terça-feira, fevereiro 27, 2007

O Prego do Olavo


Rodrigo Constantino

"If the only tool you have is a hammer, you tend to see every problem as a nail." (Abraham Maslow)

Após minha "cruzada" contra o fanatismo religioso, o "filósofo" Olavo de Carvalho adotou uma postura totalmente lamentável, preferindo me atacar de tudo que é jeito, inclusive os mais pérfidos e desonestos. Não ligo. A sua completa falta de caráter, que ficou clara durante os "debates", me convenceu finalmente da sua total insignificância. Mas creio que ainda é útil citar seu nome para uma análise sintomática do que pode ocorrer quando a fé religiosa fala mais alto que a racionalidade. Não faria isso caso achasse que a confusão que fazem entre esses conservadores religiosos e os verdadeiros liberais não faz mal para a causa liberal. Faz, e muito.

Antes, é preciso lembrar que Olavo, um grande ícone desse conservadorismo fanático, já foi um comunista fanático. Ou seja, trocou de deus, mas não de fanatismo, tampouco de modus operandi. Para aquele que possui apenas um martelo, tudo lhe parece um prego, como afirma a epígrafe acima. E Olavo enxerga seu prego, o comunismo, em tudo. James Forrestal, que foi Secretário de Defesa dos Estados Unidos durante a Guerra Fria e um ferrenho anti-comunista, acabou tendo um colapso nervoso e foi internado num hospital. Como tudo indica, cometeu suicídio depois, pulando da janela. Dizem que ele via comunista em todo lugar, e sentia-se constantemente perseguido. De fato, o comunismo era – e ainda é – um perigo real. Não acho que devemos dar como certa a morte dessa ideologia monstro que carrega tantos cadáveres nas costas. Muitos ainda defendem tamanha barbárie. Mas lembro do caso para reforçar a tese de que paranóicos costumam olhar para qualquer lugar e ver apenas a mesma coisa. Lado a lado com a paranóia estão as teorias de conspiração, justamente porque oferecem ao paranóico uma "explicação" simplista de um mundo complexo, e ele pode assim ver seu fantasma como causa de tudo ruim que ocorre no mundo. Até eu, um ferrenho crítico do socialismo, fui acusado de esquerdista na comunidade de Olavo, apenas por ser ateu. Olavo adora uma teoria conspiratória, e tanto absurdo acaba ofuscando o que tem de decente no meio.

Bill Clinton, que tem um viés mais esquerdista para o padrão americano, mas seria tachado de liberal pelo critério brasileiro, já foi acusado de ser uma espécie de agente comunista infiltrado nos Estados Unidos para ajudar o governo chinês. As "evidências" apresentadas não poderiam ser mais fracas. O que será que Olavo tem a dizer do conservador Bush, que agora propõe um acordo com a Coréia do Norte ainda mais vantajoso que o proposto por Clinton? Seria agora o tão comum pragmatismo político? Ou será que Bush também "avermelhou" e está sendo financiado pelo PCC? Fico imaginando o que Olavo e sua turma estariam falando se fosse Bill Clinton a oferecer tal acordo. Conspiração é assim: qualquer coisa, por mais boba que seja, é quase uma prova irrefutável de que os fantasmas estão arquitetando um golpe mundial.

Mas esta longa introdução foi apenas para chegar ao ponto que segue. No meio de um desses "debates" com Olavo, na comunidade do Orkut que leva seu nome, ele pediu que eu apontasse ateus mais bondosos que santos. Meu exemplo foi Bill Gates, um ateu que fez um bem enorme para a humanidade, principalmente enquanto acumulava sua fortuna, já que ela foi fruto de trocas voluntárias que geraram muita riqueza para seus consumidores. Eu afirmei que Bill Gates fez mais pelo mundo do que todos os membros da comunidade rezando juntos para deus. Não custa lembrar ainda de suas bilionárias doações, ou o fato dele ser o maior financiador das pesquisas pela cura da malária. Mas eis a resposta que Olavo de Carvalho me deu:

"Para variar, você está errado. Tudo o que Bill Gates fez foi encher o cu de dinheiro usando as técnicas inventadas por Tim Berners-Lee, um católico que as criou com a intenção explícita de dar à humanidade um meio de resistir aos dominadores globalistas ateus. Quanto aos atos de suposta benemerência de Bill Gates, são praticamente todos em favor da ONU e sua rede de ONGs -- é o globalismo ajudando o globalismo. O lobo ajudando o lobo."

Creio que sequer seja necessário comentar uma coisa dessas. Mas farei mesmo assim. Em primeiro lugar, Tim Berners-Lee não era católico. Vejamos o que ele mesmo diz: "I had a religious upbringing which I rejected as a teenager: in my case it was a protestant Christian (Church of England) upbringing. I rejected it just after being "confirmed" and told how essential it was to believe in all kinds of unbelievable things". Ele retornou à religiosidade após ter filhos, mas para algo chamado Unitarian Universalists. Eis o que o próprio diz sobre sua nova religião: "Unitarian Universalists are people who are concerned about all the things which your favorite religion is concerned about, but allow or even require their belief to be compatible with reason. They are hugely tolerant and decidedly liberal". Muitos membros dessa "religião" se consideram humanistas, agnósticos ou mesmo ateus. Não obstante, nada consta sobre Lee ter criado a World Wide Web com o intuito de dar à humanidade um meio de resistir aos "dominadores globalistas ateus". Não sei se Olavo apenas chuta tudo para alimentar sua paranóia ou usa de má-fé.

E o ponto mais importante deste artigo, que considero crucial para distinguir conservadores de liberais, é quando Olavo deixa transparecer seu viés anti-capitalista, usando inclusive uma expressão totalmente chula para o acúmulo de riqueza de Bill Gates. Ora, um liberal sabe desde Adam Smith que a busca dos interesses particulares faz o bem comum através da "mão invisível". Os conservadores, imbuídos do preconceito cristão contra a riqueza, acabam condenando este "egoísmo" benéfico. Não é por acaso que tantos usam a mesma fonte, o "livro sagrado", para defender o socialismo. Também não é por acaso que a CNBB está infestada de esquerdistas, para não falar da Teologia da Libertação. Crentes não gostam muito do lucro e da riqueza. Acham que um frei que distribui pílulas de papel fez mais pelos homens que um empresário rico que oferece um produto inovador, gerando milhões de empregos e criando riqueza. Colocam a fé acima dos resultados concretos, ignorando que as intenções nunca são totalmente reveladas, enquanto as conseqüências das ações são bem concretas. Assim, Bill Gates merece um tom de repúdio por ter criado a Microsoft e ficado rico, sendo que suas doações ainda são condenadas por ser parte de uma conspiração para ajudar o "globalismo ateu". Bill Gates é um lobo, e Frei Galvão é um santo!

Acho que fica claro a incompatibilidade entre conservadores e liberais. Mas para quem ainda não está convencido, creio que essa outra pérola olaviana sobre Karl Popper, o defensor da Grande Sociedade Aberta, pode ajudar:

"Fora do estrito domínio da metodologia, onde sua contribuição é apenas razoável, Popper é um amador."

Pois é: Popper é um amador; Bill Gates é um lobo do movimento globalista ateu; Ayn Rand é uma burra sendo que Olavo mal conhece sua obra e não aponta a burrice; e não podemos esquecer de Newton, que teria espalhado o vírus da burrice pelo Ocidente, segundo Olavo. A esquerda deita e rola com tudo isso – e muito mais, usando alguém como Olavo para manchar a imagem de toda a direita, levando por tabela os liberais. Sei que nem todos os conservadores são como Olavo. Mas que fique bem claro aqui: liberais não são conservadores!

81 comentários:

Anônimo disse...

SOBRE O ARTIGO

"O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel"

(Jerome Lawrence)

Olavo mora neste castelo já há algum tempo, mas não paga o aluguel.

Marcos.

Anônimo disse...

Grande Rodrigo,
realmente tipos como OC emporcalham idéias limpas.
Até hoje me arrependo de não ter postado aquela resposta para o embusteiro lá na Rede liberal, pois a mera provocação "Esquisitices em nada liberais" não foi bastante.

Como muitas vezes tenho dito, o inimigo do meu inimigo não é meu amigo. União oportunista entre inimigos acaba em traição, em punhalada nas costas.
O silêncio acaba permitindo associações levianas. Aliás, o Nazismo tornou-se um trunfo na mão da esquerda (irmã mais velha deste) para acusar até os liberais que defendem a liberdade igual para todos.
Por outro lado, estes tais de conservadores também atacam os liberais/libertários (os que defendem a liberdade como princípio filosófico e não como fim ideológico), pois que são também totalitários que almejam impor a todos as maluquices de sua ideologia sedenta de Poder.

Eles não defendem a liberdade nem mesmo econômica. Eles apenas não são totalitários em economia, desviando seu totalitarismo para o arbitrio moralista ideológico.

As idéias liberais se acomodaram ante a briga entre marxismo e mercantilismo. Talvez uma tolerância exagerada com os "menos piores". Deu no que deu: as idéias de esquerda se impregnaram desde a base, pois a base não era combatida pelos tais conservadores ou a tal assemelhados. Eles não podiam, pois o discurso da esquerda era um discurso assemelhado ao discurso religioso... a esquerda discursava contra a ganância, a exploração, a favor da solidariedade, em favor do assistencialismo e da "opção pelos pobres" e blá blá blá....

O silêncio dos libertários contra os conservadores apenas serviu para a esquerda fortalecer suas bases ideológicas numa simbiose e sincretismo canalhas com seus adversários na disputa do poder totalitário. ....idéias liberais foram esquecidas com a ajuda dos tais conservadores, e a esquerda se fortaleceu.

Estes tipos não ajudam em nada, e não me surpreenderei se vierem se enrabichar com os socialistas para combater as idéias de liberdade igual para todos, que propõe a reduçaõ do Estado/governo a uma organização prestadora de serviços em vez de uma entidade mistica com direitos absolutos sobre a população que domina.
...conservadores amam o estado, cultuam-no como uma entidade autônoma, mística mesmo. São coletivistas!

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Rodrigo,

So um detalhe: eu sei que generalizacoes sao inevitaveis, mas o que vc chama de conservadores (pelo menos no sentido americano da palavra) nao se refere exclusivamente ao grupo representado pelo Olavo.

Atualmente, conservadores nos EUA podem ser (e geralmente sao) liberais economicos. O que diferencia conservadores de libertarios eh somente o lado social. E mesmo assim, dentro da Republican party por exemplo, existem muitos libertarios (chamados de small L libertarians) que sao menos conservadores socialmente mas sem chegar ao nivel dos Libertarios.

Agora, existe uma ala (chamada muitas vezes de "a velha guarda conservadora") que realmente tem algumas caracteristicas mais "estatistas" como protecionismo. Os neocons tambem tem um lado forte estatista, com caracteristica maior os grandes com exercito.

[]s

Anônimo disse...

Oi, Rodrigo.
Tenho lido teus artigos no site do Diego Casagrande e sempre gostei deles.
Eu até gostava do Olavo de Carvalho, pois, há alguns anos, ele era quase uma voz isolada contra o Pensamento Único. Mas, realmente, ele passou do ponto. Desandou.
Te dou toda a minha solidariedade, por pequena que seja.
Tenho um blog; "ENFIM, UM BLOG CONSERVADOR!", com o objetivo não só de ser uma provocação ao pensamento único como de tentar descobrir se sou, de fato, um conservador, depois de tantos anos como "esquerdista", e o que significa, exatamente, ser conservador. Só agora, aos 60 anos, descobri Michael Oakeshott, e é uma sensação parecida com a que tive aos 20 quando descobri Sartre. É um paradoxo ou é o sentido da vida?
Um abraço.

Anônimo disse...

A Microsoft já era uma potência antes mesmo do Tim Berners-Lee criar o consórcio WWW (em 1994). Bill Gates já nasceu milionário (o avô era banqueiro) e já era bilionário quando surgiu a World Wide Web.

Conde Loppeux de la Villanueva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Um texto que retrata um alto grau de rancor, de mesquinharia, auto-promoção e falta do senso do ridículo! Rodrigo constantino precisou rebaixar-se tanto para defender sua vaidade e acabou perdendo o senso moral, e mesmo estético da honestidade. Divertido é ler a cegueira ególatra do "moleque idiota" (nas palavras do Olavo) quando ele cita a "cruzada" contra os fanáticos que toleraram 1200 posts de vulgaridades, sofismas e grosserias retóricas nestes dizeres:


"Após minha "cruzada" contra o fanatismo religioso, o "filósofo" Olavo de Carvalho adotou uma postura totalmente lamentável, preferindo me atacar de tudo que é jeito, inclusive os mais pérfidos e desonestos."

Depois dessa, eu nunca mais leio este blog. . .é dar muito ibope a um homem pequeno de mentalidade.
Eu sei que o escritor deste lixo textual não tem melhor dignidade do que uma ameba! Com toda certeza, o Olavo de Carvalho tem vários defeitos. Mas os textos que ele escreveu sobre os seus vícios retóricos, sua desonestidade intelectual visível e cristalina, vc é incapazde superá-los. Aí só resta chorar suas dores de cotovelo para meia dúzia de pessoas parecidas com vc. A pecha de Spamtantino combina perfeitamente.

Anônimo disse...

Constantino,

Ponto 1 - É preciso tomar cuidado ao transcrever ou traduzir textos americanos ou mesmo britânicos. Para eles, os socialistas são "liberals".

Ponto 2 - De acordo com seu raciocínio em relação a Gates, logo você estará colocando o pudim de cachaça no mesmo saco. Já disse em outro post: Gates está apenas seguindo os passos, por exemplo, de George Soros.

Ponto 3 - Quanto à sua briga com Olavo de Carvalho, desde o início, não passa de uma briga de comadres... quanta baixaria!!!

Anônimo disse...

Rodrigo

Por favor, este bate-boca é costume de OC, ele já fez isto com Cristaldo com bastante vulgaridade.

Só para dar um exmplo:

Comentário de Olavo de Carvalho nos scraps de sua página no Orkut:

"FOI O PRETEXTO MAIS FILOSÓFICO QUE JÁ VI ALGUÉM INVENTAR PARA DAR O CU".

http://www.orkut.com/Scrapbook.aspx?uid=3236581587037529995&na=3&nst=-2&nid=3236581587037529995-1168935018-16432408252528519089

Leia mais sobre os comentário vulgares de OC sobre Cristaldo:

http://search.blogger.com/?as_q=olavo&ie=ISO-8859-1&ui=blg&bl_url=cristaldo.blogspot.com&x=53&y=10

Ignore-o, você está muito além de OC até por não ser fanático como ele, o fanatismo dele já diz tudo.

Anônimo disse...

"Depois dessa, eu nunca mais leio este blog. . ."

Conta outra!

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Tive apenas encontro com Olavo Carvalho, há cerca de 8 anos, quando eu não tinha idéia de quem ele fosse. Escrevi pedindo maiores explicações sobre algo que ele havia escrito sobre a igreja alemã no tempo de Hitler. Ele me respondeu dizendo que eu não sabia de nada, que não lia nada e não entendia de nada. Depois disso, nunca mais voltei a me incomodar com ele, pois falta-lhe elegância.

[ ]s

Alvaro Augusto

Rodrigo Constantino disse...

Pobre Conde. Esse é o mais desesperado puxa-saco do Olavo. Acho que quer escrever no MSM, aquilo que eu quis voluntariamente abir mão para não manchar minha imagem.

Mas Conde, tem algum argumento ou apenas vai ficar xingando mais um pouco? Algo no artigo está errado?

Posso dar, por exemplo, um exemplo num mar de opções sobre a falta de caráter de Olavo: ele afirmou que eu gosto de expor a bunda da minha mulher nas ruas! E disse isso com base na minha afirmação de que é normal as pessoas olharem bundas de desconhecidas nas ruas. Esse é o Olavo, seu perfeito guru. Baixo, mentiroso e pérfido. Vc precisa apenas de mais uns 30 anos de erudição, para ficar culto como ele, mas com a mesma falta de sabedoria e caráter.

Rodrigo

Anônimo disse...

Caro Rodrigo

Nos liberais somos conservadores sim, conservadores da moral e pricipios.
Não somos é conservadores de privilégios e outras nuancias do esquerdismo.
Como já te disse uma vez, tu tá exagerando na coisa e é você que está se dando mal.
A cultura do Olavo é muito grande para ser discutida numa seara que você não tem a menor condição.
Volte aos texto economicos.
Olavo e Reinaldo são dois ex-comunistas que deixaram de se-lo atravez do estudo e conhecimento.

Acorda Rapaz

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...
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Rodrigo Constantino disse...

Apaguei os dois últimos comentários pelo linguajar. Deixem isso para a turma de Olavo!

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Sobre liberais e conservadores, notem que o termo "liberal", como usado hoje nos EUA, teve origem com o New Deal: "liberal" passou a significar alguém que apoiava a política intervencionista de Roosevel, nada a ver com o liberalismo clássico; os "conservadores" passaram a ser os oponentes dos liberais. Em geral, os democratas são liberais e os republicanos são conservadores.

No Brasil é um pouco estranho dizer que um liberal apóia a política do "Estado máximo".

[ ]s

Alvaro Augusto

Anônimo disse...

Rodrigo,
esse Olavo de Carvalho parou na fase anal, "meu"! risos

Blogildo disse...

Sabe o que eu acho? Que tem petralha se amarrando em ver dois defensores do liberalismo se engalfinhando por causa de questão religiosa.

Anônimo disse...

Ora Constantino, provaste do teu próprio veneno? O que é a natureza, não é mesmo?

Anônimo disse...

Sou petralha mesmo, recebo mensalão, bolsa família pra não trabalhar, proUni e estou A-DO-RAN-DO !!!!!!!

Anônimo disse...

Percebo que para tentar calar o Rodrigo, tá valendo TUDO! ...hehehe!

Vejo isso como sinal de desespero, pois a estratégia de usar (e deturpar) pretensamente as idéias liberais (classicas) visando alavancar a ideologia assemelhada ao socialismo, está sob risco.

Tentam usar ideias liberais para fazer com que se julgue uma ideologia porca com base nas idéias liberais. Tentam fazer com que se julgue uma coisa por outra. Mas se não conseguirem tal associação dificilmente conseguirão alavancar seu bestialógico.

"Idéias liberais não são papel higienico para limpar o traseiro sujo de uma ideologia"

...hehehe! ...se valem de estratagemas infantis prá mais de metro. Em sua tentativa de calar o Rodrigo ...hehehe!
....isso é muito bom, dá bem uma idéia do que sinceramente estão pensando, mas não ousam externar.

Abs
C. Mouro

Anônimo disse...

Querem que todos se calem ante o besteirol de um "ex-comuna" militante que agora está a serviço de outra causa ideológica.

Assim, tal tipo poderá levar seus embustes com tranquilidade, até que pareçam verdade ante o silêncio.
Talvez esse silêncio tenha sido a causa do apagamento das idéias liberais clássicas. Cedeu-se em nome do "menos pior", e o resultado foi facada nas costas, foi a mistiura de uma filosofia com uma ideologia.

Mas se as idéias liberais resugiram, não se pode deixar que as abafem e emporcalhem em nome de um "menos pior" qualquer. Isso já prejudicou demais a liberdade. Repetir a dose não é bom negóciuo.

"pode-se enganar todos por muito tempo, pode-se até enganar muitos todo o tempo, mas não se pode enganar todos todo o tempo"

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Rodrigo creio que você está atacando os Conservadores injustamente.

Conservadores defendem a liberdade econômica, e defendem a liberdade sim das pessoas. O que você não parece entender e que á tempos atrás você aparentava concordar é que a base de nossa civilização é o cristianismo. Você sabe disso. Porque esse ataque virulento contra conservadores que são como você apenas são católicos ou religiosos? Você é um cara consciente, mas eu ateísmo militante, de querer que nós religiosos apenas fiquemos em foro íntimo, escondidinhos orando para nosso Deus é muito autoritário. Claro que há quem quer impor dogmas e etc, mas você também quer empurrar o progresso boca abaixo das pessoas.

Quanto ao C.Mouro, porra cara, ficar criticando conservadores que defendem tudo o que vc defende, A MAIORIA DELES, os colocando em patamar igual ao de esquerdista é RIDICULO.

Anônimo disse...

Desculpem os erros aí.

Anônimo disse...

Parece que esse debate sobre religião - que tende a não ter fim por motivos óbvios - anda atraindo para cá a quintessência da imbecilidade olaviana junto com alguns penduricalhos independentes do mesmo nível. Até condes da corte de O de C vieram dar aqui (no sentido não-sexual da coisa, por favor), com a incumbência de tumultuar a ordem reinante através de seus comentários fundamentalmente idiotas, que juntam nada com coisa nenhuma com uma categoria ímpar. A isso se chama indigestão cultural, que normalmente faz vítimas entre aqueles cujas capacidades cerebrais ficam bem aquém da quantidade de informação recebida, no caso as olavetes, que ouvem sempre o galo cantar mas não sabem onde.

Junte-se a eles os tais penduricalhos e as toupeiras de toda espécie que fazem, por vezes, ficar quase impossível garimpar um comentário procedente em meio a tanta estultice. Mouro, Helena, Alvaro, Marcos e alguns outros (que me perdoem a omissão) ficam quase perdidos nesse emaranhado de asneiras misturadas com muita presunção. Inclusive, podemos ler entre os comentários desta página, um exemplo de imodéstia e dislate em três ítens: um nos aconselhando a ter cuidado com o idioma de Shakespeare, como se fosse preciso ensinar padre a rezar missa; outro igualando Gates a Soros, como se houvesse alguma coisa em comum entre os dois a não ser os bilhões de dólares e o terceiro dando o veredicto da discussão entre Rodrigo e Olavo como uma baixaria de comadres, como se Rodrigo tivesse descido ao nível proposto pelo idiota palrador.

É dose, mas a boa-vontade é muita na busca de um papo interessante.

Anônimo disse...

Para variar Rodrigo você se põe no centro da razão sem ter conhecimentos para tal.Estou quase te mandando uma ajuda de custo para ver se consigo ficar sem seus artigos fúteis.Imagino, que o motivo para tanta ignorância explícita seja precisão de dinheiro.Se for o caso, me fale que te pago para ficar quieto.

INTERCEPTOR disse...

Olavo simplesmente chuta.

Cabeça dominada
.
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Como iniciamos mais este post? "Tá tudo dominado!!" Ou, nas palavras do maior teórico da conspiração tupiniquim que em sua Estupidez criminosa, não passa de pura estupidez?
Vamos ao seu lixo de artigo com argumentos falhos entremeados de erudição e ofensas como recurso para isolar debatedores sérios.

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Quando a verdade se torna óbvia demais e as mentes obstinadas continuam a negá-la sem que se possa acusá-las de ocultação interesseira, então estamos diante daquele fenômeno que Eric Voegelin chamava "estupidez criminosa" – o abuso intolerável do direito à imbecilidade. O grande filósofo germano-americano usou o termo para designar a conduta mental das elites alemãs que teimaram, até o fim, em não enxergar o perigo do nazismo. Mas os exemplos do fenômeno estão por toda parte, e não cessam de se multiplicar.
Há tempos venho afirmando que a ingerência estrangeira na América Latina não tem nada a ver com o bom e velho "imperialismo ianque"; que existe um novo e mais formidável imperialismo em ação no mundo; que ele planeja nada menos do que dominar a espécie humana inteira por meio de um governo global a ser instaurado pela ONU no prazo máximo de uma década; que ele é ostensivamente anti-americano, tendo entre seus objetivos explícitos a dissolução dos EUA como nação independente e sua submissão a uma administração internacional; que ele apóia e subsidia a esquerda do Terceiro Mundo, especialmente a da América Latina, na qual vê o instrumento primordial para realizar, neste continente, uma das integrações regionais calculadas para culminar na integração político-administrativa do planeta.
É inútil responder com o estereótipo "teoria da conspiração". Não há conspiração nenhuma: é tudo aberto, oficial, documentado. Está visível aos olhos de todos, em dezenas de resoluções da ONU, em compromissos assinados entre chefes de Estado, em livros assinados por luminares do pensamento globalista, homens célebres como Gorbachev e George Soros, que gritam do alto dos telhados seus planos e intenções. Ainda assim milhões de patetas olham tudo com incredulidade beócia e, afetados da "síndrome do Piu-Piu", continuam perguntando se viram o que viram e se o que aconteceu aconteceu.
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O Olavo deve estar caducando. Me lembro dele em outro artigo, de pouco tempo atrás, afirmando que Soros não é o bicho-papão que pintam por aí quando nosso paranóico filósofo lhe perguntou sobre sua "maior descoberta de articulação continental" que é o chamado Foro de São Paulo. Agora, vem com essa de que o investidor planeja "dominar toda a espécie humana". Ora! Decida-se, caro filósofo! Não te lembras do que escreves?
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Já escrevi centenas de páginas a respeito, já mostrei fontes e documentos, já rebati cada objeção com toda a meticulosidade e rigor – mas a burrice, quando reforçada pelo medo, é invencível. Muitos, a pretexto de "nacionalismo", continuam voltando suas baterias contra os EUA, sem perceber – ou sem querer perceber – que o enfraquecimento da nação americana é do interesse máximo do esquema globalista, que sem destruir a soberania do país mais forte será inútil para os pretendentes ao governo do mundo eliminar a dos mais fracos.
Mesmo agora, quando o sr. Hugo Chávez proclama aos quatro ventos sua intenção de dissolver as nações do continente numa república dos "Estados Unidos da América do Sul" ( http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/758684.htm), os idiotas continuam achando que apoiá-lo na sua campanha contra os EUA é "defender a nossa soberania". Mesmo agora não querem enxergar a articulação patente entre a revolução chavista e o plano do CFR (Council on Foreign Relations) de fundir os EUA, o México e o Canadá numa "North American Commonwealth".
Contra a estupidez maciça não há argumento. Desisto. Chamem o Alborghetti. Só ele é capaz de discutir com essa gente num nível que ela compreende. Voegelin aplaudiria entusiasticamente o vocabulário dele em tais circunstâncias.
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É... os EUA devem ser dominados por ingênuos, mesmo. Afinal de contas, o que eles saberiam de economia mundial, não é mesmo? Acaso, a criação de um bloco econômico continental não beneficiaria o próprio país? Os EUA têm o maior volume absoluto de comércio externo no mundo, mas não têm acordos que amarrem esta situação (como tem a UE). A criação de uma comunidade similar na América do Norte tenderia a beneficiar seu país muito além do que a mera troca de mercadorias, mas levando economias como a mexicana para um status superior de formação de instituições (o mercado de trabalho, legislação, cuidados com o meio ambiente, defesa externa e apoio em situações de calamidade pública etc).
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A fraqueza maior da direita
Independentemente e acima das definições mutáveis que os grupos políticos dão a si mesmos e a seus adversários, existe a realidade histórica que o estudioso pode apreender desse mesmo conjunto de mutações tal como aparece num período de tempo suficientemente longo. Historicamente – não ideologicamente – "esquerda" é o movimento revolucionário mundial, "direita" é a reestabilização periódica da sociedade segundo o arranjo possível entre os valores tradicionais da civilização judaico-cristã e o estado de coisas criado pelas expansões e retrações do movimento revolucionário a cada etapa do processo histórico.Nesse sentido – e só nele –, sou, com toda a evidência, um direitista. Também nesse sentido é corretíssima a denominação que os esquerdistas deram à direita em geral: "reação". O fator ativo da história dos três últimos séculos é a revolução; a direita é meramente "reativa". Mas também aqui é preciso distinguir entre a "reação" em sentido historicamente objetivo e o uso polêmico do termo pela propaganda revolucionária, sobretudo como instrumento de achincalhe entre suas múltiplas dissidências internas. Comunistas e nazistas acusavam-se mutuamente de "aliados da reação", assim como o faziam, dentro do próprio campo comunista, os adeptos de Stalin e de Trotski.
O movimento revolucionário como um todo é uma tradição de pleno direito, com unidade e continuidade conscientes, refletidas não só nos incessantes reexames históricos a que seus líderes e mentores se entregam com mal disfarçada volúpia, mas na história dos grupos, correntes e organizações militantes, notáveis pela sua estabilidade e permanência ao longo dos tempos. A "reação" não tem nenhuma unidade em escala mundial. Sua história consiste de uma série de surtos independentes que espoucam em lugares diversos, ignorando-se uns aos outros e contentando-se com suas respectivas identidades históricas locais. Existe, por exemplo, uma identidade histórica do conservadorismo americano, ou até do anglo-americano. Mas ela não tem nenhuma conexão – nem vontade de tê-la – com a da direita francesa, ou alemã, hispânica ou hispano-americana, por exemplo. (Não deixa de ser interessante observar que, embora as defesas mais eloqüentes dos princípios econômicos clássicos subscritos pelos conservadores anglo-americanos tenham vindo de dois pensadores austríacos exilados, Ludwig von Mises e Friedrich von Hayek, a influência deles foi absorvida como um fator isolado, sem que se disseminasse nos meios conservadores da Inglaterra e dos EUA nenhum interesse maior pelo surto cultural austríaco dos anos 20, do qual a obra deles é tão evidentemente devedora.) Uma "internacional direitista" é quase inconcebível, e é de certo modo inevitável que seja assim. A ação revolucionária é global de nascença, seu campo de ação é o mundo inteiro. As reações não poderiam ser senão locais e esporádicas, conforme a multiplicidade casual dos valores – patrióticos, religiosos, morais, sociais e econômicos – que pareçam mais diretamente ameaçados pelo movimento revolucionário em cada lugar e ocasião. Voltando-se contra aspectos determinados e parciais da revolução, as reações vivem num perpétuo desencontro do qual só poderão sair quando enxergarem a unidade do inimigo e entrarem num acordo de combatê-lo como um todo, não por pedaços isolados. Uma dificuldade que se opõe a isso é que, como as dissidências internas do movimento revolucionário se rotulam mutuamente de reacionárias, com freqüência algumas delas passam como verdadeiramente direitistas perante a população mal informada e até perante a liderança reacionária, que assim acaba dividida por efeito da infiltração e das intrigas. Outra dificuldade é que, tomadas isoladamente, nem todas as propostas do movimento revolucionário são más ou destrutivas. Ao contrário, muitas delas não são senão valores tradicionais usurpados, adulterados e colocados a serviço do plano revolucionário de conjunto. O mal não está nas propostas isoladas, está no conjunto. Como, porém, a direita é politicamente fragmentária, sua visão do inimigo tende a ser também fragmentária.
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Olha, poucas vezes li um troço tão estruturalista-marxista. Me deu a impressão de estar revivendo um trecho de Poulantzas e Althusser a escala mundial. "Etapas do processo histórico", "visão fragmentária" etc. Olavo não entende bulhufas de estratégia internacional, diplomacia e geopolítica. Trata-se de uma visão insuficiente até para um joguinho de War (da velha Grow...). E sua proposta implícita, paradoxalmente, tende a acabar com a tão apologizada (por ele mesmo) soberania nacional ao propor uma "internacional direitista". Coisa de comunista enrustido ou de quem alega uma "estética de direita", mas continua mantendo firmemente uma "ética de esquerda".
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Ilusão da "meta da história"

Tomar a sua própria ideologia como culminação e objetivo final da História e depois redesenhar a sucessão dos tempos passados para forçá-la a confirmar esse preconceito é um vício tão disseminado entre os pensadores modernos, que acabou por penetrar fundo na alma dos povos e consolidar-se como um dogma da religião civil em quase todos os países do mundo. O automatismo compulsivo com que nos debates populares os partidários das correntes mais díspares apelam aos lugares-comuns do "avanço" e do "retrocesso", do "progresso" e do "atraso", não só para comparar sua imagem de si próprios com a de seus adversários, mas até para usar esses termos como medidas gerais de aferição dos acontecimentos históricos, mostra como se tornou natural e improblemático imaginar a totalidade do movimento histórico como uma linha unidirecional com trajeto uniforme e objetivo predeterminado.
Nada nos conhecimentos disponíveis na ciência da História justifica essa pretensão, que parece adquirir tanto mais autoridade sobre o imaginário quanto mais desmentida e desmoralizada pela pesquisa histórica séria. Não existe uma receita mais infalível para escapar da realidade e viver num mundo de fantasia do que subscrever, de maneira consciente ou inconsciente, esse mito grotesco da "meta da História". O fato mesmo de que existam metas diferentes em disputa, cada qual se arrogando o papel maximamente honroso de ponto final dos tempos, já mostra que se trata de uma competição de enganos. E não só adeptos confessos do mito revolucionário participam dela.
Os liberais em peso seguem a máxima de Croce, "A história é a história da liberdade", com o seu corolário de que a liberdade é a diferença específica entre o mundo moderno e o medieval e antigo. Para tornar crível essa dupla mentira, são obrigados a ocultar o fato de que o totalitarismo se expandiu muito mais no mundo moderno do que as instituições liberais, tanto em área geográfica quanto no número de seres humanos sob o seu domínio. Não conseguindo ocultá-lo totalmente, tratam de explicar o comunismo, o nazismo e o radicalismo islâmico como frutos do "atraso" e do "retrocesso", escamoteando o fato de que as ideologias totalitárias são tão modernas quanto o liberalismo e sobrepondo à sucessão real dos tempos a cronologia inventada. Mesmo o radicalismo islâmico só é chamado erroneamente de "fundamentalismo" porque a mídia ignora que ele não é obra de muçulmanos tradicionais e sim de intelectuais muçulmanos formados na Europa sob a influência de Heidegger, Foucault e Derrida.
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É? Então, o waabismo que levantou a atual onda fundamentalista a partir da Arábia Saudita e do qual Osama bin Laden é um de seus ilustres membros, não foi criado no século XVIII? Assim, como o totalitarismo é moderno, o liberalismo não veio a partir do século XVII até os dias atuais? A questão não é o que é, umbilicalmente, ligado ao "moderno", mas sim o que é plenamente atual. E, por atual, vige o espírito religioso que procura um amálgama com a política sempre causando grandes transtornos. Se o vício de linguagem liberal, assim como o marxista insistem em uma teleologia objetiva da história, nada disso corrobora outra visão tão ingênua quanto a divisão antagônica entre um bem atemporal e um mal secular que é o que Olavo não diz. Não diz, mas arma um raciocínio para crermos nisto, mesmo que implicitamente.
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Quanto aos esquerdistas, nem é preciso falar. Eles acreditam piamente que o socialismo é uma fase histórica superior e posterior ao capitalismo, por mais que os regimes socialistas fracassem e cedam lugar a democracias capitalistas. Naturalmente eles explicam esses fenômenos como "retrocessos".
Mais extravagante ainda é a onda neo-iluminista e sua irmã xifópaga, o neo-evolucionismo, que proclamam as religiões e especialmente o cristianismo "fases superadas" da História embora as igrejas cristãs não parem de crescer e, nas regiões onde definham, não sejam substituídas pelo culto iluminista nem evolucionista, e sim pelo Islã.
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O evolucionismo não diz que o cristianismo seja uma fase superada. Mesmo por que ele não trata de religiões, mas da natureza física, de reinos mineral, vegetal e animal. Na verdade, para a ciência e o evolucionismo, as religiões não fazem diferença nenhuma (a não ser como fonte de ignorância) e isto é o que pode haver de pior para o Olavo: o desprezo por algo considerado fútil, no caso a religião como fonte de conhecimento.
Diferente das religiões, especialmente a cristã, para a qual a história não teria "fases", mas só 3.000 anos de vida em uma visão fundamentalista e literal da Bíblia. E se, para não haver substituição pelo islã é necessário que a cristandade emane, não vale a pena. Assim como não vale a pena trocar 6 por meia dúzia. Exceto pelo fato (atual e moderno) de que a própria cristandade não seja tão tosca. Mas, não por ela mesma e sim pela sua relativização e superação como cosmovisão para as sociedades.
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Em contraste com essas fantasias, o que a ciência histórica nos ensina é que:
1. Não há uma linha integral da história humana, mas vários desenvolvimentos independentes, irredutíveis a uma narrativa comum exceto como artifício literário ou como teoria metafísica. A espécie humana só tem unidade biológica, não histórica. A "história universal" tomada como unidade é uma construção imaginária erguida desde o pressuposto de um observador onisciente que ou é Deus – supondo-se que o historiador O tenha consultado a respeito – ou é uma fantasia megalômana de historiador.
2. Se não há linha nenhuma, muito menos há uma linha predeterminada, comprometida a levar a um resultado previsto.
3. Não há um "sentido" da História, mas vários sentidos entrecruzados, documentados pelas auto-explicações fornecidas pelas várias culturas e civilizações. A filosofia da História e a própria ciência histórica não são senão mais duas dentre as inumeráveis estruturas de sentido que vão surgindo ao longo dos tempos conforme o esforço humano de encontrar um nexo inteligível na experiência da vida.
4. Ninguém sabe como ou quando a História vai terminar, portanto toda tentativa de apreender "o" sentido da História acaba instituindo um fim imaginário, após o qual a História prossegue imperturbavelmente.
5. Em contraste com isso, as verdadeiras estruturas de sentido, que criaram e sustentaram civilizações inteiras, não remetem a um fim imaginário, mas ao supratempo, ou eternidade. Só a eternidade dá sentido ao tempo: isto não é uma opinião minha, mas o único ponto em que todas as civilizações sempre estiveram de acordo (v., a propósito, o livro maravilhoso de Glenn Hughes, Transcendence and History).
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O tempo infinito decorre, hoje em dia, na visão de um universo infinito, não teocêntrico, nem heliocêntrico. E isto não foi a religião quem deu. Aliás, a visão da teoria do caos também vai contra a determinação e certeza de causa e efeita do par "criador/criação" que Olavo ainda usa para tudo justificar. Se algum liberal como Fukuyama errou em assinalar o "fim da história", errou mesmo na medida em que desprezou forças estruturais traçadas na base comunal, tribal da maioria dos povos no mundo. Coisa que não mudou, exceto pelas regiões onde as religiões não são mais o centro da vida social.
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Labels: Filosofia da história; Olavo de Carvalho e suas sandices

Anônimo disse...

Rodrigo,
Acho interessante a semelhança entre os liberais e os socialistas. Ambos desprezam as religiões e acreditam piamente na Economia como meio e fim. É uma espécie de idolatria. Uns idolatram o mercado, outros o Estado. As expressões que o Olavo usou contra vc e o Cristaldo foram chulas mesmo. Mas vc também não teria sido esperto usando um texto alheio pra chamar os judeus de ladrões? Olavo falou o que pensa. Você terceirizou.

Anônimo disse...

Bom...o fato é que você não respondeu a nenhuma das colocações do Olavo. Se você não o fizer, não dá pra saebr quem está com a razão no debate... Você vai responder ou vai conyinuar a derivar ?
Eu, te juro, estou esperando a sua resposta...mas até agora só vi embromação e cocardia da sua parte. Ou será ignorância mesmo ?
É, camarada....narciso acha feio yudo aquilo que não é espelho....
você tem espelho em casa ? Melhor começar a comprar livros...e LER !
Righs

INTERCEPTOR disse...

Mouro escreveu

"(...)
O silêncio dos libertários contra os conservadores apenas serviu para a esquerda fortalecer suas bases ideológicas numa simbiose e sincretismo canalhas com seus adversários na disputa do poder totalitário. ....idéias liberais foram esquecidas com a ajuda dos tais conservadores, e a esquerda se fortaleceu.
Estes tipos não ajudam em nada, e não me surpreenderei se vierem se enrabichar com os socialistas para combater as idéias de liberdade igual para todos, que propõe a reduçaõ do Estado/governo a uma organização prestadora de serviços em vez de uma entidade mistica com direitos absolutos sobre a população que domina. ...conservadores amam o estado, cultuam-no como uma entidade autônoma, mística mesmo. São coletivistas!"

Do que decorre...

Hoje em dia o problema não é mais só o risco de um governo federal com pretensões totalitárias, mas um que faça isso segundo interesses de uma elite financeira global, que é a mesma que patrocina todos os “programas sociais” da “nova esquerda neoliberal”.

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4200&language=pt

Caio Rossi, um muçulmano sufi, articulista e auto-proclamado conservador do MSM. Se é esta a visão que os conservadores (ao menos os do MSM) têm sobre o neoliberalismo, quem precisa de uma esquerda inimiga?

Anônimo disse...

Para Ricardo Froes: Gates e Soros são membros do CFR e do Diálogo Interamericano. Portanto, não são semelhantes apenas nos seus bilhões.

Anônimo disse...

É... A.H., essa estória de elite financeira global era também o alvo do ataque dos nacional-socialistas. Apenas estes maníacos acusavam os judeus (como se fossem um ente coletivo)de serem a tal "elite financeira".
Claro que podem existir megalomaníacos bilionários, certamente os há, mas não que toda a elite financeira mundial faça parte de uma conspiração. Isso também não faz destes lunáticos "uns nazistas", mas apenas é mais um fator de semelhança além do fanatismo ideológico. Eles também são intervencionistas, tanto economicamente quanto socialmente, também são nacionalistas, coletivistas (entendem-se como pedaços de um grupo, seja da religião ou do país, como torcedores de um time, desprezando-se como indivíduos), são protecionistas e "guias para o progresso social" (que os autoriza a arbítrios econômicos e sociais). Contudo não são totalitários em economia, apenas intervencionistas-mercantilistas.

Cienbtes disso usam uma aproximação com os judeus mais para espantar de si uma associação levianacom os nazis do que como convicção.
Quando falam de "judaico-cristianismo" cometem uma contradição nos termos. Explico: os cristãos usurparam o deus dos judeus, alterando a vontade do deus pai como se filho. Assim, se os judeus admitissem que JC tinha alguma relação com Javé, necessáriamente deveriam se converter ao cristianismo. Não o fazendo, estão de fato esfregando na cara dos cristãos que seu "filho de deus" foi um embuste. Nem mesmo pode-se admitir que os judeus possam respeitar tais usurpadores de deus alheio. Afinal, reconhecerem qualquer ligação entre JC e Javé resultaria em conversão à nova fase de Javé. Ou seja, não faz sentido a expressão "judaico-cristianismo". Bem como não faz sentido se falar de uma moral cristã, pois JC recomendou "não julgueis para não serdes julgados"; ora, sem julgar não há como estabelecer uma moral. Ou seja, se um amigo mata dez criancinhas, eu não devo julga-lo, devo aceita-lo como qiualquer outro, recebendo-o em minha casa para a festa de aniversário, onde ninguém o discriminará por julga-lo um crápula. ....há mais, porém fico por aqui.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

O que não quer dizer muita coisa, não é verdade? Pedro Simon e Jader Barbalho são do mesmo partido e, enquanto um fez voto de pobreza, doando todos os seus bens, o outro fez de riqueza, roubando os bens dos outros.

INTERCEPTOR disse...

Pois é, caro Mouro,

“Ou seja, se um amigo mata dez criancinhas, eu não devo julga-lo, devo aceita-lo como qiualquer outro, recebendo-o em minha casa para a festa de aniversário, onde ninguém o discriminará por julga-lo um crápula. ....há mais, porém fico por aqui.”

Do que decorre em total coerência com o postulado de Jesus que:

http://blogs.news.com.au/heraldsun/andrewbolt/index.php/heraldsun/comments/the_church_of_the_blessed_leunig

Anônimo disse...

Primeiro defina com precisão o que VOCÊ entende por liberal e por conservador.Definitivamente a filosofia não é o seu ramo,você usa conceitos sem os explicitar,e cada um lê o que bem quiser.Seus textos são apenas na aparência claros.O quê significam para você LIBERAL,CONSERVADOR,DIREITA, ESQUERDA,INDIVÍDUO?À partir desta definição poderemos compreender o que é claro,e o que é obscuro,no seu pensamento.

Anônimo disse...

Só uma pequena observação: Constantino diz que Olavo chamou Rand de burra e não apontou o motivo. É mentira. Não, não sou membro da seita olaviana e acho muitos dos artigos dele dignos de riso. Mas tenho um compromisso com a verdade. Aqui vai o post O OdeC no tópico "O problema com Ayn Rand (141-150)":
"Ayn Rand era burra e leu Aristóteles às avessas. Quem organiza os dados dos sentidos não é a razão: é a imaginação ou fantasia, ao condensar em imagens estáveis o fluxo de dados sensoriais. O logos ou ratio opera sobre as imagens conservadas na memória, não sobre os dados dos sentidos. E dizer que a razão é a organização do material sensorial segundo as leis da lógica é uma definição circular. A razão é a expressão, no microcosmo cognitivo humano, da unidade do real. As leis da lógica são apenas uma das formas possíveis dessa expressão. O senso estético é outra."
Ou seja, ele expôs o erro primário de Rand na leitura de Aristóteles. Constantino leu a parte que lhe interessava (no caso, a primeira frase) e jogou todo o resto fora. Para quem não acompanhou a duscussão no orkut fica a impressão que OdeC simplesmente proferiu a sentença "Ayn Rand é burra" isoladamente. Isso tem nome: desonestidade intelectual.

Rodrigo Constantino disse...

Sinto lhe informar, Gabriel, mas a desonestidade foi sua; Olavo tirou essa conclusão sobre Rand de algo que EU disse, pois ele sequer leu sua obra. E o Pedro, outro que conhece o Objetivismo, explicou que Olavo estava, na verdade, CONCORDANDO com Ayn Rand. Ou seja, ele chama ela de burra por algo que ele mesmo defende!

Não adianta. A turma não admite que Olavo xinga sem conhecer. É desonesto mesmo, mas muitos não querem enxergar essa verdade.

Rodrigo

INTERCEPTOR disse...

Isto, por sua vez

"A razão é a expressão, no microcosmo cognitivo humano, da unidade do real. As leis da lógica são apenas uma das formas possíveis dessa expressão. O senso estético é outra."

...não é racional. Estética não é Razão, embora possa ser definida por alguma racionalidade. A questão não é esta. A questão é que OC acusa o raciocínio de Constantino de "circular", enquanto que o dele próprio é interrompido (ou corrompido, dependendo do ponto de vista). Que nem tudo que é lógico é racional, qualquer um sabe, mas que Olavo sofisma, com lógica própria dos sofistas, é que é preciso ser afirmado.

1. Se a Razão é humana, ela não pode ser fruto de um "microcosmo cognitivo humano", uma vez que não há "razão superior a humana";

2. "Senso estético" cai bem em um mero parágrafo sem exemplos concretos. Em O Imbecil Coletivo, nosso imbecil individual olaviano diz que a música sacra é arte enquando Madonna é apenas um produto para consumir. Além de ser o mesmo argumento dos neomarxistas frankfurtianos (cf. Adorno), o que é música é relativo. Música é informação, diferente de um toque na madeira ao acaso que não chama a atenção a não ser como ruído. Para o ex-imperador japonês, a afinação dos instrumentos de uma orquestra ocidental é que era a "melhor parte" da sinfonia... Discutir isto chega a ser hilário por parte de alguém que não passa de um ignorante em música. Dito isto, não há como OC falar em estética como razão. No máximo poderia fazê-lo como tendo sua racionalidade, o que é diferente. Mas, assim como há razões várias na humanidade, o mesmo pode se dizer em termos estéticos, segundo épocas, regiões e subculturas. Mas, o que um pretenso teólogo irá entender de antropologia?

3. Façamos um teste, digitem no google, a expressão "unidade do real" e vejamos qual vertente filosófica/sociológica mais surgirá relacionada: MARXISMO. Poucas vezes na minha vida li algo mais relacionado à Marx do que ela. Este é o vício de Olavo, o velho marxismo enrustido. Não por que o jornalista Olavo endosse a utopia marxiana. Não, ele já rompeu com a mesma, mas não rompeu igualmente com o maneira marxista de pensar. "Unidade do Real" não passa de um eufemismo para uma típica categoria hegeliano-marxista, a totalidade.

E, por falar em racionalidade, quando alguém busca totalidades desenfreadamente, é por que seu porco raciocínio não passa de uma mentalidade totalitária.

Anônimo disse...

Ora Constantino, e qual a diferença de ele ter lido de você ou dela? Tem alguma diferença entre o que você citou e o que ela escreveu? A afirmação dela continua sendo a mesma. Em nenhum momento OdeC afirmou ter lido qualquer coisa dela. Você postou um trecho e ele comentou.

Rodrigo Constantino disse...

Gabriel, claro que faz diferença! Ele pegou um trecho fora de contexto, não conhece a obra dela e seus pilares, e diz algo que não prova nada de uma suposta interpretação errada de Aristóltes. Embuste puro. Olavo é assim. Chuta! Vide os exemplos desse artigo, sobre a WWW e Gates. É um pobre coitado, paranóico que inventa e mente.

Anônimo disse...

Vamos por partes:

1 - Olavo chuta? Claro que chuta. O maior exemplo recente talvez seja esse artigo (http://www.olavodecarvalho.org/semana/060216jb.htm).

2 - A citação de Rand faz sentido em si e isoladamente. E portanto você pode aceitá-la ou impugná-la isoladamente também.

3 - Quem tem razão, ele ou Rand? Não faço a mínima idéia. Alguém aí em cima postou uma refutação (prova que essa história de estar "fora do contexto" não cola). Era o que você devia ter feito.

Rodrigo Constantino disse...

Gabriel, vc está missing the point. Olavo deveria dizer então, se fosse honesto: "não concordo com ESSA parte do que ela diz". Mas ele foi além. Ele chamou ela de BURRA! Cáspita! O cara sequer conhece sua obra, e sai chamando ela de burra?!?!?! Isso é postura de filósofo?!??! Nem na China!

INTERCEPTOR disse...

Ou é paranóide ou é analfabeto funcional. Não há outra alternativa. Leiam:

Roxane (a esposa dele) me enviou no Orkut:

Roxane:
Uma curiosidade: o que Olavo fez contra vc para ficar com tanta raiva dele? Lembro-me que foi convidado a participar do MSM na TV, que almocou com a gente na minha casa em Curitiba, que Olavo o defendeu em uma discussao com Mino Carta, alem do fato de que vc sempre teve espaco no MSM para suas publicar seus artigos. Por que tanto odio? (tc s/ acento)


Ao que respondi e, peço atenção aos grifos:

Ódio do Olavo, absolutamente nenhum. Mas, sim por parte das idéias que defende. Se, em algum momento, uso de ofensa (bastante leve se comparada as que ele utiliza), é apenas por reflexo, pois não consigo ficar quieto com este tipo de coisa.
Por favor, Roxane (se me permite chamá-la informalmente), isto não ocorreria se não houvesse um "fdp pra cá" outro "bostinha pra lá" etc. Que o Olavo é um debatedor como poucos e, do que vi na minha vida, talvez o mais arguto[o que não significa honesto...], isto ninguém nega. Mas, ele não precisa ofender um Janer, um Rodrigo etc. E veja que eu mesmo, antes dessas polêmicas (inúteis para mim) não me posicionava sobre religião publicamente. Achava eu que não era o foco. Mas, sou ateu e admiro Darwin, o que não quer dizer que eu não possa ouvir críticas (aliás, devo). O que não posso admitir é que alguém que tem inteligência inegável se utilize de recursos dispensáveis para desqualificar um oponente. Ora, não somos um MST, um PCetc., um Mino Carta, um Stédile. Provavelmente, respeitamos as mesmas coisas
(cont.)
, embora uns a chamem de "Deus" outros por outro nome etc. Só para citar um exemplo, que não se refere ao Olavo, bem explicado: quando em troca de e-mails pessoais o Caio Rossi me disse textualmente "que ateus deveriam morrer", pois "minhas idéias eram perigosas" percebi que algo errado estava sendo disseminado. Não por culpa do Olavo, mas por que suas idéias têm sido caricutaradas por muitos que dizem admirá-lo. Perceba que em nenhum momento nos meus textos eu atacava a religião. Inclusive, cheguei a dedicar dois textos defendendo a liberdade de crença (um sobre o filme de Mel Gibson, outro criticando o cientificismo proselitista).
Quando quis dar outro ponto de vista sobre a teoria da evolução, fui boicotado quatro vezes pelo editor/redator do MSM.
A alegação: baixo nível dos textos. Engraçado que antes, se não eram bons, foram 51 publicados (ou algo assim, já perdi a conta).
Já, se alguém como o Janer foi boicotado, por que não o foi desde o início? E por que o próprio site já não definiu clara
(cont.)
mente sua linha logo no início?
Não quero discutir com a Sra., pois isto seria desagradável para mim por que fui extremamente bem tratado em sua casa e, sem demagogia, desejo felicidades para vocês. Com tudo isto ainda me reservo o direito de discordar.


Ao que o jornalista respondeu:

1 - Curiosa essa resposta do Anselmo. Diz que não é contra mim, e sim contra minhas idéias, mas, ao explicar por que é contra, não cita uma só delas e sim apenas ações, aliás de terceiros (inclusive um muçulmano) das quais não tive sequer conhecimento. É o característico vício brasileiro de julgar as pessoas não pelo que elas fazem ou dizem, mas por contigüidade, por osmose, pelo “grupo” a que pertence ou se imagina que pertencem – vício que deriva imediatamente da imbecilidade coletiva e da inexistência de autêntico pensamento individual. Ademais, é preciso ser muito pó-de-arroz para se fazer de donzela ofendida só porque coloquei em letra de forma palavrões que são de uso corrente na fala diária. Parece que voltamos à decada de 30, quando as senhoras da sociedade abominavam os livros de Jorge Amado por estarem cheios de palavrões.
2 - Moralmente, a gravidade dos insultos não se mede pelos palavrões empregados, mas pela mendacidade. Da minha parte, não chamo ninguém de canalha sem dar a prova da canalhice. Janer usou contra os cristãos o expediente de inverter o sentido de um documento citado, expediente supremamente canalha que eu acabava de condenar nos esquerdistas. Chamá-lo de vigarista intelectual depois disso é apenas uma questão de realismo. Já o Anselmo prefere me chamar de "velhinho ultrapassado" sem explicar, é claro, em que e por quem fui ultrapassado.
3 - Chamar um ladrão de ladrão, um canalha de canalha, não é insulto, é verdade literal. Mas chamar de ultrapassado um autor que ninguém nem mesmo tentou ultrapassar (porque ninguém no Brasil tem capacidade para isso) é difamação e injúria no mais alto grau. Será que ele ou o Janer escreveram livros melhores do que os meus e não avisaram? Ou, caso de trate de mera ultrapassagem biológica por nascimento posterior, será que a idade do Janer se conta para trás?


É engraçado mesmo, ainda mais para quem define a razão humana como um "microcosmo da Razão" (pressupondo outra maior), do que decorre que seu julgamento sobre o Janer e o Rodrigo é que é injurioso. Mas, podemos exigir lógica dele?
Assim como falei, textualmente, que havia um fanatismo, como exemplifiquei em Rossi, que decorria de uma caricatura do que Olavo diz por que o mesmo não disse (ainda) que ateus devem morrer. Embora, justifique tal ação para a Inquisição por que evitou uma "anarquia maior"...
Anáquico é tal raciocínio, se é que se pode caracterizá-lo como tal.
Eu digo uma coisa, ele responde outra. Olavo é assim. Isto é Olavo.
Vocês escolhem:
(a)paranóide;
(b)analfabeto funcional;
(c)mau caráter;
(d)todas as alternativas anteriores.

E, quando diz que não citei nenhuma idéia sua da qual discordo é simples: não me perguntaram. Embora, para um leitor apenas medíocre fica claro uma delas, a evolução e o darwinismo, dos quais Olavo não entende bulhufas.

INTERCEPTOR disse...

Correção:

idéias têm sido caricutaradas

Quis dizer "caricaturadas"...

INTERCEPTOR disse...

Me contradisse, há várias alternativas para entender Olavo. Embora, nenhuma seja abonadora.

Rodrigo Constantino disse...

"Eu digo uma coisa, ele responde outra. Olavo é assim. Isto é Olavo.
Vocês escolhem:
(a)paranóide;
(b)analfabeto funcional;
(c)mau caráter;
(d)todas as alternativas anteriores."

d.

INTERCEPTOR disse...

Se tu estiver certo, não tem mais jeito. Com "a", pelo menos, há tratamento...

Anônimo disse...

alternativa d, sem dúvida!

Rodrigo Constantino disse...

Não deixem de ler:

http://www.capmag.com/article.asp?ID=4922

Anônimo disse...

Rodrigo,

Devo dizer que em nada concordo com sua postura de intelectual ateu. Explico: um ateu ou um agnóstico fica na dele, sem martelar as crenças alheias. Você faz perguntas que até mesmo religiosos e os padres da igreja já se fizeram, acha que são incompatíveis com a lógica moderna e já acha que isso põe por terra tudo aquilo em que eles acreditam. Acho isso uma postura que, embora comum, é deletéria à inteligência. Eu mesma já fui atéia de carteirinha. Hoje vejo a religião com grande simpatia. Se você prestar atenção nas pessoas CERTAS que falam sobre religião (o Olavo de Carvalho NÃO ESTÁ, evidentemente, entre elas), você verá que dá para aprender muita coisa interessante.

Dito isso, te digo que já fui fã do Olavo, de recortar artigo que saia na Bravo!. Ele é evidentemente um sujeito grosso, mal-educado e que mente descaradamente. Eu já o ouvi dizer que olha para tudo quanto é mulher na rua numa palestra. E lá está ele posando de santo na comunidade do Orkut. E isso porque essa é uma discussão digna de velha fofoqueira, hein - imagina as mentiras deslavadas por trás dos assuntos de fato importantes...

Enfim, não pegue o Olavo e seus asseclas como exemplo da inteligência de quem se interessa por religião/quem é religioso. Porque eles só fazem mesmo jogar lama em quem é conservador/liberal/religioso. Um abraço.

Anônimo disse...

Para Ricardo Froes:

Esta sua comparação não tem pé nem cabeça. Ao que parece, você não tem o menor conhecimento sobre os objetivos do CFR ou do Diálogo Interamericano, que tem FHC como vice-presidente e agrega outros brasileiros, como Civita (Abril) e o pudim de cachaça. Estas duas organizações são as versões americanas das congêneres européias Centro Tricontinental e Club Bildbergh, das quais Soros e Gates também são membros.

Rodrigo Constantino disse...

O coitado do Olavo escreveu mais um longo artigo infantil me atacando e mentindo compulsivamente. Dessa vez não vou transformar em artigo a resposta, pois chega desse showzinho que ele gosta mas que cansa as pessoas sérias. Segue aqui as provas do mau-caratismo desse pobre homem:

"Não consigo acompanhar o ritmo do rapaz. Ele tem o tempo todo para pensar em mim, eu estou ocupado demais para poder retribuir sua afeição"

Ocupado demais para "retrubuir"? Vejamos novamente como foram as coisas, pois recordar é viver: escrevi um artigo sobre fanatismo religioso, postei em várias comunidades como sempre faço, Olavo foi chamado pelos olavetes para ajudar no ataque já que estavam sem argumentos, entrou como sempre solando e desqualificando a minha pessoa (ignorante etc). Eu corrigi UM erro dele de português, e isso foi suficiente para ele escrever um artigo com o patético título Rodericus Constantinus Grammaticus, o Homem do Mim, claramente magoado com tal correção, tamanha a sua vaidade. Eu rebati, ele xingou mais, escreveu um artigo para o JB. Eu rebati, ele veio com outro, Disfarçando o Mico. Eu rebati (A Vaidade de Olavo) e ele veio com novos ataques. Enfim, meus artigos com Olavo no título são RESPOSTAS aos ataques infantis do pobre "mestre". Ele inverte tudo, para variar.

"Embora a comunidade, criada pelo Luís Filidis, exibisse logo na abertura o aviso de que existia “para discussão das idéias e obras do filosofo brasileiro Olavo de Carvalho”, o Constantino achou que lhe convinha invadi-la com um texto que nem de longe se referia a uma coisa ou à outra, mas que continha apenas um ataque escandaloso às religiões em geral, especialmente à cristã e à judaica."

Bom, em primeiro lugar, seria o caso de perguntar quantos temas os próprios olavetes criam sobre assuntos gerais, e não ligados diretamente ao "mestre" Olavo! Orkut é assim mesmo. Fora isso, não custa lembrar que eu SEMPRE publiquei meus artigos lá. Era aplaudido quando criticava a esquerda. Quando veio um tema que expõe todo o fanatismo dos coitados, deu nisso.

Rodrigo Constantino disse...

"Não tenho de especular suas intenções, porque elas se revelam da maneira mais manifesta no seu ato mesmo: desviar as atenções da comunidade, das idéias de Olavo de Carvalho para as idéias de Rodrigo Constantino."

Falso. Publico meus artigos em diversos lugares, para o debate de idéias. Não quis desviar nada. Como já disse acima, SEMPRE coloquei artigos lá, basta checar, e eles NUNCA reclamaram. Pelo contrário!

"prova-o da maneira mais patente o fato de que, tendo a sua comunidade pessoal apenas 243 debatedores, ele intromete mensagens não só na minha, que tem 2.749, mas na do Diogo Mainardi, que tem muito mais: 23.400."

Vixe! Olavo tem 12 anos! Tentando mostrar que sua comunidade tem mais gente que a minha!!! hehehe. Bom, já está explicado acima.

"Mas, além de superlotar o espaço alheio com mensagens que são apenas do seu próprio interesse, "

Se são apenas do meu próprio interesse, por que não sou apenas ignorado? Os tópicos com mais postagens foram justamente os que debateram essas mensagens "apenas do meu interesse". Pobre Olavo!

"Constantino ainda as suplementa com cartas de aplauso escritas por ele mesmo sob pseudônimos variados"

Bom, seria interessante o mentiroso compulsivo provar isso, pois JAMAIS fiz algo do tipo. Ele deve olhar para o espelho e falar tais coisas. Lênin, que já foi seu guru, ensinou bem: acusar o outro do que faz. Nâo tenho pseudônimos no Orkut ou em qualquer lugar que seja, Olavo! Sua baixeza dá pena.

"Para piorar, as alegações dele contra a religião não tinham por fonte nenhum estudo sério e atualizado do assunto, mas um livro de Voltaire publicado em 1767 e já de há muito abandonado pelos estudiosos como referência confiável para o estudo do problema,"

Cáspita! Lá vem o cara desqualificando a obra e o autor, em vez de apontar onde estão os erros dos pontos específicos que usei no meu artigo! Cansa...

"Constantino citava o livro de Voltaire como se fosse a última palavra em história das religiões, mostrando desconhecer não só a evolução dos debates eruditos desde a publicação da obra, mas até mesmo o fato notório do plágio."

Não, apenas usei alguns argumentos e questionamentos de Voltaire, o que não tem nada demais.

Rodrigo Constantino disse...

"Maior ainda do que sua confiança cega em Voltaire, porém, era a fé que ele mostrava ter nos seus próprios poderes persuasivos. Seu artigo – advertia ele nas primeiras linhas – seria tão devastador, tão fulminante, que ninguém decidido a conservar sua devoção religiosa deveria lê-lo. O risco era grande demais, praticamente inevitável a rendição dos crentes ante as luzes de Constantino-Voltaire. Era tiro e queda: ler e perder a fé"

Analfabetismo funcional. Sugeri que crentes não lessem para que não reagissem exatamente como os olavetes reagiram: pura emoção, xingamentos chulos, desvios, ataques pessoais. Não falei que seriam convertidos, mas que ficariam passionais exatamente como vcs ficaram. Vcs são a maior prova de que meu alerta era bom!

"Totalmente sem propósito. O debate com o ignorante é um dos exercícios mais árduos e estéreis da arte dialética."

O debate com um desonesto como Olavo é impossível.

"Informei ao distinto que ele era apenas um merdinha intrometido, achando que, impressionado com a minha falta de polidez, ele iria embora batendo pezinho e não me incomodaria mais."

Pois é. Mas eu não fui, seu joguinho tolo não funcionou dessa vez, fiquei argumentando na comunidade, e até seu desespero e dos olavetes chegar ao ponto de você mesmo pedir minha expulsão ao moderador, um pobre bajulador que acha o máximo xingar em grego. Enfim, a seita resolveu dar um basta em tanta humilhação pela expulsão, e poder continuar depois falando como fui humilhado. Mas dessa vez sequer podem falar que o oponente fugiu, como alegam sobre outros que ficaram cansados com a baixeza de Olavo. Eu aguentei calmo, e isso o desesperou.

"Há no entanto um caso pior ainda: é quando o sujeito não tem a mínima consciência da própria ignorância, quando ele não entende que não entende, quando ele acredita piamente que é um dominador da matéria e um argumentador imbatível."

Estaria ele falando de si próprio? Quando, por exemplo, fala do criador da WWW como um católico indo contra globalistas ateus? hehehehe

"Que é que você faz diante de um sujeito desses? Propõe um debate em regra, organizado, com exames exaustivos dos argumentos de parte a parte e parágrafos numerados para melhor cotejo das razões pró e contra. Foi exatamente o que fiz."

Que vc PROPÔS tal debate, é veradade. Que vc cumpriu, é falso. Seu PRIMEIRO artigo, logo de cara, é um show de ataques pessoais, sofismas, falácias, desvios etc. Triste!

"Não posso crer que, a sério, uma pessoa adulta se escandalize com o termo “merdinha” ao ponto de classificá-lo, com horror, “entre os mais baixos nomes”."

É apenas a constatação de que Olavo não tem nada de filósofo, sendo apenas um embuste vaidoso que tenta manter uma seita de bajuladores imaturos. Vibram quando o "grande filósofo" xinga de merdinha. Para que argumentar?!

"Principalmente quando essa pessoa, no decorrer do mesmo debate, qualifica de “veados enrustidos” todos os que não sigam o seu exemplo, orgulhosamente alardeado"

Mais mentira! É compulsivo o coitado! Disse apenas que considerava UMA possibilidade os carolas serem gays enrustidos, e não acusei todos que não sigam meu exemplo disso, como MENTE Olavo.

"Concomitantemente, a fortuna real ou suposta das igrejas continua sendo uma prova de egoísmo e cobiça"

A riqueza IMENSA da Igreja é prova de hipocrisia. O egoísmo de Bill Gates é saudável, e sua fortuna foi feita no livre mercado, dando valor aos consumidores. O doido é um "capitalista" condenar este tipo e não se incomodar com o ouro todo da Igreja. Isso sim é dose pra leão! Mas foi bom para mostrar que olavetes são anti-capitalistas, na verdade.

"Por exemplo, afirmar que todos os que não ficam espiando bundas de mulheres na rua são veados enrustidos"

Já mostrado que ele mente.

Rodrigo Constantino disse...

"e depois gritar que sua afirmação foi distorcida quando alguém observa que Rodrigo Constantino faz mau juízo de quem não fique espiando a bunda da mulher dele na rua."

Esse é o Olavo! Tudo que eu disse foi que era NORMAL olhar para traseiros nas ruas. Ele tirou disso que eu GOSTO de EXIBIR a bunda da minha mulher nas ruas. Pobre coitado. Caso de psiquiatra mesmo.

"afirmar taxativamente que “os judeus são um povo de ladrões” não é uma afirmação anti-semita."

Eita mentiroso compulsivo, esse Olavo! Não afirmei taxativamente, mas usei a frase de Voltaire num CONTEXTO onde ele está condenando uma interpretação literal dos textos sagrados, comparando com as fábulas gregas, por exemplo. Ou seja, tomando FÁBULAS por verdades, ESTARIAM se declarando um povo de ladrões. Já mostrei isso em outros artigos. Me acusar de anti-semitismo é desespero claro, já que basta ler os artigos do próprio MSM para ficar claro que nem de perto sou isso. Mas é o showzinho do pobre Olavo. O que seria dele sem esses recursos pérfidos?!?!?!

"A decisão obstinada de me pintar como um fanático corre por conta de uma prevenção absolutamente psicótica da parte do meu interlocutor"

Não, parte da pura observação. Vários chegaram à mesma conclusão, inclusive ex-colaboradores do MSM.

"Estão errados aqueles que lamentam o presente episódio como “ruptura nas hostes liberais”. Nenhuma causa – muito menos a liberal – é tão fraca que tenha de aceitar como seu advogado um tipo como Rodrigo Constantino."

Deve ser por isso que o Instituto Liberal publica vários artigos meus, assim como o Instituto Millenium. O que vi foi justamente conservadores reclamando que Olavo e sua seita não são parâmetro para o conservadorismo. Pode ser...

"Desde seus primeiros artigos ele me pareceu muito fraco e presunçoso, mas concedi a ele um espaço no MSM na esperança de que melhorasse."

hahahahaha. Que mentiroso! Veio pessoalmente, num almoço no centro, quando me apresentei pela primeira vez, elogiar meus artigos, falando que gostava muito do trabalho que eu vinha fazendo no MSM. Mentia antes, ou mente agora? hehehehe

Rodrigo Constantino disse...

"Argumentum ad populum é apelar à opinião da maioria (real ou suposta) como prova de algo que a mera soma de opiniões não prova. Mas, se tudo o que você quer sugerir é que determinada opinião é majoritária, então, evidentemente, enumerar amostras não é argumentum ad populum, é apenas exemplificação indutiva"

Mas não foi o que vc fez, Olavo "Forrest Gump". Vc usou uns 6 comentários anônimos falando mal da minha PESSOA para mostrar como tinha o apoio de muitos, ignorando a enorme quantidade de mensagens CONTRA vc. Vc apenas mentiu e apelou, como faz sempre.

"No caso citado pelo Constantino, o que eu quis mostrar foi que a conduta dele desagradou à maioria dos participantes da conversa, mesmo àqueles que, no começo, estariam dispostos a concordar com ele."

Se era isso que vc queria mostrar, FALHOU! E vc sabe disso.

"No fim do debate, não é exagero dizer que praticamente ninguém ali suportava mais o zé-mané"

Hehehehe. Olavo, tadinho!, "esquece" de mencionar que EXPULSARAM aqueles que vinham concordando comigo! Vários foram expulsos SEM MOTIVO, apenas por discordar da seita. Patético!

"Ele alega que, no seu próprio blog, há mensagens favoráveis a ele, mas elas me parecem um bocado suspeitas: Por que foram enviadas somente ao blog de um dos interessados e não à comunidade em debate, se o ingresso nesta era livre?"

hahahaha. Novamente, vários foram EXPULSOS. Fora isso, muitos não tem saco de ficar lá na seita, no ninho de cobras. Os comentários no meu blog são ASSINADOS, como C.Mouro, Ricardo Froes etc, enquanto os que defendem o indefensável, Olavo, aparecem anônimos e xingando, sem argumentos.

"Seriam os remetentes tão tímidos ao ponto de preferir cochichar apoio a um dos debatedores bem longe do debate, em vez de proclamá-lo no lugar mesmo onde ele mais precisava de apoio?"

Não tímidos, mas decentes, cansados do show de desonestidade do Olavo e sua turma. Assinam seus nomes e argumentam, não interessados no "apoio" que eu "precisava", pois sabem que não preciso.

Rodrigo Constantino disse...

Um deles, Anselmo, vc conhece bem, pois já foi do MSM. Sua mulher, Roxane, mandou scrap para ele perguntando porque tanto ódio à sua pessoa, e ele respondeu que é ódio às suas idéias e às consequências delas. Tentaram, pela mulher, acalmá-lo, mas não deu certo. Está lá no meu blog. Ele é um dos que foi expulso da comunidade.

"O leitor já sabe a resposta."

Concordo. Que Olavo mente descaradamente, como um adolescente desesperado porque foi desmascarado.

"Constantino não se limitou a apontar um erro de português numa mensagem informal redigida às pressas para descartá-lo. Desse exemplo isolado e raro, que aliás no meu entender não é nem erro mas uma opção consciente pela expressão popular em vez da gramatical -- um direito elementar do escritor --, concluiu e proclamou aos quatro ventos que eu “não sabia escrever”."

MENTIRA! Foi uma única correção, e que pelo visto marcou MESMO! hehehe

"em vez de “en passant” o desgraçado escreve “en passand”, com “d”, numa evidente confusão com o gerúndio português."

Minha nossa! O coitado está mesmo desesperado!!! hehehe

"Logo após declarar que eu não sabia escrever, ele enviou várias mensagens à minha página pessoal no Orkut, ampliando a acusação para “analfabetismo funcional”"

De onde o mentiroso compulsivo tirou isso?!?!?! Caramba, mas como mente! Não canso de ficar impressionado!

"As mensagens eram anônimas, mas só ele mesmo poderia tê-las enviado"

AHHHH sim! Está aqui a resposta! Olavo, não faço esse tipo de coisa. Jamais mando mensagens anônimas, não tenho fakes no Orkut. Não sou como seus bajuladores. Acorda, pobre homem!

"Constantino, que jamais assistiu a uma aula minha"

Já sim. Mente novamente. Como de praxe.

"Rodrigo Constantino recebeu, entre outros, os apelidos de Spamtantino, Tomesentino, Batepino e – ó, horror! – Punhetino. "

Tirando o primeiro, foram apelidos que os próprios olavetes deram no desespero total pela falta de argumentos. Olha o que o "grande filósofo" usa para me atacar! hehehehehe.

Rodrigo Constantino disse...

"É claro. Meu prestígio de escritor, professor, comentarista de imprensa, conferencista e polemista deve-se eminentemente à minha incapacidade de defender meus pontos de vista com argumentos."

Prestígio??? hehehehehe

"Também nunca me dirigi a um debatedor mais velho, tarimbado, autor de livros e cursos sobre a técnica da discussão, anunciando “dar-lhe lições” sobre a arte do debate"

Tarimbado só se for na arte das falácias, né?

"Também jamais escrevi um artigo inteiro só para dizer que um sujeito é vaidoso, pois isso é conversa de salão de cabelereira. "

hehehehe. Não, apenas tem escrito linhas e mais linhas com esses profundos temas e reflexões! hahahahaha

"Definitivamente, não me pareço em nada com Rodrigo Constantino."

Ainda bem! Vc não é honesto, eis nossa insuperável diferença.

"quem acha você um chato invasivo não são os meus amigos. São eles e os meus inimigos. Dos que me amam até os que me odeiam, dos conservadores cristãos até os radicais vermelhos, sua fama é unânime."

Errado. Olavetes e a turma da "Olavo nos Odeia" são dois lados da MESMA moeda, como eu disse. Logo, não é de um espectro a outro, mas dois extremos que se parecem muito, na verdade. O resto considera ambos patéticos.

"Constantino, você acaba de perder a maior oportunidade de ficar calado que já teve nesta vida."

Não perderia a oportunidade de expor uma vez mais suas mentiras!

"Falta apenas saber onde estão elas. Até agora não vi nenhuma. Só vi malucos e, é claro, fakes do próprio Constantino."

hahahaha. Pobrezinho, fechou-se na seita ou MENTE descaradamente! Mal sabe ele a quantidade de mensagens que recebi. Mas devem ser todas de mim mesmo! hehehe; É de dar muita dó mesmo ver alguém apelando tanto assim. Deve ser um desespero insuportável para ele.

"Pelo menos não fui eu mesmo que as escrevi."

Novamente: JAMAIS escrevi uma mensagem no anonimato ou por fakes. Simplesmente não faço isso.

Rodrigo Constantino disse...

"Então para que alegar essa quantidade, exagerando-a até à demência de proclamar que bastaria para “um livro”?"

Para mostrar uma vez mais que vc MENTE.

"Constantino imagina ser o primeiro liberal que diz um “Não” às minhas opiniões. Ele é, sim, o primeiro e único liberal que diz que não sei escrever, que sou vaidoso, que sou mentiroso, que sou intolerante a divergências, que escravizo mentalmente meus alunos, que só escrevo palavrões em vez de argumentos, que venço debates no grito por incapacidade de raciocinar..."

Não sou o primeiro não. Vários outros já tinham inclusive me dito que vc era assim. Tive que ver com meus próprios olhos.

Pois é. O longo texto vazio de Olavo é mesmo coisa de um adolescente raivoso, apelando para as coisas mais toscas que existem. Eis a postura do nosso "grande filósofo"!

"Desde seus primeiros artigos ele me pareceu muito fraco e presunçoso, mas concedi a ele um espaço no MSM na esperança de que melhorasse."

Seria o caso de perguntar porque o MSM publicou uns 50 artigos meus! hehehe

Na verdade, EU que pedi para tirarem meu nome do site, coisa que o editor NÃO QUIS. Pedi para apagar tudo, qualquer histórico, para não ter meu nome associado ao de Olavo de forma alguma.

Anônimo disse...

Você deve, sim, colocar fixo em seu blog as respostas ao OC, como ele fez no dele.

Tudo que quer é tal confronto passe despercebido, prevalecendo a versão dele.

Ah! coloque o trecho do Voltaire e ainda o explique. Assim prova ou analfabetisdmo funcional ou desonestidade burra.

Não resisto!
Tenho que falar sobre a tolice de tipos que,
colocam a buzanfa na janela na janela,
e recebem forte raquetada nela.

O tipo após alegar que não perderia tempo com um “moleque idiota” e após produzir 5 (cinco) "respostas" ao "ignorante" ainda posta MAIS UMA, a sexta, para dizer que só publicou duas.
...hehehe!
É ele mesmo quem escreve: “Ao longo de todo o debate, como o leitor pode verificar”...hohoho! ....é show de bola!
.
De que se vale o tipo para fazer tal alegação? ...ahhhh! ...ele desvia o foco do fato de ter produzido 5 "respostas", e agora 6, apegando-se meramente numa questão gráfica. Ou seja, ele "contesta" a afirmação do Rodrigo de que ele está respondendo, ou “perdendo tempo”, com a alegação de que só postou 2 e não 5 artigos, dizendo que as demais são apenas mensagens. Ou seja, quer discutir a diferença entre artigo e mensagem, quando a questão é RESPOSTAS, sejam em artigos formais, mensagens, e-mails, comentários ou qualquer tipo de RESPOSTA ao Rodrigo que o faça “perder tempo”.
Eu percebo isso como um EMBUSTE de alguém capaz de abandonar as idéias para discutir a formalidade das palavras, tentando escapar da desmoralização saindo, e DE QUATRO, pela porta dos fundos.

Tem mais ridículo ainda, o tipo parece ironizar escrevendo:
“Ele tem o tempo todo para pensar em mim, eu estou ocupado demais para poder retribuir sua afeição”
...e depois:
“Observo, de passagem, que meu nome consta do título de quatro desses cinco artigos. Prova indiscutível de que seu autor não ataca minha pessoa e sim minhas idéias.”
.
....Porra! ...Mas ele mesmo escreveu 4 artigos/msgs com nome do Rodrigo no título. Será que os do Rodrigo são artigos por terem sido publicados no site do Casa Grande, enquanto os que Olavo publicou no próprio não os torna artigos? ...será que, pela mesma lógica usada para artigo/mensagem, Rodericus Constantinus não é uma referência ao Rodrigo Constantino???? ...Será que os títulos do “filósofo” são retribuição de afeição? São ataques às idéias ou apenas àquele que o faz perder tanto de seu precioso tempo???
...ele chama de mensagens no Orkut, àquelas publicadas no site dele!?!!
Porra! ...ele mesmo afirma seu convite para a tréplica, e ainda diz espera-la até hoje. ...mesmo tendo afirmado não querer perder tempo com um “moleque idiota”????? caracoles! ...difícil entender.

Mas nada supera sua insistência em diferenciar artigo de suas publicações dirigidas ao ataque pessoal. Se são artigos formais ou não, essa não foi a questão. ...isso é um disfarce tolo, é mesmo uma idiotice sem pé nem cabeça, mero ilusionismo para sua claque inconsolada.
Agora, cabe uma explicação sobre o que ele chama de “fotos adulteradas”. Isso é grave, embora devesse ter sido mais explícito afirmando que sua foto com Fidel seria falsa, ou noutra qualquer. ...mas, estranhamente, preferiu a vagueza solta ao vento.
.
Isso não é novidade, é comum ver tipos valerem-se de artifícios erísticos, com desenvoltura, na defesa de suas aparentes opiniões:
Podem falar vagamente como se específicamente, para induzir incautos ao erro;
podem omitir partes fundamentais de um assunto quando o desfavorecem,
podem "chutar" na expectativa do desconhecimento alheio,
podem deturpar o que foi dito, e até mesmo aquilo que se diz, quando assim convém.
Entre muitos outros artifícios, como o duplo sentido ou o vago sentido e por aí vai uma infinidade de "trambicagens intelectuais" para pegar incautos e tolos.

Essa do O.C. "justificar-se" alegando contra o que disse o Rodrigo, sobre as longas respostas/artigos que publicou (seja num meio informativo formal ou não), que foram apenas 2 artigos, sendo os outros meras mensagens, é algo que permite apenas duas alternativas:

1 - O tipo não tem bom discernimento, mostrando-se intelectualmente limitado na compreensão de idéias.
2 - O tipo simplesmente acredita que todos os demais são estúpidos o suficiente para caírem em embustes primários, dignos de mentes infantis.

...Bem, ressalto que as duas possibilidades* não se excluem mutuamente. Afinal, só um sujeito muito limitado é capaz de crer que todos, ou a maioria, serão tão limitados a ponto de se deixarem enganar por artifícios verbais tão frágeis como argumento.
Somente bobos e embusteiros conseguem se apegar em palavras em detrimento das idéias que elas claramente expõem.

Se eram cinco (5) as respostas, artigos/mensagens, agora são seis (6).
Cada vez mais o tipo se enrola tentando escapar.
É perfeitamente válida a sentença:
"uma pessoa que erra tende a cada vez mais chegar a conclusões absurdas para sustentar seu erro"
e parafraseando:
"quem mente uma vez, tende a mentir mais vezes para tentar esconder sua mentira inicial"
ou ainda:
"um tolo que fala uma asneira, tende a falar muitas asneiras mais, tentando justificar a primeira"

É... volta e meia o meu velho debate na "rede liberal" se apresenta: honestidade e inteligência caminham juntos, diretamente proporcional.

O tipo diz:
“como se o tópico em discussão fosse a religião em si e não as afirmações de Voltare subscritas por ele no artigo”
Porra! As afirmações de Voltaire eram sobre religião, e foram exibidas por ser o assunto q questão religiosa. Que sentido faz discutir o que Voltaire disse sobre religião sem discutir religião????
PORRA! ...O tópico em referência foi inclusive citado por OC: “O túmulo do fanatismo”. ....Porra! NÃO ERA o “Túmulo de Voltaire” ...hehehe!
Putz grila! ...isso é embuste para mais de metro e meio!
.
OC insiste na questão do “os judeus são um povo de ladrões”, quando a questão foi de que ESTA SERIA a conclusão segundo o que diz a bíblia. ...Basta expor as partes da bíblia para acabar a confusão. ...o tipo covardemente quer colar no Rodrigo o desqualificante anti-semitismo.
A bíblia relata FATOS que alega verdadeiros, não há parábolas ou charadas nestas partes, mas apenas relato de profetas e aquinhoados pela presença de Javé. Há relatos genocidas, de escravidão, de saque, de assassinato de crianças e etc.. Basta postar os trechos bíblicos. Como interpretar relatos de fatos feitos por profetas? Os profetas estavam mentindo? Que interpretação se pode dar?
Nitidamente OC tira um trecho totalmente fora do contexto a fim de antipatizar e desqualificar, em próprio benefício.
Abs
C. Mouro

Questão de meios e não de resultados:
A fortuna de um empresário honesto, advém do fato de produzir bens reais que as pessoas compram para aumentarem seu bem estar.
A fortuna das igrejas, advém do fato de ameaçarem os crentes com danações eternas ao mesmo tempo que prometem a salvação eterna para aqueles que obedecerem as determinações dos líderes igrejeiros, inclusive a de contribuir para o enriquecimento da igreja. Ou seja, um estelionatário também obtém recursos espontâneos ao enganar “os otários” ao vender-lhes fantasias.

Diz o tipo:
“Mas, se tudo o que você quer sugerir é que determinada opinião é majoritária, então, evidentemente, enumerar amostras não é argumentum ad populum, é apenas exemplificação indutiva,”

..E eu me lembrei do Delúbio Soares e aquilo que era apenas “RECURSOS NÃO CONTABILIZADOS” ...hehehe!

O tipo nunca erra:
“Desse exemplo isolado e raro, que aliás no meu entender não é nem erro mas uma OPÇÃO CONSCIENTE pela expressão popular em vez da gramatical - um direito elementar do escritor -” ...hehehe!

Anônimo disse...

Complicado essa situação, realmente os 2 lados da história mentem e erraram estou analisando muito essa discussão.

Anônimo disse...

Eu só conmheço a estória pelo site do OC e do Rodrigo. Mas sei que OC tem por hábito mentir e deturpar sem pejo, além de perceber que solta muita asneira sem nem corar. Talvez uma herança de seus tempos de apparatchik bolchevique.

Lá por 99 ou 2000 eu descobri o site do OC e fui lendo todos artigos, concordando com a maioria, que não eram tão voltados para militância católica (apparatchik católico?). Não li aqueles sobre astrologia, que tinham uma chamada no título.
Mas me decpcionei com algumas coisas, por exemplo um artigo em que ele apenas negava ter votado em Collor. Interpretei como covardia, pois negava algo que julgou pudesse ser uma suspeita negativa sobre ele, sem, contudo, declarar se votou Lulla ou anulou. Deveria ter sido mais preciso.

Outra foi um artigo, creio que "direito e garantia", em que defendia o direito positivo, limitando-o apenas pela possibilidade prática, e ao fim, absurdo dos absurdos, ainda afirma que isso não anula o direito natural. (talvez esse "natural" se travestisse no arbítrio divino) Uma aberração. Em tal artigo ele advoga a superioridade da "praxis", algo do tipo: "a disputa sobre a realidade ou não-realidade do pensamento isolado da praxis é bobagem".

Lá na rede liberal tentei me afastar de assuntos religiosos, não lendo os títulos sobre o filme paixão de cristo, acreditando que OC poderia ser útil a causa da liberdade. Mas as discussões fugiram do título e a disparada de mentiras foi excessiva. Os maníacos passaram a atribuir ao "judaico-cristianismo" a existência das idéias liberais clássicas, como se criadas pelo cristianismo. Nunca foram, uma descarada mentira. E eu postei um texto sob o título "Esquisitices em nada liberais" que foi respondido pelo Iório com um ataque pessoal seguido de pedido ao moderador para proibir tal tipo de post, ameaçando abandonar a lista caso tal se repetisse. Um outro respondeu educadamente, sem convencer. Mas tarde o bom Heitor (que dizia-se agnóstico) passou a tolamente contestar minhas colocações que contrariavam a idéia dos maníacos de dizer que sem religião, sobretudo o tal "judaico-cristianismo", não haveria ética ou moral, seria depravação e etc.. Coloquei vários textos confrontado, sem receber eresposta senão por frases idiotas. Até que o tipo alegou que a moral por conta da inteligência seria "vivaldice" e saiu chutando "mesas e cadeiras", recebendo um resposta muito educada mostrando as besteras que manifestou. E a resposta foi o ataque pessoal, eu daria "tapas de luvas" e etc. e blá blá blá. ...sem nenhum argumento. OC soltava suas asneiras, falando absurdos sobre absurdos, destemperado, xingando idiotamente. E eu li alguns post e não postei um texto a fim de não confrontar o embusteiro, ainda crendo que tivesse valor para as idéias liberais. Não coloquei o texto "Liberalismo travesti" para não aumentar a discórdia. Mas dali para frente OC deu um chilique e foi suspenso (o pretexto que queria para se mandar) e assim foi, abandonou a lista e foi seguido por suas olavetes que fizeram outra não permitindo divergentes, nem mesmo os neutros, ao que parece.
Então eu percebi que o tipo é um embusteiro que nem respeito merece; mente desavergonhadamente, deturpa e sempre transforma debates em confusão e xingamento dos mais baixos, coisa de bebum desclassificado, simplesmente com intyuito de tumultuiar para não permitir uma análise fria de seus chutes, asneiras, deturpações e mentiras descaradas.

Estes tipos nada tem com a defesa da liberdade, são uns maníacos totalitários, que se valem de artifícios para ludibriar incautos. OC usou as idéias liberais apenas para limpar o traseiro sujo de sua atual ideologia, mas não tem qualquer apego pela liberdade igual para todos. É um embusteiro, que se convenceu de que deve ser o líder do pedaço. E que deve tomar para sua nova ideologia e organização gestora, a tarefa de guiar o rebanho não socialista para outro totalitarismo. Para isso mente, deturpa, falseia, bota coisas em boca alheia, se contradiz e faz qualquer coisa que julgue útil para o momento. E eu digo que isso não serve para nada, que só expõem ao ridículo aqueles que têm idéias e fundamentos. Será inútil às idéias liberais. Aliás as olavetes e o próprio já fizeram afirmações mentirosas contra os liberais. Não raro atribuem matreiramente a matança da Rv. Francesa aos liberais. Seria o francesinho um liberal? ...eles não se envergonham de mentir pela causa, de deturpar, de criar confusão e etc. Mas foi o próprio OC no MSM, se não me engano, quem escreveu para dizer que os liberais derivam dos conservadores e blá blá blá. Ou seja, dizem qualquer coisa que creiam útil para o momento.
...esses tipos não servem para nada, além de envergonhar quem, sendo coerente, esteja a seu lado.

Me arrependi amargamente sobre o embusteiro e sua turma de papagaios e "pitburros". Em vários debates com estes tipos a mentira é farta, as deturpações, as malandragens, os "mau entendidos", os "mostra onde falei isso" (´por vezes dá trabalho, e, mostrado apenas o silêncio cínico), colocam palavras na boca alheia, numa azeitona "enchergam" um cafezal e etc., tudo fazem para obscurecer qualquer debate. Isso não serve para idéias liberais, isso serva ´para ideologias que querem engabelar incautos e espertalhões.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Obs.: quem falou da "vivaldice" foi o bom Heitor.

Anônimo disse...

C. Mouro,

Disse muito bem:

"Estes tipos nada tem com a defesa da liberdade, são uns maníacos totalitários, que se valem de artifícios para ludibriar incautos. (...) mas não tem qualquer apego pela liberdade igual para todos."

OC dá vergonha quando confundido com um liberal. E ele realmetne acha que é sua "missão divina" liderar o rebanho. Que rebanho é este temos visto bem claramente nestes últimos dias, mas ele, megalomaníaco, acha que é o "salvador das Américas."

Tenha dó.

Um grande abraço,
Helena.

Rodrigo Constantino disse...

O Olavo me acusa de anti-semitismo, tirando uma frase de Voltaire do contexto. Então vejamos quem era anti-semita mesmo:

"O alvo primário da Inquisição espanhola seria a população judaica da Península Ibérica. A Inquisição na Espanha iria antecipar a patologia do nazismo do século XX. Na última década do século XIV, muitas famílias judias na Espanha, intimidadas pela perseguição contra elas dirigida, haviam renunciado à sua fé e abraçado o cristianismo. Tornaram-se conhecidos como 'conversos'. No todo, os 'conversos' e suas famílias tendiam a estar entre as pessoas mais instruídas da Espanha. Desde o momento de sua criação, a Inquisição espanhola lançara olhos cobiçosos sobre a riqueza judia. A Inquisição endossou com entusiasmo o virulento anti-semitismo já promulgado por um notório pregador, Alonso de Espina, que odiava igualmente judeus e 'conversos'. Mobilizando apoio popular, Alonso defendera a completa extirpação do judaísmo da Espanha - por expulsão ou extermínio. A proposta de expulsar todos os judeus da Espanha veio diretamente da Inquisição. A 12 de maio de 1486, todos os judeus foram enxotados de grandes partes de Aragão. Torquemada parece ter aceito o adiamento pela Coroa da expulsão de todos os judeus da Espanha até que o Reino muçulmano de Granada fosse final e definitivamente conquistado. (...) Assim surgiu o notório caso da 'Santa Criança de La Guardia', uma fabricação mais crassa que qualquer outra perpetrada em nosso século por Hitler ou Stalin. A 14 de novembro de 1491, duas semanas antes da queda de Granada, cinco judeus e seis 'conversos' foram mandados par a estaca em Ávila. Haviam sido condenados por profanarem a hóstia. (...) um édito real ordenava que todos os judeus da Espanha se convertessem ou fossem expulsos. Como disse Carlos Fuentes, a Espanha, em 1492, baniu a sensualidade com os mouros, a inteligência com os judeus, e ficou estéril durante os cinco séculos seguintes. (...) A 4 de dezembro de 1808, o próprio Napoleão chegava a Madri. Nesse mesmo dia, emitiu um decreto abolindo a Inquisição (...)"

De "A Inquisição", de Michael Baigent e Richard Leigh

Anônimo disse...

Tenho acompanhado esse "debate", e ambos se acusam de mais xingar do que argumentar. O que pude perceber é que o Rodrigo faz isso melhor que o Olavo, e a cada comentário precisa reiterar que ele ou é mentiroso, ou psicótico, paranóico e etc... Bem parece que realmente Rodrigo constantino quis criar polêmica para chamar a atenção, mas o efeito foi bem ao contrário. Acompanhei alguns dos seus artigos, gosto dos seus textos, mas essa contenda com Olavo só está lhe fazendo mal, cada vez que vc tenta se explicar se afunda mais.

Anônimo disse...

mero papagueamento do que eu disse acima: quanto mais OC tenta escapar pela porta dos fundos (e de quatro), mais ele precisa usar artíficios cada vez mais evidentes. ...cada vez se enrola mais

Frase antiga:
...malandro demais se enrola!

Abs
C. Mouro

Anônimo disse...

Esse cara ta ficando doido, vendo O.C em qualquer comentário, depois ele que é paranoico, se liga.

Papagueação de que? dos seus comentários superficiais sobre os artigos deles?

INTERCEPTOR disse...

Quando um dos colegas aí afirmou que conservadores não têm grandes objeções contra o estatismo, ele estava certo.

Um mala sem Alca

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Perguntinha inicial, só a título de exemplo: se a Alca é um plano do "imperialismo ianque" para se tornar mais poderoso às nossas custas, por que tantos americanos a denunciam como atentado globalista à soberania dos EUA?
Sim, a hostilidade à Alca é tão grande em Washington e Nova York quanto no Rio ou em Brasília, mas por motivos simetricamente inversos. Alguém aí está radicalmente enganado. Para adivinhar quem, basta notar que os inimigos americanos da Alca sabem o que os brasileiros dizem dela, mas a recíproca não é verdadeira. No Brasil a mera sugestão de que a Alca não é boa para os EUA é recebida com incrédula surpresa e escândalo, quando não com a repulsa automática que acusa o mensageiro de "agente do imperialismo", "vendilhão", "traidor", "apátrida" etc. etc.


Patriochavismo - Olavo de Carvalho. Jornal do Brasil, 01 de março de 2007
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Quem seriam os "globalistas" acusados por OC? Seriam estes?

Gerdau, mudando, vai também para a India
Este ano, os Gerdau promoverão mais um delicado movimento de rotação na sua cadeia de mando principal, arredondando o processo de sucessão, que colocará na direção dos negócios a quarta geração dos Gerdau (João, Curt e Jorge são as anteriores), mas significará sobretudo a profissionalização do Grupo do RS.
Isto ocorre simultaneamente ao processo de veloz globalização do Grupo, que já o levou a plantar siderúrgicas em vários Países da América Latina, nos Estados Unidos e Canadá, além da Espanha.


http://www.polibiobraga.com.br - Porto Alegre, terça-feira, 03 de janeiro de 2006


Ou seria o próprio presidente americano?

Bush destacou que os Estados Unidos se comprometeram em reduzir seus subsídios agrícolas, como defende o Brasil, desde que a União Européia faça o mesmo. Ele explicou que, assim como o presidente Lula, ele precisa justificar aos agricultores do seu país a medida como uma oportunidade de acesso a mercados.

Bush e Lula trocam elogios sobre política comercial - PATRÍCIA ZIMMERMANN. Folha Online

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Olavo é bom para detectar as forças anti-mercado no Brasil (CUT, MST etc.), mas quando se trata de aplicar o mesmo raciocínio aos EUA (como a central sindical Union), tais forças não existem. Para ele seriam mantenedoras do boa "civilização judaico-cristã" se seu paranóico raciocínio estivesse certo. A teoria não muda, popperianamente falando. Não, tudo é que tem que mudar para se encaixar na sua teoria conspiratória.

Rodrigo Constantino disse...

Resposta ao último artigo de Olavo sobre mim, onde mudou o tom:

"Você conserva as suas opiniões sobre mim, eu as minhas sobre você."

Não conservo apenas opiniões, Olavo, eu mostro que vc é mentiroso e sem caráter.

"Você algum dia já imaginou a possibilidade de estar inteiramente errado?"

Já sim. Sempre. Aliás, devo isso em parte a Popper, que vc considera um desqualificado. Busco com objetividade coisas contrárias ao que acredito, e mantenho aquilo que mais parece lógico, evitando o contraditório.

"Antes de criticar o cristianismo, você tentou ler literatura cristã pelo tempo e com a atenção que você concedeu a Ayn Rand, Voltaire e Karl Popper, digamos?"

Fui conhecer esses autores muito depois de ler coisas sobre o Cristianismo. Fui batizado, fiz primeira comunhão, tenho tio padre, até igreja eu ia de vez em quando. Mas comecei a ver, fora o lado bom, toda a hipocrisia, as mentiras, o poder, a lavagem cerebral e a doutrinação.

"Aos quinze anos, eu era tão admirador de Voltaire quanto você é hoje"

Mas eu não tenho 15, e sim 30, o dobro.

"Felizmente dei uma longa volta pelo marxismo depois disso e, quando percebi que o marxismo estava errado"

Já eu jamais fui marxista, pois sempre, desde cedo, entendi que tava tudo ali errado, que era idealização da inveja, coletivismo, podridão.

"o que afinal de contas não é tão difícil"

Pra vc ver! Não é difícil mas te conquistou por muito tempo. Será que vc não questiona que pode lhe faltar alguma ferramente útil para a busca da verdade?

"Enquanto não concedemos às idéias que nos repugnam a mesma chance que concedemos àquelas que nos agradam, estamos em plena fé cega, ainda que essa fé seja em algo a que chamamos “razão”. "

De acordo. Por isso leio e já li coisas de esquerdistas, de conservadores, de religiosos etc. E felizmente não acreditei nessas coisas, com a exceção da religião, quando eu era ingênuo e bem novo. Mas até aí, já acreditei no Papai Noel também, até uns 5 anos. O processo de despertar, aliás, é parecido.

Anônimo disse...

O Olavo é um grande leitor e escritor, sem dúvida. O problema é que isso só vale em quantidade. Como leitor (se é que realmente leu bem os seus livros), parece que não consegue captar as idéias mais aprimoradas e interessantes dos liberais a que, de um modo torto, se filia. Como escritor, usa muito bem a linguagem, o que é fundamental para conquistar seus seguidores. E aí está o problema. Os seus escritos têm um objetivo claro: o convencimento dos leitores pela via psicológica, e não racional! Por isso seus textos são recheados de falácias, de artimanhas persuasivas encantadoras para o tipo de leitor mais comum, mas vazias em argumentação, na maior parte do tempo. Isso situa Olavo e Cia. em um dos lados de uma luta imbecil, a da direita e da esquerda. Se o pretenso filósofo tivesse aprendido mais nas leituras que fez de Ortega y Gasset, autor que tanto elogia, talvez mudaria a sua posição, seria mais comedido, mais "filósofo" (como pretende ser), e menos combatente. Poderia até ser brilhante! Mas, no ponto em que está, e em vista de tudo o que construiu com seu fanatismo, Olavo parece apenas um combatente que forjou a sua causa e arrebanhou guerrilheiros, na multidão de leitores ávidos por uma identidade. Um fenômeno das massas! A política como futebol! Isto é, escolha seu time, e vá em frente.
Por tudo isso, eu acho o seu esforço, Rodrigo, admirável, mas inútil, pois o efeito é inverso. Olavo vive das polêmicas, da guerra, das falácias. Ele usa o seu texto, habilmente, para se fortalecer antes os olhos dos seus admiradores. Ignorar Olavo, a meu ver, é a maneira mais eficaz de dar a ele o que ele merece, ou seja, nada.

Anônimo disse...

Rodrigo Cassio foi fantástico, absolutamente preciso no que tange a OC. Escreveu magistralmente.

Eu apenas discordo sobre sua opinião no embate. Pois ele foi muito ruim para OC, por mais que ele agora queira inverter o "jogo". O próprio OC já percebeu que seus embustes acabaram aparecendo, foram expostos e ele sabe o quanto foi ruim.
Os embusteiros gostam de ser ignorados e não confrontados. A própria esquerda ao ser ignorada por aqueles que sabiam defender as idéias liberais/libertárias conseguiu a façanha de (de)formar consciências, manipular a vaidade e produzir sensação de conhecimento, pois QUEM CALA CONSENTE.
Creio que foi ótimo. Além do que, nada melhor do que criar uma nova polarização, deixando as imbecilidades socialistas marxistas como "idiotices superadas pelo debate moderno". O que vai nas vaidosas mentes populares está muito aquém do que se possa entender por racionalidade ...é só vaidaade. E isso as ideologias manipulam com maestria.

Fora isso o comentário foi fantástico, magnífico ...só não invejo porque admiro (entenda-se o que digo).
Como Montaigne e tantos outros pensadores como Nietzsche éntre outros perceberam: os que orgulham-se do que são não se permitem a inveja, que é a grande prova de que não poderão jamais sentirem orgulho do que são. A admiração não é característica dos tolos, estes a substituem pela inveja, que deseja a destrui~ção alheia para evitar as comparações a si desfavoráveis.
Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Carissimo A. H., os embusteiros dizem coisas segundo as conveniências de momento. Podem tentar ususrpar as idéias liberais para si como em seguida podem afirma-las semelhantes as marxistas e depois dize-las semelhantyes às conservadoras.
Podem chamar Marx de ateu e satanista ao mesmo tempo e....
A contradição não os encabula, talvez isso seja coisa da dialética ...hehehe!

Forte abraço
C. Mouro

Rodrigo Constantino disse...

Olavo, que todos já sabem agora que vc mente compulsivamente, é fato. Mas creio que vc está apelando mais que o normal para agradar seus bajuladores olavetes. Veja o que vc afirmou:

"Perguntei ao Constantino, no meu site, se ele "Leu The Cloud of Unknowing, os Relatos de um Peregrino Russo, os livros de Thomas Merton, Louis Lavelle, Bernard Lonergan, Wolfgang Smith, ou, para ficar mais perto, A Descoberta do Outro, do nosso Gustavo Corção? Leu-os sem prevenção, com isenção, concedendo-lhes a mesma credibilidade inicial que concedeu a outros livros, da sua preferência?"
Ele respondeu que sim."

Agora, por favor, mostre onde foi que dei essa resposta, pois eu não me lembro dela...

É feio mentir tanto, Olavo!

INTERCEPTOR disse...

É feio mentir e DELIRAR TANTO!!!

Jarbas Passarinho em Quem mudou? , Jornal do Brasil (27/02), escreveu:


Em 2000, o Partido Comunista Cubano organizou, em São Paulo, um encontro dos partidos comunistas da América Central e do Sul, inclusive as Farc, guerrilha comunista colombiana. Lula fez parte desse Foro de São Paulo, cujo lema era "fazer dar certo o que não deu na Europa do Leste". Claramente, tratava-se de reeditar o marxismo-leninismo supostamente aperfeiçoado. Ele venerava Fidel Castro e o visitava freqüentemente. Hoje, seu avião sobrevoa Cuba mas não aterrisa lá.

O ex-senador e ministro, contumaz defensor do regime militar brasileiro, não credita poder ao Foro de São Paulo sobre o governo federal. Lula e o PT teriam se rendido à realidade econômica, ou melhor, se adaptado às necessidades da governabilidade. No entanto, quais são os fatos que sustentam a conspiração e sua eficácia para o Mídia Sem Máscara?

Como diria Voltaire "silêncio! O livro de destino se fecha para nós"...

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Labels: Foro de São Paulo; Olavo de Carvalho e suas sandices

Rodrigo Constantino disse...

""Onde foi que eu respondi que "sim", que li ESSES livros?????!!!!!", pergunta o Punhetino, agora na sua própria comunidade. Ah, você não leu, Constantino? Então por que não confessou isso quanto lhe perguntei, em vez de embromar? Você nem percebeu que, diante da sua enrolação, decidi jogar o verde para colher o maduro. Partindo do princípio de que quem cala consente, tomei o seu blá-blá-blá como resposta positiva, só para mostrar que você é mesmo um vigarista. Você caiu como um pato."

Vejam só que coisa! Esse senhor de idade MENTE descaradamente, AFIRMANDO que eu disse algo que nunca disse (como fez várias outras vezes), e agora CONFESSA que fez isso, mas MENTE novamente falando que estava "jogando um verde". Pego na mentira, me sai com essa!

Eu vejo garotos miseráveis na rua e fico com pena. Vejo as famílias vítimas da violência no Brasil e fico com muita pena. Mas não posso evitar de sentir mais pena ainda do pobre Olavo. Que pobre coitado!

PS: só ao ficar me chamando de Punhetino, termo cunhado pelo mais imbecil dos olavetes (e a disputa é acirrada), Olavo demonstra não passar de um adolescente em corpo (acabado) de adulto. Esse é o "grande filósofo brasileiro", na cabecinha dos poucos bajuladores que ainda tem. Dureza!

Anônimo disse...

Sou leitor do site MidiaSemMascara e, depois de algum tempo sem le-lo, fiquei surpreso com o rumo que seguiu esse debate entre o Sr. Rodrigo e o Sr. Olavo. Espero que, com este texto, possa colocar uma nova maneira de ver o tema Religiao.




Eu gostaria de reiterar, não apenas para explicar oralmente, mas tambem para que fique entendido profundamente, o sentido da religiao. Mas antes de penetrar nessa questão, teremos de ser muito explicitos quanto ao que e a mente religiosa e qual o estado de uma mente que investigue realmente todo o problema religioso.
Parece-me muito importante entender a diferenca entre isolamento e estar so. Grande parte de nossa atividade diária está centrada em torno de nós mesmos; funda-se em nosso ponto de vista, em nossas experiencias particulares e idiossincracias. Pensamos em termos de nossas famílias, de nosso emprego, do que desejamos alcancar, e tambem em termos de medo, esperanca e desespero. Tudo isso está, obviamente, centrado em nós mesmos e suscita um estado de auto-isolamento – como vemos em noosa vida diária. Temos nossos desejos secretos, nossas buscas ocultas, nossas ambições e nunca estamos profundamente relacionados com ninguém, nem mesmo com nossas esposas, nossos esposos, nossos filhos. Este auto-isolamento é, também, resultado de nossa fuga ao tédio diário, as frustações e trivialidades da vida de cada dia. É causado, ainda por nossa fuga, sob várias formas, de extraordinária sensação de solidão que converge sobre nós, quando subitamente nos sentimos desvinculados de tudo, quando tudo esta distante, não existindo relacionamento com ninguém , nem comunhão. Creio que muitos de nós, se conscientes dos processos de nosso próprio ser, sentimos essa solidão muito profundamente.
Devido a essa solidão, devido a esse estado de isolamento, tentamos nos identificar com algo maior que a mente. Pode ser o Estado, ou um ideal, ou um conceito do que seja Deus. Esta identificação com algo grande ou imortal, algo estranho ao campo de nosso próprio pensamento, é geralmente chamado de religião e conduz a crenças, dógmas, rituais, a persiguições separatistas entre grupos competitivos, cada qual acreditando em diferente aspectos da mesma coisa. De forma que o que chamamos religião provoca mais isolamento.
Então vemos como a terra está dividida entre nações concorrentes, cada uma com seus governos soberanos e barreiras economicas. Embora sejamos todos seres humanos, erguemos muralhas entre nós e nossos vizinhos, através de nacionalismo, raça, casta e classe, o que, de novo, gera isolamento, solidão.
Agora, a mente que fica presa na solidão, nesse estado de isolamento, não pode jamais entender o que é religião. Ela pode acreditar, ter certas teorias, conceitos, fórmulas, pode tentar icentificar-se com aquilo que chame de Deus, mas religião, me parece, nada tem a ver com qualquer crença, com qualquer padre, com qualquer igreja ou assim chamado livro sagrado. O estado da mente religiosa só pode ser entendido quando começamos a compreender o que é a beleza, e o sentimento da beleza precisa ser abordado com um absoluto estar só. Só quando a mente está absolutamente só, e em nenhum outro estado, ela pode conhecer a beleza.
Estar só não é, obviamente, o mesmo que isolamento e não é excentricidade. Ser excentrico é ser, de algum modo, incomum, enquanto que o estar absolutamente só demanda uma extraordinária sensibilidade, inteligencia e compreensão. Estar completamente só implica uma mente livre de qualquer tipo de influencia, não estando, portanto, contaminada pela sociedade. E ela precisa estar só para entender o que é religião – que é descobrir por nós mesmos se existe algo imortal, além do tempo.
A mente, como se encontra hoje, é o resultado de muitos milhares de anos de influencias – biológicas, sociológicas, ambientais, climáticas, alimentares e assim por diante. Isso está bastante evidente. Voces são influenciados pela comida que comem, pelo jornal que leem, por sua esposa ou esposo, pelo seu vizinho, pelos políticos, pelo rádio e pela televisão e por centenas de outra coisas. Voce está completamente influenciado pelo que é vertido de muitas diferentes direções para dentro tanto da mente consciente como da mente inconsciente. Mas não é possível estar bem ciente de todas essas várias influencias, não ser capturados por nenhuma delas e permanecer totalmente impoluto? Se não for assim, a mente se transforma num mero instrumento de seu meio. Ela pode criar uma imagem do que pensa ser Deus, ou a Verdade Eterna, e acreditar nisso, mas ainda estará moldad pelas exigencias, pelas tensões, pelas superstições, pelas pressões do meio e sua crença não terá absolutamente nada a ver com o estado de uma mente religiosa.
Como cristãos voces foram criados no seio de uma igreja erigida pelo homem há cerca de dois mil anos, com seus padres, seus dógmas e rituais. Na infancia foram batizados e quando cresceram lhes foi dito em que acreditar; voces passaram por todo esse processo de condicionamento, de lavagem cerebral. Apressão dessa religiao propagandista é, obviamente, muito forte, sobretudo porque ela é bem organizada e apta a exercer influencia psicológica através da educação, de adoração de imagens, do medo, e capz de condicionar a mente de incontáveis maneiras. Por todo o Oriente, as pessoas também estão fortemente condicionada por suas crenças, seus dógmas, suas superstições e por uma tradição que retrocede há mais de dez mil anos.
Agora, a menos que a mente tenha liberdade, ela não poderá encontrar a verdade, e ter liberdade equivale a estar livre de todas as influencias. Voces precisam estar livres da influencia de sua nacionalidade e de suas igrejas, com seus dógmas e suas creças e também da ganancia, da inveja, do medo, da ambição, da competição, da ansiedade. Se a mente não estiver livre de todas estas coisas, as várias pressões externas e internas, que se chocam dentro dela, gerarão um estado neurótico, contraditório e tal mente não poderá absolutamente descobrir a verdade ou se existe algo além do tempo.
De forma que aquilatamos o quanto é necessário que a mente se liberte de toda a influencia. Mas isso é possível? Se não é possível, então não pode haver descoberta do que é eterno, inominável, supremo. Para descobrirmos por nós mesmos se isso é ou não possível, precisamos estar conscientes de todas essas várias influencias, não apenas aqui, mas também em nossa vida diária. Precisamos perceber o quanto elas estão contaminando, moldando, condicionando a mente. Não podemos, obviamente, estar conscientes todo o tempo das muitas influencias diferentes que povoam a mente, mas podemos ver a importancia – que considero o fulcro da questão – de estarmos livres de toda influencia. Quando compreendemos a necessidade disso, o inconsciente torna-se conscio dessa influencia, mesmo que a mente consciente, frequentemente, não o esteja.
Estou sendo claro? O que estou tentando salientar é o seguinte: existem influencias extraordinariamente sutis que estão moldando suas mentes, e a mente que é moldada por influencias que estão sempre situadas dentro do campo do tempo não pode, absolutamente, descobrir o eterno, ou se o eterno existe. Então é esta a questão: Se a mente consciente não pode, absolutamente, estar ciente de todas as múltiplas influencias, o que deve fazer? Se voces fizerem essa pergunta a voces mesmos, com honestidade, com seriedade, de tal forma que ela demande sua total atenção, verão que o lado inconsciente de voces, que não está inteiramente ocupado quando as camadas superiores da mente estão funcionando, assume o comando e percebe todas as influencias que estão chegando.
Acho muito importante entenderem, porque se voces apenas resistirem ou se defenderem contra o fato de serem influenciados, essa resistencia, que é uma reação, cria mais um condicionamento da mente. O entendimento do total processo de influencia precisa ocorrer sem esforço; precisa possuir a qualidade da imediata percepção. Desta forma: Se voces compreenderem, realmente, por si mesmos, a tremenda importancia de não estarem influenciados, uma parte de suas mentes assume a responsabilidade, sempre que voces estejam conscientemente ocupados com outras coisase essa parte da mente é muito alerta, ativa, vigilante. Desse modo é importante compreender, imediatamente, o enorme significado de não estar sob a influencia de quaisquer circunstancias ou de quaisquer pessoas, sejam elas quais forem. Esse é o ponto pricipal e não o que fazer no caso de serem influenciados, ou de como resistir à influencia. Uma vez que tenham entendido essa questão fundamental, descobrirão que existe uma parte em suas mentes que está sempre alerta e vigilante, sempre pronta a se purificar de toda influencia por mais stil. Desta libertação de toda influencia nasce o estar só, que é completamente diferente do isolamento. É preciso existir esse estar só, porque a belza se situa para além das fronteiras do tempo, e só a mente que esteja completamente só pode conhecer o que é a beleza.
Para muitos de nós, beleza é uma questão de proporção, forma, dimensão, contorno, cor. Vemos um edifício, uma árvore, uma montanha, um rio e dizemos que são belos. Mas existe também o estranho, o experimentador que está observando essas coisas e, consequentemente, o que chamamos de beleza ainda se situa dentro da área do tempo. Mas eu sinto que a belza está além do tempo e que, para conhece-la, é preciso que finde o experimentador. O experimentador consiste apenas num acúmulo de experiencia a partit das quais julgar, avaliar, pensar. Quando a mente olha uma pintura, ou ouve uma música, ou acompanha a marcha ligeira de um rio, geralmente o faz a partir desse antecedente de experiencia acumulada. Está olhando a partir do passado, a partir do campo do tempo, e, para mim, isso não é conhecer absolutamente a beleza. Conhecer a beleza, que é descobrir o eterno, só é possível quando a mente se encontra completamente só. E isso não tem nada a ver com o que os padres dizem, com o que as religiões organizadas dizem. A mente precisa estar totalmente livre de influencias, não contaminada pela sociedade, pela estrutura psicológica da ganancia, da inveja, da ansiedade, do medo. Precisa estar completamente livre de tudo isso. Dessa liberdade surge o estar só e só nesse estado – de estar só – é que a mente pode conhecer aquilo que jaz além do campo do tempo.
A beleza e aquilo que é eterno não podem separar-se. Voces podem pintar, escrever, admirar a natureza, mas se houver, no self, atividade sob qualquer forma, qualquer movimento autocentrado do pensamento, o que voces percebem deixa de ser belo, porque ainda está no campo do tempo. E se voces não entenderem a beleza, não poderão descobrir o que é eterno, porque os dois caminham lado a lado. Para descobrir o que é eterno, imortal, suas mentes precisam estar livres do tempo – sendo tempo tradição, conhecimentos e experiencias acumuladas do passado. Não se trata de saber em que voces acreditam ou não. Isso é imatura, extremamente infantil e não tem absolutamente nada a ver com o assunto. Mas a mente que não está brincando, que deseja realmente descobrir, abandonará totalmente a atividade egocentrica do isolamento e, desta forma, atingirá um estado em que estará completamente só. E somente nesse estado de estar absolutamente só pode surgir a compreensão da beleza, daquilo que é eterno.
Voces sabem, as palavras são coisas perigosas porque são símbolos e os símbolos não são o real. Elas encerram um significado, um conceito, mas a palavra não é a coisa. De modo que, quando falo do eterno, voces tem que descobrir se estão sendo apenas influenciados por minhas palavras ou se estão aprisionados em uma crença, o que seria muito infantil.
Agora, para descobrir se existe uma coisa como o eterno, precisamos entender o que é o tempo. O tempo é a coisa mais extraordinária. Não me refiro ao tempo cronológico, tempo marcado pelo relógio, ambos óbvios e necessários. Estou me referindo ao tempo como continuidade psicológica. É possível viver sem essa continuidade? Sem dúvida, é o pensamento que imprime continuidade. Se pensamos constantemente numa coisa, ela tem continuidade. Se olhamos para a foto de nossa esposa todo dia, damos a isso uma continuidade. É possível viver nesse mundo sem dar continuidade à ação, de forma a que enfrentemos cada ação, de novo? Isto é, posso no decorrer do dia morrer para cada ação, de maneira a que a mente jamais acumule e portanto nunca esteja contaminada pelo passado, mas sempre nova, fresca, inocente? Afirmo que essa coisa é possível, que podemos viver dessa forma. O que não significa que seja válido para voces. Voces tem que descobrir por si.
Assim, começamos a perceber que a mente precisa estar completamente só, mas não isolada. Nesse estado de estar absolutamente só nasce um senso de extraordinária beleza, de algo não criado pela mente. Não tem nada a ver com combinar algumas notas musicais ou usar alguns pincéis para pintar um quadro, mas porque, estando só, a mente atinge a beleza e torna-se portanto, completamente sensível. E estando completamente sensível, é inteligente. Sua inteligencia não é a da astúcia ou do conhecimento, nem a capacidade de fazer alguma coisa. A mente é inteligente no sentido de que não está sendo dominada, influenciada, de que não tem medo. Mas para estar nesse estado a mente precisa estar apta a se renovar diariamente, isto é, morrer para o passado a cada dia, a morrer, a cada dia, para tudo que conheceu.
Como disse, a palavra, o símbolo, não é o real. A palavra árvore não é árvore, de forma que precisamos estar muito alertas para não cairmos na rede das palavras. Quando a mente se liberta da palavra, do símbolo, ela se torna surpreendentemente sensível e está em estado de descobrimento.
Afinal de contas, o homem tem buscado por tanto tempo: desde as mais antigas eras até nossos dias. Ele deseja descobrir algo que não tenha sido feito pelo homem. Embora as religiões instituídas não tenham sentido para o homem inteligente, sempre afirmaram que existe algo além. O homem, por estar eternamente amargurado, miserável, confuso, desesperado, sempre procurou esse algo. Estando sempre em estado de transitoriedade, ele deseja encontrar algo permanente, algo que dure, que perdure, que venha a ter uma continuidade, e, por conseguinte, sempre se encontrou no campo do tempo. Mas, como podemos notar, não existe nada permanente. Nossas relações, nossos empregos, tudo é transitório. Devido a nosso tremendo medo dessa transitoriedade, estamos sempre em busca de algo permanente que chamamos de imortal, eterno ou o que mais seja. Mas a busca do permanente, do eterno, do imortal constitui apenas uma reação e, portanto, não tem valor. Só quando a mente se liberta desse desejo de ter certeza pode começar a descobrir se existe uma coisa que seja eterna , algo além do tempo, além do espaço, alé, do pensador e da coisa em que ele esteja pensando ou buscando. Perceber e entender tudo isso requer total atenção e a maleabilidade da disciplina que deriva dessa atenção. Nessa atenção não há distração, não há tensão, não há movimento em nenhuma direção particular, porque cada um desses movimentos, cada um desses motivos, resulta de influencia, ou do passado ou do presente. Nesse estado de atenção distendida, nasce um extraordinário senso de liberdade e, só então, estando totalmente vazia, quieta, imóvel, a mente é capaz de descobrir aquilo que é eterno.
Talvez queiram fazer perguntas a respeito do que dissemos.

Interlocutor: Como podemos libertar-nos do desejo de ter certeza?

Krishnamurti: A palavra como implica um método, não implica? Se voce for um construtor e eu lhe perguntar como se constrói uma casa, voce pode me orientar, por que existe um método, um sistema, uma forma de começar. Mas seguir um método ou um sistema já condicionou a mente. Veja então a dificuldade implícita no uso dessa palavra como.
Depois temos também que entender o desejo. O que é o desejo? Existe a visão ou percepção, depois contato ou toque, depois sensação e finalmente o despertar daquilo que chamamos desejo. É isso que, indubitavelmente, ocorre. Por favor, prestem bem atenção. Existe a visão, por exemplo, de um belo carro. A partir desse ato, mesmo sem tocar o carro, surge a sensação, que gera o desejo de guiá-lo, de possuí-lo. Não estamos preocupados com como resistir ou livrar-nos do desejo, porque o homem que resiste e pensa estar livre do desejo, está, na verdade, paralisado, morto. O importante é entender todo o processo do desejo, que equivale a perceber tanto sua relevancia como sua total irrelevancia. Temos que descobrir não como por termo ao desejo, mas outra coisa inteiramente diferente.
Então, o importante não é o desejo, mas o fato de lhe darmos continuidade. Por exemplo: imprimimos continuidade à sexualidade através do pensamento, de imagens, de sensações, de lembranças; perpetuamos-lhe a lembrança, pensando nela, e tudo isso imprime continuidade à sexualidade, à importancia dos sentidos. Não que os sentidos não sejam importantes: são. Mas damos ao prazer dos sentidos uma continuidade que se torna irresistivelmente importante em nossas vidas. Então, o que importa não é livrar-se do desejo, mas entender-lhe a estrutura e como o pensamento lhe imprime continuidade – isso é tudo. Do momento em que voces ansiarem por livrar-se do desejo, cairão nas malhas do conflito. Cada vez que virem um carro, uma mulher, uma casa ou qualquer coisa que os possa atrair, o pensamento se imiscui, imprime ao desejo continuidade, e tudo se transforma num problema sem fim.
O importante é viver uma vida sem tensões, sem um único problema. Voces poderão viver sem problemas se compreenderem a natureza do esforço e perceberem, com nitidez, toda a estrutura do desejo. Muitos de nós temos milhares de problemas e para nos livrarmos deles, precisamos estar aptos a eliminá-los imediatamente, assim que nascem. É imprescindível que a mente que a mente não tenha problema algum e que, desse modo, viva uma vida descontraída. Tal mente, sem dúvida nenhuma, só pode ser a mente religiosa porque ela entendeu a dor e a morte da dor. Não tem medo e, por conseguinte, é uma luz para si mesma.


Extraído do registro autentico da décima palestra proferida em público em Saanen, 2 de agosto de 1964, in Collected Works of Krishnamurti, 1991 Krishnamurti Foundation of America.

Saanen, 2 de agosto de 1964.

Anônimo disse...

Extraído do primeiro parágrafo do seu artigo: "A sua completa falta de caráter ... me convenceu finalmente da sua insignificância". Isto é falso. Basta pensar em Stalin e Mao.

Anônimo disse...

Caros senhores:

Parece-me que finalmente estou conseguindo vislubrar o sentido da palavra liberalismo.

O discurso liberal que vocês apresentam em seus comentários e artigos evocou em mim sentimentos infantis de como eu queria que o mundo fosse quando era criança mas não tinha ainda palavras para expressá-lo.

Pela falta de palavras para expressar nossa visão de mundo infantil, acabamos tachando-a de utopia e sentimo-nos ridículos por alimentarmos tais fantasias.

Com isso, aderimos aos modus pensandis de nossos pais e esforçamo-nos cruelmente até para nos ajustarmos àquela visão de mundo que não nos interessava, ou seja, deixamos de acreditar em nós mesmos para acreditarmos nos outros.

É estranho como a conceituação do liberalismo evoca em mim tantos sentimentos felizes de uma coisa que seria tão fácil de existir mas é condenada por tanta gente.

Depois de 40 anos sofrendo o inferno em vida, abandonei minhas crenças em um bem-estar social e coletivo às custas de um mal-estar individual e refugiei-me em meu individualismo infantil, confiante de que minha natureza já estava devidamente condicionada no bem para que eu pudesse quebrar as cadeias morais que me limitavam a ação.

Passei, então, a compreender que se eu quisesse combater a pobreza no mundo eu deveria me esforçar para ser um pobre a menos. Com isso, reduziria drasticamente o ônus do Estado em relação aos pobres.

Se quisesse diminuir o analfabetismo no mundo eu deveria me esforçar para ser um analfabeto a menos.

Enfim, tudo aquilo que o indivíduo pode fazer por si mesmo não precisa de um Estado onipresente e onipotente para cuidar dele.

Da minha parte, tenho direito ao SUS e demais beneficiências do Estado mas nunca recorri aos mesmos pois sempre tive planos de saúde graças aos meus empregos.

Enfim, o que o Estado tenta promover com suas idéias é a incapacidade de o mesmo prover suas próprias necessidades.

O liberalismo, talvez por contrariar essas crenças na fragilidade humana e aumentar a auto-confiança dos indivíduos em suas convicções pessoais, representa um perigo para pessoas que se locupletam nas benesses estatais às custas daqueles mesmos que eles juram defender e orientar.

Abraços.

Anônimo disse...

Constantino, você DEMOLIU o Olavo!

Estou numa cruzada contra as olavetes no site da Dicta.

Olavo se diz grande conhecedor das religiões, mas você já deu uma vistoria pelo site da Montfort? O Doutor Fedeli ARRASOU com o coitado!

Abraços,

Sérgio Pluto.