” contra a privatização de outros setores, ignorando os fatos históricos. Se o povo tivesse mais memória, a esquerda estaria perdida!
Desabafo! Manifesto dos Intelectuais
Vídeo onde comento o manifesto pró-Dilma assinado por um grupo de "intelectuais" que exala forte cheiro de naftalina, uma vez que consegue defender em pleno século XXI a ideologia mais fracassada da história: o socialismo!
O massacre dos pombos
Vídeo onde uma tal de Dilma, descendente de búlgaros, engana os pobres pombinhos e passa fogo neles!
José Padilha lamenta mentira do PT
RIO - O cineasta José Padilha, diretor do filme "Tropa de Elite 2", negou em nota nesta terça-feira que tenha assinado manifesto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff, conforme foi divulgado pela campanha do PT em evento da candidata com artistas e intelectuais no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira. Na ocasião, o nome dele foi lido como um dos que declararam apoio à campanha petista. No manifesto, José Padilha aparece em destaque, entre os primeiros cem da lista de artistas e intelectuais.
Trecho da nota divulgada pelo cineasta:
"Parafraseando o filósofo americano Henry David Thoreau, gostaria de esclarecer que eu não pertenço a nenhum partido, grupo político, agremiação, sindicato ou lista de apoio a candidatos, na qual eu não tenha me inscrito voluntariamente; e que ao contrário do que certos sites e tweets têm afirmado, e do que consta em lista de apoio enviada por um grupo que apóia a candidata do PT para os grandes jornais brasileiros, eu não aderi a candidato algum nesta eleição pelos motivos explícitos em 'Tropa de Elite 2'".
Comento: Os petralhas são mitomaníacos mesmo! Eles mentem compulsivamente, inventam mestrado que não existe, foto em passeata que não ocorreu, apoio de gente famosa que não existiu etc. Cáspita! São filhotes de Gepeto, e o tamanho do nariz já chega à lua!
Trecho da nota divulgada pelo cineasta:
"Parafraseando o filósofo americano Henry David Thoreau, gostaria de esclarecer que eu não pertenço a nenhum partido, grupo político, agremiação, sindicato ou lista de apoio a candidatos, na qual eu não tenha me inscrito voluntariamente; e que ao contrário do que certos sites e tweets têm afirmado, e do que consta em lista de apoio enviada por um grupo que apóia a candidata do PT para os grandes jornais brasileiros, eu não aderi a candidato algum nesta eleição pelos motivos explícitos em 'Tropa de Elite 2'".
Comento: Os petralhas são mitomaníacos mesmo! Eles mentem compulsivamente, inventam mestrado que não existe, foto em passeata que não ocorreu, apoio de gente famosa que não existiu etc. Cáspita! São filhotes de Gepeto, e o tamanho do nariz já chega à lua!
Engolir certos "intelectuais", só com Engov!
Rodrigo Constantino
"Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma. A forma de governar de Lula é diferente. Ele não fala fino com Washington, nem fala grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo. Nunca houve na História do país algo assim." (Chico Buarque)
Seguem alguns nomes da lista de "intelectuais" que assinaram manifesto em defesa de Dilma:
Leonardo Boff
Maria Conceição Tavares
Oscar Niemeyer
Marilena Chaui
José Luis Fiori
Emir Sader
Fernando Morais
Que turma! Sabe quem essa gente adora também? Fidel Castro! Ele mesmo, El Coma Andante, o ditador cubano, da ditadura mais longa e cruel do continente. Que coisa, não? Diga-me com quem andas que te direi quem és. Já o recém-Nobel Mario Vargas Llosa, um gigante perto desses anões "intelectuais", explicou nas páginas amarelas da VEJA porque tantos intelectuais acabam na esquerda. É preciso coragem para ir contra essa onda, este patrulhamento ideológico, esta pressão política e este excesso de poder concentrado no governo.
Muito mais fácil é se entregar aos encantos da simbiose entre idéias e caudilhos, um alimentando o outro. Temos que reconhecer: a esquerda venceu a batalha cultural, até aqui. Ela conseguiu "monopolizar as virtudes", ou seja, ser socialista (ou esquerdista) passou a ser sinônimo, no imaginário popular, de ser um defensor da Justiça "social", dos pobres, dos oprimidos. Nada poderia estar mais distante da verdade! Mas quem liga para a verdade? Não esses que falam em nome da Justiça enquanto defendem um governo como o de Lula, ou pior!, ditaduras como a cubana.
Quando o mais comunista desses comunas fez 100 anos de idade, eu gravei uma singela homenagem. Eis o vídeo que celebra Um Século de Hipocrisia!
Vox Populi e uma nota de R$ 3
Saiu a nova pesquisa do Vox Populi, que ontem mesmo já tinha o resultado conhecido ao menos por Noblat. Dilma teria 51% das intenções de votos, contra 39% de Serra. Surpresa! O Vox Populi, de Marcos Coimbra, notório petista, dá 12 pontos de diferença entre Dilma e Serra. O mesmo resultado, por sinal, que o "instituto" dava faltando apenas 3 dias para as eleições do primeiro turno. Isso mesmo! Segundo o Vox Populi, Dilma venceria logo no primeiro turno, com ampla margem. O que aconteceu? Por que o Vox Populi não precisa se explicar? Por que alguém ainda levaria suas pesquisas a sério?
Como disse Reinaldo Azevedo: "Daqui a pouco, o jornalismo online começa a 'repercutir', como eles dizem, os números do Vox Populi. Quem, a três dias da eleição, afirmava uma diferença a favor de Dilma de 12 pontos sobre a soma dos demais candidatos precisa é ser investigado em vez de ser levado a sério. Mas Marcos Coimbra está de volta. Afinal, é essa a sua profissão".
Pois é. Não sei quanto ao leitor, mas eu confio mais numa nota de R$ 3 do que nas pesquisas do Vox Populi.
Em defesa da privatização
Rodrigo Constantino, O Globo
“Não é função do governo fazer um pouco pior ou um pouco melhor o que os outros podem fazer, e sim fazer o que ninguém pode fazer.” (Lord Keynes)
O PT resolveu apelar para a mesma tática de 2006: “acusar” os tucanos de privatistas. Alckmin cedeu na época. Serra não caiu na mesma armadilha. Como disse o candidato, o PT defende a era do “orelhão”, e quem é contra as privatizações deveria jogar no lixo seu moderno aparelho de celular.
A idéia de um Estado-empresário vem de longe, mas não é difícil entender porque as estatais acabam mais ineficientes que as empresas privadas: faltam-lhes os mecanismos adequados de incentivo. As empresas privadas precisam oferecer bons produtos para sobreviver, e isso coloca o consumidor no topo das prioridades. O escrutínio dos sócios em busca de bons retornos garante a eterna busca por eficiência.
O mesmo não ocorre nas estatais. Seus recursos vêm da “viúva”, e as empresas acabam atendendo aos interesses dos políticos e seus aliados. Costumam virar palco de infindáveis casos de corrupção. Enquanto os acionistas privados focam no longo prazo, pois seu patrimônio depende da capacidade futura de lucro, os políticos pilham as estatais de olho nas próximas eleições. Como Erenice Guerra sabe, o loteamento das estatais é prática recorrente no país.
Quem lava um carro alugado? Cuidamos melhor daquilo que é nosso. É natural que as empresas privadas, portanto, sejam mais bem administradas que as estatais. O histórico delas oferece farta evidência disso: empresas paquidérmicas, ineficientes, deficitárias, verdadeiros cabides de emprego. As raras exceções comprovam a regra.
Os maiores gargalos da economia estão justamente nos setores dominados pelo Estado: portos, aeroportos, estradas. Coincidência? Claro que não. Para quem ainda não está convencido, o livro “A Guerra das Privatizações”, de Ney Carvalho, é leitura bastante recomendável. Mostra as origens do estatismo e como as privatizações a partir de 1990 foram essenciais para o avanço do país. Geraram mais empregos, riquezas e impostos. Só a Vale pagou quase R$ 5 bilhões de imposto de renda em 2009, o suficiente para meio Bolsa Família.
Apesar disso, muitos ainda defendem o Estado-empresário. Confundem a propriedade estatal com o interesse nacional. Quase sempre ambos andam em direções opostas. O que interessa ao povo são empresas eficientes. Isso ocorre quando empresas privadas precisam sobreviver num ambiente competitivo, o contrário dos monopólios estatais protegidos da concorrência. Estes são adorados pelos políticos oportunistas, pelas máfias sindicais, pelos funcionários acomodados. Quem paga a conta são os consumidores. Vide a ineficiência dos Correios.
O que explica, então, esta aversão à privatização? Usiminas, CSN, Embraer, Banespa, Telebrás, Vale, a lista de casos de sucesso é extensa, e ainda assim não são poucos os que sentem asco ao escutar a palavra. Ideologias demoram a morrer, e conquistam seguidores mais pelas emoções que pela razão. O tema assumiu um tom dogmático, alimentado por uma intensa propaganda enganosa digna de Goebbels. O PT explora isso.
O casamento entre o nacionalismo e o socialismo pariu esta idolatria ao atraso. O uso do termo “estratégico” alimenta a retórica dos que lutam contra o progresso. Todo setor passa a ser estratégico, só não se sabe para quem. Além disso, controle estratégico não é sinônimo de gerência governamental. Costuma ser o contrário.
Governantes tão diferentes (ou não) como Vargas, Geisel e Lula defenderam essencialmente a mesma receita: a concentração de poder econômico no governo. Trata-se de uma receita fracassada, como comprova a Venezuela de Chávez. Mas, apesar do discurso eleitoreiro, o fato é que até parte do PT já entendeu isso, o que explica as várias concessões ao setor privado feitas no governo Lula.
A recém-nascida OGX, de Eike Batista, já vale a quinta parte da Petrobras, que perdeu mais de 30% de seu valor este ano. É o custo político afetando milhares de investidores que apostaram na estatal por meio do FGTS, por exemplo. Enquanto isso, o presidente da empresa parece mais preocupado em fazer campanha eleitoral, deixando transparecer a apropriação partidária da estatal. Os petistas levaram a sério o slogan “o petróleo é nosso”. O povo, entrementes, paga um dos preços mais altos do mundo pelo combustível.
Privatizar não é pecado; ao contrário, é crucial para uma economia dinâmica e moderna, liberando o Estado para focar em suas funções precípuas. O mal do PSDB não é ser privatista, mas ser pouco privatista!
“Não é função do governo fazer um pouco pior ou um pouco melhor o que os outros podem fazer, e sim fazer o que ninguém pode fazer.” (Lord Keynes)
O PT resolveu apelar para a mesma tática de 2006: “acusar” os tucanos de privatistas. Alckmin cedeu na época. Serra não caiu na mesma armadilha. Como disse o candidato, o PT defende a era do “orelhão”, e quem é contra as privatizações deveria jogar no lixo seu moderno aparelho de celular.
A idéia de um Estado-empresário vem de longe, mas não é difícil entender porque as estatais acabam mais ineficientes que as empresas privadas: faltam-lhes os mecanismos adequados de incentivo. As empresas privadas precisam oferecer bons produtos para sobreviver, e isso coloca o consumidor no topo das prioridades. O escrutínio dos sócios em busca de bons retornos garante a eterna busca por eficiência.
O mesmo não ocorre nas estatais. Seus recursos vêm da “viúva”, e as empresas acabam atendendo aos interesses dos políticos e seus aliados. Costumam virar palco de infindáveis casos de corrupção. Enquanto os acionistas privados focam no longo prazo, pois seu patrimônio depende da capacidade futura de lucro, os políticos pilham as estatais de olho nas próximas eleições. Como Erenice Guerra sabe, o loteamento das estatais é prática recorrente no país.
Quem lava um carro alugado? Cuidamos melhor daquilo que é nosso. É natural que as empresas privadas, portanto, sejam mais bem administradas que as estatais. O histórico delas oferece farta evidência disso: empresas paquidérmicas, ineficientes, deficitárias, verdadeiros cabides de emprego. As raras exceções comprovam a regra.
Os maiores gargalos da economia estão justamente nos setores dominados pelo Estado: portos, aeroportos, estradas. Coincidência? Claro que não. Para quem ainda não está convencido, o livro “A Guerra das Privatizações”, de Ney Carvalho, é leitura bastante recomendável. Mostra as origens do estatismo e como as privatizações a partir de 1990 foram essenciais para o avanço do país. Geraram mais empregos, riquezas e impostos. Só a Vale pagou quase R$ 5 bilhões de imposto de renda em 2009, o suficiente para meio Bolsa Família.
Apesar disso, muitos ainda defendem o Estado-empresário. Confundem a propriedade estatal com o interesse nacional. Quase sempre ambos andam em direções opostas. O que interessa ao povo são empresas eficientes. Isso ocorre quando empresas privadas precisam sobreviver num ambiente competitivo, o contrário dos monopólios estatais protegidos da concorrência. Estes são adorados pelos políticos oportunistas, pelas máfias sindicais, pelos funcionários acomodados. Quem paga a conta são os consumidores. Vide a ineficiência dos Correios.
O que explica, então, esta aversão à privatização? Usiminas, CSN, Embraer, Banespa, Telebrás, Vale, a lista de casos de sucesso é extensa, e ainda assim não são poucos os que sentem asco ao escutar a palavra. Ideologias demoram a morrer, e conquistam seguidores mais pelas emoções que pela razão. O tema assumiu um tom dogmático, alimentado por uma intensa propaganda enganosa digna de Goebbels. O PT explora isso.
O casamento entre o nacionalismo e o socialismo pariu esta idolatria ao atraso. O uso do termo “estratégico” alimenta a retórica dos que lutam contra o progresso. Todo setor passa a ser estratégico, só não se sabe para quem. Além disso, controle estratégico não é sinônimo de gerência governamental. Costuma ser o contrário.
Governantes tão diferentes (ou não) como Vargas, Geisel e Lula defenderam essencialmente a mesma receita: a concentração de poder econômico no governo. Trata-se de uma receita fracassada, como comprova a Venezuela de Chávez. Mas, apesar do discurso eleitoreiro, o fato é que até parte do PT já entendeu isso, o que explica as várias concessões ao setor privado feitas no governo Lula.
A recém-nascida OGX, de Eike Batista, já vale a quinta parte da Petrobras, que perdeu mais de 30% de seu valor este ano. É o custo político afetando milhares de investidores que apostaram na estatal por meio do FGTS, por exemplo. Enquanto isso, o presidente da empresa parece mais preocupado em fazer campanha eleitoral, deixando transparecer a apropriação partidária da estatal. Os petistas levaram a sério o slogan “o petróleo é nosso”. O povo, entrementes, paga um dos preços mais altos do mundo pelo combustível.
Privatizar não é pecado; ao contrário, é crucial para uma economia dinâmica e moderna, liberando o Estado para focar em suas funções precípuas. O mal do PSDB não é ser privatista, mas ser pouco privatista!
segunda-feira, outubro 18, 2010
Dica de leitura
Uma vez que o PT resolveu apelar novamente para a tática de "acusar" os tucanos de privatistas, o livro A Guerra das Privatizações, de Ney Carvalho, passa a ser uma leitura essencial para aqueles que buscam a verdade dos fatos. O livro mostra com enorme riqueza de detalhes os embates da década de 1990 pela venda das estatais, deixando claro quem é quem na luta pelo progresso, e contra ele. Se fosse pelo PT, ainda estaríamos na era dos "orelhões". E o livro coloca em evidência os verdadeiros motivos pelos quais essa turma defendia a manutenção do status quo, ou seja, das empresas ineficientes nas mãos do Estado, prejudicando os consumidores e os pagadores de impostos.
Frase da semana
"As resistências à privatização provêm de várias fontes, valendo mencionar o corporativismo burocrático (que receia a perda de poder político e de mordomias funcionais), o socialismo residual, que se apega nostalgicamente ao mito do Estado provedor; e o nacionalismo, que exagera o valor das riquezas naturais e confunde controle estratégico com gerência governamental." (Roberto Campos)
domingo, outubro 17, 2010
Debate na RedeTV!
A Dilma é tão ruim, mas tão ruim, que consegue fazer o Serra parecer bom! Quem vota em Dilma é tapado ou safado, sem outra alternativa.
sábado, outubro 16, 2010
Profetas do Passado
Um dos "argumentos" que os petistas usam para atacar a privatização da Vale, já que não podem falar de sua atual eficiência e sucesso, é alegar que o governo FHC "entregou" a empresa. Esse artigo, de 2006, coloca abaixo essa falácia. Mais uma, que os petralhas usam na tática pérfida eleitoreira. Na verdade, os petralhas sonham com a possibilidade de ter a Vale como mais uma gigantesca fonte de recursos para pilhagem partidária. Apenas isso.
Rodrigo Constantino
Preciso contratar um petista como administrador de recursos! Qualquer um serve. Afinal, os petistas devem ser excelentes gestores. Não estou me calcando apenas na estupenda performance de Lulinha, o filho do presidente Lula que ficou milionário da noite para o dia, através da compra pela Telemar de sua empresa de jogos, a Gamecorp. Também não estou focando somente no brilhante desempenho do patrimônio do próprio Lula durante seu mandato, levando o “pai dos pobres” a ficar praticamente milionário. Tampouco penso no churrasqueiro que levanta milhões para a compra de dossiês. Não é nada disso! Tenho em mente o rebanho todo de petistas, que repete em uníssono que a Companhia Vale do Rio Doce foi vendida a preço de banana, praticamente entregue de graça pelo governo. Eles é que me despertam tanto interesse pela contratação de algum petista, qualquer um, para gestão de recursos. Explico.
O único “argumento” que a turma retrógrada, que ainda acha que o Estado deve ser empresário, utiliza, é que a CVRD vale uns R$ 100 bilhões hoje, enquanto foi vendida por US$ 3,34 bilhões em 1997. Como diria Jack, o estripador, vamos por partes: em primeiro lugar, o governo vendeu 42% do capital votante por este valor para a CSN, o que avaliava a empresa toda em mais de R$ 12 bilhões, com um ágio de quase US$ 600 milhões em relação ao preço mínimo; em segundo lugar, tratava-se de um leilão, que incluía a participação de várias empresas estrangeiras, como Anglo American, Nippon Steel, Kawasaki, Kobe, Mitsubishi, Alcoa etc. Ou seja, qualquer empresa poderia ter participado, e pago mais para levar um ativo que, segundo os petistas “especialistas”, estava de graça. Por que não fizeram? Alguma conspiração mundial?
Fora isso, a Vale tinha ações negociadas na bolsa de valores, com milhares de investidores do mundo todo comprando e vendendo diariamente, determinando o valor de mercado da empresa. Durante o primeiro semestre de 1997, esse valor oscilou em torno de R$ 10 bilhões. Em outras palavras, qualquer um, até mesmo um petista, poderia ter comprado ações da Vale por um preço abaixo daquele pago pela CSN. Fica a questão: se tal valor estava “de graça”, por que diabos os petistas não estão todos milionários hoje? Será que petistas, logo eles, não gostam de dinheiro? Um investimento nesta época nas ações da Vale teria multiplicado o capital por cerca de 20 vezes! Qualquer petista que levantasse algo como R$ 50 mil poderia estar hoje milionário! Com o benefício da retrospectiva, fica bem fácil acertar. Mas se de fato, na ocasião, os petistas sabiam do futuro da Vale, e que ela valeria mais de R$ 100 bilhões em 2006, precisam explicar porque não estão todos ricos, mesmo sem “mensalão”, cargos de confiança bem remunerados para camaradas ou “solidariedade” de empresas como a Telemar.
Os petistas ignoram que o lucro da Vale estatal oscilava em torno dos R$ 500 milhões por ano. Hoje, esse lucro passa dos R$ 10 bilhões! Só de imposto de renda, a Vale pagou mais de R$ 2 bilhões em 2005. Será que essa diferença de performance não explica também a diferença no valor de mercado da empresa hoje e nos tempos de estatal? Entre os motivos desse exponencial aumento do lucro está o cenário global, com a China comprando minério de ferro adoidado, puxando o preço em mais de 70% para cima em um único ano! Será que os “clarividentes” petistas já sabiam disso também, lá em 1997? Além disso, o desempenho deve-se muito à gestão privada, infinitamente mais eficiente que a estatal. Os ganhos de produtividade são evidentes, o foco no retorno sobre capital investido é total, a remuneração de acordo com a meritocracia é um forte incentivo, enfim, a transformação da empresa de estatal para privada é boa parte da explicação desse enorme aumento em seu valor de mercado. Os petistas fingem não ver nada disso, e repetem apenas que o “patrimônio nacional” foi entregue para capitalistas exploradores.
Em resumo, o presidente Lula trouxe ao “debate” o tema da privatização, como se vender estatais paquidérmicas, verdadeiros cabides de emprego para colegas, fosse atestado de pacto com o diabo. Claro, Lula pretende fazer terrorismo de Alckmin frente aos nacionalistas xenófobos, que realmente acreditam que o petróleo é deles (se ele é nosso, eu quero minha parte!). Quer conquistar a esquerda jurássica, que apoiava Heloísa Helena. E seus seguidores fiéis, autômatos, partem logo para a repetição de chavões sem reflexão alguma. Nesse contexto é que escutamos estultices como as que condenam privatizações que tanto fizeram para melhorar o país. São quase 100 milhões de celulares hoje! Antes, uma linha fixa analógica custava uma fortuna e demorava meses para ser instalada. Imagina ter ainda Usiminas, CSN, Embraer, Telebrás, Embratel, Vale, Banespa, Banerj, as ferrovias, tudo estatal, usadas como veículos políticos pelo PT, que aparelhou o Estado de forma assustadora! Muitos cargos para distribuir entre camaradas, muito dinheiro para usar com “mensalão” e compra de dossiês. O sonho dos petistas, dos parasitas. O pesadelo dos consumidores e pagadores de impostos.
Mas de volta ao começo, quero contratar um petista como gestor de portfolio! Todos os dias, milhares de investidores, totalmente focados nisso, digladiam-se para obter boas oportunidades de investimentos. Não existe almoço grátis. Os riscos são reais, qualquer aposta pode fracassar, o futuro é incerto. Mas isso é a realidade dos mortais comuns. Não dos petistas! Esses sim, sabem o futuro! Lá em 1997, quando a Vale foi privatizada através de um leilão aberto com a presença de várias multinacionais, os petistas já tinham convicção de que o preço era irrisório, uma verdadeira pechincha. Resta entender porque os profetas do passado não estão ricos. Ao menos não pelas vias legais...
sexta-feira, outubro 15, 2010
MST está com Dilma
SÃO PAULO - O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a Via Campesina, grupo que reúne os movimentos sociais do país, declararam apoio à candidata Dilma Rousseff (PT). Os sem-terra publicaram nesta sexta-feira um manifesto em que pedem voto para a petista. Lideranças do movimento também participam agora de um ato pró-Dilma realizado pela Força Sindical, em São Paulo.
Faça como aqueles que invadem propriedade privada, pilham, destroem laboratórios e máquinas, usam violência contra inocentes, defendem o atraso, e vote em Dilma também! Ou, se não quiser andar em companhia tão "ilustre", vote 45 no dia 31.
A Locomotiva do Crescimento
Dando continuidade ao resgate de artigos antigos sobre privatização, para derrubar a tática eleitoreira do PT neste segundo turno, segue um texto de 2006 sobre o caso escandaloso das ferrovias no Brasil. A ideologia de um Estado-empresário é absurdamente retrógrada, e é isso que o PT está defendendo para o país: o atraso!
Rodrigo Constantino
A história das ferrovias no Brasil começou com Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, empreendedor de visão que conseguiu uma concessão de Dom Pedro II para a construção e exploração do primeiro trecho de interligação ferroviária do país. Isso ocorreu em 1854, e desde então o setor viveu momentos de altos e baixos. A exportação de café foi fator determinante no surgimento de outras ferrovias, sempre cruciais para o escoamento dos produtos para o mercado internacional. Sem uma infraestrutura decente e uma logística de ponta, país algum é competitivo no mundo globalizado.
Os grandes problemas do setor começaram na era Vargas, que decretou medidas intervencionistas, como o controle de tarifas e a taxação da importação de trilhos. Junto com isso, o crash da Bolsa de NY, amplificado pelas trapalhadas do governo de lá, representou um duro golpe no setor. Para piorar a situação, o Plano Nacional de Viação, de 1944, lançava as ferrovias em uma concorrência desleal e artificial, bancada pelo Estado, que apostava pesado no transporte rodoviário, mais ineficiente. Em 1957, começaria a funcionar a Rede Ferroviária Federal, com a incorporação de 22 estradas de ferro em péssimo estado. Parece justo o título de “pai dos pobres” para Vargas, tamanha a quantidade de pobres que seu populismo pariu.
A malha ferroviária nacional foi reduzida de 37 mil para 29 mil quilômetros, tendo sido concedidos quase a totalidade deles, por meio de leilões realizados a partir de 1996, para concessão à iniciativa privada. Mesmo em condição precária, com boa parte sendo pouco mais que sucata, começava a surgir uma luz no fim do túnel, restando ainda os obstáculos criados pelo próprio governo. Mas bastou tirar a administração dessas ferrovias do Estado e passá-la para o setor privado, que a melhora foi dramática. Os acidentes caíram cerca de 60% desde então, enquanto o volume de carga transportada cresceu 34% de 1997 até 2003. A performance das empresas ferroviárias gerou uma arrecadação de R$ 2 bilhões para o Governo federal no mesmo período, enquanto nos 10 anos que antecederam a desestatização, o setor acumulou um déficit para os cofres públicos de quase R$ 4 bilhões. Foram investidos cerca de R$ 6 bilhões desde 1997, e as perspectivas futuras são ainda mais promissoras.
A fatia de mercado das ferrovias ainda é muito baixa no Brasil, se comparado ao restante do mundo, justamente pelas distorções causadas pela intervenção estatal. Em 2003, as ferrovias detinham apenas 24% do mercado, e espera-se que cheguem a 30% até 2008. Esse meio de transporte de carga costuma ser, se bem administrado, bem mais competitivo que o rodoviário, principalmente para longas distâncias, como no caso brasileiro. As empresas têm investido bastante na qualificação dos seus empregados, assim como em tecnologia. Elas vem comprando locomotivas usadas dos Estados Unidos para serem reformadas aqui, já que a falta de escala e os impostos elevados tornam proibitiva a produção nacional.
Soluções criativas de mercado têm surgido, como a parceria com clientes, que compram os vagões e fecham contratos de longo prazo para transporte cativo. Estima-se que o país acabe 2010 com 100 mil vagões, contra 70 mil atualmente. A ANTF, Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, acredita que os custos logísticos devam cair R$ 10 bilhões até 2008, por conta dessas iniciativas privadas. Isso é ganho de competitividade dos clientes, significando mais receita para eles. A busca do lucro é uma força propulsora sem igual, impulsionando todos a melhor atenderem seus clientes.
A logística é fundamental para a sobrevivência de uma nação. Boa parte do nosso crescimento recente deve-se às exportações, principalmente de grãos, minérios e metais. As ferrovias são peça-chave na competitividade das empresas nacionais. No Brasil, há ainda enormes gargalos nessa área, causados pelo excesso de interferência estatal. Para que o setor ferroviário cumpra seu papel, literalmente o de locomotiva para o crescimento da economia, é crucial que o governo deixe o setor privado o mais livre possível.
O Poder das Idéias - Lançamento
Vídeo editado do lançamento do livro "O Poder das Idéias", sobre Mises, do qual sou um dos autores. O lançamento foi em São Paulo, e contou com a presença de Índio da Costa.
O PT e as estatais
Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
O PT sempre se colocou publicamente contrário às privatizações. Participou ativamente de manifestações – algumas violentas –, contra as principais vendas de estatais durante os governos Collor e FHC. Em campanha contra Serra, os petistas usam novamente a tática de “acusar” os tucanos de privatistas. Agora que o PT é governo por oito anos, sabemos os verdadeiros motivadores desta postura retrógrada. Os petistas aprovam a privatização das estatais, mas uma privatização diferente: a apropriação partidária das empresas.
O caso da Petrobras é sintomático. O presidente da maior estatal do país, José Sérgio Gabrielli, partiu publicamente para a campanha eleitoral a favor de Dilma. E ainda fez isso inventando coisas, afirmando que FHC pretendia privatizar a Petrobras. O PSDB deve entrar na Justiça contra o PT pelo engajamento político de Gabrielli. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou que o PT “faz confusão entre o que é público e privado desde que a campanha começou”. Os petistas tratam a Petrobras como propriedade privada deles. Eles levam a sério o slogan “o petróleo é nosso”.
A privatização da Vale, estrondoso sucesso por qualquer ângulo analisado, representa um caso que os petistas nunca digeriram direito. Compreende-se os motivos: que teta gigantesca eles perderam! E, segundo declarou o próprio presidente da empresa, Roger Agnelli, os petistas não desistiram de recuperá-la: “Tem muita gente procurando cadeira, essa é a realidade. E normalmente é a turma do PT”. Qual a novidade? Os petistas adoram as estatais.
Enquanto isso, hoje está estampado na capa do jornal Valor Econômico: “’Novas’ estatais já têm R$ 24 bi”. O governo federal criou novas estatais e até ressuscitou antigas, como a holding Telebrás, aportando dinheiro dos “contribuintes” nelas. As cartas e encomendas chegam atrasadas pelos Correios, mas os petistas têm fome: precisam de novas tetas para mamar. Erenice Guerra e seus familiares perderam seus empregos, mas e os demais petistas e seus apaniguados? Não podem ficar sem emprego! E as estatais, para essa turma, sempre representaram exatamente isso: fonte de empreguismo e fisiologismo.
Agora todos sabem por que os petistas são contra a privatização.