Rodrigo
Constantino
O
economista Antonio Delfim Netto escreveu um artigo realmente abjeto hoje na
Folha, uma defesa patética ao ex-presidente Lula. Para o velho “czar” da
economia brasileira, a “mídia” virou um partido político com poder abusivo,
tudo isso porque expõe os fatos sobre o julgamento do mensalão que, ainda para
Delfim, envolve o PSDB também, em processo da mesma natureza (o que é mentira).
Depois,
Delfim cita um parágrafo da Constituição com o claro intuito de alerta quanto a
uma ameaça velada à liberdade de imprensa, lembrando que o dispositivo previne
que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser
objeto de monopólio ou oligopólio”.
Refresca
a memória desses que insistem em divulgar os dados sobre o julgamento, que o
Congresso tem poder para instituir o Conselho de Comunicação Social, ou seja,
censura velada. Para Delfim, esses dois dispositivos “suficientemente vagos”
podem acabar criando “problemas muito delicados no futuro”. Eis a sutileza de um
elefante em uma loja de porcelanas tentando fazer uma ameaça aos meios de
comunicação.
Mas
isso não é o pior! No final, Delfim acusa de maliciosa a tentativa da oposição
de, no calor das eleições, tentar destruir, “com aleivosias genéricas, a imagem
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ignorando o grande avanço social e
econômico por ele produzido com a inserção social, o fortalecimento das
instituições, a redução das desigualdades e a superação dos constrangimentos
externos que sempre prejudicaram o nosso desenvolvimento”.
Como
é que é?! Em que mundo esse senhor vive? Teria Delfim ficado gagá de vez, ou recebeu
algum tipo de incentivo forte o suficiente para reproduzir tanta falsidade? Em
primeiro lugar, mesmo que o legado
econômico-social fosse positivo, isso em hipótese alguma seria salvo-conduto
para crimes e corrupção. Os fins não justificam os meios. Até hoje há quem
defenda a mais longa e cruel ditadura do continente com base nesse argumento de
“avanço social”, que nem verdade é.
Mas
para piorar, o que Lula fez foi apenas surfar a onda chinesa com uma sorte
ímpar. O vento positivo veio de fora! E somente um louco (ou um vendido) diria
que Lula ajudou a fortalecer nossas instituições. Ele quase as destruiu por
completo! O aparelhamento foi enorme, e Lula jamais soube diferenciar partido
de governo e este de estado.
Parece
que Delfim deixou passar o momento de sua aposentadoria mesmo. Não bastasse
culpar o chuchu pela inflação e tantas baboseiras econômicas defendidas há
décadas, o nosso Sarney da economia não se emenda: continua um eterno bajulador
dos poderosos, tudo em nome do “puder”. Que lixo!
não foi apenas a onda chinesa. mais de 18 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza de 2002-2010, não é pouco. Os estudos sobre o fenômeno atrubuem isso à política de salário mínimo e aos programas de distribuição de renda. Os resultados foram tão positivos que o principal partido da oposição prometeu ampliar e manter essas conquistas. mas claro que isso não é salvo-conduto para a corrupção. é preciso no entanto analisar a melhora nas formas de combate à corrupção durante o governo lula. tanto que estamos vendo um julgamento do mensalão , enquanto que o processo de corrupçao das privatizações, do banestado e enfim, da privataria tucana, não foram sequer levados à corte.
ResponderExcluirO Sr.Diogo Bardal está absolutamente certo. Nada de privataria, pois cabe ao Estado o controle e a decisão sobre todos e sobre tudo. Mas é necessário que se mantenha a justiça e a coerência. Todas as empresas devem pertencer ao Estado e este deve produzir riqueza, pois sabemos o quanto ele é capaz de realizá-la. Quando todos estivermos sob o guarda chuva protetor do Estado, como aconteceu na URSS, aí poderemos afirmar que chegamos ao paraíso. Não se precisará muro algum para que ninguém fuja, pois que, fugir do paraíso para onde? Estará definitivamente assegurada a igualdade social. Há muitos anos ouvi dizer que Delfim era um fabiano. Agora tenho certeza de que ele realmente é.
ResponderExcluirNa mosca Rodrigo! O Delfim deixou distorções graves na Economia Brasileira (endividamento e inchaço do Estado)desde o Milagre. Durante sua segunda gestão ele quebrou o país. Sempre do lado dos poderosos. De maior apoiador do AI-5 para o colo do Lula. Que trajetória!!!! Economista estatizante e autoritário, além de monstro moral... Ótimo artigo
ResponderExcluirDesconhecíamos o verdadeiro Delfim Neto porque não havia liberdade de imprensa e as idéias não eram discutidas e ele não podia se mostrar então o que ele verdadeiramente é.
ResponderExcluirQuando na Faculdade de economia na Vila Buarque SP eu assisti o debate dele com o Singer do PC e me pareceu que ele era uma opção. Hoje graças a blogs como este, vemos que ele era um keynesiano e por isso se adaptou bem aos militares fascistas. E por isso se adapta bem aos petistas que são a mesma coisa mais a falta de caráter, partido MENTIROSO, TRAIÇOEIRO e outras qualidades... cinismo, desfaçatez. Ladrão.
Parodiando: O diabo ficou mau porque é velho
Vocês esqueceram? Foi ele quem sabatinou, compondo a banca da USP, o Doutor golpista Aluízio Mercadante, dando-lhe aval. Esperam o quê?
ResponderExcluirHá muito Delfim e Mailson da Nóbrega vem escrevendo artigos babões e despropositados.
O dinheiro realmente define um homem.
Rodrigo, se você me permite parodiá-lo, acho que vou até ali tomar um Engove; a náusea me bateu!
Interessante, gostaria de saber a quem ofendi ao simplesmente expressar minha opinião...ah, não disse que Lula é o anticristo. Se for isso mesmo, uma regra do site (jamais pronunciar quanto a Lula sem demonizá-lo), então que se diga claramente...porque não ofendi ninguém e vc sabe bem disso.
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