segunda-feira, junho 30, 2008

Inimigos do Progresso



Rodrigo Constantino

“Racionalismo calmo e ambientalismo alarmista não podem coexistir.” (Dra. Dixy Lee Ray)

Muitos movimentos modernos ditos “ambientalistas” se tornaram apenas veículos de alarmismo infundado. O pânico incutido nos leigos varia de tempos em tempos, passando pela chuva ácida, o buraco na camada de ozônio, o lixo atômico, o aquecimento global, e vários outros temas que parecem sempre condenar o progresso industrial e enaltecer uma suposta vida “natural”. As emoções costumam eliminar o uso da razão nesses debates, e o papel da mídia, em busca do sensacionalismo que rende leitores, tampouco ajuda. Para combater essa tendência, a cientista Dra. Dixy Lee Ray escreveu Sucateando o Planeta, em 1992. Alguns medos de então já foram abandonados, em troca de medos novos. Mas a essência do problema permanece a mesma, e o livro da Dra. Ray é um excelente antídoto contra essa doença chamada ecoterrorismo, por estimular um maior ceticismo crítico nas potenciais vítimas.

Parte da explicação para tanta oposição ao progresso industrial, evidente desde os ludistas, é a defesa do status quo, uma tentativa de evitar inovações que aposentam métodos obsoletos e ineficientes. Ou seja, barrar a “destruição criadora” de que Schumpeter falava pode ser um dos motivos por trás desses movimentos “ambientalistas”. Outra explicação estaria no medo do desconhecido, o medo do que pode acontecer e que não necessariamente temos o controle. Logo no começo do livro, a autora questiona o que aconteceu com o saudável ceticismo das pessoas, que parecem cada vez mais crédulas e impressionáveis. A exploração desse medo natural por parte de oportunistas permite a concentração de verbas para as causas ambientalistas, passando por cima de várias alternativas muitas vezes mais urgentes para o uso de recursos escassos. É preciso lembrar que os empregos dos ambientalistas profissionais dependem da continuação da crise ambiental, dos riscos iminentes de desgraças que justificam mais impostos destinados para suas causas.

O livro da Dra. Ray é também um apelo pela maior humildade dos cientistas, lembrando da enorme quantidade de erros do passado. A arrogância daqueles que acham que são capazes de prever com exatidão o futuro deve ser contrastada com os fracassos freqüentes dos cientistas, que anteciparam umas cem crises das últimas dez existentes. A Dra. Ray diz: “Nós não conhecemos as causas das transformações climáticas ocorridas no passado geológico; podemos, porém, estar certos de que estas não se deveram à atividade industrial do homem”. A arrogância humana também está por trás dessa visão de que a ação humana é relevante demais para os eventos naturais, que sempre ocorreram. No fundo, o objetivo parece ser atacar a industrialização, que tornou a vida humana bem mais confortável. O próprio progresso parece ser o alvo de certos “ambientalistas”.

Um mergulho no cotidiano de algumas gerações anteriores demonstra como a idílica visão dos “bons velhos tempos” é falaciosa. Sobreviver era uma tarefa bem mais árdua, diante de uma natureza sempre hostil. A conclusão da autora é direta: “A tecnologia, definida como aplicação do conhecimento científico à solução de problemas práticos, favoreceu a melhoria de vida daqueles que tiveram a felicidade de viver nesse mundo avançado, industrializado e altamente técnico conhecido como civilização ocidental”. Viver no mundo “natural” é algo muito difícil, como todos aqueles que não abraçaram o progresso ocidental podem atestar. Até mesmo algo tão banal hoje, como ter alimentos frescos o ano todo, não era possível antes da introdução da refrigeração generalizada em trens, navios, armazéns e contêineres. As doenças que atualmente são facilmente tratadas eram causa de inúmeras mortes, principalmente de crianças. Essa visão nobre da vida “natural”, herança de Rousseau, é simplesmente falsa. Como a Dra. Ray coloca sobre os dias do passado não tão distante, “a verdade é que foram dias sujos, roídos pelas doenças, e malcheirosos”.

O grande vilão na era da industrialização, o CO2, já foi usado como bode expiatório para muitos problemas diferentes. A Dra. Ray lembra, no entanto, que os cupins emitem, na sua digestão, uma quantidade maior de CO2 que aquela produzida pela combustão dos combustíveis fósseis. Os oceanos contêm uma quantidade bem maior de CO2 que a atmosfera. Os vulcões são outros importantes emissores de CO2. A postura da cientista diante de tantas incertezas é a de humildade: “O fato é que simplesmente não existem dados suficientes sobre a maioria desses processos para que se possa saber com certeza o que está acontecendo nesses enormes, turbulentos, interligados e dinâmicos sistemas que constituem a circulação atmosférica e oceânica”. Ela critica as medidas draconianas sugeridas pelos ambientalistas radicais para a redução de emissão de CO2 pelas indústrias, que poderiam não alcançar os resultados desejados, mas degradar bastante o padrão de vida da humanidade. O uso de mais usinas nucleares seria uma das sugestões mais lógicas dela.

O livro segue tratando de outros temas em maiores detalhes, com inúmeros dados que refutam certas “verdades” alardeadas pelos ambientalistas. O caso do pesticida DDT é um bom exemplo, pois foi alvo dos radicais, sendo que permitiu uma vida melhor para bilhões de habitantes do planeta, além de salvar milhões de vidas. Não obstante isso, ele foi atacado duramente por aqueles que pregam a tal vida “natural”, que ajudaram a criar a mania dos alimentos orgânicos. O DDT foi acusado de ser cancerígeno, mas as doses usadas nos testes com camundongos eram cerca de cem mil vezes maior do que a de qualquer possível resíduo do produto presente nos alimentos que ingerimos. Foi ignorado o conceito de que a dose faz o veneno, e que em quantidades realmente exageradas, até mesmo a água pode matar.*

Esse foi um bom exemplo de como trocar a ciência pela pseudociência alarmista, infelizmente algo muito comum. Por trás disso, encontramos o romantismo tolo que busca um “retorno” ao Jardim do Éden, ou a simples defesa de interesses obscuros contra o progresso. A Dra. Ray tenta resumir algumas características presentes na crença anticapitalista que ataca o progresso: “O fio condutor dessa crença parece ser a idéia malthusiana da finitude dos recursos, dos limites a serem impostos ao crescimento, do controle populacional forçado, da descrença no ser humano, da crença na onipotência do Estado, de sua competência no controle das escolhas individuais e na rejeição da ciência, da tecnologia e da industrialização”. Como antídoto, ela prega mais ceticismo e razão, a demanda por evidências verdadeiras, e nos lembra que os alarmistas dependem da continuação dessa sensação de crise para manter seus empregos. “Um jardim bem cuidado é melhor do que um bosque negligenciado”, ela conclui, enaltecendo a capacidade humana de modificar a natureza em seu próprio benefício.

* A Dra. Ray fala do conceito de Hormesis, desenvolvido no século XVI por um médico alemão, lembrando justamente que uma substância necessária pode ser tóxica dependendo da dosagem. Ela cita um caso mais recente muito interessante: “Em 1979, na Alemanha, um homem morreu por ter tomado 17 litros de água em um espaço de tempo muito curto. A causa imediata da morte foi um edema cerebral e uma perturbação eletrolítica causada pelo excesso de água”. Dependendo da dosagem, qualquer substância pode ser venenosa para os seres humanos!

10 comentários:

Anônimo disse...

Show de bola!

http://ordemlivre.org/?q=node/266

"A nossa visão é que um movimento libertário, uma vida de dedicação à liberdade, apenas pode prosperar se baseado em uma paixão pela justiça. Aqui deve estar nosso verdadeiro impulso, a armadura que nos sustentará em todas as tempestades vindouras, não a procura por um dinheiro fácil, o brincar de jogos intelectuais ou o frio cálculo de ganhos econômicos em geral. E, para ter uma paixão por justiça, deve-se ter uma teoria do que seja justiça e injustiça – em resumo, um conjunto de princípios éticos de justiça e injustiça que não podem ser providos pela economia utilitarista. É porque vemos no mundo injustiças empilhadas uma sobre as outras até os céus que somos impelidos a fazer tudo que podemos para alcançar um mundo no qual estas e outras injustiças serão erradicadas."

Sem chance nos próximo 30 ou 40 seculos!

O rebanho humano pastoreado por autoridades mentoras com ideologias imbecilizantes, não permitirá.
Pão e circo ou grama e agitação lhes basta.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Estao sempre assanhando-se em pretensos "fins supremos" pretensamente atingiveis para apoiarem qualquer coisa. Afinal o fim é "supremo" e tudo pretende justifcar se em seu nome praticado.

Até a escravidão dos negros foi assim "justificada" e aceita com convicção. A convicção dos imbecis que se apegam a preferências momentaneas ou moldando-se a moda do momento a fim satisfazer a vaidade, típica dos imbecis sempre prontos a serem moldados pela propaganda de "valores" sem valor real algum.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

esse livro é um exemplo do estelionato intelectual

é exagerar nos pontos para tentar provar uma idéia.

exemplo o CO² emitido pelos cupins, QUEM LIGA PRA ISSO o problema para a quantidade de carbono na atmosfera é uma coisa chamda de ciclo de carbono o cupim come madeira que volta a crescer portanto TODO o CO² que ele emite volta para as madeiras, os combustíveis fósseis tem o ciclo de carbono aberto portanto ele põe na atmosfera carbono novo.

parte do ECO alarmismo segue a mesma tendência de exagerar nas provas,

mas a redução no enxofre nos combustíveis foi pelos alarmistas da chuva ácida

a NOVA tecnologia de propelentes e fluidos refrigerantes foi pelos alarmistas do buraco de OZÔNIO, e os efeitos dele da para sentir literalmente na pele,

Claro que os alarmistas nucleares reduziram o investimentos em usinas de energia elétrica e contribuiriam para o consumo de combustíveis fósseis,
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/freakonomics/2007/10/16/ult3431u38.jhtm

a destruição criadora não deve serguir apenas no sentido de mias produtividade , há tmb o compromisso de melhorar a vida das pessoas, portanto certa preocupação ambiental , como redução de pouluentes, lembra-se de cubatão ???0

http://vagalume.uol.com.br/premeditando-o-breque/lua-de-mel.html

http://cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=19&newcod=783

tudo isso foi modificado pela ecologia.

os que são contra ELA tmb são arcaistas tmb preferem a manutenção do status quo ao desenvolvimento tecnológico.

só temos que tem um pouco de foco no longo prazo, o uso de combustíveis fósseis não é sustentado, uma hora vai acabar, o mundo não foi feito para a quantidade de pessoas que nos temos sobre ele. não tem jeito só com menos gente a coisa melhora.

não não quero matar ninguém,

mas MALTUS esta certo , há um limite para a quantidade de gente na terra, não é possível ter um consumo desenfreado pq as coisas acabam.

ai vai o texto que citei acima para qum não tem UOL

16/10/2007
Freakonomics: O efeito Jane Fonda

Stephen J. Dubner e Steven D. Levitt

Se lhe pedissem para nomear o maior dos vilões do aquecimento global dos últimos 30 anos, eis aqui um nome que provavelmente não viria à mente: Jane Fonda. Mas será que deveria vir?

No filme "Síndrome da China" ("The China Syndrome", EUA, 1979), Fonda fez o papel de uma repórter de televisão da Califórnia que filmava uma otimista série sobre o futuro da energia naquele Estado. Ao visitar uma usina nuclear, ela vê os engenheiros entrarem subitamente em pânico devido àquilo que mais tarde foi chamado de "rápida contenção de um acontecimento potencialmente caro". Quando o dono da usina tenta acobertar o acidente, a personagem interpretada por Fonda convence um engenheiro a denunciar a possibilidade de um meltdown (derretimento do núcleo de um reator nuclear devido a resfriamento insuficiente) capaz de "tornar permanentemente inabitável uma área do tamanho do Estado da Pensilvânia".

"Síndrome da China" estreou em 16 de março de 1979 nos Estados Unidos. Com o movimento antinuclear no seu apogeu, o filme foi atacado pela indústria nuclear como sendo um ato irresponsável de esquerdistas semeadores de pânico. Mas 12 dias mais tarde ocorreu um acidente na usina nuclear de Three Mile Island, na região centro-sul da Pensilvânia.

Michael Douglas, produtor e ator do filme - ele fez o papel do cinegrafista de Fonda - viu o acidente em Three Mile Island no noticiário real da televisão, que sobrepôs cenas ao vivo da Pensilvânia a outras assustadoramente similares de "Síndrome da China". Ao contrário de Fonda, que era uma inimiga convicta da energia nuclear antes de fazer o filme, Douglas não era tão dogmático. Mas ele se converteu naquele momento. "Foi um despertar religioso", recordou ele em uma recente entrevista por telefone. "Senti que foi a mão de Deus".

Enquanto isso, Fonda tornou-se uma paladina total da causa. Em uma entrevista para a edição em DVD de "Síndrome da China" ela observa com satisfação que o filme ajudou a persuadir pelo menos dois outros homens - o pai do seu então marido, Tom Hayden, e o seu futuro marido, Ted Turner - a se voltarem contra a energia nuclear. "Fiquei fascinada pelo fato de o filme ter sido um grande sucesso comercial", disse ela. "Conhece a expressão 'Tínhamos pernas'? Pois transformamo-nos em uma lagarta após Three Mile Island".

O acidente em Three Mile Island, segundo um relatório da comissão presidencial de 1979, "teve início devido a defeitos mecânicos na usina, e tornou-se pior devido a uma combinação de erros humanos". Embora alguma radiação tenha sido liberada, não houve nenhum derretimento do núcleo do reator até o outro lado da Terra - nenhuma "Síndrome da China" - e tampouco o acidente de Three Mile Island causou mortes, ferimentos ou danos significativos, a não ser na própria usina.

O que ele produziu, com a ajuda de "Síndrome da China", foi um pânico generalizado. A indústria nuclear, que já não ia bem das pernas devido a pressões econômicas, públicas e regulamentações, cancelou os projetos para expandir-se. E, assim, em vez de termos nos tornado uma nação de energia nuclear limpa e barata, como antes parecia ser inevitável, os Estados Unidos continuaram construindo usinas de geração de energia que queimam carvão e outros combustíveis fósseis. Atualmente estas usinas respondem por 40% das emissões de dióxido de carbono vinculadas à produção de energia do país. Qualquer um que esteja buscando um vilão do aquecimento global não pode deixar de culpar essas usinas de energia à base de combustíveis fósseis - e também não pode deixar de questionar quais foram as conseqüências involuntárias do ativismo de Jane Fonda.

Mas a boa notícia é que a energia nuclear pode estar retornando nos Estados Unidos. Existem projetos para mais de 24 novos reatores e bilhões de dólares em potenciais garantias federais de empréstimos. Será que o medo do meltdown acabou, ou ele apenas foi substituído pelo temor do aquecimento global?

A resposta pode estar em uma tese de doutorado de 1916 do lendário economista Frank Knight. Ele fez uma distinção entre dois fatores-chaves para o processo decisório: risco e incerteza. A diferença fundamental, declarou Knight, é que o risco - por maior que seja - pode ser medido, enquanto a incerteza não.

Como é que as pessoas calculam risco e incerteza? Vejamos uma famosa experiência que ilustra aquilo que é conhecido como Paradoxo de Ellsberg. Existem duas urnas. A primeira, segundo lhe dizem, contém 50 bolas vermelhas e 50 pretas. A segunda também contém 100 bolas vermelhas e pretas, mas o número de bolas de cada uma das cores é desconhecido. Se a sua tarefa for pegar uma bola vermelha em uma das duas urnas, que urna você escolheria?

A maioria das pessoas escolheria a primeira urna, o que sugere que elas preferem um risco mensurável a uma incerteza imensurável (esta condição é conhecida pelos economistas como aversão à ambigüidade). Será que a energia nuclear, com os riscos e tudo o mais, é tida agora como preferível às incertezas do aquecimento global?

A França, que gera quase 80% da sua eletricidade a partir da energia nuclear, parece achar que sim. E também a Bélgica (56%), a Suécia (47%) e mais de uma dúzia de outros países que geram pelo menos um quarto da sua eletricidade a partir da energia nuclear. E qual é o maior produtor mundial de energia nuclear?

Por mais improvável que pareça, a resposta é... os Estados Unidos. Ainda que a construção de novas usinas nucleares tenha sido cancelada no início da década de 1980, os 104 reatores atuais do país produzem quase 20% da eletricidade consumida pelo país. Essa porcentagem na verdade aumentou com o passar dos anos, juntamente com o nosso consumo, desde que a energia nuclear tornou-se mais eficiente. Embora os custos fixos de uma nova usina nuclear sejam superiores ao de uma usina movida a carvão ou gás natural, a produção de energia nos reatores nucleares é mais barata: a Exelon, a maior companhia nuclear dos Estados Unidos, alega produzir eletricidade a 1,3 centavo de dólar por kilowatt-hora, contra 2,2 centavos no caso do carvão.

O entusiasmo pela energia nuclear pode estar em alta, mas ele sempre será contido pela menção de uma única palavra: Chernobyl. O desastre ucraniano de 1986 matou diretamente pelo menos algumas dezenas de pessoas e expôs milhões de outras à radiação. Um novo estudo feito pelos economistas Douglas Almond, Lena Edlund e Marten Palme revelam que em países tão distantes quanto a Suécia, nas áreas para as quais o vento carregou a nuvem radioativa de Chernobyl, os bebês que à época estavam no útero das mães apresentaram mais tarde um desempenho significativamente pior na escola do que as outras crianças suecas.

Mas o carvão também tem os seus custos, que não se restringem apenas àqueles relativos à ameaça do aquecimento global. Nos Estados Unidos, uma média de 33 operários de minas de carvão morrem a cada ano em acidentes. E na China, somente no ano passado, mais de 4.700 operários de minas de carvão morreram - uma estatística da qual o governo chinês se gabou como sendo uma grande melhora.

O acidente em Three Mile Island destruiu um dos reatores da usina. O outro, operado pela Exelon, continua silenciosamente a fornecer eletricidade para 800 mil pessoas. Em frente ao centro de treinamento da usina há uma pequena horta cercada com tela de arame: lá dentro há pés de milho, tomate e beterraba. A produção é monitorada para detectar a presença de radiação. Em uma recente visita, embora tivéssemos constatados que as plantas estão precisando bastante de água, elas vão, tirando isso, muito bem.

Lá dentro, Christopher Crane, o diretor de operações da Exelon Generation, falou sobre as barreiras que a indústria nuclear precisa enfrentar antes de ter permissão para construir novos reatores. Entre elas: a antiga questão referente a como se livrar do combustível usado e determinar se a população superou o seu medo dos novos reatores nucleares. Crane senta-se em uma sala de conferência dentro do complexo de Three Mile Island. A paisagem lá fora é sinistra: prédios grandes e sem janelas; cercas que trazem no topo espirais de arame dotado de lâminas afiadas; atiradores vestidos com coletes à prova de balas a postos. A segurança em todas as usinas nucleares aumentou desde o 11 de setembro. Se um visitante não soubesse onde se encontrava, acreditaria estar vendo uma prisão de segurança máxima.

Essa similaridade sugere uma resposta à questão levantada por Crane a respeito da aceitação pública de novas construções de usinas nucleares. Houve época em que as pessoas não queriam que novas prisões fossem construídas em seus quintais - até que decidiram que o risco era relativamente baixo, e que os benefícios, em empregos e dólares advindos de impostos, eram substanciais. Será que com as usinas nucleares acabará acontecendo a mesma coisa? O mercado parece acreditar que sim - as ações da Exelon triplicaram nos últimos cinco anos -, mas no fim das contas tudo poderá depender do tipo de filmes-desastres que Hollywood estiver planejando produzir.

Anônimo disse...

Lamento profundamente que você queira colocar-se como paladino da racionalidade comprando a argumentação de um livro que dá como exemplo de suposto irracionalismo ecológico a proibição do DDT, a qual foi devida aos seus efeitos devastadores por acúmulo na cadeia alimentar, o que estava provocando a extinção maciça de várias espécies de aves cujas cascas de ovos ficavam frágeis demais para serem chocados, coisa que foi cabalmente constatada, já na década de 1950, pela ativista ecológica americana Rachel Carson no seu livro "Primaveras Silenciosas". A nocividade do DDT ( e de outros organoclorados) é um fato, já existem de há muito defensivos agrícolas alternativos menos nocivos, e querer desenterrar este cão morto para chutá-lo é apenas uma demonstração de ignorância colossal de quem escreveu este livro.

Fênix Felipe disse...

O Greepeace influencia muito as políticas públicas. Mas está fazendo mais mal do que bem. Suas campanhas contra alimentos transgênicos, energia nuclear, cloro, criação de peixes em cativeiro e exploração florestal são todas baseadas em medo e desinformação.

Eles dizem que querem reduzir o consumo de combustíveis fósseis - mas aí se opõem às principais alternativas, que são a energia nuclear e a hidrelétrica. Eles falam como se fosse possível resolver tudo com energia solar e eólica - o que é claramente impossível.
O que há de errado em ajudar a indústria a vencer desafios ambientais? Afinal é ela, com seus produtos e serviços, que torna a vida civilizada possível. Al Gore e os líderes do Greenpeace vivem com todos os confortos modernos, mas querem que nós voltemos a uma espécie de era pré-industrial.
Não faz sentido banir uma tecnologia só porque ela pode ser usada para o mal. Se fosse assim, os humanos jamais teriam usado o fogo. A energia nuclear não sofre rejeição maciça - na verdade ela é cada vez mais aceita em todo o mundo.
Atualmente é fácil controlar o lixo nuclear. Ele não vaza, pois não é líquido - é um material sólido envolvido por camadas de metal e concreto. Não escapa para o ambiente, como a poluição produzida pela queima de combustíveis fósseis.
Nunca se provou que as plantações geneticamente modificadas façam algum mal à saúde - ou ao ambiente. Pelo contrário, há muitos efeitos positivos, como menos uso de pesticidas, menor exposição do lavrador a produtos químicos, menos erosão do solo. Alguns tipos de transgênicos poderiam acabar com a desnutrição - como o arroz dourado, que incorpora ferro e vitaminas A e E. E essa tecnologia já existe. A oposição aos alimentos transgênicos se baseia em ignorância e medo.
A madeira é a maior fonte de energia renovável que existe. E sua exploração leva ao reflorestamento. A exploração florestal mexe, sim, com a biodiversidade. Mas, tendo um sistema de áreas intocadas e reservas ecológicas, é possível preservar ao máximo a biodiversidade - e ainda assim ter uma boa produção
A população mundial deve se estabilizar em 9 bilhões - e nós vamos conseguir alimentar toda essa gente. O que prejudica as florestas é a agricultura. Os maiores produtores de alimentos do país ou do mundo são também desmatadores.
A maior questão ecológica é a pobreza. Sociedades pobres não conseguem limpar a água que sujam, nem replantar as árvores que cortam.

Por exemplo, o cultivo de peixes como alternativo à pesca indiscriminada. Eles não concordam. Além disso, querem banir o uso de cloro. A água clorada e o maior avanço na história da saúde pública. Eles não se importaram e iniciam uma campanha contra o cloro que dura até hoje.

Anônimo disse...

mas agora vem me dizer que a idéia de progreeso ainda existe! que um dia todos os homens poderam ser iguais através de um ultra-desenvolvimento subsidiado pela exploração de homens e do pleneta.
estamos num período da história que nos mostra fome num pais que produz cerca de 4 vezes a quantidade de alimentos necessários para a sua própria população... será que nos mba's da vida não ensiam a ser humano?

Anônimo disse...

Olá Rodrigo.

Olhe esse artigo:
Marxists/Socialists/Communists for Obama?
http://canadafreepress.com/index.php/article/3770

Não tem muito a ver com o seu post mas achei que seria do seu interesse.

Rodrigo Constantino disse...

http://www.youtube.com/watch?v=3Y6jjk8BW7M&eurl

Vale a pena!

Anônimo disse...

Chuif! chuif!
Estou comovido comanta bondade, tanto humanismo:

"será que nos mba's da vida não ensiam a ser humano?"

Essa arenga patética é a única força dos socialistas.
Não possuem qualquer argumento fundamentado. Tudo que fazem é discurso patético. Assim chegaram onde estão capiturando gente atormentada, emocionalmente frágil, inseguros, tips sem orgulho pessoal nenhum que, despresando-se, agarram-se à demagogia como tábua de salvação, pois tale fácil. Assim tentam sentirem-se um pouco melhor.

A política éum fenomeno psicológico.
Não adianta apresentar raciocínios, fatos incontestaveis, expor as falácias dos socialstas/esquerdistas adoradores do grande e mágico deus-Estado a que basta cultuar e pedir para conseguir através de seus intermediários - o clero político materialista - que farão o paraíso na terra.

Ideologia não atua na razão e sim na emoção, nas frustrações, nos recalques, na insegurança, deficiencia de orgulho e etc.. Elas criam valores fáceis de simular, desprezam valores natuarais ou adquiridos pelo esforço pessoal. Elas não valorizam o indivíduo, mas somente os "pedaços" representados pela "entidade suprema" a que se fazem fantasiosamente pertinentes, todas são coletivistas contrárias ao orulho pessoal em favor da soberba coletivista.

Argumentos tecnicos, fatos incontestáveis, raciocinios lógicos e etc., nada disso tem qualquer efeito sobre tipos atormentados com aquilo que imaginam ser. Eles querem "valores consensuais convenientes" em seu desespero ante o desprezo que senmtem por si mesmos - daí a paixão por arrebanharem-se em grupos ou gangs em busca do "asinum asinus fricat".

Não fosse assim e as contradições, idiotices e aberrações das ideologias as manteriam no esgoto das idéias ou apenas nos hospicios.

Abraços
C. Mouro

Anônimo disse...

Evidentemente que o governo não cria riqueza e todas as maravilhas que ele promete sai de algum desfavorecido o pagado de impostos expandindo a moeda e criando privilégios com conseqüência trás a inflação refletindo em seu poder de comprar trazendo consigo mais miséria e fome
E o meio socialista e sujo mesmo os mais afetados e justamente o próprio povo que não ver o salário no fim do mês – um país com inflação e um país falido -