Janer Cristaldo, Folha de SP
Ao não cortar relações diplomáticas com o Irã, em 1989, quando o aiatolá Khomeini decretou uma fatwa condenando Salman Rushdie à morte pela publicação de "Versos Satânicos", os países europeus perderam uma oportunidade única de evitar os conflitos hoje provocados pelos muçulmanos na Ásia, Oriente Médio e Ocidente.
Do alto de seus minaretes, o aiatolá condenou um estrangeiro, residente em país estrangeiro, por um ato cometido no estrangeiro e que no estrangeiro não constitui crime. Khomeini legislou urbi et orbi e o islã pegou gosto pela abrangência de sua jurisdição.
Se migrantes de todos os quadrantes normalmente se adaptam à cultura europeia, há um imigrante particular que não só causa problemas na Europa como quer dominá-la culturalmente. São muçulmanos, que querem instituir no continente suas práticas, muitas vezes tipificadas como crime nas legislações nacionais.
Uma é a excisão do clitóris e infibulação da vagina. Médicos europeus chegaram a propor um pequeno corte simbólico no clitóris, para aplacar a misoginia islâmica. Outra é o véu. Na Itália, migrantes árabes pretenderam que mulheres tirassem documentos de identidade... veladas.
Muçulmanos têm grande dificuldade para aceitar as leis dos países que os acolhem. Em plena Espanha, há tribunais islâmicos clandestinos. A primeira corte ilegal, descoberta na Catalunha, operava como em um país muçulmano, com a aplicação do rigor da sharia. O tribunal foi revelado em dezembro de 2009, quando a Justiça da região de Tarragona indiciou dez imigrantes por liderar uma corte que teria sentenciado à morte uma mulher muçulmana.
Na Grã-Bretanha, a sharia começa a ser usada para resolver disputas familiares e pequenas causas. O primeiro tribunal foi identificado em 2008, mas opera desde 2007. Na Escandinávia, um muçulmano, junto com seus filhos, executou uma filha porque esta tinha relações antes do casamento com um sueco. Não foi preciso tribunal algum. A família se erigiu em tribunal. Há muitos outros casos pela Europa.
A Europa é leniente. Em 2007, a juíza Christa Datz-Winter, de Frankfurt, negou o pedido de divórcio feito por uma mulher muçulmana que se queixava da violência do marido. A juíza declarou que os dois vieram de um "ambiente cultural marroquino em que não é incomum um homem exercer um direito de castigo corporal sobre sua esposa". Quando a mulher protestou, Datz-Winter citou uma passagem do Corão: porque "os homens são encarregados das mulheres".
Na Finlândia, imigrantes somalis protestam por seus filhos estarem sendo educados por professoras. Porque um jovem macho somali não dirige a palavra a uma mulher.
Na Suécia, que nos anos 1970 gozou a fama de paraíso do amor livre, o atual número de estupros per capita coloca o país apenas abaixo do Lesotho, na África. De lá para cá, o país foi invadido por muçulmanos. Segundo Ann-Christine Hjelm, advogada que investiga crimes na Suprema Corte sueca, 85% dos estupradores condenados no tribunal nasceram em solo estrangeiro ou são filhos de pais estrangeiros.
Em 2004, os jornais nórdicos noticiaram que um mufti chamado Shahid Mehdi declarou em Copenhague que mulheres que não portam véus estão "pedindo para serem estupradas". Para estes senhores, uma mulher sueca independente é apenas uma "puta sueca".
Mas, claro, não se pode estuprar uma árabe. Entrevistado pelo "Dagens Nyheter", principal periódico sueco, Hamid, membro de uma gangue de violadores, justificou: "A sueca recebe um monte de ajuda depois, além disso ela já transou antes. Mas a árabe tem problemas com sua família. Para ela, é uma grande vergonha ser violentada. Para ela, é importante ser virgem ao casar".
No Reino Unido, França e Espanha, muçulmanos lutam contra a presença de cães nas cidades. Porque o profeta não gostava de cães.
Os atuais distúrbios em função de um filmeco americano sobre Maomé, que não fere lei alguma no Ocidente, refletem a leniência com que a Europa tem tratado os muçulmanos. O islã quer determinar que tipo de arte o Ocidente pode produzir. Já condenaram Rushdie à morte. O tradutor de "Versos Satânicos" para japonês foi assassinado. Sobreviveram os tradutores ao italiano, esfaqueado, ao norueguês, baleado, e o editor turco, que se hospedou em um hotel que foi incendiado.
Em 2004, o cineasta Theo Van Gogh foi assassinado em Amsterdã por ter dirigido "Submissão", filme sobre a situação da mulher nas sociedades islâmicas.
Como boi que ruma ao matadouro, a Europa está se rendendo às aiatolices de fanáticos que ainda vivem na Idade Média. Já se fala em uma "Eurábia" daqui a 50 anos. Ainda bem que não estarei lá para testemunhar a morte de uma cultura que tanto amo.
Rodrigo
ResponderExcluirSe a moda pega aqui no brasil( e parece que já pegou: censura ao filme por exemplo) as escolas de samba vão ter desfiles com burca que não serão fantasias....
Sei não... parece-me que se está vivendo a idade das trevas ou uma santa inquisição (mulçumana) do século 21....
Tristíssimo...não há multiculturalismo que justifique as barbaridades cometidas e a omissão das autoridades responsáveis por coibir tais práticas. Como já expressei antes, não vejo a expressão 'multiculturalismo' como necessariamente uma posição de total relativismo; mas os casos relatados no artigo são estupidez pura.
ResponderExcluirESSE O PERIGO. FANATISMO E EXTREMISMO NÃO TÊM RACIONALIDADE. ALAH IL ALAH UIL MOHAMED RASZURL ALAH!
ResponderExcluirNão tenho ilusões sobre o Egito, eles, os “revolucionários”, não mudaram, o ocidente é que ficou boçal. É o esquerdismo militante no mundo dando as cartas. E SOBRE A INGENUIDADE DOS AMERICANOS? ACHAR QUE ELEGER UM PRESIDENTE ISLAMICO IRIA MELHORAR SEU RELACIONAMENTO COM O MUNDO ISLÁMICO. DEU-LHES LUZ VERDE, DEU-LHES FORÇA. ENTRE A INOCÊNCIA E O ESQUERDISMO ESTÃO CRIANDO FORÇAS QUE LEVARÃO O OCIDENTE AO QUE O OCIDENTE NÃO QUER: CONFRONTAÇÃO COM O ISLÃ.
O problema é que muçulmanos estão ganhando força na Europa e nos EUA.... Os muçulmanos estão conseguindo "subjugar" os estados democráticos. Espero que a moda de cidades privadas, pegue..... Só assim, para existir um pouco de liberdade.
ResponderExcluirRodrigo,
ResponderExcluirNão sou tão pessimista. Acredito no movimento pendular: em algum momento a maioria silenciosa se fará ouvir e a maré será controlada. Só espero que isso ocorra mais ou menos espontaneamente e não inspirado por um líder carismático. Os alemães (e o mundo) que o digam!
Infelizmente, como já disseram, a Europa, morreu.... Ela estava em decadência desde 1970. Agora, esta claro. Passaremos por uma nova "era das trevas". A Era das trevas Muçulmana. As mulheres perderão toda a igualdade, eu não poderei nem mais me dizer "ateu" em público....
ResponderExcluirAo anonimo que falou em "cidades privadas", eu certamente não apoio isto de "acabar com o estado e privatizar tudo"(prefiro um governo mínimo) mas sem sombras de dúvida, este "neo feudalismo" é infinitamente menos pior que uma teocracia muçulmana.
Não há multiculturalismo no mundo, que justifique os abusos cometidos nos países muçulmanos. Estes esquerdistas são ridículos. Criticam o "consumismo" como se fosse o maior mal do mundo, mas não abrem a boca para falar da submissão feminina no Islã. Dizem que os EUA praticam "imposição cultural", por simplesmente vender filmes para quem quer comprar, mas não reclamam dos Muçulmanos, quererem impor seus costumes usando a força, no resto do mundo.
Sobre esse tema, concordo com o que diz esse cara:
ResponderExcluirhttp://youtu.be/l9v4t59aPpk
Já passou da hora de alguém controlar essas bestas feras. A humanidade não quer mais conviver com essa boçalidade.
Nós estamos abrindo mão de um valor nosso(liberdade de crença,pensamento,expressão)em favor de um valor deles(a sacralidade do Islã)Isso vai acabar mal,quando acordarmos será tarde.
ResponderExcluirEsta questão do fanatismo religioso muçulmano não nos remete a Torquemada e Cia ?
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