domingo, fevereiro 25, 2007

A Pílula Milagrosa


Rodrigo Constantino

“Duas mãos trabalhando fazem mais que milhares rezando.” (Anônimo)

Está para ser canonizado pelo Papa Bento XVI Frei Galvão, que será o primeiro santo brasileiro. De acordo com relatos da época em que viveu, de 1739 a 1822, o frade franciscano encontrou um rapaz gritando de dor causada por um cálculo renal. Frei Galvão teria escrito num pedaço de papel uma oração, inspirado por Nossa Senhora, e teria enrolado esse papel na forma de um pequeno canudo, dado ao enfermo, que deveria então engolir em três pedaços o papel. O homem teria expelido a pedra e sarado. Um milagre! Será mesmo?

Chama-se milagre aquilo que a ciência ainda não conseguiu explicar. Curas sem óbvia explicação aparente, atribuídas a alguma divindade. Mas creio que devemos aplicar um pouco de Karl Popper nisso, buscando a refutação do suposto milagre em vez de sua confirmação. Não custa lembrar que a epilepsia, hoje perfeitamente compreendida pela ciência, já foi vista como intervenção divina no corpo nos tempos de Alexandre O Grande e Júlio César. Será que nossa atual ignorância é motivo suficiente para atribuir uma cura desconhecida a algum milagre divino?

Ainda hoje são produzidas pelo Mosteiro da Luz e distribuídas aos fiéis milhares de pílulas com a oração escrita pelo religioso. Tanto a revista Veja como Época trazem, como matéria de capa, o assunto, colocando em evidência alguns casos extraordinários que são creditados ao milagre das pílulas. Um filho que nasceu depois de uma gestação difícil ou a cura de um caso de hepatite. Mas Popper iria perguntar quantos casos fracassaram com o consumo da pílula, ou quantos outros casos tiveram curas ainda inexplicáveis sem pílula alguma. Eis a postura de quem realmente busca a verdade. Não vale afirmar que os casos de fracasso, infinitamente maiores que os de sucesso, ocorreram por falta de fé verdadeira dos pacientes. Ou que os demais casos raros de cura sem explicação também são obras divinas, mesmo que em doentes ateus. Assim estaríamos diante de uma tautologia, onde o crente está sempre certo, pois não é possível refutar seu próprio conceito de milagre divino.

Sei que esta postura cética costuma incomodar muitos que precisam acreditar no milagre. Mas aceito o fardo de chato por considerar que a postura contrária, de crer automaticamente no milagre, gera efeitos negativos à sociedade. O principal deles, a meu ver, é a passividade. Stephen Covey coloca isso de forma direta quando afirma que “pegar força emprestada de fora constrói fraqueza, porque isso alimenta dependência em fatores externos para fazer as coisas acontecerem”. Em outras palavras, quando alguém realmente acredita que um pedaço de papel e uma reza são tratamentos mais eficazes que aqueles da medicina convencional, pode-se deixar de buscar o método que realmente oferece maior probabilidade de cura. Não é preciso ficar apenas no campo da medicina, ainda que este seja um dos mais relevantes de todos.

Podemos verificar a passividade que a fé de que o Santo Expedito irá realmente resolver as causas urgentes pode gerar nos fiéis. Se um santo vai resolver meus problemas, posso ficar mais acomodado e batalhar com menos afinco para resolvê-los por conta própria. Ou então a crença de que o Santo Antônio irá de fato arranjar um companheiro para a noiva em potencial, que fica na esperança de que um príncipe encantado irá bater à sua porta. Não é por acaso que os principais clientes de tais superstições são pessoas desesperadas, apelando para qualquer coisa que possa aliviar o sofrimento. Ocorre que normalmente o término do sofrimento depende da própria pessoa, não de santos.

Se alguém vira santo porque realizou algumas curas que a ciência ainda não pode explicar, o que deveriam virar aqueles que realizam milhares de curas explicáveis pela ciência? Os testes de novos remédios costumam contar com um percentual de placebos, dados a uma parte das cobaias. De tempos em tempos, alguns dos que tomaram o placebo demonstram uma cura similar aos que tomaram o remédio verdadeiro. Mas para o remédio ser aceito, é preciso que seu poder de cura seja real, com elevado grau probabilístico. Afinal, se não fosse esse o caso, bastaria dar açúcar para todos e esperar os “milagres” aparecerem. Não é assim que se faz ciência, por sorte dos consumidores enfermos.

Compare-se o milagre de uma ou outra cura aleatória que a ciência ainda não explica com a cura quase certa daqueles que tomam um remédio testado por laboratórios. Qual é o mais importante? Não é um milagre que qualquer um possa comprar por poucos centavos uma Neosaldina e com quase certeza acabar com uma irritante dor de cabeça? Não é um verdadeiro milagre que a Pfizer, em busca do lucro, tenha colocado à disposição de milhões de pessoas uma pílula azul que elimina o problema da impotência? Santa Pfizer! Enfim, o verdadeiro milagre não é o fato de que vários laboratórios, em busca do lucro, acabem ofertando tantos remédios no mercado, possibilitando maior conforto e qualidade de vida para tanta gente?

Mas parece que as pessoas atribuem maior valor às intenções que aos resultados. Agnes Gonxha Bojaxhiu, mais conhecida como Madre Teresa de Calcutá, é citada por muitos como exemplo de dedicação altruísta. Mas será que podemos comparar os resultados concretos que suas ações geraram com aquilo que o ateu individualista Bill Gates fez pela humanidade, gerando milhões de empregos mundo afora, que possibilita uma vida mais digna para essas pessoas? Isso sem falar dos seus bilhões gastos em filantropia, como os investimentos para a cura da malária. Quem merece mais o título de santo? Não dizem que no inferno pululam as boas intenções? Por que então devemos valorizar mais um suposto altruísta que pouco faz pelo mundo em vez de um egoísta que gera resultados fantásticos para a humanidade? Tenho um pouco de dificuldade para entender esta lógica, que coloca supostas intenções, sempre incertas e desconhecidas, acima de resultados concretos e objetivos.

Tudo bem, o Brasil terá seu primeiro santo. Mas que os brasileiros entendam que a pílula milagrosa mesmo não é aquela de papel e oração, mas sim aquela que o laboratório oferece, após rigorosos testes, para curar de fato os enfermos.

46 comentários:

Anônimo disse...

O mesmo vale para a Astrologia. Outro dia estava num jantar e uma amiga da minha esposa estava tentando defender a Astrologia, e um dos argumentos foi: "Um dia saiu no meu horóscopo que eu iria comprar um carro, e deu certinho, naquele dia comprei um carro". Eu disse que esse argumento tinha dois problemas:

1) Ela já estava pensando em trocar de carro, antes mesmo de ler a "previsão". O horóscopo apenas a ajudou a tomar a decisão.

2) Somos 6 bilhões de pessoas na Terra, das quais provavelmente 1/12 (cerca de 500 milhões) são do mesmo signo que ela. Será que 500 milhões de carros foram vendidos naquele dia?

Eu perguntei se os amigos dela que compartilham o signo também trocaram de carro naquele dia. Ela disse que não, foi apenas ela - ou seja, deu muito mais errado do que certo. No entanto ela ficou com aquilo gravado na lembrança - esse é o segredo da Astrologia: é sabido que as pessoas crédulas só vão considerar os casos de sucesso, desprezando a esmagadora maioria de fracassos.

Anônimo disse...

ai, ai, nao fale mal da astrologia, pois o novo-teólogo OC é também astrólogo! daqui a pouco pipocam as -etes aqui para defender também a astrologia!

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Ter o primeiro santo não me interessa. O que eu quero saber é quando teremos o primeiro Nobel! Obs.: Nobel da Paz não vale.

[ ]s

Alvaro Augusto
http://alvaroaugusto.blogspot.com

Anônimo disse...

"Frei Galvão teria escrito num pedaço de papel uma oração, inspirado por Nossa Senhora, e teria enrolado esse papel na forma de um pequeno canudo, dado ao enfermo, que deveria então engolir em três pedaços o papel".

Quando li esta história a primeira vez uma pergunta não me saiu da cabeça, relendo-a agora penso novamente:

se o enfermo picou o papel em 3 pedaços e ainda engoliu depois, como as freiras sabem o que estava escrito nele? Alguns fiéis examinaram as fezes do cara e depois recuperaram o manuscrito? O dito foi expelido junto com a pedra, bem enroladinho ao redor da dita cuja? Ou as freiras também ouvem nossa senhora? Ou (maior grandeza ainda do frei!) ele até hoje sussura a oração em seus ouvidos virgens?

E viva São Alexander Fleming! Amém.

Helena.

Anônimo disse...

Parabens Constantino! Um de seus melhores artigos!

Estarei com a idade de Matuzalem quando os laboratorios e seus remedios "milagrosos" , ou Bill Gates e seu Windows, que tantos empregos , conforto e progresso trouxe ..

forem devidamente reconhecidos.

A sociedade nunca soube dar o devido valor a infinidade de produtos e serviços que hoje desfruta, principalmente no campo medicinal. Ortega y Gasset explica isso com maestria dizendo que o homem massa nasce e cresce sem entender como tudo que esta a sua volta foi criado, e passa a exigir tudo de todos!


Um dia aprenderão!

Anônimo disse...

o pior eh qunado pessoas que se curam de um cancer, depois de um ano de tratamento dizem "gracas a deus" e se esquecem que na verdade foram o laboratorio e o medico os grandes milagreiros

Anônimo disse...

Ter o primeiro santo não me interessa. O que eu quero saber é quando teremos o primeiro Nobel! Obs.: Nobel da Paz não vale.

e pior eh q daqui a pouco lula ganha o nobel da paz, pelo grnade combate a fome (???) e a ajuda ao haiti

Anônimo disse...

A sociedade nunca soube dar o devido valor a infinidade de produtos e serviços que hoje desfruta, principalmente no campo medicinal. Ortega y Gasset explica isso com maestria dizendo que o homem massa nasce e cresce sem entender como tudo que esta a sua volta foi criado, e passa a exigir tudo de todos!


Um dia aprenderão!


infelizmente feh nao eh minha maior virtude, pois acho q com o tempo os idiotas vao apenas se multiplicar e ganhar mais voz

Fernando Teixeira disse...

O mais importante nesse artigo é afirmação, muito bem observada, de que as boas intenções é q são louváveis e não os resultados em si...

convido a todos que concordam com essa visão de liberdade a se informarem, e lerem muitos artigos, do constantino ou do www.midiasemmascara.com.br, e não só isso, tambem escrevam artigos...

nós realmente precisamos acabar com essa cultura da boa vontade que a esquerda fez enraizar na cultura brasileira....

mas pra isso precisamos de munição, mas munição intelectual...devemos encontrar este caminho pela estrada da razão, e nao dos "achismos", que é o q a esquerda adora pregar!

Parabéns Constantino!

Sergio Oliveira Jr. disse...

De novo: 90% da população mundial são ignorantes, não possuem informação nem intelecto para distinguir entre um milagre e uma vidro com uma mancha parecida com uma santa provocada pelo calor.

Milhões de pessoas morrem, uma se salva porque o corpo humano possui uma interessante mecanimos de auto-cura, que quando funciona a todo vapor pode curar qualquer coisa. Então é um milagre, né? Pode ser. Todos são livres para acreditar no que quiserem.

Vejam isso aqui, e por favor me dizem se o mundo é uma manada de ignorantes acreditando em qualquer merda que se apresenta a eles:

http://www.youtube.com/watch?v=q7BQKu0YP8Y

E aí ???

Anônimo disse...

"Agnes Gonxha Bojaxhiu, mais conhecida como Madre Teresa de Calcutá, é citada por muitos como exemplo de dedicação altruísta. Mas será que podemos comparar os resultados concretos que suas ações geraram com aquilo que o ateu individualista Bill Gates fez pela humanidade, gerando milhões de empregos mundo afora, que possibilita uma vida mais digna para essas pessoas? Isso sem falar dos seus bilhões gastos em filantropia, como os investimentos para a cura da malária."

A Me Tereza de Calcutá tem o seu mérito... ela fez sua parte. Comparações desta natureza não fazem sentido. Cada um pode e deve contribuir para o progresso. Se é assim que Bill Gates quer fazer sua parte, que assim seja. Aliás, é importante não esquecer que, socialista que é, com sua Fundação Gates, está indo, exatamente, pelo mesmo caminho da Fundação Carniege, Fundação Ford, Fundação Rockfeller, Fundação Soros...

Também são inegáveis as contribuições à ciência do tão odiado e execrado Adolph Hitler. Numa de suas (claro, na verdade, dos médicos nazistas) experiências foi provado que, somente com o poder da mente, uma pessoa pode se matar. Esta experiência foi repetida há poucos anos, nos Estados Unidos.

Para os quase todos os céticos que há por aqui (alguém até me criticou por antecedência, hehe) sugiro a leitura das incontáveis obras sobre o poder da mente sobre o corpo. Assim como é possível criar doenças (a úlcera é típica) a mente pode curar, o que explica, inclusive, o tal "milagre do Frei Galvão". A pílula de papel é só um meio. Poderia ser de farinha ou açúcar. Se quiserem, podem chamar de fé ou duvidarem deste poder.

Constantino, muitas das tais pílulas milagrosas da "ciência", obrigatoriamente, até por lei, devem conter princípios ativos, porém, se fossem de farinha, podem, sim, fazer o mesmo efeito. Não é nenhum segredo que usamos, conscientemente, parcela mínima do cérebro. E a maior parte, que é inconsciente? Como explicar que uma pessoa sob hipnose sente sabor de morango ao comer uma pimenta? Não vou, aqui, perder meu tempo, tentando explicar como é possível a céticos que só sabem agredir com ofensas pessoais.

A propósito, horóscopo não tem nada a ver com astrologia. É apenas uma técnica para influenciar e sugestionar, o que, às vezes, funciona. A astrologia é, sim, uma ciência, mas, na maioria das vezes, nem o próprio astrólogo sabe explicar como funciona, conhecendo apenas os efeitos e, não, as causas, que são os fluxos de energia do universo. ais fluxos de energia influenciam e são influenciados pelos astros.

Anônimo disse...

Mais um escelente artigo, tocando num ponto fundamental.
Tudo que acontece de bom para um crente, foi obra divina, mas o que lhe ocorre de ruim, normalmente é atribuido ao acaso e até ao diabo.
Como as ideologias têm todas a mesma "matriz", a mesma técnica ideológica, também tudo que ocorre de bom sob um governo é dito obra de tal governo, do exercício perfeito do Estado, mas o que ocorre de ruim geralmente é atribuído aos ganânciosos e principalmente à sociedade, no máximo dizem que o governo (o Estado) não cumpriu sua função salvadora.

Mas a questão dos milagres é curiosa, pois quando da "Santa do vidro da janela", muitos foram os que obtiveram milagres de tal santa comum a muitos vidros. Fizeram romaria, teve ambulantes vendendo bugingangas e etc..

Já a madre Tereza, esta era uma amistosa bajuladora de ditadores "comunistas" como Hoxa. Era totalitária como qualquer ideológico, apenas sua ambição doentiamente predominante era por fama e glória, e não por dinheiro (parece que o possuia em quantidade).

Quanto aos astrológos, certa vez uma olavete gabou-se de ser capaz de fazer mapa astral (aprendeu com o mestre) e lhe perguntei por quanto o seu mestre faria um "mapa" destes para mim. ...não obtive resposta. ...mas há questões interessantes sobre esta mistura de bobagens, pois JC tinha 12 apostolos - 12 signos - e há bastante do cristianismo tirado do misticismo pagão. Não por outro motivo as "-vetes" acalentam superstições ridiculas sobre símbolos e tantas outras bobagens "misteriosas"....

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Caraca! ...esse foi demais, concordancia e pontuação vá lá,é pressa, mas o "escelente" foi mortal.
perdoem-me
Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

O que será que Mario Hehe (de que será que ele tanto ri?) quis insinuar quando disse que Hitler foi ajudado pela ciência? Por acaso não foi em nome de deuses e de fés que a humanidade assistiu e sofreu as maiores barbaridades? O próprio Hitler disse em Mein Kampf, Capítulo 2:
"Mesmo hoje, eu acredito que estou agindo de acordo com a vontade do Todo Poderoso Criador: me defendendo dos Judeus, estou lutando para o trabalho do Senhor".

A visão maniqueísta dos fideístas assombra cada vez mais negativamente à medida que o nível sócio-cultural dessa gente aumenta. Como é que pessoas dotadas de todos os instrumentos intelectuais para ter uma visão mais ampla de vida conseguem se enredar nessa teia de dogmas, chegando às vezes ao ridículo nas tentativas de explicar o inexplicável?

E quando o "milagre" não vem para salvar uma pessoa ou uma população devota, que corre algum tipo de perigo? Trabalhar para melhorar? Jamais! Procurar ajuda da Ciência? Nunca, ela ajudou Hitler! A fé manda que todos se conformem com os desígnios divinos, como bem exemplifica Madre Teresa de Calcutá em duas frases bem elucidativas:
"A superpopulação não é um problema, é a vontade de Deus".
"Acho muito bonito que os pobres aceitem sua sorte, que a compartilhem com a paixão de Cristo".

P.S.: Aviso aos fãs de O. de C., que ele não está mais atendendo para a elaboração de Cartas Astrológicas, como ele mesmo afirmou em 2.000 em uma entrevista a Roberta Tórtora:
R.T .- "O Sr. não utiliza os planetas Urano, Netuno e Plutão em suas análises astrológicas. Acha impossível estabelecer um simbolismo correto para estes planetas"

O. de C. - "Não sei. Deixei este assunto de lado, porque achei que ele era mais um abacaxi. Se há alguém que não pode opinar sobre o assunto, este alguém sou eu. Não atendo para leitura de mapas há uns vinte anos, mas foi exatamente depois que deixei de trabalhar profissionalmente que comecei a estudar mesmo a astrologia."

Aliás, como podem notar, O. de C., confessa-se um charlatão, fazia mapas sem saber astrologia.

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Caro mario,

Em que periódico, de preferência "peer reviwed", foram publicados os resultados dessa experiência norte-americana que constatou que a mente pode matar?

[]s

Alvaro Augusto

Anônimo disse...

Quem já foi charlatão nunca perde a majestade.
Assim, pode militar pelo marxismo, pode vender mapas astrais e pode militar pela Igreja Católica também. ....uma vez embusteiro, sempre embusteiro.

Eu já errei ao acreditar que OC era útil para a causa da liberdade igual para todos.
...me enganei feio com esse embusteiro. O que há de pior para aliberdade é ser associada a tais tipos de maníacos ideológicos. E Hitler foi um deles; e mesmo se vale da perseguição dos judeus ´pelos cristãos para justificar a sua a estes.
...está lá, escrito pelo próprio maníaco (o que não faz dos cristãos adeptos do louco)

Contudo, o fato de Marx se dizer ateu é usado pelos religiosos para atacar os ateus e agnósticos (mesmo que ateísmo ou agnosticismo sejam apenas descrenças, sem qualquer doutrina disso surgida), sempre fazendo associações levianas, safadas, sem pé nem cabeça. Da mesma forma tentam desqualificar a teoria da evolução atribuindo-lhe culpa pelo nazismo - como se o alegado mal uso a fizesse falsa. Também acusam Nietzsche pelo nazismo, mesmo que Hitler nunca o tenha citado, nem com ele concordaria em nada, e mesmo que de Nietzsche não se possa tirar algo util ao nazismo - pelo contrário. Ou seja, ideológicos fanáticos são todos iguais: fofoqueiros, levianos, deturpadores, mentirosos, parvos, desconexos, moralmente relativistas, hipócritas e covardes.

Abs
C. Mouro

Anônimo disse...

A defesa da liberdade já confiou em ideológicos supostamente inimigos do "comunismo", mas isso custou caro. Os religiosos, sobretudo cristãos católicos, guiados pela igreja, acabaram simpáticos ao marxismo, vendo nele uma doutrina cristã, dele apenas subtraindo o ataque a religião.
Foi a própria igreja que em suas missas pregava o marxismo socialista sincretisado com o socialismo cristão. Foram padrecos e autoridades religiosas que acobertaram e fizeram o papel de quinta coluna contra a liberdade.
Sem a base doutrinária cristã, jamais as idiotices marxistas e socialistas teriam obtido algum exito. Penso mesmo que o bestialógico socialista só será definitivamente espanado quando o cristianismo se tornar mais uma mera superstição de uns poucos desesperados ...como a macumba atualmente.

Abraços
C. Mouro

Catellius disse...

Caro Rodrigo,

E como fica a Hóstia transubstanciada, que também vai para o estômago dos católicos, mas sem o mesmo sucesso? Afinal, todos os católicos curados após deglutirem a promulgada virgindade da Mãe de Deus no pedaço de papel devem ter também, em algum momento, engolido a Hóstia. O que deu errado? Não estamos falando do corpo do próprio Cristo? Não é o mesmo que engolir um pedaço do Sudário de Turim? Se a explicação está na falta de fé, temos a prova de que poucos acreditam na transubstanciação. As pessoas são curadas ao tocarem ossos, glotes, pedaços de ataduras de estigmatizados (que por não conhecerem como eram as crucifixões, imitavam ingenuamente a iconografia vigente, com aqueles furos redondinhos na palma da mão), cabeças e outras peças do grotesco rol de relíquias que assombram as igrejas mundo afora, mas não obtêm o mesmo resultado comungando na missa.

Grande Rodrigo,
Postei um longo texto sobre minha descrença dividido em 5 partes:

I - Deuses
II - Deus Bíblico
III - Sobrenatural
IV - Moral e Cristianismo
V - Religiões
Gostaria de saber sua preciosíssima opinião!

Catellius disse...

o link:
http://pugnacitas.blogspot.com
Escrevi um texto sobre o Frei Galvão também.
http://pugnacitas.blogspot.com/2007/01/galvo-e-transubstanciao.html

Anônimo disse...

Faço minha as palavras do Álvaro Augusto. Precisamos sim do nosso primeiro Nobel. Quem sabe com alguém "puxando a fila" outros não aparecerão? Só assim teremos salvação!
Nelson

Anônimo disse...

Este é um antro de ateus/céticos/
materialistas/cientificistas,parte do que Mircea Eliade chamou de
"teologia ateísta contemporânea".E a ignorância da "tchurma" do Rodrigo em matéria de psicologia humana é grotesca.A crença acrítica de vocês no cientificismo
(a ciência resolve tudo,responde tudo,como o fez a religião no passado) é colossal,asinina.
Parabéns Constantino,você arrumou um grupo de discípulos que faz a censura do blog no seu lugar,assim
sua pregação "liberal"(como alguém
pode se dizer liberal se tem tanto ÓDIO de quem vê o mundo e a vida de forma diversa?) fica sem contestação,você fica de mãos limpas e seus asseclas fazem o serviço sujo.A censura destes é semelhante à dos piores discípulos
do Olavo e à dos petralhas.Quem quiser discutir um tema não entra neste seu blog,ele é propriedade privada de seus discípulos,meia dúzia de Cérberos do mais torpe cientificismo.

Anônimo disse...

Porra!
discordar, contestar e criticar, na boca de carolas sem argumento, já virou censura.
...estes tipos patéticos se não fossem divertidos seriam trágicos.

Ou seja, contestar é censura, e por essa novilingua milenar (onde as palavras devem ser interpretadas), para defender a liberdade deve-se concordar com besteirol ideológico, ou no mínimo calar-se ante as idiotices que repetem. Assim, pela omissão, conseguirãoseu intento.
Apelam para o mesmo que os esquerdinhas, como Chauí, que alardeia o "odio da direita". Afinal ódio é pecado, devemos amar os inimigos. Ou seja, manipulação dos valores ideológicos JC. Mas Che Guevara fazia apologia do ódio para os revolucionários. ...mas os cristãos amavelmente perseguiam, torturavam e queimavam judeus (aqueles do judaico-cristianismo), hereges, pagãos e quais quer descrentes de seu besteirol ideológico populista imbecilizante.

...e eu que nem sabia ser um discipulo do Rodrigo... mas agora já sei. ...mas é um bom mestre, até agora não me envergonhou, como outros mestres fazem com os seus.

Só me espanta que cristãos tão amorosos venham apenas exibir seu ODIO recalcado sem opor um único argumento, mas apenas idiotices mau papagueadas em asserções desconexas.

Ideologias imbecilizam, é já comprovado cientificamente nos comentários em blogs.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

PARA MÁRIO

http://www.youtube.com/watch?v=oX9y3cn-OVo&mode=related&search=

para ele pensar em novas possibilidades
novos mundos
culturas diferentes
sociedades mais avançadas
cidadãos mais fortes
indivíduos mais livres
crianças mais inteligentes
lugares com menos preconceito
países com melhor qualidade de vida
nações não-cristãs e felizes
em não-linearidade
em moral diferente da cristã
em orgulho (no sentido de brio, outro significado para orgulho, expicado direitinho no dicionário)que é possível mesmo diante do preconceito ignorante

para ele finalmente entender que liberdade é antes de tudo respeito ao indivíduo, mas também responsabilidade individual


UM GRANDE BEIJO DO MARCÃO!

pq homossexual assumido, neste país, tem que ser macho pra cacete!

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cf orgulho = brio

brio = 1. sentimento de afirmação da dignidade pessoal. 2. Coragem, valentia.

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INTERCEPTOR disse...

Pílulas milagrosas
.
.
Rodrigo, eu li teu texto somente agora, mas ao enviar o último do Janer "DE CHARLATÃO A SANTO" - http://www.cristaldo.blogspot.com/ , Domingo, Fevereiro 25, 2007, a um amigo bastante espirituoso, ele me escreveu:


PREZADO AMIGO ANSELMO;

NÃO achei graça nestes escritos, pois:

Nasci em Guaratinguetá, onde além de Rodrigues Alves, também nasceu o único santo 100% Brasileiro, o Frei Galvão. Meu Avô paterno sustentou uma família de nove filhos, fabricando imagem de gesso de Frei Galvão, por quase cinco anos (olhe aí oterceiro milagre!!!).

Por cinco anos morei a trinta metros da casa do Frei Galvão, e nos jardins daquele casa beijei minha primeira namorada (olha o quarto milagre!!!!).

Tomei muitas pílulas do Frei Galvão, que minha avó materna misturava em minhas crises de asma, - não tinha bombinha naquela época, e tô vivo até hoje.... (quinto milagre)

Tomei muita pílula de Frei Galvão quando me acidentei de moto e me quebrei todo, após uma semana na U.T.I., fiquei bom graças às pilulinha!!! (sexto milagre)

No dia do meu casamento, minha mãe deu-me duas pilulinhas de Frei Galvão, que era para ter uma boa noite de núpcias - mas tomei com whisky e deu errado: tive uma baita ressaca..... (não tome pilulinhas com álcool!)

Quando operei minha coluna pela primeira vez, e não deu muito certo, minha querida mãe levou as pilulinhas para eu tomar..... mas a desgracada e (des)crente da minha esposa jogou as pilulinhas no vaso sanitário - bradando que aquilo era loucura, feitiçaria de ignorante etc etc.

A cirurgia deu errado, tive que fazer a segunda operação que também não deu certo; minha esposa ficou com os cornos virados com a sogra, fiquei pobre na bolsa de valores, engordei vinte quilos, tive vários episódios de impotência sexual, meu carro fundiu o motor, tive que migrar para Manesópolis[*]... etc.

Ou seja, quando acreditava no santinho que nasceu a três manjedouras de distância da minha, minha vida era maravilhosa.... mas, foi só uma protestante se meter na conversa e desdenhar das pilulinhas que uma PRAGA caiu em minha cabeça.

Portanto: as pilulinhas funcionam e trazem graças.... mas nunca misture com álcool!

.
[*] Florianópolis

Anônimo disse...

PARA RODRIGO

Sou novo frequentador e devo dizer que me agradou muito tudo que li até agora. Parabéns pelo site. Vou divulgá-lo.

Um abraço,
Marcos.

Anônimo disse...

Além de tudo os fidelistas distorcem os fatos. Quem "explica" tudo é a fé, até a virgindade de Maria. A ciência não cria e nem explica dogmas. Quando muito, levanta hipóteses que até serem provadas passam por crivos bem diferentes e bem mais exigentes do que passam os acasos convenientemente transformados em milagres.

A ciência não tem, e nem nunca teve, a preocupação de tentar provar o improvável e nem tampouco explicar o que não sabe por meio do que não vê. Que me conste também, não há qualquer tipo de censura dos "discípulos", que apenas não aceitam pérolas do tipo "A Razão deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da Fé. Quem quiser ser um cristão deve arrancar os olhos de sua Razão", dita por Martinho Lutero, semelhante a muitas já ditas por aqui.

Quanto à tal definição de Mircea Eliade em chamar ateísmo de teologia ou crença, digo que essa besteira é o mesmo que achar que careca é uma cor de cabelo.

Anônimo disse...

Eu quando entrei nesse blog para comentar, tal e qual a grande maioria, não precisei dizer que era heterossexual assumido, para me resguardar contra possíveis preconceitos. No entanto o Marcão fez questão de evidenciar em seu cartão de visitas que é gay e machão, se é que isso é possível. Eu gostaria de saber para quê? Por acaso há alguma orientação sexual explícita por aqui?

Desculpem se eu estou assumindo um papel que não me cabe mas, como freqüentador mais ou menos assíduo, sinto que tenho alguma liberdade para falar, não em nome de alguém, mas em nome das minhas idéias. Desde que o mundo é mundo, os homossexuais foram muito bem tolerados enquanto foram bem comportados, isto é, confundiam-se com as pessoas de quaisquer outras orientações sexuais. A partir do momento que os gays inventaram que deveriam ser tratados como uma classe à parte é que a coisa degringolou. Aliás eu, até hoje, não consigo encaixá-los em qualquer tipo de classificação: não é política, não é racial, não é intelectual e nem tampouco sexual, posto que, originalmente, são todos mulheres ou homens como nós.

Mas, voltando, depois de conseguirem seu intento de serem considerados como uma classe minoritária para obter defesas e, principalmente, privilégios, muitos optaram por um comportamento heterodoxo, chocante até para o mais libertário dos mortais. Essa liberdade adquirida foi confundida com sérias manifestações atentatórias à moral, costumes e educação, através de exibicionismos gratuitos de sexo, toleradas pelas autoridades e intoleráveis para quem tem alguma noção de educação e pudor. Quem mora, como eu, nas imediações da Terra de Marlboro (aonde os homens se encontram) ou Farme de Amoedo, sabe muito bem do que eu falo e os que não têm esse desprazer podem notar a força dessa gente em todos os meios de comunicação.

Que me perdoe o Marcão, mas sua estréia foi profundamente infeliz ao se apresentar antecipando uma imunidade duvidosa como se isso aqui fosse um tribunal da Inquisição.

Muito Prazer, Ricardo Froes.

Anônimo disse...

Olá, Ricardo

Antes quero dizer que já li alguns de seus textos aqui no blog e sempre atento para o fato de que você tenta se manter na discussão de idéias e não pessoas. Isso eu respeito, a despeito de quaisquer discordâncias de posicionamento no mundo. Afinal, viva a liberdade. Por isso, é que gostaria de debater algumas questões que me foram por você apresentadas.

Primeiramente, não me assumi homossexual para me resguardar de preconceitos, quando assumimos é justamente o contrário que ocorre. Mas tampouco foi esta minha intenção. Não disse que sou machão, mas macho. Quando se fala em machão, normalmente é no sentido pejorativo, como vemos alguns se comportando aqui, ao desejarem ‘escravas do lar’. Quando eu disse macho, falei para retrucar a idéia de que muitos têm de que homossexual é se não um afeminado (e muitos são mesmo, cada um na sua) é um homem fraco, sem coragem, sem força moral suficiente para ocupar um lugar digno no mundo. Ou seja, usei macho no sentido de homem, homem de fato, em sua melhor acepção. Talvez tenha sido infeliz em escolher o termo. Talvez devesse ter optado pelo termo homem. Esta sua observação lhe agradeço, pois me foi pertinente e válida.

Li alguns textos do site e no artigo em que é abordada a manifestação do orgulho gay em Copacabana, parece-me que ao menos dois participantes assumiram-se homossexuais e acredito que apenas para dizer de onde falavam, assim, como muitas vezes assinalamos nossa posição política ou outra qualquer.

Claro que o papel de falar sobre isso lhe cabe, sejamos livres para debatermos nossas idéias! Quanto a isso, sou absolutamente a favor, desde que não incitemos o ódio, o preconceito e a segregação. No entanto, devo discordar e veementemente de algumas de suas colocações:

Homossexuais não “foram muito bem tolerados enquanto foram bem comportados, (...) e confundiam-se com as pessoas de quaisquer outras orientações sexuais”, para ver que não foi sempre assim basta-nos dois exemplos: a inquisição queimando os que os inquisidores chamavam de sodomitas e o nazismo obrigando gays a usarem um símbolo rosa e depois os eliminando.

Quanto a não nos encaixar em alguma classificação, de fato não é uma questão de política (embora acabe esbarrando, por questões legislativas), não é racial nem intelectual, isto é correto. Mas é sexual. Não é de gênero, posto que somos todos homens e mulheres, mas é sexual a partir do momento que trata-se de respeito à sexualidade de muitos indivíduos.

Aqui devo dizer que é bom ler que você diga “são todos mulheres ou homens como nós”, pois é isso mesmo, apenas não temos os mesmos direitos assegurados por lei, como cidadãos heterossexuais têm. Ao todo, são 37 direitos, com os quais não podemos contar. E igualdade, para mim, como para a maior parte de nós, é premissa básica.

Esclareço que para mim não deveria ser Direito dos Homossexuais, ou de qualquer outra minoria (ou chamem como for), como se fosse coisa de alguma “sociedade protetora de...”, afinal somos todos iguais. Deveria ser Direitos Humanos, mas, como vemos (e só não ve quem não quer mesmo) muitos grupos não são tratados igualitariamente (e, por favor, aqui não falo da imbecilidade do comunismo, antes que me acusem! Falo do direito do indivíduo!). E é por isso que acabamos assistindo à proliferação de alguns movimentos que nem deveriam existir a priori.

Quanto ao comportamento, homos ou heteros não podem ter seu comportamento controlado, nem alguns destes podem ser usados como motivo de desqualificação de todo o grupo a que pertencem, ou sempre poderemos desqualificar conservadores, liberais, capitalistas, socialistas, heteros, homos, homens, mulheres, crianças, adultos e mais o grupo que for, por uma pequena amostragem. E não queremos, como disse antes, privilégios, mas igualdade apenas.

Exibicionismo de sexo vemos nas ruas da Glória, de Copacabana ou de Ipanema sejam por heteros ou homos, mas quando vem de um grupo ainda com muitos rótulos, ainda carregado de muitas idéias preconcebidas, ou distante da nossa realidade, sobre o qual temos pouco conhecimento, isso sempre nos choca mais.

Moro, como você pode notar, aqui pela zona sul do Rio e sei do que você está falando. Quando os casais andam de mãos dadas ou se beijam na Farme não acho nada demais, embora entenda que, para nossos padrões sociais, ainda irá demorar para que considerem natural um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo. De qualquer forma, isso ainda acontece muito apenas em lugares-quase-guetos, como a Farme. São, ainda, uma forma de ir quebrando aos poucos a resistência do “moralmente reprovável”. Na Farme, hoje em dia, também muitas mulheres gays têm se sentido mais a vontade para namorar ao ar livre, de mãos dadas, vez ou outra trocando beijos. Ainda é gueto, um lugar delimitado em nosso lindo Rio de Janeiro, mas local em que não se sentem agredidas, apartadas, apontadas, olhadas como se fossem doentes mentais, pecadoras ou portadoras de alguma doença maligna. E é por isso que existem lugares como a Farme.

Quem dera, Ricardo, as pessoas todas apenas pensassem de nós homossexuais: “são todos mulheres ou homens como nós”, apenas procurando felicidade e amor, alguns bons, alguns maus, alguns acertando, outros errando, apenas humanos. Ainda que não entendam o porquê de alguém preferir outra pessoa do mesmo sexo, a despeito de todo achincalhe e preconceito, ainda que não entendam o porquê da necessidade de equiparação de direitos, ainda que entendam muito pouco do lugar que o outro ocupa.

Quanto à força nos meios de comunicação, agora somente está mais calmo, pois basta ver como personagens gays já foram eliminados de novelas, por exemplo, por serem gays, e há pouco tempo. Claro que no início de qualquer briga por derrotar preconceitos e estigmas, ou derrubar alguns dogmas, a princípio o movimento de ruptura é mais forte, mais marcante, mas a tendência depois é abrandar. Acredito ser apenas uma maneira de marcar um espaço, de se fazer ouvir e ver. Daqui a pouco quem se incomoda naturaliza e quem fica repetindo a necessidade de aceitação já não precisará falar tanto.

Quando você diz “dessa gente” faz o que sempre é feito: coloca-nos a todos no mesmo saco e com uma faixa identificadora, apartando-nos do restante de toda a gente, como um grupo alheio. E, aqui, permita-me apenas lhe pedir cuidado com o modo de se expressar, pois por seus textos tenho visto como é defensor da liberdade e igualdade, e dependendo do modo, pode parecer discurso segregador. É só um pedido. Expressar livremente claro! sempre! mas com cuidado. Também eu, hoje, aprendi que é melhor usar "homem" a "macho". Receba, por favor, como observação sincera.

Por fim, lamento seriamente que você tenha considerado minha estréia infeliz, e esclareço que de modo algum intencionei uma “imunidade”, até porque não sei como isso seria possível. Justamente por saber que aqui não é um tribunal da inquisição é que podemos falar livremente. Fosse, eu seria banido, após a declaração e queimado, se possível.

Ricardo, veja que minha primeira mensagem no blog foi bem direcionada ao reaça que aqui freqüenta. A segunda foi para Rodrigo, justamente para elogiar o espaço que aqui todos têm e pelos textos dele, mesmo embora eu pudesse discutir sobre o que ele escreveu sobre o orgulho gay, com intenção apenas de esclarecer alguns pontos ou debater com ele algumas questões, admiro o posicionamento reflexivo e questionador que muitos assumem aqui, a despeito de nossas diferenças, isto inclui você.

Muito prazer pela discussão clara, debate objetivo e questionamentos sinceros.

Deste que conta em poder continuar usufruindo de diálogos inteligentes e inspiradores,
Marcos.

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AVISO: Caros, sei que o texto está longo, mas foi o que necessitei dizer em resposta a Ricardo, por vontade e por consideração. Saberei ser breve em outras ocasiões.

Anônimo disse...

SOBRE O ARTIGO

Excelente texto, Rodrigo! Triste ver como a ciência ainda é relegada a segundo plano por tanta gente. Triste ver como tantos ainda preferem acreditar no mais improvável. Pior ainda é ver que não vêem que o que um dia era considerado impossível foi tornado possível pela ciência. Foram e são cientistas que tornam a vida melhor a cada dia.

Acho que vc foi exato: "Não é um milagre que qualquer um possa comprar por poucos centavos uma Neosaldina e com quase certeza acabar com uma irritante dor de cabeça?" O que dizer de quem é salvo numa emergência de hospital ou fica no CTI entre a vida e morte e depois de todo trabalho médico, como medicamentos que são verdadeiros milagres, como você bem disse, acredita que foi salvo por uma oração, ou por engolir pedaços de papel?

Perfeitos seus argumentos.

E, para completar o que disse a Helena, acima: salve a penicilina! Isso sim!

A.H. impagável o texto do seu amigo!

Um abraço a todos,
Marcos.

Anônimo disse...

Meus caros,
O argumento é totalmente errado. A fé não precisa de provas exatamente por ser fé. Impossível provar (ou não) a existência de milagres. É um problema de crenças. É fundamental entender isto e saber que religião e ciência são ortogonais para não cometer estes equívocos. De novo, sempre que quizer uma prova, vá a Igreja e ouça: "Eis o mistério da fé". Ponto. No caso da ciência, não devemos acreditar a priori em nossos modelos, sabemos que todos são errados a priori (não existe verdade absoluta), não podemos ter uma relação de crença com estes e devemos testar para ver se eles nos ajudam a resolver problemas. Coisas muito distintas e ortogonais.
Um grande abraço.
Um abraço.

Anônimo disse...

Caro Álvaro Augusto,

Peço perdão por não ter acrescentado maiores detalhes e referências a respeito do poder da mente. Creio que todos sabem que, vez ou outra, somos obrigados a um "format C:" e, por mais cuidado que tomemos, muita coisa se perde. Sobre as experiências nazistas, se não me engano, há alguns artigos (com referências) no MidiaSemMascara e no Portal Ternuma. Sobre a comprovação obtida por cientistas americanos, estou, exatamente, neste momento, dando uma busca, o que não é fácil, já que uma simples "googleada" com "healing power of the mind" (poder de cura da mente) conduz a cerca de 1.600.000 ocorrências e estou lendo muita informação esclarecedora. Com "death power of the mind" encontrará outras mais de 35 milhões de ocorrências. Em todo caso, aqui vai um texto:

"A mente humana grava e executa tudo que lhe é enviado, seja através de palavras, pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam positivos ou negativos, basta que você os aceite. Essa açao sempre acontecerá, independente se traga ou nao resultados positivos para você.

Um cientista de Phoenix / Arizona queria provar essa teoria. Precisava de um voluntário que chegasse às últimas conseqüências. Conseguiu um em uma penitenciaria. Era um condenado à morte que seria executado na penitenciária de St Louis no estado de Missouri onde existe pena de morte executada em cadeira elétrica.

Propôs a ele o seguinte: ele participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a ultima gota final. Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele seria libertado, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor.

O condenado aceitou, pois era preferível do que morrer na cadeira elétrica e ainda teria uma chance de sobreviver.

O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospitais e amarram o seu corpo para que nao se movesse. Fizeram um pequeno corte em seu pulso. Abaixo do pulso, foi colocado uma pequena vasilha de alumínio. Foi dito a ele que ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e nao atingiu nenhuma artéria ou veia, mas foi o suficiente para que sentisse que seu pulso fora cortado.

Sem que ele soubesse, debaixo da cama tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do frasco para que acreditasse que era o sangue dele que está caindo na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava.

De 10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía. O condenado acreditava que era seu sangue que está diminuindo. Com o passar do tempo, foi perdendo a cor e ficando cada vez mais pálido. Quando o cientista fechou por completo a válvula, o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu, sem ter perdido sequer uma gota de sangue.

O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, ao pé-da-letra, tudo que lhe é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja positivo ou negativo e que sua açao envolve todo o organismo, quer seja na parte orgânica ou psíquica."


Trecho de um artigo publicado na revista Super Interessante - Julho/2002

Acrescento que, quem escreveu o artigo, foi um tanto incompleto. Na verdade, a mente humana registra absolutamente tudo o que lhe é enviado pelos sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato), seja no consciente, seja no inconsciente. Ocorre que o que usamos é processado no consciente que tem o poder de, inclusive, bloquear o que está registrado no inconsciente ou de processar de acordo com uma ordem externa (hipnose). Isso explica o fenômeno que citei em outro post (comer pimenta e sentir sabor de morango). Também explica por que quem nasce com surdez total não consegue articular corretamente as palavras (não estão registradas em sua mente). Na hipnose, por ordem externa, há o processamento de informações no inconsciente, onde, também, estão registradas as informações recebidas em vidas passadas. Os céticos e os que se guiam pelas religiões judaico-cristãs, naturalmente, devem estar rindo e vilipendiando esta última informação, que é científica.

Anônimo disse...

esse mario quando não ri ele mesmo acha que outros estarão rindo do que ele escreve

hehehe

chamando Freud!

Weluger disse...

Caro Rodrigo,

Por tais "critérios", quantas vezes o Doutor Albert Bruce Sabin deveria ser canonizado ou beatificado? (Não entendo desse troço, o que vem por último e transforna o homo sapiens em santo)

É somente o que faltava: um Santo brasileiro. E quem vem pra oficializar? Bento Carneiro.!

Weluger disse...

Ao Álvaro Augusto:

Somente quando tal honraria e distinção for criada, adaptada para a sociedade brasileita: Corrupção, Roubalheira, Violência, etc., etc., como o da Paz não vale.

Imaginem o Apedeuta recebendo um Novel de Pilantragem... teremos o Primeiro Nobel... outorgado ao Petralha-mor...

Anônimo disse...

Que putaria - desculpem-me a palavra - fizeram com você, Rodrigo.

Tudo bem que ir lá na comunidade do Olavo contradize-lo insistentemente foi um erro, mas lhe banir sem qualquer advertência foi pura covardia.

Caso o Luiz, continue incentivando o seu escracho, diante de sua ausência, sugiro que faça um texto "homenageando" o Luiz.

O tema poderia ser: Servindo, servido ou submisso?

Onde acaba a personalidade do Olavo e começa a do Luiz. Eis a questão!

Anônimo disse...

O desafio do pregador.
Um renomado pregador desafiava as pessoas de uma cidade a trazerem os seus enfermos que ele curaria a todos com sua oração. Muita propaganda foi feita através da mídia, e no dia marcado lotaram o pequeno templo. Ao final da mensagem, o pregador faz o apelo:
-Quantos querem ser curados?
Vieram à frente um aleijado e um fanhoso. O pregador virou de costas, ergueu as mãos e começou a gritar. Depois de muito barulho, ordena em voz alta:
Aleijado, solte as muletas! (ouve-se o barulho: patá, patá)
E o pregador prossegue:
-Fanhoso, fale!
E o fanhoso fala:
O ale'ado aiu!

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Sobre a questão do Nobel, o que me preocupa não é só que o Brasil não tenha nenhum, mas também que os "hermanos" já têm três!

Sobre a questão do Frei Galvão, minha humilde contribuição está no meu blog: http://alvaroaugusto.blogspot.com/2007/02/os-milagres-de-frei-galvo.html

[ ]s

Alvaro Augusto

Anônimo disse...

Álvaro,

acabo de ler seu artigo e gostei muito. Reproduzo aqui um pequenino trecho:

"O fato de um ser onipotente, onisciente e onipresente precisar de um intermediário é um dos grandes mistérios não esclarecidos pelo catolicismo."

Ótimo.

Até,
Helena.

Anônimo disse...

Helena,
você foi perfeita ao realçar a perfeição da questão do Alvaro, também nela perfeito.

Mas a Igreja Católica é um tal embuste, que contradiz até o próprio messias, que diz:
"ninguém vai ao pai senão por mim"

Ou seja, em ideologias a lógica e coerência de principios são coisas desprezadas sem pejo.

Forte abraço
C. Mouro

Anônimo disse...

Marcos:

Quando falei em comportamento, é óbvio que me referi a todo e qualquer grupo em que se possa dividir a sociedade. O exemplo mais claro é o da classe política: eles não são uma das classes mais desacreditadas pelo simples fato de serem políticos mas sim, pelo comportamento inadequado de grande parte dos seus componentes.

Veja o caso das prostitutas: há inúmeras por aí afora, espalhadas por todas as classes sociais, mas ninguém fala mal daquelas que se comportam como damas na sociedade e prostitutas na cama. O inverso é que dá encrenca.

Ao se apresentar aqui ostentando sua sexualidade, você, de certa forma, está querendo exibir uma característica absolutamente desnecessária e fora de propósito, em se tratando de um lugar de debates e que nem sequer, como querem alguns, é motivo de orgulho. Sua homossexualidade não lhe dá, de forma alguma, o status de mais inteligente ou mais preparado e nem tampouco privilégios de tratamento, portanto, seu anúncio é perfeitamente dispensável sob todos os aspectos e não vai ser apenas trocando "macho" por "homem" que você vai consertar a coisa.

Se você se chama Marcos, é claro que é homem e, esse simples fato, é mais que suficiente, até porque muitos aqui escrevem sob anonimato e nunca foram inquiridos para revelar se são mulheres ou homens. Muito embora eu só tenha elogios à sua forma educada de responder, continuo com a mesma idéia de comportamento inadequado e, até prova em contrário, isso aqui não é um blog de sexo, nem muito menos, que eu saiba, alguém teve sua libido alterada por alguma das inúmeras discussões que aqui ocorrem.

Eu continuo com meu firme pensamento que somos todos mulheres ou homens, independente de opções ou classificações. Não queira subverter a ordem natural das coisas justamente aonde não cabe.

Abraços

Anônimo disse...

"Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?" Epicuro.

No século IV AC, já havia gente indignada com esse tipo de coisa. Imaginem o tamanho da indignação de Epicuro se ele ressuscitasse hoje.

Anônimo disse...

Ricardo,

As prostitutas também lutam e têm todo direito de lutar por seus direitos. Damas na sociedade e prostitutas na cama não são às que eu me refiro, falo mesmo das que são prostitutas por profissão. Não me refiro ao foro íntimo, refiro-me a um grupo social bem definido e que pode se organizar para garantir seus direitos, e criar alguns quando ainda não os temos. Isso vale para homossexuais, prostitutas, negros, liberais, conservadores, índios, ou qual grupo mais encontrarmos. OBVIAMENTE, nunca em detrimento dos direitos alheios e nunca privilégios rotulados falsamente de direitos. Falo de direitos que promovam respeito, igualdade, liberdade. Não esta falácia a que temos assistido, sem pieguismo ou protecionismo: apenas igualdade de direitos.

Caso cada um dos grupos sociais ficasse quieto em seu canto nada mudaria. Sabemos que nenhuma mudança política, social, legislativa ou de outras ordens equivalentes acontecem por acaso ou por algum “ente abstrato” se mover por vontade própria. Tanto que ei-nos aqui, lutando também para que o liberalismo não seja esta distorção torpe a qual assistimos hoje. Também nós tentamos nos organizar.

Não tenho orgulho em ser homossexual, tenho orgulho por ser honesto, ser trabalhador, por ter construído minha vida com segurança e independência, por respeitar outros seres humanos diferentes de mim, por ter uma moral firme de responsabilidade individual. Não tenho é vergonha, tenho brio, como expliquei anteriormente (no último post). Disse também que lamento o incômodo por eu ter mencionado a minha orientação sexual de uma forma que pareceu ostentação, por não ser minha intenção, achei que apenas não fosse fazer diferença.

Em nenhum momento mencionei ou pensei em status de mais inteligente ou mais preparado ou em privilégios de tratamento. Aliás, considero isto de uma falácia simplista: o fato de alguns homossexuais defenderem que somos mais inteligentes e por isso mais artísticos, por exemplo. Ora, não se quer defender a igualdade? Então nem preciso me ater em maiores explicações. Não somos piores, mas também não somos melhores. Parece que você se apega a um discurso de uma minoria dentro do universo homossexual, e eu compreendo que é isto mesmo que às vezes acaba por chegar. E lamento sinceramente, pelo óbvio. Mas saiba que a maior parte de nós sabe exatamente o que significa igualdade e luta somente por isso, nenhum um milímetro a mais. Só não queremos também nada menos.

Quando mencionei a troca do macho por homem, ficou clara minha intenção. Foi apenas para dizer que ser homossexual não exclui masculinidade. Mas como você mesmo disse, somos apenas homens. Nisso concordamos, acredito que então também não seja necessário alongar.

Sei que você considerou meu comportamento inadequado e eu já o tentei explicar. Sei bem em que blog eu estou e cada vez me identifico mais com o que encontro por aqui. Vejo que alguns sabem realmente sua posição política, não são como alguns que apenas repetem uma cartilha mal estudada e se dizem liberais.

Continuo endossando o que você diz: “somos todos mulheres ou homens”. Não quero/queremos subverter a ordem natural, quero/queremos apenas estar naturalmente nela.

E, Ricardo, você não terá de mim outra coisa senão respeito e educação, posto que é o que recebo de você. Além disso, é o que sou, é minha criação e formação, e é ainda no que acredito: respeito. Estranho é nos dias de hoje que tratamento educado chame tanto nossa atenção, não é mesmo? Deveria ser algo corrente, mas definitivamente, independente do grupo social, o que encontramos em abundância é justamente o contrário.

Assim, só posso reafirmar minha grata surpresa pelo diálogo e minha intenção de continuar vindo a este site.

Um abraço,
Marcos.

Anônimo disse...

Ricardo,

uma pergunta:

para ressuscitar Epicuro não deveria antes passar a vida tomando as tais pílulas de papel?

Excelente observação! Desde IV AC aqui estamos nós em nossa luta inglória!

Marcos

Anônimo disse...

Pílula?
E que definição de milagre é esta?

Arthur Brandão disse...

Simplesmente perfeito!

Anônimo disse...

Nossa!!!
Faço faculdade de Design Gráfico, e tenho como atividade fazer um infografico tratando como tema, "Frei Galvao, o primeiro Santo brasileiro".
Nunca fui chegado a essa idéia de SAntos, ainda mais pq sou corinthiano, hehe..
pois entao, continuando.
Para o desenvolvimento do meu trabalho tive q ir buscando fontes de pesquisa, até q cheguei aki no blog do constantine. E oque mais me chamou a atenção foi o senso crítico dele.
Tudo oq foi escrito aki por ele, eram os meus pensamentos q eu tinha sobre o assunto. Porém nao sabia expressa-los!!!
Gostei mto do blog. já esta nos meus favoritos!!!!