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terça-feira, julho 30, 2013

Freibettofobia

Rodrigo Constantino

Em artigo hoje na Folha, Frei Betto discorda do Papa Francisco quanto aos gays:

"Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-la? O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados, mas integrados à sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é fazer lobby."

São palavras do papa Francisco ao deixar o Brasil, no voo entre Rio e Roma. A mensagem é esperançosa, mas, ao contrário do que o papa diz, o problema no Brasil é o lobby antigay, liderado pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Ou seja, para o Papa, o problema não são os gays, mas o lobby do movimento gay, que são coisas bem diferentes. Já Frei Betto pensa que o problema está em Feliciano e no lobby antigay. Dou razão ao Papa nessa divergência, ainda que a postura de Feliciano seja realmente condenável.

O movimento gay tem cores autoritárias, intolerantes, e não se contenta em lutar por direitos individuais; quer enfiar goela abaixo dos demais sua visão de mundo, quase que obrigando todos a acharem a coisa mais linda do mundo um homem beijando outro homem. 

Além disso, há um claro ataque do movimento aos valores familiares tradicionais. Alguns querem inclusive retirar o nome de pai e mãe de documentos para não "ofender" filhos de casal gay. Absurdo dos absurdos.

Em outras palavras, o movimento gay, coletivista, não enxerga indivíduos, mas apenas uma categoria monolítica, como todo movimento coletivista. E apela para a vitimização para conquistar privilégios e para impor uma agenda cultural perigosa. Tudo em nome da "tolerância" e da "diversidade", sem tolerar diversidade alguma na prática.

Frei Betto tenta dar uma aula sobre fobias em seu texto depois. Ele diz:

Terapia é própria para obsessivos, como é o caso de quem odeia constatar que homossexual é uma pessoa feliz. Isto sim é doença: a homofobia, aliás, como toda fobia. E há inúmeras: desde a eleuterofobia, o medo da liberdade que, com certeza, caracteriza os fundamentalistas, até a malaxofobia, o medo de amar sobretudo quem de nós difere.

Em primeiro lugar, cabe perguntar: por acaso todo gay é feliz? Eis um comentário estranho do autor, que usa o significado do termo "gay" para concluir algo sem sentido. Podemos ter gays felizes e bem resolvidos com sua situação, e podemos ter gays infelizes e profundamente angustiados com sua condição. Devemos olhar indivíduos, insisto.

Sobre fobia, cabe perguntar: estamos falando, realmente, de medo? Quem tem medo de gay? Alguém por acaso olha um homossexual e sai correndo em pânico? De que? Parece claro que o termo é inadequado na largada. O que muitos sentem é certo desconforto, ou em alguns casos até mesmo repulsa natural, ao ver um homem beijando outro homem. Podemos debater se isso é fruto de preconceito, de herança social, ou do que for, mas não devemos chamar de medo uma reação de aversão. 

Curiosamente, Frei Betto fala de medo da liberdade (eleuterofobia). Ora, sabemos que Frei Betto é defensor do regime cubano até hoje, que, aliás, sempre perseguiu duramente os homossexuais (Che Guevara queria, esse sim, curar na marra os gays, ao contrário do pastor Feliciano). Alguém que aplaude a mais longa e sanguinária ditadura do continente deveria tomar mais cuidado ao falar em medo da liberdade. Na verdade, Frei Betto odeia a liberdade - dos outros. Por isso defende Fidel Castro.

Sobre o medo de amar quem de nós difere (malaxofobia), cabe perguntar ao Frei Betto o que ele sente pelos capitalistas, pelos empresários que querem lucrar, pelos conservadores, pelos liberais, e sim, por reacionários religiosos como Marco Feliciano. Ele "ama" todos estes? Porque não foi isso que ficou parecendo no começo do artigo. Duplo padrão, a marca registrada da esquerda.

Enfim, o texto de Frei Betto é mais um sinal de que é preciso redobrar o cuidado com esse movimento gay. Quando temos Frei Betto e Jean Wyllys, do PSOL, de mãos dadas entoando a defesa de uma causa, é melhor ficar de olho bem aberto. É quase certo que tomar o partido contrário irá te colocar no rumo certo. Sim, eu confesso que sofro de certa "freibettofobia". É que eu vi o que aconteceu em Cuba. E disso sim, eu morro de medo!

segunda-feira, julho 22, 2013

O discurso proselitista de Dilma

Rodrigo Constantino

Vergonha de ser brasileiro. Eis o sentimento que tive após ver o discurso proselitista da presidente Dilma diante do papa Francisco. Por sorte, Vossa Santidade é argentino e, portanto, está ciente do típico populismo demagógico dos latino-americanos. Ainda assim foi algo constrangedor.

Dilma louvou as grandes "conquistas" dos últimos dez anos de governo. Aproveitou para fazer campanha eleitoral na cerimônia, tentando surfar na popularidade do papa. Mas, se o papa é pop, Dilma não é. Recebeu vaias no estádio de futebol, e hoje mereceu novas vaias, mas o protocolo do evento não permitiu, em respeito ao papa. Só por isso.

Não satisfeita, Dilma ainda olhou diretamente para o papa para lhe dar lições de democracia, explicando que o povo toma gosto e quer mais. Ela estava apenas seguindo a estratégia de seu mentor, o ex-presidente Lula, que recentemente adotou essa desculpa esfarrapada em artigo no site do NYT: as manifestações nas ruas são fruto do sucesso do governo petista!

Enfim, a cena toda foi patética, e Dilma saiu ainda menor da ocasião. Não deveria ter se aproveitado da visita do papa de forma tão escancarada, tão sensacionalista, para vender o peixe (podre) de sua gestão e de seu antecessor, de olho somente nas urnas de 2014. Isso foi feio. Muito feito! Dilma perdeu uma ótima oportunidade de ficar calada.

Só não foi a coisa mais constrangedora do primeiro dia da visita do papa ao Brasil porque a turma do movimento gay veio resgatar Dilma, colocando-se como merecedora do prêmio patetice do dia. Realizar um "beijaço" seminus em frente aos religiosos e à igreja foi um ato deveras infeliz, de quem acha que está chocando os outros, mas está apenas despertando o sentimento de pena, por algo tão mesquinho e ridículo.

A tentativa de ofender os religiosos demonstra apenas como essa gente necessita da aceitação daqueles que julgam "medievais". Querem a aprovação do "papai" cuja autoridade não reconhecem. De fato, patético.

Era melhor beijar a cruz...

Fonte: Folha

Rodrigo Constantino

Deu na FolhaEstudante prepara 'beijaço' no Rio contra visita do papa

O estudante de direito João Pedro Accioly Teixeira, 19, ficou três dias preso após uma manifestação que começou pacífica e terminou com a explosão de um coquetel molotov lançado em direção a policiais militares.

O enredo, que poderia ser de um dos mais de 60 detidos nas manifestações no último mês, no Rio, ocorreu há dois anos. Mas pode se repetir.

Preso em 2011 durante protesto contra a visita ao país do presidente norte-americano, Barack Obama, o estudante agora organiza manifestação contra o papa Francisco.

Ele participa hoje de um "beijaço" LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) para criticar a reprovação da igreja à homossexualidade. O ato terá início no Largo do Machado, zona sul do Rio, e os manifestantes devem se dirigir ao Palácio Guanabara, local da recepção oficial ao pontífice.

Para o estudante, também militante do PSOL, há semelhanças entre os atos contra Obama e contra o papa. "Os dois são ícones de instituições que causaram dano à humanidade", disse o estudante.

Um momento, por favor! Eu entendi bem? O garoto critica as entidades governo americano e Igreja Católica por terem causado dano à humanidade, e faz isso pertencendo a um partido SOCIALISTA? Confirma isso, produção?

Com todas as críticas que o governo americano merece, assim como a Igreja, estamos falando de instituições com um legado que pode ser considerado amplamente positivo. Muito ao contrário do socialismo, que só espalhou miséria, terror e escravidão pelo mundo. 

Se falarmos da trajetória recente, então, do século 20, temos Reagan e João Paulo II como ícones da boa luta, justamente contra o socialismo que o garoto defende, sem se dar conta, inclusive, que tal regime assassino sempre perseguiu os homossexuais. 

Entre o PSOL e o governo americano ou a Igreja Católica, não tenho a menor dúvida de qual partido eu escolho. Mas o rapaz quer "protestar" contra tais instituições, pois ele não aceita que a Igreja não considere a homossexualidade algo "lindo". São muito tolerantes os socialistas modernos: desejam enfiar goela abaixo dos outros as suas preferências. 

Ora, ninguém é obrigado a ser católico! Mas aprendam a conviver com aqueles que não consideram beijo de língua entre dois barbados algo "bonitinho". Que tal praticar um pouco mais da tolerância que tanto pregam? Querem converter fiéis na marra agora? Querem controlar até a repulsa natural que muitos sentem quando se deparam com esta imagem?

Por fim, o rapaz diz ter medo de ser preso novamente. Ele se explica: "Sinto medo porque não acredito que a atuação da polícia se dê dentro da lei". E eu que pensei que jogar pedras e coquetéis molotov na polícia é que fosse algo fora da lei. Sinceramente, eu acho que era melhor esse rapaz beijar a cruz...

sexta-feira, março 22, 2013

Militância fascista


Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

No caderno dos leitores no jornal O Globo de hoje, o leitor Jayme Ferrari foi direto ao ponto: “O pastor Feliciano foi eleito com 200 mil votos e escolhido para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Por que o escarcéu? Jamais votaria nele, mas me causa mais indignação os deputados João Paulo Cunha e José Genuíno, condenados a penas somadas de 17 anos de cadeia, integrarem a Comissão de Justiça (!) da Câmara. Cadê a militância barulhenta gritando contra esse absurdo? Cadê a UNE? E a turba “progressista”? Progressismo bom é dos amigos”.

Ninguém precisa ter um pingo de simpatia pelo pastor Feliciano (meu caso) para compreender o perigo que estamos vivendo. Há uma minoria, uma patota muito organizada, que pensa que pode mandar no grito! São fascistas em potencial ou já formados. Não aceitam as regras do jogo, não toleram a democracia. O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu um importante artigo sobre o assunto, mostrando o desrespeito dessa gente ao Estado Democrático de Direito. São os “fascistas do bem”, e precisam ser contidos antes que seja tarde demais.

Não chama a atenção do prezado leitor o fato de que toda essa grita é voltada apenas para o pastor Feliciano, e não haja um único movimento organizado contra os petistas condenados no Congresso, ocupando comissões importantes como a de Justiça? Se o leitor assinou aquela petição contra Renan Calheiros pela Avaaz, saiba que essa ONG, liderada por um esquerdista convicto, não faz campanha contra um único petista! Onde estão as petições pela prisão de Dirceu, pela derrubada de Genoíno e Cunha? Ninguém sabe, ninguém viu.

Atentai para este fato, estimado leitor! O duplo padrão “moral” é evidente. Há um grupelho minoritário, porém muito bem orquestrado e barulhento, que pretende solapar as instituições democráticas e governar no grito. Onde foi que já vimos isso antes? Sim, naquele nefasto regime: o fascismo!


sexta-feira, julho 13, 2012

Em defesa de Olavo de Carvalho e contra a ditadura gaysista

O artigo foi retirado do site pois o Mídia Sem Máscara postou o seguinte aviso:

"O deputado Jean Wyllys nega ter sido o autor dos e-mails ameaçadores enviados a Olavo de Carvalho. Uma rápida averiguação parece confirmar o que ele diz. Pelo menos os e-mails não foram enviados pelo sistema de e-mail da Câmara. Vieram pelo Emkei's Fake Mailer, um site que oferece serviço de envio de e-mails com remetentes falsos. http://emkei.cz/. O que vamos fazer agora é por em ação a Polícia Federal para rastrear a identidade do remetente e tomar contra ele as providências cabíveis."

Lamento que tal "rápida averiguação", ainda mais sendo rápida, não tenha sido feita antes. Ao deputado Jean Wyllys, de quem discordo de praticamente todas as posições políticas, fica meu pedido de desculpas por ter ajudado a divulgar sua suposta afirmação sobre o direito de crianças fazerem o que quiserem com seus corpos.

terça-feira, maio 15, 2012

O casamento é para todos

João Pereira Coutinho, Folha de SP

TENHO PENSADO ultimamente nas vantagens da poligamia. O amor exige fidelidade e exclusividade?

Admito que sim. E também admito que existe uma certa nobreza na velha ideia platônica de que somos seres incompletos, em busca da outra metade que nos falta. Os românticos não inventaram nada. Limitaram-se a ler "O Banquete".

Mas, por outro lado, não é justo, nem fácil, nem humanamente possível exigir de uma mulher que ela seja tudo e o seu contrário. Boa amante. Ótima confidente. Excelente dona de casa. Mãe aprumada. Parceira intelectual distinta. Enfermeira nas horas funestas.

A mulher perfeita não existe. Ou, melhor dizendo, ela existe, sim. Só que é composta por várias mulheres distintas.

Anos atrás, em viagem pelo Marrocos, visitei um amigo que me levou a conhecer as suas duas famílias: uma em Casablanca, a outra em Agadir.

A primeira mulher era a encarnação perfeita da sensualidade magrebina -olhos negros, cabelo idem, lábios generosos e carnudos. Cinco minutos bastaram para perceber a função daquela senhora na vida daquele homem feliz.

A segunda mulher era menos exuberante (digamos assim); mas fazia um cuscuz como só voltei a provar em viagem recente ao Nordeste do Brasil. Tão diferentes, mas tão complementares.

Fiquei convencido sobre as vantagens do arranjo. E antes que a leitora me acuse de machismo obscurantista, esclareço já: quem fala em poligamia fala em poliandria.

Nenhum homem pode ser tudo para uma só mulher. Por isso esperava um pouco mais das declarações de Barack Obama sobre o casamento gay -mais do que apenas "hélas" sobre o casamento gay.

O presidente americano, em gesto inédito para ano eleitoral, disse na televisão que "evoluiu" sobre o assunto. É agora favorável à união matrimonial de lésbicas e homossexuais, embora deixe para os Estados a decisão final sobre o assunto.

O raciocínio de Obama é conhecido: quem somos nós, a maioria heterossexual e opressora, para negar a felicidade a duas pessoas do mesmo sexo que querem se casar?

Eis, em resumo, a essência do pensamento progressista. Um pensamento que os filósofos Sherif Girgis, Robert P. George e Ryan T. Anderson analisaram no melhor ensaio que conheço sobre o tema: "What is Marriage?".

O casamento, para o pensamento progressista, é uma mera construção social, sem uma história ou um propósito distintos. O casamento deve apenas basear-se no afeto; e basta que exista afeto entre dois seres humanos adultos para que o Estado reconheça o vínculo matrimonial, distribuindo direitos e deveres pelos cônjuges.

O problema, escrevem os autores do ensaio, é que essa definição sentimental de casamento não pode se limitar a lésbicas e homossexuais.

Se o casamento pode ser tudo o que quisermos, não há nenhum motivo para recusar o privilégio a um homem que queira se unir a várias mulheres. Ou a uma mulher que queira se unir a vários homens.

O próprio Obama deveria saber disso: só nos Estados Unidos, é possível que existam mais de 500 mil relações poligâmicas, informava há tempos a revista "Newsweek", citada no ensaio. O número de homossexuais que desejam casar-se é superior a esse número?

Talvez. Mas falamos de um princípio, não de uma questão numérica: se 500 mil relações poligâmicas vivem à margem da lei, não devemos também respeitar a felicidade -no fundo, o "afeto" dessa vasta legião de apaixonados?

Por mim, ficaria encantado. Até porque as relações poligâmicas não vivem apenas à margem da lei. Elas são punidas pela lei. Eu invejo o meu amigo marroquino. Mas, se pretendesse imitar o seu modo de vida, casando-me com duas donzelas da minha preferência, a Justiça não perdoaria o crime.

Moral da história? O mundo não acaba com os direitos dos homossexuais. E não é possível defender o casamento gay sem defender também todas as outras formas de união conjugal. Abrir uma exceção é abrir todas as exceções. Negar isso é perpetuar a intolerância.

Espero que o presidente Obama continue a "evoluir" sobre o assunto e nos brinde em breve com a defesa apaixonada que a poligamia merece.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Pastor Silas

Esse vídeo do Pastor Silas Malafaia merece ser visto e divulgado por todos! Ele fala como cidadão, não como um líder religioso, e fala bem. O assunto é sério. O risco é real. Não se trata de paranóia, de golpismo, de boato, mas sim de fatos: o PT vem tentando implantar uma agenda com claro viés fascista. O Movimento Gay, por exemplo, não luta apenas por direitos, por igualdade perante as leis, mas por privilégios, por leis esdrúxulas que ameaçam a liberdade individual dos demais. Assistam!