Milton Simon Pires *
Meus amigos, cansado de ser
chamado de homofóbico, racista, machista, preconceituoso e mais um sem número
de adjetivos que a esquerda usa com quem discorda dela, eu resolvi escrever
algumas linhas sobre os chamados “movimentos sociais” brasileiros.
Gostaria de fazer a todos um
desafio: provem que esse tipo de coisa existia – com importância - no Brasil
antes de fevereiro de 1980 (data de fundação do PT) e eu mudo de ideia Parto
daí para afirmar o seguinte. Não existe, hoje, no Brasil movimento social algum
que, voluntária ou involuntariamente, não sirva ao Foro de São Paulo e a
estratégia revolucionária.
Movimentos sociais como temos no
Brasil são uma peça fundamental do pensamento de Antônio Gramsci. Num trabalho
metódico e contínuo eles servem para destruir as bases culturais da nossa
sociedade. Existe, nesse sentido, portanto uma diferença gigantesca entre ser
“contra” gays, ciclistas, afro-brasileiros, e direitos das mulheres e opor-se
aos seus respectivos movimentos. As causas de todos esses grupos, se estudadas
de perto, muito pouco tem a ver com o reconhecimento de seus “direitos”. Marcha
das Vadias, Marcha da Maconha, Parada Gay e tantas outras servem ao Partido dos
Trabalhadores! Pouco importa se seus integrantes são ou não militantes
assumidos desse partido... não faz diferença alguma se votaram no Lula ou não –
dinamitando as bases do núcleo da sociedade – no caso a família – eles servem,
sim, ao movimento revolucionário.
Nada mais constrangedor hoje em
dia do que posicionar-se contra um “movimento social”. A pessoa, no caso eu,
passa a ser vista como uma espécie de fanático. O país vive um irremediável
complexo de culpa em que “mais importante que acreditar em alguma coisa é não
ter preconceitos contra todas as outras”. É como Povildo, o “leão vegetariano”.
Personagem que inventei para servir como mascote da LBB – a Legião Brasileira
de Bobalhões. Para essa gente, “portar” uma opinião própria é um verdadeiro
horror. Imagino inclusive que sejam a favor do crime de “porte ilegal de
opinião” - algo como andar armado sem licença.
Pobre sociedade brasileira!
Coitadinha da nossa Universidade! Hoje em dia precisamos encontrar as bases da
caridade e da solidariedade – próprias da condição humana – no “apoio” a estes
grupos que a “elite acadêmica do Brasil” considera como representantes de uma
cultura democrática. A regra então passa a ser confirmada pelas exceções - “O
Milton só poderá ser considerado um legítimo democrata se apoiar as minorias
que formam o país. Ou ele gosta dos movimentos dos gays, lésbicas, maconheiros,
ciclistas, etc., ou é alguém que está PERMANENTEMENTE pensando em Golpe
Militar”.
Percebam, meus amigos, que é a
“Dignidade” (já que tem tanto médico falando nisso..rss) do próprio indivíduo
que desapareceu. Se não me identifico com as lutas das minorias, sequer tenho
direito de me identificar como parte da sociedade. Dane-se a Constituição, danem-se
todos os impostos que pago ou até as eleições em que me obrigam a votar: é
minha “obrigação moral” apoiar todos esses movimentos.
Meus leitores, é imperativo
desconstruir esse discurso histérico, essa irracionalidade e essa condição de
“Homem Marcha”. Todo esse filme já passou. Millor Fernandes tinha razão quando
dizia que “uma ideologia, quando fica bem velinha e quer se aposentar, vem
morar no Brasil”. Se continuarmos com essas idéias ridículas oriundas de uma
Universidade que se prostitui para o PT seremos culturalmente um grande “Residencial
Geriátrico” - sempre com vagas para aceitar mais uma ideologia caduca.
* Médico de Porto Alegre
4 comentários:
Excelente artigo.
Infelizmente, hoje quem é não se intitula parte de uma minoria seja ela x ou y, é criminalizado. Estamos caminhando para tal revolução bolivariana é preciso acordar antes que seja tarde.
Bravo!!!
"Homem-Marcha"/"Homem-Massa"
(José Ortega y Gasset)
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