domingo, abril 15, 2007

O Caminho da Servidão


Rodrigo Constantino

“O livre mercado é o único mecanismo que já foi descoberto para o alcance da democracia participativa.” (Milton Friedman)

Um dos livros mais famosos de Hayek é sem dúvida O Caminho da Servidão, que ele resolveu dedicar a todos os socialistas. O alerta feito no livro pode ser razoavelmente resumido na seguinte frase de David Hume: “Raramente se perde qualquer tipo de liberdade de uma só vez”. A perda da liberdade costuma ser gradual, seguir uma determinada trajetória, o caminho da servidão. É disso que Hayek fala no livro, tentando despertar do sono a vítima em potencial dessa servidão.

Segundo Hayek, não é possível existir liberdade pessoal e política quando a liberdade econômica é progressivamente abandonada. A transformação gradual de um sistema com uma rígida hierarquia organizada para outro onde o homem pode ao menos tentar moldar sua própria vida, onde ele ganha a oportunidade de conhecer e escolher entre diferentes formas de vida, está bastante associada ao crescimento do comércio. Somente quando a liberdade industrial abriu o caminho para o livre uso do conhecimento, onde tudo podia ser testado, a ciência realizou seus grandes avanços que nos últimos 200 anos mudaram o mundo. O trabalhador do ocidente passou a desfrutar de um conforto material que poucos séculos antes teria parecido impossível imaginar.

Os escritores franceses que determinaram os fundamentos do socialismo moderno não tinham dúvida de que suas idéias poderiam ser colocadas em prática somente por um forte governo ditatorial. Ninguém melhor que Tocqueville, outro francês, notou que a democracia era uma instituição essencialmente individualista, em um conflito irreconciliável com o socialismo. Ele afirmou que a democracia e o socialismo não têm nada em comum além de uma palavra: igualdade. Mas eis a diferença: “enquanto a democracia procura igualdade na liberdade, o socialismo procura igualdade nas restrições e servidão”. A demanda por uma distribuição igualitária da renda é incompatível com a demanda pela liberdade. Um socialismo alcançado e mantido por meios democráticos parece definitivamente pertencer ao mundo das utopias.

Entre os meios práticos usados pelos que pregam o fim socialista, está o planejamento central. Ele é defendido por aqueles que desejam substituir a “produção para o lucro” pela “produção para o uso”. Seus defensores demandam uma direção central de toda a atividade econômica, de acordo com um único plano, considerando que os recursos da sociedade devem ser “conscientemente direcionados” para o serviço de determinados fins por eles traçados. Isto vai contra o argumento liberal em favor do melhor uso possível das forças de competição como meio de coordenação dos esforços humanos. A competição, além de mais eficiente, é o único método pelo qual as atividades podem ser ajustadas sem intervenção coercitiva ou autoridade arbitrária.

Para Hayek, as várias formas de coletivismo, como o comunismo, socialismo ou fascismo, diferem entre elas na natureza do objetivo o qual desejam direcionar os esforços da sociedade. Mas todas elas divergem do liberalismo e individualismo em desejarem organizar toda a sociedade e todos os seus recursos para este fim, recusando-se a reconhecer as esferas autônomas nas quais os fins dos indivíduos são supremos. O crescimento da civilização tem sido acompanhado por uma diminuição da esfera na qual as ações individuais estão limitadas por regras fixas. Os liberais entendem que aos indivíduos deve ser permitido, dentro de certos limites definidos, seguirem seus próprios valores e preferências ao invés da de outro qualquer. Hayek resume: “É este reconhecimento do indivíduo como o último juiz de seus fins, a crença de que tanto quanto possível suas próprias visões devem governar suas ações, que forma a essência da posição individualista”.

Quando a democracia começa a ser dominada por um credo coletivista, ela irá se autodestruir. Se um enorme planejamento central passa a ser demandado, o único meio possível para praticá-lo é através de uma ditadura. A coerção e o uso da força serão os métodos mais eficientes para aplicar esses ideais. A vontade arbitrária da maioria não irá respeitar as diferentes preferências individuais, e haverá demanda por um governante central capaz de obrigar as minorias dissidentes a seguir o ideal coletivista. A concentração de poder será inevitável. “Não é a fonte, mas a limitação do poder que o previne de ser arbitrário”, diz Hayek. Por isso o império da lei é a grande distinção entre países livres e países com governos arbitrários.

Por este motivo, basicamente, que a ausência de liberdade econômica levará inexoravelmente ao término da liberdade pessoal e política. Quando o governo tem poderes arbitrários para decidir sobre pequenas coisas nos mínimos detalhes, como quanto deve ser produzido de certo produto, qual o preço que deve ser cobrado e quem deve ter o direito de produzir, o império da lei acaba trocado pelo poder discricionário do governante. Sem leis gerais apenas, o governo acaba podendo invadir qualquer esfera da vida individual, criando privilégios e, por conseguinte, discriminados. Os indivíduos não conseguem prever direito quais as conseqüências legais de seus atos. Todos acabam reféns do Estado, tendo que cultivar uma “amizade com o rei”, já que este pode, a qualquer momento, criar uma nova regra arbitrária e prejudicar injustamente alguém. Quanto mais o Estado planeja, mais difícil fica o planejamento dos indivíduos. Daí a extrema necessidade de uma igualdade perante a lei, que deve ser objetiva.

O sistema de propriedade privada, que impede o governo de desfrutar das propriedades alheias ao seu bel prazer, é a mais importante garantia da liberdade, não apenas para aqueles que possuem propriedade, mas também para aqueles que não possuem. Basta observar o que aconteceu com o povo na União Soviética para deixar isso claro. Quando o Estado assume os meios de produção, a escravidão e a miséria são o resultado. Poucos poderosos podem decidir todo o resultado da economia. Hayek então pergunta: “Quem irá negar que um mundo onde os ricos são poderosos ainda é um mundo melhor que onde somente os já poderosos podem adquirir riqueza?”. De forma simplificada, devemos fazer uma escolha entre desigualdade material, já que indivíduos são desiguais, ou o caminho da servidão.

45 comentários:

Anônimo disse...

Embora tenha 70 anos, sou leitora freqüente do seu blog.Este de hoje, me ensinou a diferença entre Socialismo e Democracia e me deu uma mostra do que queremos realmente para o Brasil. Infelizmente, poucas pessoas, mesmo mais jovens,não se dão a o trabalho de aprender coisas que interessam verdadeiramente, para se formar uma consciência CIDADÃ

Anônimo disse...

Caro Constantino:
Recebi da artista gráfica moçambicana Isabel Filipe, residente em Portugal, um selo que me parece interessante. Pessoalmente não gosto dessa troca banalizada de awards que existe na internet, mas este selo, criado por um turco e difundido nos Estados Unidos, reflete uma tentativa de valorizar o bom gosto intelectual, através da escolha dos 5 Blogs Que Me Fazem Pensar. Como eu admiro as tuas idéias, embora não concorde com algumas delas, tomei a liberdade de escolher o teu blog como um dos meus favoritos. Seria uma forma também de melhorar o nível das idéias circulantes na blogosfera. Se quiseres aceitar a difusão desse meme (Thinking Blog), visita a minha página (http://www.rve.blogger.com.br) que o selo está à tua disposição.
Um abraço,
Roberto Eifler.

Anônimo disse...

os esquerdistas falam que o capitalismo GERA desigualdade

para mim, o capitalismo PERMITE desigualdade

isto porque o capitalismo é um sistema NATURAL, e fazendo um paralelo com a natureza esta é toda desigual

não somos insetos para sermos iguais, nem todos são bonitos, bons no esporte (como vc já escreveu ou falou num podcast), somos naturalmente diferentes

até classifico os esquerdistas como INSETOS VERMELHOS, lógico eles pensam q temos q ser iguaizinhos tais quais insetos

mas a Natureza na sua desigualdade produz um equilíbrio dinâmico que harmoniza o sistema, é isso

Tiago Albineli Motta disse...

Quando é que nossa elite sindical vai perceber que o que gera riqueza e equilibrio é a competição mútua?

Um pedido Rodrigo: Gostaria que você falasse sobre a CPMF, histórico se você é a favor da sua prorrogação e porque.

Alvaro Augusto W. de Almeida disse...

Bem, como dizia John Kenneth Galbraith, "No capitalismo, o homem explora o homem. No comunismo, é o contrário".

[ ]s

Alvaro Augusto
http://alvaroaugusto.blogspot.com/

Anônimo disse...

Rodrigo, esta questão da desigualdade é uma importante frente que você como liberal poderia tratar bastante no seu blog.

Lembre-se que em qualquer discussão contra esquerdinhas vem a famosa "esta desigualdade bla bla", "Cuba pelo menos é igualitária" etc.

Catellius disse...

Pela enésima vez:
Devemos buscar apenas a igualdade de oportunidades, não a igualdade pela igualdade.

José Antonio disse...

A competição deve existir em todos os níveis (no bom sentido é claro), mas como o catellius disse, é fundamental que haja certa busca pela igualdade de oportunidades. Afinal não são todos que podem falar em liberdades...

José Antonio

Anônimo disse...

José Antônio,

Oportunidades existem para quem sabe o que procura. O erro dos miseráveis é ficar "esperando sentado" até que os demagogos, que conhecemos, os comprem com uma bolsa-esmola da vida.

Anônimo disse...

Igualdade de oportunidades: significa a implantação de cotas raciais/sociais em universidades públicas?

Anônimo disse...

Boa pergunta Gabriel!
Este Catellius é um PTralha enrustido!

Anônimo disse...

AS COTAS SOCIAIS JA EXISTEM. SÃO DESTINADAS AOS FILHOS DA ELITE BRANCA.

Catellius disse...

"Igualdade de oportunidades: significa a implantação de cotas raciais/sociais em universidades públicas?"

Claro que não. Sou absolutamente contra cotas.
Falei em buscar igualdade de oportunidades, não impor a igualdade de oportunidades.
Em uma mesma família, um irmão pode ganhar vinte mil por mês enquanto outro só consegue sobreviver fazendo bicos. No meu exemplo, tiveram as mesmas oportunidades. Os filhos do mais abastado terão mais "oportunidades" do que os do outro, é claro, e não há o que se fazer quanto a isso. Refiro-me - e não deixei claro - às oportunidades mínimas que se abrem naturalmente em sociedades livres, democráticas, com Estado mínimo, onde haja crescimento econômico, onde se puna a corrupção.
Enfim, apenas acho natural buscarmos a igualdade de oportunidades, e não me importo com a desigualdade gerada por mérito, esforço, inclusive pelo mérito e esforço dos ascendentes (pai, avô, etc.).

"Este Catellius é um PTralha enrustido!"

Tão enrustido, de "petralhice" tão bem oculta, que em praticamente todos os posts de meu blog se critica o PT.
Volte a falar de música, anonymous, he he, volte para seus "luaus" regados a cerveja, he he.

Catellius disse...

errata:
ao invés de mérito e esforço, talento e esforço; mérito já engloba esforço, obviamente.

Anônimo disse...

Catellius:


Você sabe quem é o anonymous?
Ué!!! Pensei que anonymous fosse anônimo. Então tem jeito de descobrir os anônimos! Creeedo!!!!! Vou passa a usar o outro!

Anônimo disse...

"AS COTAS SOCIAIS JA EXISTEM. SÃO DESTINADAS AOS FILHOS DA ELITE BRANCA."

Não é o que eu vejo acontecendo por aí. Já que tocou no assunto, por que você apoia um governo que cria cotas e não investe em educação básica? Garanto que não precisaria de cotas para entrar em uma universidade.

Anônimo disse...

tsc tsc tsc
Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha
Que luau, mane?

Anônimo disse...

Odeio cotas mas esiste a nota minima pra entrar entao eles nao serao maus profissionais
Mais nao me venha falar de cotas, PTralhas

Anônimo disse...

Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha, Catellius PTralha

Catellius disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

essessão
urjentemente
e depois vai gozar do outro
QUÁQUÁQUÁQUÁQUÁQUÁQUÁQUÁQUÁ

Anônimo disse...

Ficou com vergonha do português e apagou o comentário?

Catellius disse...

he he, estas palavras estavam acompanhadas de asteriscos, mas acho que nosso amigo pato não entende piadas, apenas grasnadas.
achei por bem apagar, já que foi feio de minha parte ridicularizar o right wing.
fui

Anônimo disse...

Catellius, creio que você saiba quem é a dupla de olavetes de nariz ralado que que se dedica a escrever idiotices.

...hehehe! ...a raladura deve estar doendo

...hehehe! daí a histeria "comentativa", como sempre só rosnados e ganidos sem conteúdo, faltá-lhes cerebro para algo além disso. Veja bem, há destas olavetes que já dedicam não apenas um post em seus blogs, mas ocupam os com vários para homenagear-me. ....hehehe!
Logo logo você também ocupará as mentes desesperadas destas olavetes parvas que no máximo conseguem copiar e colar as asneiras que o astólogo com delírios de Bin Ladem escreve. São incapazes de criar raciocínios próprios, vêm aqui todas doloridas e o máximo que conseguem escrever é isso que todos podem ler.

Deve ser duro, um sofrimento mesmo, estas olavetes com focinhos ardidos, por terem sido esfregados no chão, desejarem falar algo para se vingarem e perceberem que lhes falta inteligência e dignidade para algo diferente disso que todos podem ver nestes comentários que elas têm postado. Não são capazes de nada melhor que isso. ....hehehe! isso aumenta ainda mais o sofrimento desses tipos que têm como mentor um astrólogo ex-apparatchik que sonha em ser um Bim Ladem latinoamericano

...hehehe! ....mas como não poderia deixar de ser, no Brasil a coisa fica avacalhada e os "homens-bomba" do Bin ladem bananeiro conseguem no máximo ser homens-traques ...hohoho!
...mas o que se poderia esperar de discipulos (ele assim os chama ...hehehe!) do Walter Mercado das bananas? ...o que mais decorreria da liderança de um Osama bananeiro?
.....hehehehe! ...apenas isso que odemos ver ...hehehe! essas olavetes parvas e de focinho ralado ....hohoho!
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Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Me distraí falando das olavetes, dos traque-discípulos(as) ou "homens-bomba" do Osama Bananeiro - o máximo que ele conseguiu foi de suas fanáticas olavetes foi isso, bombas-homens/traques-fiéis ...hohoho! - e me esqueci do que interessa.
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Lamento o uso da expressão "igualdade de oportunidade", pois desnecessária. Afinal, o que é justo e devido é a liberdade e as leis IGUAIS PARA TODOS, que seguidos da prestação de serviços, igualmente disponíveis para todos, por parte do governo, em troca dos impostos estorquidos, seria suficiente para proporcionar oportunidades a todos que as pudesse ou quisesse aproveitar. Certamente que por esforço diferente, mas ao alcance de todos.
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Aliás, a liberdade econômica é capaz até de disponibilizar capital para os que possuem talentos maiores que o bolso, e da mesma forma beneficia os que possuem o bolso maior que o talento. Sem isso resta apenas uma sociedade tutelada e estática (sonho das oligarquias e estatocracias). Certamente essa possibilidade de quem tem capital empresta-lo para faze-lo render através do desenvolvimento de quem toma emprestado, aterrorizou os adeptos da societdade tutelada e estática, sem dinamica social. Mas, como não poderia deixar de ser, os imbecis conseguem acreditar que "os ricos gananciosos" aprovam a liberdade econômica. Não conseguem perceber que a livre concorrência, a livre iniciativa é abominada por aqueles que estão no "andar de cima". Isso deveria ser óbvio, até por conta das corporações e das próprias leis que os defensores da liberdade combatiam. ...Mas não tem jeito, tipos imbecilizados pela pregação ostensiva o são por deficiencia pessoal. Ou seja, são imbecilizados pela repetição por terem a característica de assumir como verdade aquilo que mais ouvem, seus cérebros inertes apenas SÃO APENAS CAPAZES DE REPRODUZIR O QUE OUVEM OU LÊEM (**), mas incapazes de formular raciocínios próprios - ....hehehe! por isso também repetem em troca até o que seus críticos falam deles, são absolutamente incapazes de elaborar raciocínios. Por isso tornam-se sectários asnáticos e obstinados repetidores de mantras (repetição recomendada para auto convencimento).
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Quem quiser a prova, basta prestar atenção nos ideológicos; como gostam de repetir sem mesmo entenderem o que dizem! ...Tão habituados a repetir desconexamente, coisas sem sentido, que não se contêm e repetem até seus críticos, apenas mudando o sinal da crítica. A deficiência é genética, por serem assim é que se agarram em ideologias idiotizantes, cujos líderes mentores, ajudados por tal deficiência, aniquilam totalmente o cerebro destes desgraçados, que passam a ter um comportamento característico, frenético, um tanto histérico, para repetir indefinidamente as mesmas asneiras sem qualquer possibilidade de parar para uma reflexão. Assim, o próprio comportamento torna-se como um mantra para auto convencimento, e então se repetem e tudo mais reproduzem num frenesi histérico como que para se convencerem, acreditando que tal repetição de alegações arbitrárias e desconexas convencerão os demais da mesma forma que convencem a si.
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Quem quiser tirar a dúvida, basta observar com atenção esse fuinesto fato. ...e se surpreenderá com tal desgraçada realidade.
As crianças, pela inexperiência e deficiência de conhecimentos, tendem a pouca reflexão. Por isso é comum, por exemplo, uma criança chamada de "você é feia" imediatamente reproduzir "feia é você". Isso é o que sua condição mental lhe permite. Quando se desenvolve mentalmente sua resposta será diferente. Crinças, pelo mesmo motivo, tendem a confiar nos adultos (líderes) que elegem como amigos que lhe querem bem. Precisam seguir os adultos, precisam confiar em alguns, pelo menos, ou fivariam totalmente perdidas, sem rumo, sem saber como agir.
Esses tipos maluquetes que se fanatizam e vivem no fresesi dos "mantras", assim são por não se terem desenvolvido mentalmente. São apenas máquinas de repetição.
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Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

" deficiência é genética, por serem assim é que se agarram em ideologias idiotizantes..."

Genética? Deve-se ter cuidado no uso dessa palavra. Será que a Ciência conseguirá então determinar desde o útero os mais aptos a se tornarem filósofos? Parece-me uma posição um tanto quanto totalitária.

Blogildo disse...

Lamento o uso da expressão "igualdade de oportunidade", pois desnecessária.
C.Mouro

Pela enésima vez:
Devemos buscar apenas a igualdade de oportunidades, não a igualdade pela igualdade.

Catellius

Interessante!

Anônimo disse...

Profundo...Proporcional...matemático....

Catellius disse...

C. Mouro,

"focinhos ardidos", "histeria 'comentativa'", "rosnados e ganidos", "homens-traques"
Ha ha ha! Definitivamente impagável!

Você e o Gabriel têm razão em questionar o meu "igualdade de oportunidades". Quando fui me explicar, ao longo de minhas próprias linhas percebi que a coisa não fazia muito sentido, he he.

Digamos que seja um desejo meu, do mesmo modo que seria desejável que todos os homens fossem felizes (brega but true, he he)...

Concordo também com o resto de sua ótima (para variar) explanação, do "Aliás, a liberdade econômica.." ao "Precisam seguir os adultos, precisam confiar em alguns...".

Abraços

Rodrigo Constantino disse...

"Igualdade de oportunidades" é tão utópico quanto "igualdade de resultados", e leva ao mesmo lugar: socialismo. É impossível igualar as oportunidades. O nascimento já lança a primeira grande diferença: genética, família, vizinhança, tudo! O máximo que podemos falar é MELHORES OPORTUNIDADES para os mais pobres.

Rodrigo

Anônimo disse...

Rodrigo, concordo. Por isso fiz a pergunta, achei-a pertinente.

"Digamos que seja um desejo meu, do mesmo modo que seria desejável que todos os homens fossem felizes.."

Os capitalistas não têm esse tipo de desejo. É típico de socialistas o desejo da igualdade e da felicidade utópica. Em uma sociedade competitiva, com economia de mercado, os bons sobrevivem, os ruins não - um conceito darwiniano. E ninguém deve lamentar o fracasso dos ruins - é parte da natureza darwiniana do mercado que alguns fracassem.

Catellius disse...

"É típico de socialistas o desejo da igualdade e da felicidade utópica."

Ha ha ha! Então deseja patrulhar até o que as pessoas desejam? Se é seu desejo, quem sou eu para patrulhá-lo, he he. E não existem capitalistas, aproveitando a sua mania de se ater às miudezas. Capitalismo é o termo que os socialistas criaram para aquilo que é inerente a uma sociedade livre. Então é possível ser "capitalista" e desejar o que bem entender. Aliás "os capitalistas não têm..." ficou ótimo, ha ha

"...os bons sobrevivem, os ruins não - um conceito darwiniano."

Infelizmente, depois que inventaram a penicilina e o antibiótico, algo desse conceito eugenista foi por água abaixo. Possivelmente você teria sido expurgado pela natureza em algum momento da sua vida, não é mesmo? O mesmo pode-se dizer de mim, é claro.

"E ninguém deve lamentar o fracasso dos ruins"

Novamente o patrulhamento. Ninguém deve lamentar? Você está me saindo um bom de um ditador, isso sim, he he.
Prefiro você quando está a fazer perguntas, Gabriel, não quando inventa de as responder.

Catellius disse...

Constantino e Gabriel,

Mas dou a mão à palmatória: "Melhores oportunidades" fica bem melhor. Não pensei em todas as implicações daquilo que eu havia dito. Agi como aqueles que "SÃO APENAS CAPAZES DE REPRODUZIR O QUE OUVEM OU LÊEM", usando as palavras do C. Mouro, he he.
Mas isto não me impede de achar graça do seu último comentário, Gabriel. Calma, calma, easy... Também abomino qualquer traço longínquo de socialismo, cotas e o escambau. Também gosto de muita coisa de Nietzsche, que desprezava a "moral dos escravos" e a "compaixão". Mas colocar-se no lugar de um colega de espécie em situação miserável e desejar que seja feliz é algo perfeitamente normal. E a cooperação é típica de todos animais sociais, darwinianamente falando...

Anônimo disse...

Gosto imenso de Nietzsche mas ainda não atingi o nivel de ubermensch, ou super-homem, em que estao C. Mouro e Gabriel, e desta feita ainda nao consegui livrar-me da compaixao que tenho pelo proximo, rsrs.
E nao cristao.

Anônimo disse...

E nao sou cristao.

Anônimo disse...

"Possivelmente você teria sido expurgado pela natureza em algum momento da sua vida, não é mesmo? O mesmo pode-se dizer de mim, é claro."

Catellius essa frase é minha!
Plágio?

Anônimo disse...

Anônimo, creio que o Catellius ainda não atingiu o nível de Übermensch, uma vez que sente compaixão pelo próximo em situação miserável. Já que o Catellius deseja que eu faça apenas perguntas, vou atendê-lo momentaneamente, e aqui está uma pergunta para você: a compaixão é um monopólio dos cristãos?

Anônimo disse...

Caramba!

...estou surpreso com tamanha baixeza.
...a que ponto uma ideologia leva um tipo a se degradar! ...cuisp!
...MAS TAL BAIXEZA NÃO DEVERIA ME SURPRENDER.
Pois o tipo tenta criar situações, e para tal até se exibe simpático ao "amigo" do seu maior desafeto(eu), ansiando gerar mau estar entre os "adversarios" com tal truquesinho ridículo, depois tenta intrigar Catellius e eu, e por último esta. TSC TSC TSC ...os bovinos se pernmitem isso.
.
Mas a vida segue e vou postar o que estava "na agulha":

Grande Catellius,
é preciso ser mesmo grande para ser tão rigoroso consigo, sobretudo diante de tipos manifestamente tão hostis, mesmo sem motivo aparente.
É fácil perceber que foi apenas um deslise no uso das palavras, pois a idéia a que elas conduzem certamente não é a sua, e isto é mais que visível.
Todos nós, lamentavelmente, dizemos bobagens por diversas razões, porém, somente quando as dizemos e não as comprerendemos é grave. E este não é o caso.
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Repito:
Apenas os grandes são capazes do rigor para consigo mesmos.
Os "homens-traque" (não resisti) são o resto, vivem de simulacros e falácias, de truques erísticos, deturpações, fofocas, intrigas, meias verdades e inteiras mentiras, em estupido frenesi verborágico limitado e repetitivo, que nada esclarece, visando apenas conturbar as questões e engabelar; assim são exatamente por serem apenas resto. Acreditam que as palavras podem destruir os fatos da mesma forma que a repetição de mantras lhes destrói a razão.
.
Forte abraço
C. Mouro
.

Anônimo disse...

A inveja produz este tipo de coisa.
O respeito e a admiração nascem nos fortes, aos "homens-traque" resta apenas a inveja. Contemplar a dignidade alheia lhes consome as entranhas, porque sabem que jamais usufruirão, jamais terão o prazer, daqueles sentimentos que contemplam naqueles que invejam e essa inveja os faz desprezarem-se e se permitirem degradarem-se sem pudor, sem a mínima ~idéia do que seja vergonha na cara.
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...hehehe! consumam-se em sua inveja, em seus ressentimentos e degradem-se pois não mudarão muito aquilo que já são ...hehehe!

Esse é o exemplo de moral que as religiões produzem. O moralismo destes tipos é idêntico ao moralismo do PT.
"Em cada peito religioso bate um coração petista" ...se exibierem é mera questão de oportunidade.
.
Abraços
C. Mouro

Catellius disse...

Caro Mouro,

Não sou grande, a não ser no meu 1,95m de altura, rs, mas agradeço o elogio. Reconhecer um erro, ou explicar-se, além de humanizar uma discussão da qual se deseja algo mais do que humilhar o "oponente", pode ser fruto da vaidade – meu caso -, pois ninguém quer fazer la brutta figura sustentando uma opinião na qual nem ela mesmo ainda acredita, apenas para não dar o braço a torcer.
Como você, não entendo como o anonimato pode fazer tão mal a certo tipo de gente, que decerto se sente como um franco atirador que vê todos sem ser visto, que escolhe a “vítima” meio a esmo, de acordo com seu humor cambiante de lunático.
Que o deus dessa gente a cubra de bênçãos. Eu as dispenso. Vai que são elas as culpadas pelo estado em que se encontra, he he.

“Catellius essa frase é minha! Plágio?”
ha ha ha. Deve ter sido o inconsciente coletivo do místico C. G. Jung, he he.

Abração, Mouro


Antes de despedir-me dos ensandecidos, vou tentar comentar isto daqui:

“Anônimo, creio que o Catellius ainda não atingiu o nível de Übermensch, uma vez que sente compaixão pelo próximo em situação miserável. Já que o Catellius deseja que eu faça apenas perguntas, vou atendê-lo momentaneamente, e aqui está uma pergunta para você: a compaixão é um monopólio dos cristãos?”

Você se dirige ao anônimo e me cita na terceira pessoa. Imagino que a pergunta seja para ele, então. Que responda. Melhor: sugiro que você mesmo responda como anônimo.

Comentemos um pouquinho o que veio antes:
Animais sociais cooperam, “co-laboram” - trabalham juntos. Há um organismo social do qual fazemos parte, querendo ou não, desprezando-o ou não, achando-o bovino ou não. Quando muitos vão mal, todos não estão tão bem quanto poderiam estar. “Compaixão”, então, ao invés de “peninha”, pode significar “sofrer junto”. O fato é que você, mesmo tendo conquistado o título de super-homem (já ouvi falar de super-hímen, que é aquele que não rompe após o parto, como promulgava Frei Galvão), acaba tendo uma compaixão involuntária. O que quero dizer é que você sofre com a miséria alheia. O Lula não está aí? Vivemos na Suíça, por acaso? Quanto à peninha, duvido que você não sinta peninha de uma criança de dois anos cega, sem braços, comendo restos segurando-os com os pés. A imagem é trash, reconheço, mas se você sente peninha de uma criança assim, lamento informar mas você se compadece dela, e se você não sente nada semelhante a isso, sugiro que procure um psiquiatra urgentemente, he he. O próprio Nietzsche compadeceu-se de um cavalo que estava sendo espancado pelo dono, correndo para abraçar o quadrúpede, situação que parece ter desencadeado sua primeira crise séria de esquizofrenia. Estava louco? Talvez, mas aparentemente sua natureza falou mais alto. E aqui me lembro da fábula de Esopo que o Mouro citou, há pouco tempo, do escorpião e da rã.

Juízo, criaturas esquizofrênicas, he he, não saiam por aí a abraçar cavalos. Eles são inferiores ao homem e merecem a condição em que se encontram, he he.

Anônimo disse...

"(...) MELHORES OPORTUNIDADES para os mais pobres."

Constantino, os pobres são pobres porque não conseguem enxergar as oportunidades. Oportunidades são inerentes ao indivíduo... o que pode ser uma boa oportunidade para mim pode não ser para você. Oportunidades se CRIAM e não podem ser fabricadas e distribuídas.

Anônimo disse...

"Reconhecer um erro, ou explicar-se, além de humanizar uma discussão da qual se deseja algo mais do que humilhar o "oponente", pode ser fruto da vaidade – meu caso -, pois ninguém quer fazer la brutta figura sustentando uma opinião na qual nem ela mesmo ainda acredita, apenas para não dar o braço a torcer."
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Perfeito!
Por vezes, reconhecer um erro dá tanto prazer quanto reconhecer um grande acerto. Claro, que tal prazer possivelmente decorre do grande acerto de reconhecer o erro.
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Quando a "la brutta figura", isso vai de encontro a uma tese de que a inteligência induz à honestidade. Claro que só os muito imbecis podem crer que a safadeza seja inteligente, pois que se generalizada produzirá o caos. Por isso a inteligência concebe a ética para analisar a moral. Mas os imbecis discordam que a ética seja decorrente da razão, não conseguem entender isso orque são parvos, e por tal... capazes de certos procedimentos imbecis, mas que os crêem eficientes... o exemplo está uns comentários acima.

Ou seja, "la brutta figura" não tem discernimento para perceber o próprio ridículo e por isso se comporta de forma tão imbecil. E elas existem, mesmo entre os muito cultos, e tivemos tal exemplo gritante quando do confronto do Rodrigo e OC, pois o segundo mostrou-se "la brutta figura", tal o primarismo de suas pretensas escapadas verbais, tal o nível de infantilidade em suas respostas (tipo aquela: "eu errei de propósito), provando que inteligência e cultura são coisas diferentes.
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Há uma frase que diz:
"alguns são humildes por ostentação" ...é bem profunda.
.
E eu parafraseio:
O verdadeiro altruísta assim é por puro egoísmo.
...claro! é altruísta porque sente-se bem em colaborar com outros, ajuda por puro egoísmo, colaboram e têm compaixão.
Logicamente para isso, antes julgam, não é um altruísmo incondicional. Mas então os cretinos inventaram o incondicional como símbolo máximo, algo como uma caricatura, que exagera a característica marcante. Pois tudo (des)entendem como caricaturas, como também substituem o espelho por uma fotografia padrão. ...são apenas resto.
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Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

'a compaixão é um monopólio dos cristãos'

Para demonstrar que nao eh monopolio basta um unico exemplo. E cito o dos mouros, corrijo, islamicos, que tem a esmola e a caridade como um dos pilares de sua religiao.

Anônimo disse...

Sem dúvida:

A Compaixão pode não ser monopólio dos cristão. Mas a falta dela é caracteristica fundamental dos que já se divorciaram da raça humana.

Anônimo disse...

Caros amigos: com todo o respeito, o cristianismo é a maior enganação de todos os tempos: a glória do cristão NÃO É ir para o céu, mas sim ver o "pecador" IR PARA O INFERNO. Na verdade, tal doutrina vem causando destruição, miséria e fome há 20 séculos; não nos esqueçamos que a idade média representou o ápice do poder religioso cristão, quando a igreja católica representava nada menos do que um governo mundial (ao menos do mundo ocidental). A humanidade deve sua idade de ouro (séculos XVI ao XX) ao renascimento, QUE REPRESENTOU o ressurgimento (DAÍ O NOME RISSORGIMENTO, do italiano) dos valores éticos-estéticos da civilização grega (v.g: a perspectiva, o capitalismo, a valorização do belo e do forte). O cristianismo (e o solialismo, e o comunismo) nada mais são do que a DITADURA DOS PIORES.

max ribas