Idéias de um livre pensador sem medo da polêmica ou da patrulha dos "politicamente corretos".
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quinta-feira, fevereiro 07, 2013
Mais um capítulo da guerra cambial
Rodrigo Constantino
Mario Draghi, presidente do ECB, falou hoje que o euro forte está prejudicando a recuperação da região. A moeda cai 1% agora, como resultado. O discurso de Draghi já é, por sua vez, reação às medidas do Japão, que pretende desvalorizar o Yen para "ganhar competitividade".
No Brasil, muitos keynesianos defendem uma moeda desvalorizada como política econômica. Hoje mesmo tem um desses artigos no Valor, do vice-presidente da Associação Keynesiana Brasileira, José Luis Oreiro.
Em suma, são capítulos da "guerra cambial" que ocorre no mundo, com todos os governos pensando que é possível proteger seus mercados e economias apenas mexendo na moeda, sem fazer o dever de casa com reformas liberais. Doce ilusão!
O resultado poderá ser uma nova escalada protecionista mundial e mais inflação. Por isso o ouro acaba sendo uma espécie de "porto seguro" nessa hora. Quem viver, verá.
terça-feira, setembro 04, 2012
sexta-feira, julho 27, 2012
Mais uma dose
Rodrigo
Constantino, para o Instituto Liberal
Mais uma dose?
É claro que eu estou
a fim
A noite nunca tem fim
Por que que a gente é
assim?
A
música de Cazuza expressa bem a sensação predominante nos mercados financeiros
do mundo todo atualmente. A apreensão dos investidores é grande, pois há riscos
enormes de crise em todo lugar. A China está desacelerando rapidamente, os
Estados Unidos não conseguem crescer mesmo com tanto estímulo e a Europa pode
ir para a UTI a qualquer momento (ruptura do euro). Os fundamentos econômicos
são ruins, o clima é de pessimismo generalizado.
Todos
os olhares se voltam neste momento para os donos das impressoras de moeda fiduciária.
Como Santo Agostinho, os investidores sabem que a castidade (austeridade) é
fundamental, pois há excessos no organismo (endividamento insustentável), mas
eles pedem em coro: não agora! Os ajustes seriam dolorosos demais. Deixem-nos
curtir um pouco mais o aqui e agora como se não houvesse amanhã. A noite nunca
tem fim...
E,
como viciados em heroína, todos lançam olhares suplicantes ao fornecedor da
droga, implorando por mais uma dose. Sim, cada rodada produz efeito eufórico
menor, e mais estragos no organismo. Sim, a ressaca pela manhã será braba. Sim,
há o risco de que, em algum momento, o organismo acuse o golpe e a overdose
seja fatal. Mas entre o sofrimento certo da abstinência hoje, e o risco de
morte amanhã, o viciado “escolhe” jogar todas as fichas na sorte.
Isso
explica as reações dos mercados ontem, após a firme declaração de Mario Draghi,
presidente do BCE, de que faria “o que for preciso” para salvar o euro (e seu
emprego, diriam os mais cínicos). É música para o ouvido dos dependentes “químicos”.
O fornecedor deu o sinal: nova rodada de droga a caminho! Hora de celebrar. Até
porque a euforia dura pouco. Cada vez menos. Por que que a gente é assim?
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