sábado, setembro 22, 2012

Preconceito invisível


Hélio Schwartsman, Folha de SP

Saiu mais um daqueles relatórios do Ministério do Trabalho dando conta de que as mulheres ganham menos do que os homens. Em dezembro de 2011, o salário médio recebido por um trabalhador do sexo masculino era de R$ 1.828,90, contra R$ 1.393,34 pagos a representante do sexo frágil.
Não há dúvida de que existe preconceito na sociedade, mas eu receio que ele se materialize de forma mais sutil do que querem ativistas de movimentos feministas e assemelhados.
A julgar por trabalhos realizados nos EUA, os mais discriminados no mercado de trabalho, em especial no mundo corporativo, não são os negros nem as mulheres, mas os baixinhos. Entre os CEOs das maiores companhias americanas, 58% tinham mais de seis pés (1,83 m) de estatura, contra apenas 14,5% na população geral. Pior, cada polegada (2,54 cm) a mais de altura representava, em 2004, um incremento de US$ 789 na renda anual do funcionário. Estudo de Andréa Zaitune Curi e Naércio Aquino Menezes Filho apurou tendência semelhante no Brasil.
As hipóteses para explicar o efeito são as mais díspares possíveis. Vão desde força física e autoestima até a nutrição na infância --o que quer dizer que não temos ideia do que está realmente acontecendo.
Mas o que isso significa? Acho que ninguém sustentaria que existe preconceito consciente contra os baixinhos. Eles ao menos ainda não organizaram uma militância para exigir tratamento igual. Acompanhando Malcolm Gladwell em "Blink", acredito que a discriminação, neste caso, ocorra de forma implícita. Os responsáveis pelas contratações têm um estereótipo do que seja uma liderança ou um funcionário ideal e o aplicam aos candidatos, sem jamais verbalizar a regra ou mesmo dar-se conta de que ela existe em suas cabeças.
A constatação tem algo de sombrio. A mente humana discrimina da mesma forma que respiramos, isto é, sem nem perceber.

Comento: É preciso lembrar que correlação não é causalidade e que estatística PODE ser a arte de torturar números até que eles confessem quase qualquer coisa. As mulheres podem ganhar menos, NA MÉDIA, porque escolhem funções mais flexíveis, por exemplo, pois AINDA (felizmente?) vivemos em um mundo onde as mulheres que engravidam e dão de mamar. Enfim, vários fatores poderiam explicar a diferença estatística, e seria preciso controlar todas as demais variáveis para ter uma análise mais robusta da situação. Mas feministas não querem saber de nada disso. Assim como esquerdistas em geral, gostam de posar de defensoras do "sexo frágil". Aparentar ser o protetor dos "fracos e oprimidos" rende votos, recursos, poder e imagem de bonzinho (marketing do comportamento, como diria Pondé). Já sobre os baixinhos, vejam o vídeo que fiz sobre o assunto:


6 comentários:

Anônimo disse...

Ora, os desdentados são completamente discriminados!!!!
Faça´se uma estatística e veremos que os desdentados ganham salarios muitissimo menores que os "dentados", o caso dos baixinhos tb é um ´timp exemplo.
Outra coisa que demonstra imensa discriminação é o fato de não haver um único padre em execicio que se confesse ateu p/ os fiéis, sem duvida uma discriminação odiosa.

E os perneta? São discriminadissimos. Quantos altos executivos existem entre pernetas?

Aliás deveria haver COTAs no congrsso e de candidatos pernetas e com demis deficiencias, como nas faculdades**.

A se julgar por estatisticas, há uma enormidade de discriminações que valeriam comppensações.

Outra coisa que demonstra que a sociedade brasileira e mundial é preconceituosa é o FATO DE NUNCA ELEGEREM LIBERAIS PARA A POLITICA, não há ministros liberais, são sempre socialistas ou mistos, nunca liberais. ...UMa discriminação que deveria ser corrigida com cotas.
Contudo não ha discriminação contra bandidos, sejam ladrões, assassinos ou maníacos criminosos pois há muiitos deles nas TVs (que discriminam liberais), NOS PARTIDOS (PT, PSOL< PSDB, PMDB e etc.), nos altos cargos de governo, no congresso e etc..

..Seria a hora dos liberais tão discriminados exigirem cotas nos partidos e no congresso, já que discriminados por eleitores preconceituosos ...fica a idéia ...rsrsr

Anônimo disse...

Sou mulher, baixinha e meio fofinha. Também quero cota.

Francisco Del Rio disse...

Rodrigo, talvez você já tenha visto, mas pra quem não viu, esse excelente video do LearnLiberty.org fala exatamente sobre isso que você falou: as mulheres, em média, ganham menos do que os homens pois ainda (e aí sim, pode-se argumentar sobre pressão social) tendem a fazer escolhas pessoais que resultam em menores salários. http://www.learnliberty.org/content/do-women-earn-less-men

samuel disse...

"pois felizmente vivemos em um mundo onde as mulheres AINDA engravidam e dão de mamar"
As quotas para GAYs irão acabar com isso mas então SERÃO OUTROS QUINHENTOS.

Anônimo disse...

Somos canhotos e fazemos parte de correspondente a 3% da polulaçào mundial e que já foi muito perseguida. Tambem queremos a nossa cota de anistia. Obrigado.

Adolf Hitler,Albert Einstein,Alexandre o Grande,Angelina Jolie,Anthony Kennedy,Ayrton Senna,Bill Clinton,Bill Gates,Ben Stiller,Benjamin Franklin,Benjamin Netanyahu,Bob Dylan,Bruce Willis,Charlie Chaplin,Chester Bennington,Christie Marie Melonson, Colin Powell, Edgar Scandurra,Eric Clapton,David Rockefeller, Diego Armando Maradona, Eminem,Friedrich Wilhelm Nietzsche,Fidel Castro,George H. W. Bush,Gerald Ford,Greta Garbo,
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Bruno disse...

Charlize Theron é afrodescendente!