sábado, março 03, 2007

A Estrada para Valhalla



Rodrigo Constantino

"Devemos considerar as coisas concernentes ao nosso conforto e desconforto só com os olhos da razão e do juízo, conseqüentemente, com ponderação fria e seca." (Schopenhauer)

Os vikings tinham uma crença de que somente uns poucos escolhidos iriam para o paraíso, Valhalla, quando morressem. Para ser um desses felizardos, era necessário preencher certos quesitos, como morrer em batalha de forma honrosa. Chegando a Valhalla, o prometido era um eterno e farto banquete, regado de muitas mulheres. Com tal visão embutida desde crianças, os vikings se tornaram um povo guerreiro e violento, verdadeiros adoradores de uma boa e sangrenta batalha. E foi assim que seus líderes controlaram um exército dominador, uma horda de bárbaros conquistadores.

A história do mundo está repleta de casos como este, onde a oferta de um paraíso futuro dita as regras da vida no presente. Sonhos vendidos, promessas maravilhosas e utopias atraentes transformam os homens em meros escravos. Para se obter o prêmio final, a vida eterna, a felicidade plena da humanidade, faz-se necessário seguir como um autômato os dogmas impostos. Normalmente, algum grupo muito seleto dentre os governantes acaba bastante favorecido por tais crenças.

São inúmeros exemplos semelhantes ao de Valhalla, onde os fins justificam os meios, e o homem é visto apenas como algo sacrificável para o objetivo maior. O mais evidente no momento é a jihad islâmica, com uma intensa lavagem cerebral que afirma ser o desejo de Alá ter seus discípulos morrendo como mártires em batalha, para assim ingressarem no eterno paraíso repleto de virgens. E o caso mais estúpido de supressão da lógica num grupo pela busca do paraíso foi o suicídio coletivo liderado pelo reverendo Jim Jones em 1978.

Não é preciso ficar restrito às religiões, cujas promessas baseiam-se normalmente na vida após a morte. O socialismo foi um experimento grotesco que prometia um paraíso nesta vida mesmo, e acabou conquistando os corações dos mais românticos e ingênuos. Novamente, o homem era visto somente como um meio sacrificável para se chegar ao objetivo final. A estrada para a Valhalla socialista custou mais de 100 milhões de vidas, e em vez de encontrarem um farto banquete, viram muita miséria, prateleiras vazias, escravidão e morte.

Enquanto a humanidade não evoluir para uma visão de que o homem é um fim em si, sempre teremos de um lado os oportunistas, cuja arma intelectual é a promessa nobre do paraíso, e do outro a legião de seguidores, que crê no poder divino dos seus líderes e governantes, que deposita fé nos ideais coletivistas e românticos. Uns poucos sempre irão manipular e controlar o resto, usando a promessa do paraíso para a persuasão de alguns e a coerção oficial do poder para dominar os outros mais esclarecidos. Estes podem acabar em Gulags, no paredón ou nas estacas da Inquisição.

Ayn Rand foi uma filósofa que enveredou por esta linha de raciocínio, e toda a sua ideologia está calcada no fato de que o homem e sua felicidade são um fim em si. Sua ética prega e incentiva o egoísmo racional dos homens, apela para o uso da razão, do questionamento permanente. Somente assim o homem pode se libertar, acordar para a realidade, e maximizar sua felicidade enquanto vivo, seguindo objetivamente sua hierarquia de valores individuais. Todo o resto, incluindo os nobres chavões altruístas, não passa da velha estratégia de governantes e poderosos de prometer o Valhalla, relegando os anseios individuais a um valor insignificante perante o grande objetivo coletivo. Um código de ética, de conduta, deveria ser algo obtido através de muita reflexão lógica do que traz mais felicidade para o homem nesta vida, não algo imposto por uma força superior e enigmática, a ser seguido cegamente.

Como disse Gustave Le Bon, a lógica não faz parte da psicologia das massas. Não existe algo como "raciocínio de grupo”. Ter um pensamento independente, usar a lógica para compreender as coisas, é conditio sine qua non para nossa evolução e liberdade. Caso contrário, poderemos ser presas fáceis para os interesses alheios, sempre disfarçados com uma embalagem nobre e romântica. Questionar agride os objetivos dos manipuladores, que vendem ingressos para Valhalla. Para o indivíduo resistir à tentação do caminho mais fácil, deve sempre estar preparado para questionar sinceramente suas crenças. A estrada para o paraíso irá sempre parecer atraente. Afinal, como Schopenhauer disse, "quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa".





20 comentários:

Anônimo disse...

finalmente acabou a pendenga com Maluco de Carvalho

mas serah q eles vao voltar dizendo mais um vez que vc eh um comunista disfarcado, q quer acaar com todas as religioes (ou algo semelhante)?

Anônimo disse...

"Ayn Rand (...) e toda a sua ideologia está calcada no fato de que o homem e sua felicidade são um fim em si. Sua ética prega e incentiva o egoísmo racional dos homens, (...)"

Constantino,

O que significa egoísmo racional? Pode, o egoísmo ser racional? Ser egoísta lhe traz felicidade? Se for colocada uma caixa de bombons à sua frente e seu filho ou filha estiver junto, você fica feliz em comê-los todos e a criança chorar? O "racional" não seria repartir ou, se houver mais crianças, fazer repartir entre elas e você abrir mão do seu egoísmo e ficar sem nenhum? Será que vê-las felizes não o faria feliz? Ou você ficaria feliz apenas por satisfazer seu egoísmo e liberdade? PARABÉNS!!!

Rodrigo Constantino disse...

" Se for colocada uma caixa de bombons à sua frente e seu filho ou filha estiver junto, você fica feliz em comê-los todos e a criança chorar?"

Vou dar para minha filham, PORQUE SOU EGOÍSTA. Ou seja, vê-la feliz me deixará MAIS FELIZ do que o prazer do bom-bom. Atitude egoísta, saudável. Triste seria eu sacrificar algo que me deixaria MAIS feliz por algo que me deixaria MENOS feliz, a essência do altruísmo.

Meu livro novo será sobre isso, e vc poderá entender melhor essas diferenças.

Rodrigo

Anônimo disse...

Caro Constantino,

É claro que não precisava responder tal pergunta por óbvia ser a resposta.

Vou voltar ao básico por todas estas questões que você está propondo para discutir e até querer impor.

Você fala que sua liberdade é mais importante do que tudo o mais, de que essa liberdade é que lhe traz felicidade. Não estou colocando em questão suas convicções pessoais. O que estou combatendo desde o início, é a sua ideologia, a sua pregação de um mundo melhor calcado na liberdade total dos indivíduos. Entretanto, esta sua utopia é mais impossível do que a comunista ou socialista, que tanto combatemos. A razão é muito simples: o seu mundo de liberdade total só seria possível se todos os seres humanos fossem perfeitos e soubessem que sua liberdade vai até onde começam as dos outros (essa é nova, não?). ORA! Se a sua liberdade é assim limitada, a liberdade total NÃO TEM COMO EXISTIR!!!

Então, vamos a um outro ponto. Independente de você ser ateu (ou agnóstico?), creio que você está ciente de que ninguém é perfeito (ou você pensa que é?). Mesmo que você e alguns outros sejam perfeitos, há muitos que não são. Daí, como eu disse em outro post, a necessidade de normas, códigos, etiquetas, regras, leis (chame como quiser) para coibir a invasão da liberdade alheia.

Como exemplo, a proibição do uso de drogas. Você, eu e alguns outros podemos saber que drogas (inclua-se o álcool) causam lesões no cérebro e, por conseqüência, resultam em distúrbios comportamentais, incluindo assassinato. A não ser que você concorde que estas conseqüências são aceitáveis (de acordo com você, em nome da liberdade), as drogas precisam, sim, ser proibidas. Digo mais: a meu ver, o usuário tem que ser enquadrado porque [1] é um potencial perturbador da ordem (podendo chegar ao assassinato); [2] é o estimulador do tráfico e [3] é um potencial marketeriro e traficante. Lembro que a descriminalização do uso foi imposta pelos "politicamente corretos", portanto, por sí só, uma idéia potencialmente nefasta à liberdade.

Como você não aceita e não acredita em "outras vidas", também não tem conhecimentos sobre os diferentes níveis de evolução dos seres humanos, embora evidentes. Estas diferenças de evolução não são resultantes de religiões (ou sua ausência), culturas, raças, estudos formais, épocas, inteligência, etc.. Se conseguir entender existem estas diferenças, talvez entenda que liberdade total é impossível.

Repito, porque você se esquece: os seus direitos vão até onde começam os dos outros e ANTES DE VOCÊ TER OS SEUS DIREITOS, VOCÊ TEM DEVERES A CUMPRIR.

Em tempo 1: as utopias socialista e comunista também pensam que todos são iguais e devem ser tratados como formigas.

Em tempo 2: seu conceito de "essência do altruísmo" está distorcido. Está confundindo altruísmo com hipocrisia, que é o caso de Al Gore, que você citou com muita propriedade e, também, no caso de Bill Gates, talvez, sem muito conhecimento de seus verdadeiros objetivos (ambos estão no mesmíssimo barco).

Anônimo disse...

Mário, perfeito!!! No âmago.

Rodrigo Constantino disse...

Mario, vc está achando que sou anarquista?!?!?!

Defendo o uso do Estado para garantir o império das leis, a propriedade privada, justamente para afastar os criminosos, os que pretendem invadir a liberdade alheia.

No mais, acho estranho alguém defender a democracia, o direito de voto, e achar depois que os indivíduos são mentecaptos completos que não saberão nem mesmo que drogas fazem mal. Ora, há uma contradição! Eu acredito na responsabilidade individual, não em algo autoritário ditando como cada um deve viver sua vida.

Rodrigo

Anônimo disse...

mario:

Como você não aceita e não acredita em "outras vidas", também não tem conhecimentos sobre os diferentes níveis de evolução dos seres humanos, embora EVIDENTES. (!!!!!!!!!!)

PQP!

slogam pra mario e demais conservadores:

"o mundo só tem salvação se for cristão"

BLARGH!

Anônimo disse...

Constantino,

"Anarquista" dá a idéia de algo como "baguncista". Já me disseram que não é nada disso, embora desnecessário, já que, sempre, alguma ordem é fundamental. O que estou pretendendo dizer é que, nunca, opino sobre objetos que desconheço.

No restante, perdão, está muito difícil entender. Parece-me que você está "lost in space": "Defendo o uso do Estado para garantir o império das leis (...)" Mais abaixo, "Eu acredito na responsabilidade individual, não em algo autoritário ditando (...)". A meu ver, uma contradiz a outra. Tampouco tem a ver com "defender a democracia" e "direito de voto".

Aliás, já que tocou nestes assuntos, defendo a democracia representativa e, não, a tal da "democracia popular", dos socialistas-comunistas e creio que nisso estamos concordes. Quanto ao "direito de voto", jamais a defendi. Sou contra o voto de desqualificados, isto é, dos desinformados, muitos deles, por opção. Digamos que só aceito que tenham este direito os que demonstrem um mínimo de conhecimento. Caso queira dizer que isto é anti-democrático, fique à vontade, porém, pergunto: será que é democrático que a maioria ignara nos imponham algo que sabemos não ser o melhor? Portanto, não há nenhuma contradição. Repito: você nunca leu um texto meu defendendo voto igual de todos.

Rodrigo Constantino disse...

Mario, não há contradição alguma! Vc leu quais autores liberais?

O Império da Lei, garantindo pelo Estado, significa que teremos regras básicas, gerais, isonômicas, justamente para afastar os criminosos que lutam contra a liberdade individual, as trocas voluntárias. No resto, daremos total responsabilidade aos indivíduos, que devem ser donos de suas próprias vidas. Ocorre que uma minoria sempre será marginal. Um sujeito pode querer escravizar o outro. Aí o Estado entra em ação, prende o marginal, e garante a liberdade individual. Entendeu?

PS: Como vc quer medir o "nível de conhecimento"? Será por formação? Tipo, quem tem terceiro grau completo só que pode votar?

Rodrigo

Anônimo disse...

Errata:

Onde se lê: "(...) que a maioria ignara nos imponham algo (...)", leia-se: "(...) que a maioria ignara nos imponha algo (...)". Sorry.

Anônimo disse...

Respondendo ao PS (e estou falando sério): sei lá! hehe o que não podemos é aceitar a imposição referida, como você muito bem sabe, com votos comprados.

Anônimo disse...

"justamente para afastar os criminosos (...)" AHA! Finalmente! Então você está começando a entender que há necessidade de atribuir responsabilidades (deveres), que nada mais é que o "policiamento interno". Vale dizer: sem isto (o dever), não se pode ter aquilo (o direito).

"Ocorre que uma minoria sempre será marginal." Perdão. Aqui discordo. A maioria só não se torna marginal por questões morais, por policiamento interno. Portanto, não existe a liberdade que você tanto defende.

Rodrigo Constantino disse...

Mas que diabos isso tem a ver com religiões?!?!?! Moralidade não depende de fé divina. Sou ateu e respeito um código moral bastante decente, que entende justamente que os outros devem ser livres para viver como desejarem, contanto que não invadam a liberdade alheia.

Não entendi seus pontos...

Anônimo disse...

Quando para defender a religião alguém se vale de forjar-lhe uma utilidade, é porque reconhece que não aliciará atraves da verdade.
Assim, fica claro que o objetivo é meramente aliciar torcedores para seu clube, ou time, e não demonstrar evidências de sua fé ou veracidade de sua crença.
...RAÇA DE VÍBORAS! ...HIPÓCRITAS!
...como bem o disse JC na velha lenda.
Afinal, mesmo uma árvore que produz frutos ruins, pode produzir boa sombra.

Anônimo disse...

Ei Constantino,

Vamos com calma! Onde falei de religião? Em momento algum falei em religião. Não pertenço a nenhuma delas e que fique muito claro: ao contrário de você, RESPEITO TODAS! Ao mesmo tempo, NÃO ACEITO NENHUMA para mim. E a razão é muito simples: todas são boas naquilo que pregam. O que não aceito é a MANEIRA como o fazem. TODOS possuem dogmas absurdos e nenhuma delas é a dona da verdade como impõem ser. Entretanto, em TODAS há um ponto em comum que é positivo, justamente, naquilo você diz ter apesar de ateu: o ensinamento dos valores morais. Se há hipocrisia no comportamento (e, de fato, há muita), é questão INDIVIDUAL e, não, da(s) igreja(s).

Aproveito para falar de um fato que muitos não sabem porque não querem saber ou porque não aceitam. Veja, por exemplo, a crítica do tal de Mr Xis aí acima que, por sinal, demonstra total desconhecimento: falei em "outras vidas" e ele me chamou de cristão com o intuito de me ofender. Ignorância total e absoluta: primeiro porque os formalmente denominados cristãos acabaram com a reencarnação por decreto. Segundo, porque, se Jesus não é reconhecido como Deus pelos não-cristãos, é, sim, aceito e respeitado como o Mestre dos Mestres por todos (e incluam-se as religiões espíritas).

Constantino, vou propor-lhe uma simulação. Não sei se você gosta de futebol. Suponhamos que sim. Mais ainda: que você entenda tudo sobre este esporte, seja freqüentador de estádios, um quase fanático. Um dia você recebe a visita de um amigo que não tem a mínima idéia do que é futebol e nem quer conhecer. No entanto, por insistência, você consegue levá-lo a ir ver um jogo. Provavelmente, ele vai passar o tempo todo reclamando, criticando e achando engraçado que 22 idiotas tenham que passar o tempo todo correndo atrás de uma só bola. "Se todos a querem, por que não dão uma para cada um?" "Por que tem que chutar em lugar de pegar com a mão, que é mais fácil?" "Por que há 2 privilegiados que podem pegar com a mão?" "E aquele palhaço de preto que parece guarda de trânsito?" E, por aí vai...

Pergunto: como você se sentiria ao lado do seu amigo?

Não precisa responder... tenho a impressão de que é próximo do que eu sinto ao ler seus textos e de muitos por aqui a respeito destes temas. É bom que se diga: seus textos e podcasts sobre liberalismo econômico são excelentes e tenho aprendido muito e agradeço. Se sua proposta dos recentes temas polêmicos não é aprender, sugiro que volte aos assuntos que você domina tão bem.

Aguinaldo Pavão disse...

Olá.
Permita-me fazer um breve comentário sobre a incongruência entre a filosofia moral de Schopenhauer e qualquer forma de egoísmo racional. Acho que você não quer passar a idéia de que Schopenhauer poderia assentir à tese do egoísmo racional, mas talvez esse ponto não tenha ficado muito claro. Tanto no Mundo, como em Sobre o Fundamento da Moral e em outros textos, Schopenhauer é claro. Ele diz que a justiça espontânea e a caridade desinteressada somente podem ser negadas com chicana e obstinação. Hume também viu, no Tratado e na segunda Investigação, que o egoísmo racional não tinha suportes empíricos.

Anônimo disse...

O olavo incomoda demais o Constantino. Isso pq a porrada que o spamtantino levou, fez o spam escrever um bocado de lorotas aborrecentes, sob a falsa pecha de cultura séria. Antes o spam escrevesse sobre economia, ao invés de bancar o adolescente mimado e escrever sobre o que nunca leu com profundidade!

Anônimo disse...

"Um dia você recebe a visita de um amigo que não tem a mínima idéia do que é futebol e nem quer conhecer. No entanto, por insistência, você consegue levá-lo a ir ver um jogo. Provavelmente, ele vai passar o tempo todo reclamando, criticando e achando engraçado que 22 idiotas tenham que passar o tempo todo correndo atrás de uma só bola."

quem é que disse aqui mesmo que alguns falam sobre qualquer assunto como se torcessem por um tims de futebol? taí. Refletem sobre todo o mundo com metáforas futebolísticas!

Fabiano disse...

Aew kra!!!
Blz???
POw to aki pra te dizer q valhalla naum era eterno, como vc disse, e os vikings sabiam q estavam ali se preparam para lutar ao lado de Odin no Ragnarok!!
POr enquanto ainda sei pouco sobre mitologia nórdica, mas estou aprendendo!!!
Vlw!!!
Fui

Anônimo disse...

Constantino,

Se voce diz que a sua liberdade � mais imporntante que tudo,e, depois, diz que devemos seguir algumas leis para que uma sociedade viva em perfeita ordem.Como vamos atingir a liberdade total seguindo leis impostas para nosso pr�prio conv�vio.Leis s�o IMPOSTAS.Nunca ir� existir uma sociedade totalmente livre."A liberdade de um acaba quando o mesmo infringe a de outro"Se temos uma barreira a seguir para obter a liberdade, isto quer dizer que n�o somos livres.A pr�pria sociedade imp�e exemplos de um sujeito perfeito a se seguir para obter fama e sucesso.Nossa liberdade est� se divindo entre nossas pr�prias convic�es e as impostas pela sociedade.O que na verdade seria liberdade?A sociedade desde o princ�pio imp�em conceitos a se seguir.E os mesmos s�o seguidos a risca pela maioria acreditando ser o certo.Desde crian�as temos nossos pais nos dizendo o que � certo e errado,e, os mesmos, tiveram sua inf�ncia inteira acreditando ser certo o que sua educa�o previa, educa�o esta imposta por uma sociedade com conceitos j� formados.Somos todos fruto do pensamento de todos.Todos julgam todos.Todos formam todos.Onde existe liberdade em uma sociedade?