Rodrigo Constantino
A "presidenta" Dilma ontem deu a senha do capitalismo de compadres ao dizer: "Acredito que não pode haver concorrência entre duas grandes empresas, como é o caso da Petrobras e da OGX. Ambas podem ganhar muito com as parcerias entre elas". Disse isso ao lado de Eike Batista. Ora ora, presidente, a concorrência é o maior aliado do progresso! Eu, ao contrário da senhora, penso que deve haver MUITA concorrência neste setor e em todos os outros, entre empresas grandes e pequenas, nacionais e estrangeiras. Eu quero a Exxon, a BP, a Shell e tantas outras disputando esse mercado no Brasil. Já a senhora prefere manter um monopólio de facto da Petrossauro em parceria com a OGX, do empresário aliado do governo. Não! Isso é típico dos regimes fascistas! Viva a livre concorrência!
7 comentários:
Mas, nessa, a Dilma está certa. As duas empresas têm muito a ganhar com as parcerias, ao invés de concorrerem.
Ela só esqueceu de falar que, nesse caso, as empresas ganham e o consumidor perde.
Esta personalização da OGX vai acabar terminando mal, vide a história de outros empresários de nome no pais, desde Barão de Mauá.
No dia que pegarem o Eike pra cristo, já era!
Agora vocês acreditam que a OGX é um bom investimento, como tenho dito há meses?
É que esquerdista tem horror a concorrência. Isso não pode, concorrência não! Jamais! A concorrência é malvada, fedorenta e desdentada. Boa mesmo é a velha "brodagem". Pros "bróders", tudo. Tadinhos deles, né? Pro resto da sociedade, ferro em brasa no couro. Mas afinal, que se dane o resto da sociedade, certo? É só o resto, não é mesmo? O importante é dar comida e abrigo ao grupinho de manos e sócios da corte.
Dilma foi criada na mentalidade do "Felipe said 1:05 PM" ela não consegue compreender a palavra EFICIÊNCIA. Não é de atôa que foi a falência com a lojinha de 1,99....
O Eike Battista é como qualquer outro empresário nacional: um leão nos negócios mas um cordeirinho na política.
É claro que o sucesso na política incha o ego de qualquer um e até o meu se fosse o caso, pois muitos complexos de inferioridade que tínhamos na adolescência e foram minimizados através do nosso sucesso financeiro e profissional, são facilmente resolvidos através do sucesso político.
Muita gente pode não acreditar mas o que faz um jovem se interessar tanto por política é justamente a pungência de seus complexos de inferioridade.
Todo mundo já sonhou um dia em se ver num palco aplaudido pela multidão, onde seus desafetos o veriam e teriam que engoli-lo com seu sucesso.
Nesse dia imaginário muitos se arrependeriam de terem-no tratado mal e até humilhado-o com brincadeiras e por que não, agressões?
Muitos NERDs que já sofreram bullying se identificam bastante com Bill Gates que se tornou o rei dos NERDs.
Imaginem vocês a cara das garotas que estudaram o ensino fundamental e médio com Bill Gates e o desprezaram por sua esquisitice.
E dos valentões então? Nem se fala.
A política, infelizmente no Brasil, é o palco para nos compensarmos de nossos complexos de inferioridade e acreditem: esse tipo de motivação inconsciente faz os políticos fazerem merda justamente porque eles querem provocar os seus desafetos do passado.
A admiração de muita gente em relação aos políticos tem a ver com a admiração que nutro por Bill Gates, por exemplo.
O povo, ao menos no tempo do regime militar, era discriminado pela famosa classe média e eu sei muito bem o que é isso.
Por muitos anos alimentei dentro de mim o desejo de ver essas pessoas que me discriminaram assistirem de pé o meu sucesso e daí virem me pedir alguma coisa.
É claro que na minha fantasia eu lhes responderia um sonoro NÃO e nem me dignaria a ouvi-las, optando por deixar minha secretária cuidar desses indigentes.
Agora me digam com sinceridade: qual de vocês nunca pensou isso ou sequer acalentou esse tipo de fantasia?
Pois pasmem: é justamente essa fantasia inconsciente ou consciente que move nossos políticos na direção do sucesso político.
No mercado interno não existe qualquer concorrência entre a OGX e a Petrobrás, já que a primeira não tem refinarias, tendo que necessariamente repassar os barris de petroleo à Petrobras. Dessa forma, a Petrobrás é que estabelece o preço final.
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