Rodrigo
Constantino
“Nós
não podemos aceitar que certo número de companhias se coloque em situações para
evitar o pagamento de impostos de maneira legal. Nós devemos coordenar ações em
nível europeu, harmonizar nossas regras e apresentar estratégias para acabar
com essa prática”, disse o presidente socialista francês, François Hollande. O
assunto veio à tona após a descoberta de que a Apple teria usado mecanismos
legais para reduzir o pagamento de impostos.
O
que queria o socialista? Que as empresas não
tentassem minimizar pelas vias legais seus pesados impostos para sustentar
o falido “welfare state” e as boquinhas de políticos? Ou talvez que usassem
meios ilegais para tanto, como fazem
justamente poderosos políticos, alguns apontados em escândalos recentes dentro
do próprio governo Hollande?
Certo
está o senador Republicano Rand Paul, que fez um duro ataque ao próprio Congresso
americano, em defesa da Apple. Ele questionou se algum membro do Parlamento ali
presente, por acaso, não fazia o que era possível pela lei para pagar menos
impostos. Depois, lembrou que o grande responsável por isso são os próprios
políticos, que criam inúmeros impostos e gastam US$ 4 trilhões dos “contribuintes”.
“Querem um culpado pela situação? Que tragam um enorme espelho para o Congresso”,
clamou corajosamente Rand Paul.
Quando empresas atuam num ambiente de
livre concorrência, o maior beneficiado é sempre o consumidor. Afinal, a
empresa precisa buscar sempre maior eficiência para sobreviver, e isso
normalmente implica em menores preços finais, decorrentes dos ganhos de produtividade.
Curiosamente, esta lógica não se aplica
à concorrência entre governos, segundo muitos economistas. Eles chamam de
“guerra fiscal” a competição entre governos na busca por investimentos
produtivos, deixando claro o tom negativo da disputa. Por trás disso, reside
uma mentalidade de que menos imposto é algo ruim, ou seja, que recursos nas
mãos do governo são mais bem utilizados que nas mãos privadas. Não há nem
lógica econômica, nem evidência empírica para sustentar esta visão.
A globalização tem gerado incríveis
avanços para a humanidade. Entre eles, uma das grandes mudanças positivas é
justamente a maior competição entre governos. Com a maior mobilidade de
capitais, as empresas podem transferir suas sedes para qualquer nação, mantendo
a produção nos países mais competitivos. Isso força uma busca por maior
eficiência por parte dos governos, levando a menores impostos e burocracia,
caso contrário haverá grande perda de investimentos.
O federalismo dentro de um país é algo
bom. Gera concorrência entre estados e o eleitor pode votar com o pé. A mesma
lógica se aplica em nível global, entre países. Governos gastam muito mal, pois
os incentivos não são adequados, e a corrupção é sempre maior. Portanto,
qualquer coisa que contribua para reduzir a receita tributária é positiva, pois
somente isso vai impor limites nos gastos públicos.
Nesse contexto, fica claro que o termo
“guerra fiscal” só interessa mesmo aos consumidores de impostos, não aos seus
pagadores. Faz mais sentido falar em “competição fiscal”, e todos os
consumidores sabem que a competição é seu maior aliado. David Cameron, o
primeiro-ministro conservador britânico, está certo quando diz: “Eu acredito em
impostos baixos para os negócios, porque temos que encorajar investimentos. Eu
quero que o Reino Unido seja vencedor na corrida global”.
Essa corrida é boa para todos, à
exceção dos parasitas do estado. Hollande, como todo socialista, pensa o
contrário: ele quer impedir a corrida, para que as lesmas paquidérmicas possam
desfrutar do trabalho alheio sem o incômodo das ágeis lebres. Por isso detestam
concorrência. A Apple merece nosso apoio; Hollande e demais socialistas, nosso
repúdio. Viva a concorrência!
12 comentários:
O meus votos para a Apple e para o que disse o Sr. David Cameron!
Excelente artigo, Rodrigo.
Por que os socialistas, "coitadistas", tem uma visão tão "torta" da vida? Cegos ou espertos?
Abraço
Odilon Rocha, de JP/PB
VOCÊ SERIA A FAVOR DE UM PLEBISCITO PARA LEGALIZAR O GENOCÍDIO DE JUDEUS?: http://israelemportugues.blogspot.com/2013/05/voce-seria-favor-de-um-plebiscito-para.html
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/economia/2013/05/23/brasil-vai-leiloar-em-outubro-sua-maior-descoberta-de-petroleo-diz-anp.htm
Já viu os termos do leilão? Acho que merece um artigo!
Muito bem!
Não só concorrência como a criação de novos governos.E o único jeito de fazer isso...é com o seasteading
Não seria dificil existir vários governos ao mesmo tempo e o cidadão pagaria impostos ao governo que desejasse. Assim como é com empresas.
Ou seja, hospitais, policiais, estradas (sem pagar pedágio) e mesmo o judiciário prestaria seus serviços apenas aos eleitores e pagadores do governo responsável.
A justiça teria que ser objetiva e as leis claras e objetivas, sem "interpretações" para todos os governos. Assim, aos juizes caberia apenas estipular as penas segundo os parametros legais (preferencialmente legitimos). Assim, o judiciário julgaria se houve ou não fatalidade, culpa ou dolo de forma clara ONDE TODOS OS CIDADÃO SABERIAM A PENA QUE INCORRERIAM SE VIOLASSEM A LEGITIMIDADE OU A LEGALIDADE DE SEU GOVERNO.
As relações entre os indivíduos seriam contratuais e o Direito inviolável segundo o governo escolhido.
Quem escolhesse um governo socialista (pagando a ele seus impostos) não teria direitos invioláveis, conforme a legislação legal pela qual optou. Ou seja, SEUS RECLAMES SERIAM JULGADOS SEGUNDO A LEGISLAÇÃO DO GOVERNO ESCOLHIDO.
Isso seria algo como socialismo para os socialistas e liberdade para os liberais e libertários, além de conservadorismo para conservadores.
Um socialista que fosse assaltado, o ladr~]ao seria "recuperado" pela legislação socialista e se um liberal, o bandido seria punido e afastado do convivio social.
Não seria tão dificil quanto possa parecer.
Assim, todos seriam livres e viveriam segundo sua própria moral e usufruindo dos serviços do seu governo pagos por seus impostos.
...rsrs ...acredito que os bonzinhos, sobretudo os socialistas-caviar, não iriam querem somente para si o governo que tanto querem para os outros.
No Brasil, José Serra,o PSDB em geral, é defensor ferrenho da ELIMINAÇÃO DA CONCORRÊNCIA ENTRE OS ESTADOS DA FEDERAÇÃO. Algum comentário?
No jornal o globo de hj diz que além da França, a Alemanha e a Grã Bretanha criticam a Apple. Por que só fala sobre o Hollande ? Não entendi
Anonymous 11:23. Por que só fala sobre o Hollande ? Não entendi
Vou explicar.Hollande está a provar que não é preciso ser ignorante ou faltar hum dedo para descartar a racionalidade. BASTA NÃO TER CARÁTER, SER MENTIROSO, TRAIÇOEIRO e outras qualidades... cinismo, desfaçatez. Ladrão.
Ladrão é talvez a única qualidade socialista que hesito em atribuir a Hollande. Para mim ele mais parece um funcionário público do quinto escalão.
Não é de a toa que ele condecorou LULA pelo partido socialista francês pouco antes das eleições francesas...
As Milton Friedman understood and Hollande do not, is that an economy cannot spend or tax itself into prosperity.
[i]'Não seria dificil existir vários governos ao [b]mesmo tempo[/b] e o cidadão pagaria impostos ao governo que desejasse. Assim como é com empresas.'[/i]
E como a Ayn Rand já mostrou, essa é uma idéia imbecil que nunca vai dar certo.
Os hippies da direita enrolam, enrolam, mas até hoje nenhum respondeu sobre como resolver o problema do 'se A acusa B de ter lhe roubado e se os dois tem polícias privadas diferentes'...substitua justiça privada por governos e dá na mesma.
O que eles fazem, que na cabeça de lunáticos deles é a resposta pra essa pergunta, é distorcer a pergunta pra dar a resposta que eles acham conveniente
Eles falam que haveria um acordo entre 'justiças', ora, esse portanto é um problema totalmente diferente.A pergunta é clara quando diz que a justiça de A não tem NADA a ver com a de B.
Os 'miseanos' que defendem coisas que Mises nunca disse, são criaturas patéticas, nem a direita leva eles a sério.O Rodrigo está certo em querer juntar todo mundo MENOS eles.
E ainda sobre os hippies da direita, recentemente no face o Olavo deu uma surra homérica neles.Tão humilhante que eles se recusam a comentar lá no site do instituto Rothbard.
Trabalho na Receita Federal e concordo inteiramente com esse artigo
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