quinta-feira, janeiro 27, 2011

Concurso de Feiura

Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

Deu no Globo.com: “As endividadas economias avançadas precisam urgentemente estabelecer planos de redução do déficit antes que os mercados se virem contra elas, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI), citando Estados Unidos e o Japão como os países mais atrasados nesse sentido. Aos mercados emergentes, o FMI lembrou que os equilíbrios fiscais em Brasil, China e Índia estão mais fracos do que o previsto em novembro, ressaltando que a deterioração nas contas fiscais brasileiras é ‘particularmente pronunciada’.”

O alerta do FMI veio no mesmo dia em que a Standard & Poor’s comunicou o corte no rating da dívida soberana japonesa, alegando falta de confiança na habilidade do governo para resolver os imensos desafios econômicos do país, cuja dívida pública bruta chega a quase 200% do PIB. A Europa enfrenta seus gigantescos problemas de endividamento, os Estados Unidos devem apresentar um déficit fiscal de US$ 1,5 trilhão este ano, o Japão não consegue solucionar seus dilemas fiscais há anos, e mesmo os países emergentes não estão em situação muito confortável.

O Brasil mesmo abandonou sua austeridade fiscal no final do governo Lula e a presidente Dilma não parece disposta a cortar efetivamente os gastos na magnitude necessária. As taxas de juros abrindo no mercado futuro já demonstram que o desconforto dos investidores é crescente. A expectativa é de aumento de até 200 pontos-base na taxa Selic este ano. Os governos do mundo todo se recusam a fazer o dever de casa, a arrumar suas contas e cortar suas despesas. Os impostos já estão em patamares abusivos em inúmeros casos, incluindo o brasileiro.

Com esses dados todos, vem à mente a frase do economista americano Kenneth Arrow, vencedor do Prêmio Nobel em 1972: “Os governos nunca quebram; por causa disso, eles quebram as nações”. A situação mundial dos diferentes governos é um verdadeiro concurso de feiura, onde vence o menos horroroso. Num contexto desses, não é de espantar que o preço do ouro esteja perto de seu recorde histórico, tendo se valorizado bastante nos últimos anos. O valor da “relíquia bárbara”, afinal, não depende de um governo responsável, algo mais raro no mundo do que diamante.

3 comentários:

Rafael Guthmann disse...

Curto e grosso:

A dilma é uma anta.

Ela disse publicamente que planejava cortar os superavits primários de 4% para 3% do PIB (e agora nem nesse patamar estão).

Anônimo disse...

Rodrigo, li que a dívida americana pode chegar a 18 trilhões de dólares em 2015. Isso é sustentável?

oneide teixeira disse...

veja se esta correta a história:]

Uma criança corria na parte mais funda da piscina enchia um balde de água e despejava na parte rasa , e pensava estou enchendo a piscina de água.
Ela não satisfeita perguntou a mãe dela que era economista, como poderia encher a piscina de água mais rápido, a mãe respondeu coloca umas pedras no fundo.
O nível de água subiu realmente e a criança ficou feliz como mamãe é inteligente.
Ainda não satisfeita, sabe como é criança não tem limites, ela colocou mais crianças a pegar água da parte funda da piscina e colocar na parte rasa e outras crianças colocando pedras no fundo da piscina.
E ela ficou feliz nunca antes nesta piscina o nível água subiu tanto. De tanto colocar pedras no fundo da piscina e do aumento no numero de crianças colocando água do fundo para a parte rasa, a piscina estourou (era aquelas de plástico). A piscina era muito frágil ainda pra agüentar tanto peso em cima dela.
……….
Moral da história governo não gera riqueza.

Quando você ouvir o governo falar que é indutor da economia e gerou 15 milhões de emprego lembre se da criança com a balde na piscina.