quarta-feira, agosto 23, 2006

Simbiose Artística



Rodrigo Constantino

“Eu me sinto eufórico com os resultados do governo Lula; costumo dizer que estou indignado com os indignados.” (Wagner Tiso)

O presidente do “mensalão” participou nessa segunda-feira de um encontro com artistas na casa do ministro Gilberto Gil, em São Conrado. O apoio de boa parte da classe artística ao presidente Lula parece incondicional – ao menos no que diz respeito aos aspectos éticos. Provavelmente, tamanho apoio, mesmo depois de tantos escândalos, está condicionado somente às polpudas verbas que o governo vive despejando para esses artistas. O cão não costuma morder a mão que o alimenta...

O compositor Wagner Tiso reclamou que ninguém falou do caixa dois da reeleição do Fernando Henrique. Disse não estar preocupado com esses “detalhes” éticos, mas sim com o jogo do poder. Justificou ainda as alianças espúrias do PT, que englobam até mesmo José Sarney e Jader Barbalho. Não obstante o fato de que o PT de Lula não praticou “apenas” caixa dois, mas sim foi o arquiteto do mais nefasto esquema de corrupção visto no Brasil, parece que a mentalidade do artista é do tipo que divide os ladrões entre os que “me roubam” e os que “roubam para mim”. Até então, qualquer vestígio de corrupção era motivo para execrar os governantes – com razão. Mas de repente, quando o candidato deles chegou lá, a balança que julga passou a ter dois pesos, e duas medidas. Lula pode roubar à vontade. Os artistas não condenam. Basta soltar a verba para a “cultura nacional”.

O ator Paulo Betti afirmou que “política não existe sem mãos sujas”. Parece que quando a oposição suja as mãos, é a podridão da “direita reacionária”, mas quando é o Lula “deles”, uma luva impermeável evita que qualquer sujeira grude nas mãos. Não tem problema para os artistas que a grana para a “cultura” venha suja de bosta – contanto que não deixe de vir. Enquanto a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal forem os grandes financiadores dos artistas, Lula pode declarar amor ao ditador Fidel Castro que não tem problema algum. Pelo contrário: mais um filme enaltecendo alguma figura pitoresca como Che Guevara será produzido, enquanto a crítica irá “descer a lenha” no filme de Andy Garcia, que mostra um pouco da realidade cubana. Viva Olga! Afinal, a espiã da KGB lutava pela nossa “democracia”, a mesma que vem “elegendo” Fidel Castro por 47 anos seguidos...

O ator Zé de Abreu merece o troféu de mais patético da noite. Fez um brinde aos “Zés”, incluindo o Zé Dirceu e Zé Genoíno. Lula, ao ser questionado sobre a possível inconveniência do brinde, rebateu que não tinha problema, pois não devemos abandonar os amigos. Fica claro então que, quando Lula diz que foi traído, não trata-se dos que montaram o esquema de corrupção, mas sim dos que denunciaram o esquema. Esse é o presidente que será reeleito, ao que tudo indica, pelo povo brasileiro. Com a ajuda da classe artística, evidentemente.

Zeca Pagodinho teria dito que Lula tem a “palavra do povão”, e que é seu fã por ele falar a língua do povo. Lula, por sua vez, teria prometido ir tomar uma cachaça em Xerém depois das eleições com o cantor. Falar a língua do povo não qualifica ninguém para presidir uma nação complexa como o Brasil. Talvez ambos devessem ficar então apenas bebendo cachaça – e falando no dialeto que desejarem. Mas governar um país é coisa mais séria que isso!

A grande ausência da noite foi Chico Buarque, aquele que admira Cuba à distância, de sua milionária casa. Lula conta com o apoio de muitos “intelectuais” também, como a doutora Marilena Chauí. Os motivos são semelhantes: quando não é por ideologia dogmática, fruto de intensa lavagem cerebral na juventude, é apenas pela simbiose entre ambos, “intelectuais” dependentes da mão estatal e governantes que controlam o Estado. Entre a massa de apoio, encontramos muitos inocentes úteis, os que seguem cegamente o líder por motivos ideológicos. São como o burro na Revolução dos Bichos, de Orwell. Mas os artistas e intelectuais não. Eles sabem mais um pouco. Eles estão mais para os porcos da revolução. Seus motivadores são mesquinhos mesmo. Fazem qualquer coisa para manter o poder e as verbas estatais. Até mesmo tolerar o mais corrupto governo das últimas décadas!

Diferente de Wagner Tiso, e dispensando qualquer verba estatal para poder manter tanto minha liberdade como consciência, ainda fico indignado com os que se dizem indignados com os indignados. Uma quadrilha foi montada, e os artistas aplaudem. Figuras assim mancham o próprio conceito de arte!

17 comentários:

Rodrigo Xavier disse...

Olá Rodrigo,

A lavagem cerebral é uma só, acometendo quem queira exercer a sensibilidade. Aqui em Brasília o CCBB está passando uma mostra de filmes cubanos. Peguntei a um crítico de cinema daqui, se ele iria ver o filme do Andy Garcia. Resposta: "Estão dizendo que o filme é muito ruim, não vou não". Entende a lavagem cerebral? Os tais detalhes - éticos ou de outra ordem -, determinam o seu termômetro democrático. Justificando inclusive a tal da "indignação".

Abraços.

Anônimo disse...

Estranho este Paulo Betti...Era petista de carteirinha, mas na eleição de 1998 saltou para o terreiro tucano, alegando que Lula não dava valor à cultura e que nunca havia assistido a uma peça sua. Agora vejo que pulou novamente para o galinheiro do PT. Com gente com um nível de convicção assim, Lula que se cuide...

Anônimo disse...

OFF-TOPIC:
Rodrigo, um conselho: saia JÁ desse webstats. Esses FDP botaram um pop-up nas páginas que eles "medem". Assim que se clica na página - não necessariamente em algum link - aparece a maldita janela. Tem um monte de blog sofrendo com isso. E você escreve bem demais, não merece isso. Aliás, eu nem li o texto, vou ler agora... é que esse pop-up me tira do sério, sempre.

Abraços.

Anônimo disse...

No nosso estado corporativista - ser comparado com Getúlio Vargas é considerado um elogio - os artistas são apenas outro grupo de interesses usando o estado para ir atrás de seus objetivos.

Tem figura pior do que cineasta nacional? Desde a Embrafilme esta raça vem parasitando o estado brasileiro. Agora é uma safra de filmes comunistas tão grande que até os leigos já perceberam.

Anônimo disse...

(...)Disse não estar preocupado com esses “detalhes” éticos, mas sim com o jogo do poder.

Incrível.............

Esses são os artistas brasileiros!!!! E somos nós que subsidiamos esse tipo de artista graças a bondade do molusco. A Ética para eles é um detalhe....

Para esse povo,os fins justificam os meios. Se for para roubar, contanto que promova "incentivo ao crescimento da cultura brasileira", tudo é perdoavel. É realmente um lástima o fato de que é essa gente que faz a cultura brasileira.

(...)parece que a mentalidade do artista é do tipo que divide os ladrões entre os que “me roubam” e os que “roubam para mim”.

Mas um caso crônico de dupla moral. Sem mais comentários. A cultura brasileira está PODRE!!!!!!!

Anônimo disse...

Depois dessa, alguém ainda é a favor da lei de incentivo á cultura?

ou das generosas contribuições dadas por orgãos públicos como o banco do Brasil para financiar esse povo?

Alguém pode dizer: Mais esse é o comportamento de uma minoria de artistas.

Eu digo só uma coisa: dinheiro que não se consegue com esforço próprio,dinheiro que não venha de trabalho produtivo Dinheiro vindo de doações ou esmolas, ou subsidios públicos, que tenha lá o nome que seja, VICIA,CORROMPE E ACOMODA!!!!!!!

Vou dar aqui a minha contribuição para a cultura nacional:

Leiam AYN RAND

Anônimo disse...

Só discordo de uma coisa no artigo: independentemente de posição ideológica ou falta de caráter, não concordo em chamar esses pacóvios de artistas, nem o que eles fazem de cultura. Artistas são Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Francisco Mignone. E, se este ou outro governo insiste em angariar votos distribuindo verbas a essa turma, que mude o nome do ministério para Ministério do Entretenimento ou Ministério do Show Business. Que diferença isso fará para a escória que reelege uma quadrilha de bandidos? Teremos pelo menos alguma coerência semântica.

Anônimo disse...

Ministério do Entretenimento seria bem adequado.

Anônimo disse...

É interessante como os artistas sempre se apresentavam como defensores da "ética na política", fazendo caretas de indignação contra a corrupção, induzindo a se crer que apenas os "da direita" seriam corruptos enquanto os socialistas seriam puros; apesar da Erundina, Boal, Brizola e filho, Marcelo e flho, Bené e seus rebentos e etc.. Porém, quando não dá mais para fingir, simplesmente invocam pretensos(falsos) fins para justificar os meios(sujos). No mais, invocam a milenar "justificativa" de que todos são pecadores, todos são iguais, e portanto, que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou, logo, ninguém pode atirar pedras por serem todos iguais na imundície. E pronto, sentem-se perfeitamente morais e quiçá puros para continuarem se locupletando de verbas e privilégios garantidos pelo Poder estatal; enquanto faltam verbas para hospitais e produtos alimentícios pagam elevados impostos, embora peças teatrais e filmes nada paguem e ainda recebem verbas oriundas dos pesados impostos sobre produtos alimentícios e medicamentos ...além de outros privilégios e galanteios concedidos em benefício de formadores de opinião. (o que seria mais útil: alimentos e remédios ou peças de teatro e filmes? além dos jornais com menos impostos e regularmente anistiados pelo INSS)
.
Há muito, antes dos escandalos petistas, escrevi sob o título "Moral e vergonha na cara" os trechos seguintes:
Evidente que tal tipo de indivíduo, que invoca uma “moral salvadora”, dada a sua propensão ao dogmatismo, não se prende a qualquer princípio racionalmente elaborado, pois apenas visa seu interesse ao reivindicar o estabelecimento de um comportamento, até momentaneamente, “moral” para atender seu interesse, por vezes de momento. Assim, é comum que se enrosque em contradições e levianas alegações que não sabe fundamentar com raciocínios, das mais ridículas e imbecis. Contudo, apesar da idéia de moral, aparentemente, visar pressionar o individuo para um comportamento coerente, envergonhando-o ante a própria violação das recomendações morais que possa afirmar adotadas, o moralista ideológico não se tomba ao pejo. E isso é lógico, pois sua “moral” visa unicamente os seus objetivos, reivindicando o comportamento alheio e não o seu próprio. Assim, as contradições em que se envolve não o envergonham, pois o que almeja é o objetivo conveniente e não a verdade, nem o comportamento coerente. Mentir descaradamente, deturpar, deformar, falsificar e etc., lhe parece apenas o “meio moral” (da sua moral) para conseguir seus objetivos psicológicos ou materiais. Neste caso a moral torna-se apenas um instrumento para seus intentos pérfidos, não sendo ela o fim e sim um meio utilizável.
(...)
A falta de vergonha na cara dos farsantes profissionais e amadores, lhes permite a persistência nos embustes que disseminam com a mais deslavada cara de pau, lançando alegações falsas, “quiabólicas” e ardilosas evasivas para escorregarem das questões. Qualquer coisa lhes serve de apoio momentâneo, não se envergonham de dizer uma coisa aqui e outra ali em contrário; como se a mera alegação de momento lhes servisse como argumento para simular uma refutação, ou resposta, independente de qualquer coerência com alegações e arengas passadas ou presentes. Vivem pelos simulacros. Pouco se importam em serem desmascarados até pelos fatos, e menos ainda por raciocínios, pois se guiam apenas por seus objetivos, mesmo quando mais psicológicos que materiais.
(...)
Para estes tipos, sem vergonha na cara, mestres nos falsos clamores, nas alegações dogmáticas, na mentira, nas falsificações e deformações, basta que concebam novas alegações, estúpidas que sejam, para serem “bebidas” pelos antigos imbecis e oportunistas, e até por si mesmos; como se seus simulacros pudessem ter a aparência de realidade. Isto lhes basta, para que com a mais deslavada cara de pau persistam em seus embustes “científicos” sobre o “mundo melhor” que afirmam desejar com suas ideologias safadas. Nada os constrange, poderão ser desmascarados, flagrados e desmoralizados, e ainda assim persistirão com a mais desavergonhada cara de pau alardeando os seus embustes, empulhando com seus enredos falaciosos, pois não passam de pulhas sem qualquer noção do que seja vergonha na cara. ...vergonha na cara!? ...o que é isso? ...perguntam os pulhas. E através deles o Socialismo, o dirigismo, intervencionismo, autoritarismo e o messianismo conseguem o néctar que os sustenta.
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Abraços
C. Mouro

Se não me engano, B. Mandeville:
“Até quando as pessoas de bem ficarão a mercê dos canalhas? ...até o dia que as pessoas de bem tiverem a mesma ousadia dos canalhas”.

Anônimo disse...

Os artistas brasileiros são camaleônicos. Se adaptam ao meio. É uma classe que se não bater de frente com o poder - qualquer poder - sempre terá o sustento. Não importa se é monarquia, democracia, ou ditadura socialista.

Abraço!
Onildo

Anônimo disse...

Prezado Rodrigo,
Creio não ser correto generalizar dizendo-se "esse artistas brasileiros", como se todos os artistas compactuassem ou ainda se iludissem com as promessas Petistas e Lulistas. Há muitos artistas, brasileiros, que jamais apoiaram o Sr.Luiz Inácio e seu partido e que se opõem, muitos, abertamente, ao caos em que vivemos. Quero lembrar também, que a Lei de Incentivo à Cultura não foi originada pelo PT e turma e não se aplica somente às artes. Ela existe para apoiar todo tipo de manifestação cultural. O seu uso eleitoreiro, muito próprio do atual (des)governo não foi visto no governo anterior (FHC), por exemplo.
Quanto ao uso de artistas para apoiar políticos, isto se dá tanto à direita quanto à esquerda, classificações que já deveriam ter caido em desuso no século passado.
Abraço
Carlos Alvim

Anônimo disse...

É interessante perguntar quais os artistas que no Brasil se manifestam a favor da livre iniciativa, da liberdade econômica, contra monopólios, assistencialismo, e principalmente quais artistas já se manifestaram a favor da igualdade de direitos, ou seja, que a "cultura" sofra os mesmos impostos que a alimentação e os remédios. (Se é que se pode entender isso como "direita", termo que nada define, embora usado exóticamente)
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Quais artistas já repudiaram os privilégios, concedidos pelo Poder, que canalhamente usufruem???????????
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Quanto a origem de tal canalhice, é o que menos importa. O que importa é que se comece a questionar os privilégios desta classe (realmente uma classe prática, corporativa) de oportunistas que não se pejam de viver explorando a população via Estado, pactuando com este ou dando em troca o "fazer a cabeça" da massa em favor do Poder estatal.
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Ora, até mesmo Nietzsche (tinha que ser!) há muito comentou a parceria dos artistas com o Poder, e a tendencia destes em usufruir das benesses estatais inescrupulosamente. O caso é muito mais antigo do que se imagina. Os espertalhões sempre souberam que comprar artistas sempre foi bom negócio, pois é uma forma sutil, subliminar, de corromper a população induzi-la a erros de julgamento e ludibria-la com falsos clamores. Os artistas sabem que sua atividade é de baixissima prioridade, é mera diversão que não atrairia ante outras necessidades maiores. Dai que almejam que se imponha o seu sustento, e se enrabicham desavergonhadamente com o Poder, sobretudo neste feudo bananéio chamado brasiu.
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Os símios tendem a imitar em busca das mesmas sensações que percebem "saborosas" nos outros, vai daí os clamores morais que tanto aparentam produzir regozijo naqueles que os ostentam, mais das vezes hipocritamente e safadamente. Não por outro motivo B. Russel já apontava o fato do homem ter duas morais, uma que cobra dos outros e uma que pratica.
Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Rodrigo

Não entendo o porque da classificassão dos artístas como intelectuais !!

Pode reparar na arrogância com que emitem suas posicões, como se fossem tivessem uma opinões super qualificadas.

Anônimo disse...

Entendi por que Paulo Betti disse que "(...) para fazer política é preciso botar a mão na merda." É que, entre os petralhas, estão acostumados a um passar a mão nas cabeças dos outros.

Anônimo disse...

Caro Rodrigo Constantino: Ótimo artigo, cheio de razões. Artistas apoiavam corruptos de todos os partidos, subindo nos palcos, antes das eleições. O que acontece no Brasil é a derrocada da cultura, a vinculação de uma ideologia falida ao intelectualismo. Sou artista, viajei 15 países e concordo com seus argumentos, mas ressalto o fato de que não devemos tomar o exemplo des alguns poucos charlatões em voga, usufruidores de verbas, vendedores de sua própria imagem, para insultar o conceito de arte. Arte é muito superior aos eventos temporais. Arte é imutável, o que existe de melhor no espírito humano.
Neste sentido aconselho a leitura de Desconstruir Duchamps, de Affonso Romano de Sant´Ana.
É tempo também de desconstruir os corruptos no poder.

Sérgio Prata
www.sergioprata.com.br

Anônimo disse...

"Os artistas sabem que sua atividade é de baixissima prioridade, é mera diversão que não atrairia ante outras necessidades maiores".

Olá, C. Mouro! tenho lido muito os seus comentários, gosto bastante do q vc escreve, mas essa frase aí acima q vc citou me doeu até a alma(como artista q sou), mas vc está certo em dizer q aqui no Brasil, existem os artistas q se curvam aos privilégios do poder, isso ocorre, sem dúvida. Mas não são todos, diga-se de passagem. Digo isso considerando q não existem apenas os artistas famosos, mas tb os q estão longe da grande mídia q tb não compactuam com o poder, e os seus privilégios. Aqui no Brasil, vejo q tem os artistas privilegiados pelo poder e os q não são, tais "privilégios" não chegam p/ todos os artistas, diga-se de passagem, tem os q recebem loas do governo e tem os q vivem - ou melhor, sobrevivem - de sua arte como podem. Digo essas coisas não p/ "choramingar" por mais verba do governo p/ a cultura - no qual já perdi totamente as esperanças(se é q algum dia, eu já a tive) - mas p/ chamar a atenção sobre os diferentes tipos de artistas - as diferenças de pensamento entre si, e q essa questão sobre os artistas no Brasil é muito complexa. Quem te fala isso aqui é uma aluna do curso de graduação em piano em uma escola de música - de uma universidade pública! - q não tem sequer papel higiênico nos banheiros, cuja a grande maioria dos pianos vivem desafinados, em um prédio q "pede socorro" devido à falta de manutenção adequada, num estado deplorável etc, mas q é salva pelos excelentes mestres q existem lá.

Resumo da ópera: Há a arte usada pelo poder p/ seus objetivos e a de expressão do belo, do q é bom - e mesmo a de denunciar o q tem de ruim, dentre outros.

Abraços!

Morena Flor;)

Anônimo disse...

Ah, concordo com Sérgio Prata e Carlos Alvim.