terça-feira, fevereiro 21, 2006

A Irlanda de Bono



Rodrigo Constantino

O U2 é uma banda realmente sensacional. Um caso irrefutável de sucesso estrondoso no mundo musical, tendo produzido inúmeros hits e vendido milhões de discos. Seu líder, Bono, costuma se engajar em causas sociais também, tendo ficado ainda mais famoso por conta desse passatempo. Acho ótimo que cantores famosos tentem reverter a fama em prol de causas nobres. Não duvido da boa intenção de Bono também. Mas acho que o “bom moço” é vítima do politicamente correto, que reduz absurdamente a liberdade para expressar certas verdades. E assim, acaba prestando um desserviço aos pobres que pretende ajudar.

Bono fez questão de ir se encontrar com Lulla ao chegar no Brasil, e disparou elogios ao presidente brasileiro. Ao mostrar uma foto do presidente no show, foi alvo de vaias. Seria melhor se Bono procurasse se informar mais antes de pregar suas causas sociais politicamente corretas. Talvez ele tivesse sabido do “mensalão”, do escândalo da cueca, do lamaçal que o partido do presidente se atolou e das medidas autoritárias que Lulla tentou passar no Congresso. Talvez tivesse tomado conhecimento de como o Brasil vai perdendo o bonde do progresso, crescendo bastante aquém do potencial e dos demais países emergentes. Poderia ter se informado sobre o fracasso do populista Fome Zero. Tivesse Bono estudado mais a fundo o caso brasileiro, saberia que Lulla representa o oposto de tudo aquilo que possibilitou a reviravolta do seu país, a Irlanda.

A Irlanda vem experimentando um choque liberal há anos, com redução de gastos públicos, abertura comercial e maior liberdade econômica. O país já está em terceiro lugar no ranking de liberdade econômica do Heritage Foundation, perdendo apenas para Cingapura e Hong Kong. A economia apresentou crescimento superior a 7% ao ano desde 1993. O país conta com uma das mais favoráveis políticas para investimentos estrangeiros do mundo, assim como ambiente bastante amigável para os negócios. Os impostos corporativos foram reduzidos para 12,5%, um dos mais baixos da Europa. A Irlanda se tornou um enorme ímã de investimentos de americanos e ingleses, que são também os maiores parceiros comerciais do país. A tarifa média ponderada para importação é de apenas 1,3%, bastante inferior a do Brasil, acima de 13%. Não existe controle de preços por parte do governo. A proteção à propriedade privada é forte, e o sistema legal é transparente. Em resumo, a Irlanda é um ótimo exemplo das reformas defendidas pelos liberais.

Os resultados são claros. Fora o excelente crescimento econômico já citado, a renda per capita está chegando perto dos US$ 40 mil, uma das maiores do mundo. O desemprego é baixo, perto dos 5%. Os indicadores sociais estão melhorando a cada ano. O gasto com educação não é muito diferente do brasileiro, em cerca de 4,3% do PIB. O que faz a diferença mesmo é o grau de liberdade econômica. A Irlanda vem reduzindo o tamanho do Estado, assim como sua interferência na economia. Vem abrindo seu comércio, atraindo investimentos estrangeiros, tratando bem os empresários e adotando o império da lei. Exatamente a receita liberal. E com isso, vem colhendo os doces frutos dessas medidas.

Como ficou claro, a Irlanda de Bono está na contramão do Brasil de Lulla. Aqui, o Estado é cada vez maior, mais inchado e mais interventor. Falta muito para chegarmos ao grau de abertura comercial da Irlanda. Falta muito para chegarmos ao ambiente amistoso para os negócios. Falta muito para termos um império da lei que respeite as propriedades privadas. Enfim, falta muito para o Brasil virar uma Irlanda.

Mas nada disso impediu que Bono ignorasse esse abismo existente entre os discursos populistas do nosso presidente e a realidade dos fatos. Estivesse o cantor melhor informado, e mais livre das amarras do politicamente correto, poderia ter dado um recado muito melhor para o mundo. Poderia ter condenado a demagogia de Lulla, assim como suas idéias anti-liberais, e ter defendido justamente o caminho adotado pela sua pátria. Este caminho não tem mistério. Em graus distintos, foi o mesmo tomado por nações como Cingapura, Espanha, Austrália, Holanda, Nova Zelândia e Chile. É o caminho liberal. Fica na contramão do destino traçado pelos países da América Latina. Fica na direção contrária ao rumo pregado por Lulla. Sorte dos irlandeses. Azar dos fãs brasileiros de Bono...

17 comentários:

Lisavieta disse...

Muito bom o teu texto!!!
Em meio a tantos bombardeios radicais, finalmente um texto crítico e interessantíssimo!

Anônimo disse...

Este texto n vale uma piça. Em vez de falar da importância que os U2 têm a nível economico, não fala-me desta merda k n interessa a ninguem

Anônimo disse...

EH LUIS TAS FIXE?

Anônimo disse...

ya , tou pq é k tas a falar neste blog vamos pa outro k este aki já fede

Anônimo disse...

este texto foi a coisa ja + vi na minha espectacular vida embora eu nao tivesse lido o texto eu axo uma valente merda o texto

Anônimo disse...

yo caralho este texto e uma merda caralho. yo piça. i like piça caralho. anti textos como este. vamos matar todos os textos como este do muno caralho, caralho, caralho, caralho YO

Anônimo disse...

Voçês são todos uns mal educadod. é pena k ele n vá lá xamar a bofia para vos enrabar a todos seu hacker da piça
Pirataria = Fixe yehh

Anônimo disse...

Sim, sem dúvida que este artigo precisa de ser mais aprofundado

Anônimo disse...

PUTAS E VINHO VERDE CARALHO!

Anônimo disse...

Este Blog n vale uma puta ou pega como voçes dizem nesse país marado xeio de droga e vampiros.

ps.: sou nazi e cristão e vivo na irlanda mas sou tuga

Anônimo disse...

o nuno e gordo e feio e chama-se tsunami

Anônimo disse...

ola meu amor !!:D!


CROOMOS DA MERDA GAYS ........PAROLOS

Anônimo disse...

o bruno e gay e anao e este texto nao vale um caralho

Anônimo disse...

ES UM PUTO MAS AMANHA VOU TE APANHAR E VAIS LEVAR NU CU

Anônimo disse...

Desculpe, mas quem está a escrever estas invasões de propridade electrónica chama-se Nuno Calçada, vive em Portugal, na cidade de Viana do Castelo, em Santa Marta e o nº de celular é o seguinte.: 964727012.
Desculpe esta interropeção mas tambem não gostava que andassem a meter posts destes no meu Blog


Cumprimentos João Cunha

Anônimo disse...

Impressionante o nível de ignorancia na comparação feita.

Comparar um país como a Irlanda com o Brasil? por que não se comparou com a Suiça? que falta de honestidade. No mínimo é muito desconhecimento da realidade brasileira com a dos europeus.
Outro ponto é esse defesa ao Neoliberalismo. Outra mostra da ignorancia sobre modelos importantos sem análise crítica.
Será que o autor do texto vive no Brasil ou na europa, por que com certeza ele não viveu o apagão aqui no Brasil fruto de importação burro do modelo neoliberal, que pelo contrário além de não resolver o problema de investimento em infraestrutura, geral um pepino para a população brasileiro que no final pagou a conta, para que as empresas que aproveitaram a onde neoliberal terem seus lucros garantidos.

Por favor..chega de ignorancia explicita....chega senão esse país não vai a lugar algum. Será que 500 anos de submissão a modelos não são o suficiente para que pessoas como o autor desse texto pense um pouco melhor....

Anônimo disse...

Ao ver que os "anonymous", pelo fato de se esconderem, escrevendo merda de portugal até aqui, fico com a barbada do cristaldo: A estupidez é universal... Neoliberalismo, em que sindicato este "anonymous" mora? Apagao misturado com neoliberismo... misturado com... ignorância explícita... 500 anos de submissao sim, aos estúpidos "anonymous" que nem este. Embora este último parágrafo possa levar este "anonymous" ao pedestal do idiota máximo.