Nelson Motta, em seu artigo de hoje no GLOBO, capturou em um parágrafo o momento bizarro que vivemos:
Estamos vivendo dias de espanto, com Renan Calheiros se tornando o paladino das forças do bem, ávidas para atender prontamente as reivindicações populares, mesmo cortando na carne do Senado, e com o apoio de Sarney! Estamos dependendo da independência, da grandeza, da integridade e do espírito público do PMDB de Henrique Alves e Eduardo Cunha para evitar desastres armados pelos estrategistas do Planalto e apoiados pelo PT e o PCdoB, como o plebiscito de araque. Que fase!
Eu tenho argumentado que o PMDB, com todos os seus inúmeros defeitos fisiológicos, que impedem que o Brasil avance mais rápido, também impede que ele vire uma grande Argentina. Depender dos políticos do PMDB como freio às investidas autoritárias do PT é realmente espantoso. Mas é o jeito. Que fase!
Volto a Nelson Motta para encerrar:
Mas o presidente do PT atribui as dificuldades do governo a falhas de comunicação, como se o governo não gastasse mais de um bilhão de reais por ano em triunfais campanhas publicitárias de João Santana vendendo o Brasil Maravilha de Lula e Dilma. Pelo contrário, o governo é vítima de seu excesso de comunicação, contrastado fragorosamente pela realidade das ruas.
Pessoalmente nunca deixei de considerar o PMDB como um fator moderador democrático. Podem ser ladrões mas não são burros a ponto de dar um tiro no pé. Porém esse ajuntamento de partidos de esquerda além de serem ladrões são capazes disso: se auto suicidarem!
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