quinta-feira, julho 11, 2013

Profissão: manifestante

Rodrigo Constantino

Deu no GLOBO: Centrais pagam claque para engrossar mobilização

Na tentativa de engrossar o ato desta quinta-feira na Avenida Paulista, centrais sindicais usaram de um artifício recorrente durante nas campanhas eleitorais: o pagamento de claques para portar bandeiras, usar camisetas e carregar balões. A iniciativa não resultou, contudo, em aumento relevante do público. As centrais sindicais negaram que contrataram claques, mas O GLOBO localizou diversos jovens que foram pagos durante a mobilização.

Vitor Hugo Correia, de 17 anos, por exemplo, admitiu que recebeu R$ 50 da Força Sindical para portar um dos balões da entidade sindical. O jovem e seus amigos, do bairro de Artur Alvim, da periferia de São Paulo, disseram ter sido contratados por um sindicato filiado à Força Sindical. Com camiseta e bandeira da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Viviane Araújo, de 18 anos, disse ter sido paga para participar do ato.

— Eu recebi R$ 30 reais para vir aqui. Eles pagaram nosso transporte e disseram que o dinheiro era para a gente comer aqui — contou Viviane.

Nem bem o ato havia acabado, pessoas com a camiseta da União Geral dos Trabalhadores (UGT) faziam fila em uma das ruas ao lado do Museu de Arte de São Paulo. Um dos jovens, que assinava uma ficha da entidade sindical, disse ter recebido R$ 50 para estar no protesto. O estudante secundarista Alex da Silva, de 20 anos, e seu amigo Jorge Robério Pereira, de 15 anos, também foram pagos. Eles receberam R$ 50, além do pagamento de trasporte e de alimentação, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

E alguém ainda tinha dúvida de que fariam isso? É assim que a esquerda opera, desde sempre. Usam nossos recursos, via imposto sindical por exemplo, para manter um exército de manifestantes. Uma passeata sindical é tão espontânea quanto um autômato programado para só dizer "sim". A marcha chapa-branca é constrangedora. Mas é o esperado como reação da esquerda, tensa por ter seu monopólio das ruas ameaçado. Nesse artigo, eu expliquei porque esse tipo de ativismo é propício às esquerdas. Vale repetir um trecho aqui:

Mas eis o meu ponto principal: liberal quer ralar para ser alguém na vida, e para tanto precisa estudar e trabalhar. Já muito esquerdista, desde cedo, percebe que há uma alternativa para os vagabundos: pegar megafones, gritar slogans populistas, vestir camisa do assassino Che Guevara e pintar o rosto em passeatas. Eles aprenderam que alguns chegam até ao Senado com essa incrível trajetória! Os outros, como prêmio de consolação, ganham postos em sindicatos e estatais.

5 comentários:

Lucas Stephanou disse...

Isso me lembra um episodio da excelente "House of Cards" do Netflix(http://movies.netflix.com/WiMovie/House_of_Cards/70178217?trkid=2361637)

Onde o sindicato dos professores paga para alguns aleatórios na rua participarem de um protesto contra uma reforma educacional.

As tentativas de apropriação, não passam de desespero, de um oportunismo barato.

Bruno Sampaio disse...

Parabéns pela coragem de dizer, em linguagem de boteco (que é pra entender, o que vem entalado na goela de muita gente de bem por aqui.

P.S. - Dá pra dar uma aliviada no grau de dificuldade quando eu tenho que provar que não sou robô? Ontem, para adivinhar o número, me senti em um exame de vista do Detran.

Abs

Anônimo disse...

Na Europa já existem há anos empresas terceirizadas que contratam pessoas para protestos.

Na Palestina 2000 anos atrás s ricos contratavam pranteadores profissionais para funerais.

* * *

Hamilton de Oliveira disse...

O PT e outros partidos de esquerda se dizem contra privatizações mas resolveram "privatizar" as manifestações.

Hamilton de Oliveira disse...

O PT e outros partidos de esquerda se dizem contra privatizações mas resolveram "privatizar" as manifestações.