sexta-feira, junho 07, 2013

O Brasil nunca pertenceu aos índios

Profª Sandra Cavalcanti
Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não agüento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país.Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinqüenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosa por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembléias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs européias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui. Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos.

Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.

Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.

Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discriminação por motivo de raça ou credo.

Portanto, vamos parar com essa paranóia de discriminar em favor dos índios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento. Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio para estradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior. Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

23 comentários:

Unknown disse...

Muito legal!, Parabéns pelo artigo.

mah.... mais uma gauche na vida... disse...

Parabéns pela coragem!

Anônimo disse...

O que me irrita é o complexo de vira-lata. O texto passa a imagem que a questão indígena só acontece no Brasil.Isso é mentira. Aborígenes na Austrália, maoris na Nova Zelândia, mapuches no Chile e outras questões indígenas no mundo todo. A questão não existe somente no Brasil.

Hilton Neves disse...

O polissindetismo desta assim-chamada professora não leva nenhum leitor com QI acima de 38, ou um pouco mais atento, a crer que os índios estejam a fim de guerra com os brasileiros urbanos.

E tampouco esconde o fato de que os portugueses roubaram os recursos dos índios. Faz alguma ≠ça se era nação o lugar onde Cabral operava?

Acho uma discussão boba isso: se era ou não país... uai, o colonizador foi bem democrático, né? Ele se importou com um índio falar língua ≠ do outro? Dentro do que consiste hoje o Brasil, ele entrou em e levou seu "progresso" a todas as tribos, né?

O fanatismo nacionalista da Krabappel no texto não muda o Brasil ter sido o último país das Américas a abolir a escravidão; ter se juntado à Argentina e ao Uruguai numa ação covarde que faria corar o trio Obama-Slobodan-Bush; ou ainda ostentar desempenho comparável ao do Tchad, Bangladesh ou Zâmbia nas escolas...
Já que isso dá orgulho a ela... que a nossa heroína coletivista Sandra vá em frente, né?

Não quero que essa mulher venha pedir desculpas aos meus ancestrais índios por nada. Da mesma forma, nenhum índio é obrigado a reconhecer a Corôa Lusa, por cuja posse ela se derrete no texto; ou mesmo a marmelada de 1822.
O nióbio não pertence ao Brasil, e sim a Roraima ou outros estados que o produzam.
E tampouco confio em ONG's. Só quero que ela agüente o tranco, tenha coerência agora: se o português podia saquear o índio no século XVI; não venha choramingar se atualmente as ONG's e ONU's de que a tupifóbica reclama vierem a fazer o mesmo com a Amazônia dela. Já que é ONU é tão ruim, desfilia dela duma vez.

"Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade."
Sei, e tal unidade me beneficia em quê?
Onde ela aprendeu esses conceitos, meu? Com o Josip Broz Tito?
Cadê o federalismo?

Anônimo disse...

Anônimo das 11:52,

Só pq essa situação ocorre em outros países, não temos o direito de discutir o nosso problema?

Desculpe, mas qual é o complexo de vira-lata?

Leandro Santiago disse...

Simplesmente um dos textos mais historicamente negacionistas que já li. E mais estranho ainda ser referenciado num blog de alguém que se diz (que eu acreditava ser) liberal e individualista.

Dizer que foi legítima a dominação dos portugueses é dizer que foi legítima a escravização dos índios; a eliminação sumária de várias formas diferentes de culturas, que nem ao menos foram documentadas (tudo pelo ideal superior cristão); o assassinato de seres humanos (ops, eles não eram humanos), bem como estupros e todo tipo de violência. Havia tudo isso dentre os indígenas? É claro que havia, como provavelmente em qualquer outra sociedade humana. O problema é tornar isto, quando feito pelos europeus, mais legítimo que qualquer outro povo!

Já leu a história dos "fuegians", povos nativos da Terra do Fogo? Foram (legalmente) caçados como animais em pleno século XIX. Sim, eles não eram humanos frente aos dominadores brancos superiores em nome de deus (e bla bla bla) e tudo que posso dizer é que a argentina não é dos habitantes da terra do fogo, mas dos argentinos, que tem aquele lugar como deles por direito legítimo...

Sério, querer combater um argumento pífio (os índios são inocentes, todo valor moral é relativo e o Brasil é deles) com outro pífio (os portugueses tinham o direito divino de fazerem o que fizeram) é imbecilidade pura.

Gosto de revisionismo histórico, pois permite rever o que acreditamos como fatos, o que é algo básico da "arte do ceticismo", mas isto que foi descrito no texto é puro negacionismo histório.

Senhor Constantino, adoro o seu trabalho, mas ultimamente vc tem se distanciado muito do que parecia defender há um tempo.

Finanças Inteligentes disse...

Muito bom artigo. Parabéns!

Rogério Alcântara Bartholomeu disse...

Fiquei enjoado lendo este texto. Lamentavél..

Anônimo disse...

Gostei do artigo. Naquela época, a conquista era a regra. Os índios também guerreavam entre si conquistavam terras uns dos outros. Julgar o passado pelos valores do presente é idiotice. A conquista portuguesa foi legítima pelos valores da época e o contrário ocorreria se os silvícolas tivessem poderio militar superior.

Mas o mais relevante é a constatação de que não estaríamos aqui não fosse esse passado.

Em suma, é uma grande sandice julgar o passado.

Ninguém deve nada aos índios. Estes deviam é estar agradecidos por seus ancestrais terem sido poupados pelos vencedores.

Anônimo disse...

O Brasil é uma terra q foi encontrada, explorada e largada. Não foi adotada, como a América. Havia aqui alguns selvagens, e hoje se multiplicaram. São maioria. O que essa senhora diz dos brancos é algo muito otimista, mas em parte é verdade. No entanto, como ela mesma lembra, continuam tentando criar novas capitanias, 500 anos depois. Talvez com mais alguns espelhos, consigam o q pretendem.

Anônimo disse...

Bingo! Prof. Sandra, parabéns pelo Artigo.

Leonardo Jordão disse...

Rodrigo, admiro profundamente o seu trabalho, mas não entendo por que você endossou este artigo. Sim, um autêntico libertário rejeita toda e qualquer tentativa de criar diferentes níveis de cidadania. No entanto, um autêntico libertário também reconhece a existência do direito de autodeterminação dos habitantes de qualquer território com tamanho suficiente para formar uma unidade administrativa. Portanto, a um autêntico libertário não incomoda a possibilidade de secessão da Amazônia, desde que esta mudança de status corresponda aos desejos da maioria dos seus habitantes. A atitude de Sandra Cavalcanti não é muito diferente da repulsiva atitude dos nacionalistas sérvios diante de Kosovo.

Anônimo disse...

Parabéns pelo artigo Professora!
Esse é para lúcidos e que possuem DISCERNIMENTO! MENTE ABERTA!
Aos "universitários": leiam bons livros sérios sobre a História e vejam o quanto os índios amaram e adoraram aprender novas tecnologias de plantio, novos conhecimentos e mais uma infinidade coisas que os tiraram de um ostracismo geográfico e cultural.
Mais uma vez esse desgoverno criando dissenção e acirrando os ânimos sociais. Que atraso e perda de tempo! Isso sim é lastimável.
Bom domingo!

Anônimo disse...

"Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade."

E qual o problema? Já vai tarde

Renan disse...

INDIOS DONOS DO BRASIL?
DEMAGOGIA DESCARADA!
O QUE HAVERIA POR DETRÁS DA REVOLTA DOS INDIOS
Há interesses internacionais de segurarem o progresso do Brasil para não passarem à frente de muitos, como França, Inglaterra, Alemanha etc e mesmo os EUA, Canadá, etc., e manter cada vez mais terras férteis, geradoras em certas regiões de até 3 colheitas/ano e as preservar "quanto mais melhor", sem uso sob o domínio de índios como se fosse reserva estratégica desses intocaveis e mais países por causa de seu potencial mineral e agriculturável e precisariam ser mantidos intactos em caso de escassez mundial de alimentos.
Então, com ajuda de ONGs, como da Alemanha que financiariam demarcações de terra há muitos anos, dentre outras, aproveitam-se e manipulam certos grupos étnicos contra o progresso, impondo barreiras ao desenvolvimento em nome de falaciosa preservação ambiental e similares, mas o fato é tais areas seriam resguardadas e via índios manterem o velado domínio.
Os índios nunca foram contra o progresso, têem-no assimilado bem e muitos hoje já se integraram na net e demais da vida moderna, rejeitando o passado tribalista, toda essa manobra deles daria muito à vista as reais intenções.
Há o caso da exploração de certos minerais estratégicos que obteriam diretamente entre eles e as ONGs, algumas de aparente cunho religiosa - há muitas denuncias contra o CIMI da banda marxista da CNBB nesse sentido - ou de dar suporte, mas os verdadeiros interesses seriam manter tais áreas sob tutela índia, manipulando a mídia e os grupamentos índigenas "cuidando das terras deles no Brasil", cujos proprietários finais seria o Governo Mundial.
No mais, a terra é de todos os homens, sem exceção, e o Brasil jamais foi dos índio, senão politicagem barata!


Anônimo disse...

Eu não entendo essa paranôia com os gringos! Morrem de medo de que entidades estrangeiras estão incentivando a tal "independência" de nações indígenas aqui no Brasil, visando algum benefício na exploração dos "recursos naturais estratégicos" como minérios, biodiversidade e, dizem até a água da Amazônia! Se isso fosse vantagem, bastaria que o Brasil desse o troco metendo o bedelho nas tribos indígenas norte-americanas, que são de fato tratadas como nações independentes pelo governo, tão autônomas que podem até instalar cassinos e vender produtos sem impostos dentro de suas Reservas! Aposto que 99% dos "ufanistas" brasileiros não sabem disso, só repetem clichês.

Anônimo disse...

Concordo com o Leandro Santiago. Mas a parte que eu achei irônica no texto foi a seguinte: "...dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial." É verdade isso, porque o racismo no Brasil é algo inventado por esses malucos, e também é verdade que o papai noel veio me visitar com o seu trenó... faça-me rir...

Marcio disse...

Os índios MATAM-SE ENTRE SI mas o CIMI da banda marxista-PT da CNBB diz outra sobre o caso.
O cinismo do Conselho Indigenista Missionário-CIMI vinculado à CNBB, com a cumplicidade de certa Imprensa quer transformar produtores rurais, donos legítimos das suas terras em assassinos de índios, SENDO FALSO. Hoje, um antropólogo fala em denunciar o Brasil por genocídio e faz uma série de ameaças, baseadas em dados falsos: por exemplo, que o agronegócio quer mais terra, quando os fazendeiros apenas estão lutando, na Justiça, para manter propriedades legítimas, muitas delas tituladas na época da Guerra do Paraguai.
A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul comprova que a grande maioria dos assassinatos decorrem de desavenças, brigas e violência entre si. Os índios não estão sendo mortos por produtores rurais. Estão assassinando uns aos outros. Custa para a Imprensa brasileira buscar nas fontes oficiais a confirmação ou não das mentiras do Conselho Indigenista Missionário? Leiam, abaixo, notícia de 2006, quando os conflitos ainda não estavam nas manchetes. Vejam o que o CIMI declara a respeito dos guaranis kaiowas:
O vice-presidente do Cimi, Saulo Feitosa, diz que a maior preocupação do conselho são os assassinatos cometidos pelos próprios índios, e que a questão fundiária seria o principal motivo. “No Mato Grosso do Sul, acontecem várias tensões externas e internas, e isso gera violência. E a não resolução do problema fundiário tensiona essas questões”, destaca. Feitosa avalia que o uso do álcool pelos índios é conseqüência da realidade social vivida, já que o problema das terras não é resolvido. “Esse uso de bebidas alcoólicas agrava as cenas de violência, que podem gerar mortes”, enfatiza o vice-presidente do Cimi.
Abaixo os verdadeiros números, que constam de relatório elaborado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública comprovando que não existe genocídio de povos indígenas em Mato Grosso do Sul, via farsas montadas pelo CIMI-PT marxistas da CNBB.
Sim, o relatório revela o aumento considerável no número de mortes de índios no Estado, mas comprova que 99% dos crimes ocorreram dentro das próprias aldeias e tiveram como autores os próprios indígenas.
EIS OS COMPROVANTES REFUTANTES AO CIMI:
Em 2006 foram 7 homicídios de índios e em 5 deles os autores foram índios.
Em 2007 foram 37 homicídios de índios, sendo que em 32 casos os autores foram índios.
2008 foram 35 homicídios onde as vítimas eram índios e em 33 casos o crime foi cometido por indígena. Em foram 25 mortes de índios em Mato Grosso do Sul, com 23 delas cometidas por índios.
Em 2010 foram 28 assassinatos de índios no Estado e 26 deles foram praticados por índios.
Em 2011 foram 27 homicídios de índios em MS e os 27 tiveram como autores os próprios índios.
Em 2012 o número de assassinatos de índios em Mato Grosso do Sul ficou em 32 e em 30 casos os autores foram autoria dos próprios índios.
Já em 2013, foram registrados 5 homicídios de 1o. de janeiro a 20 de fevereiro e em todos eles os autores foram índios.
Estes números comprovam o quanto o CIMI mente e o quanto CERTA IMPRENSA odeia a verdade. Preferem criminalizar quem trabalha, para acobertar o verdadeiro problema: os índios brasileiros são escravos da FUNAI e das ONGS internacionais, com predominância destes organismos criminosos da banda marxista da CNBB.
O blog "coturnonoturno. blc" pede que denuncie e espalhe.

Anônimo disse...

Eu moro numa região do Rio Grande do Sul aonde estão para desapropriar terras que passam bem em cima (coincidência...)do Aquífero Guarani. E já vi muito "índio" que fala inglês e alemão nos bloqueios de estrada por aqui.

Inclusive uns desses tiveram que correr esses dias porque senão iam apanhar de uma turma de agricultores.

Não vejo porque famílias italianas de parentes meus que trabalham em suas terras por uns 80 anos tem que dar de mão beijada pra índios, tanto porque era "terra de índio" ou por causa da "existência do direito de autodeterminação dos habitantes de qualquer território com tamanho suficiente para formar uma unidade administrativa."







Paulo Portinho disse...

É engraçado ver a crítica de alguns comentaristas ao artigo.
Primeiro, atacam o que não está escrito. Colocam palavras e idéias que não estão no texto para atacar. Atacam, na realidade, idéias suas e não da autora. Estratégia tradicional da esquerda.
O índio quer terra, mas quer celular? Quer reserva, mas quer luz elétrica, arma de fogo casa de alvenaria?
Quer inimputabilidade, mas também quer Hilux SW4?
É coerente que 300.000 indígenas não consigam se sustentar tendo 10% das terras brasileiras?
10% das terras brasileiras produzem comida para 200 milhões de habitantes e para mais milhões em outros países.
Seriam os índios absurdamente incompententes para pescar, plantar, caçar etc., ou estariam eles, realmente, interessados em mais Hilux, G5 Gulfstream, Iphones e muito, muito luxo e poder?
A realidade é agora. Essa "dívida" histórica é balela. Sou índio, negro e europeu ao mesmo tempo. Sou brasileiro. Tenho que trabalhar todos os dias para sustentar minha família. Esse é o Brasil de 2013. O de 1500 não me interessa. E também não interessa aos índios. O que interessa para eles é agora. É grana, é poder, é Hilux, é G5... É isso que está em jogo. E o pior é que os esquerdistas sabem disso e, mesmo assim, levantam essa bandeira.

Leonardo Jordão disse...

O direito de autodeterminação dos habitantes de qualquer território com tamanho suficiente para formar uma unidade administrativa NÃO inclui o direito de invadir, depredar ou incendiar propriedade alheia. Ele inclui o direito de secessão, que é algo bem diferente.

Anônimo disse...

É interessante como a esquerda se comporta. Na verdade, são lobos em pele de cordeiro. Tem por hábito colocar palavras que não haviam nos textos, discursos, ensaios dos que divergem de sua doutrina, sustentando seus argumentos em toda uma exegese completamente fora do contexto.
O pior é quando se veem vencidos e submetidos a argumentos verdadeiros e sólidos, passam a agredir com palavras de baixo calão e a gritar palavras de ordem!
Se ao invés de estarem metidos em reuniões sem pauta e sem ata estivessem trabalhando e estudando, teriam melhores argumentos. Talvez!? Quem sabe? Mas o que tenho observado é que eles não são muito chegados às atividades que dão trabalho... Melhor é ficar metidos em reuniões, passeatas e demonstração que ainda rendem uns tragos às custas do erário!

Unknown disse...

Excelente artigo, muito corajoso e sintonizado com a realidade de quem efetivamente conhece a questão indígina.
Fugir do discurso utópico do nativo puro é o primeiro e necessário passo que muitos bem intencionados não conseguem dar no estudo das diferenças culturais que nos formaram. Ter dado esse passo é requisito básico para se propor uma conversa séria sobre os direitos de cada um.