Fonte: Veja |
No Manhattan Conection deste domingo, falando sobre o prefeito Michael Bloomberg, Caio Blinder saiu em defesa do conceito de estado-babá, aquele que olha por nós, que cuida de cada cidadão como se uma criança indefesa ele fosse. Como exemplo, em tom jocoso, Caio disse que sem essa tutela o Diogo Mainardi ficaria o dia inteiro em frente a televisão, e Ricardo Amorim passaria o dia todo no celular.
Brincadeira (sem graça) à parte, o assunto é muito sério. Até porque vivemos na era do estado-babá, onde este se mete cada vez mais em nossas vidas, partindo exatamente dessa premissa absurda de que, sem sua tutela, seríamos um bando de irresponsáveis. Nos casos citados por Caio Blinder, fica evidente que os únicos prejudicados seriam os próprios envolvidos. O que Caio ou Bloomberg teriam com isso é algo que me escapa.
Uma leitura imperdível sobre o tema é O Estado Babá, de David Harsanyi. O autor faz um levantamento minucioso das atrocidades legislativas nos Estados Unidos com base nessa premissa de que cabe ao governo cuidar dos mínimos detalhes de nossas vidas. Escrevi uma resenha para a revista do Instituto Liberal, e recomendo fortemente a leitura do livro na íntegra. Aliás, precisamos de um livro desses sobre a nossa realidade brasileira. Receio apenas que seria um calhamaço de fazer inveja a Tolstoi.
No meu texto, escrevo:
Babás são presunçosos, e acreditam que sabem melhor que os outros como a vida deve ser vivida. Eles partem da premissa arrogante de que conhecem as escolhas “certas”. São moralistas autoritários, que desejam impor seu estilo de vida aos demais. Viver é assumir riscos, mas os covardes babás querem uma vida totalmente segura (e sem graça), e pior, querem obrigar os outros a desejar o mesmo.
Confesso que me veio à mente agora a imagem de Caio Blinder, como ícone dessa vida "segura", protegida de riscos e aventuras. E sim, também chata, insossa, sem graça. Mas como liberal, respeito o direito de cada um buscar seu próprio estilo. Acho absolutamente legítimo Caio Blinder desejar uma babá. Só não entendo porque ele simplesmente não contrata uma para ele, pagando de seu próprio bolso pela tutela que tanto anseia, e deixa seus colegas em paz, um diante da TV, e o outro do celular. Todos seriam mais felizes assim, não?
Se fosse para todos serem mais ou menos iguais, clones de Caio Blinder, não só o mundo seria um lugar mais entediante, como tenho certeza de que o programa liderado por Lucas Mendes não teria audiência alguma...
O Caio está parecido com o Ricardo Setti, fazendo um gênero progressista envergonhado. Adora falar mal dos republicanos. Deveria ir morar em Detroit, lá seus semelhantes em pensamento destruíram a cidade.
ResponderExcluirDeveria lavar a boca ao falar do Mainardi. Sujeito insonso e muito chato.
Embora seja apenas a tua opinião, valeu pelo tapa de luva. Perfeito!
ResponderExcluirSe não houvessem divergências, estaríamos, ainda, na idade da pedra. Não digo lascada, mas já apresentando algum polimento.